@jaliagoraesuavez 04/05/2020Vai deixar saudadesEsse é o 11º livro do Garcia-Roza com o Delegado Espinoza e o último que faltava para eu completar toda a obra lida do autor.
Nessa história temos como personagem um professor com uma síndrome rara: ele tem lapsos de memória e preenche esses lapsos com histórias que não sabe se são reais ou inventadas.
Afastado da universidade em razão desses problemas de saúde, ele passa os dias em casa e ganha a vida como tradutor, numa rotina aparentemente tranquila. Até que se depara com uma lista cheia de nomes de mulheres.
Quem são elas? Foram suas colegas na universidade? Alunas? Por que ele as reuniu numa lista e que relação manteve com elas? São questões que ele não tem como desvendar e recorre ao Delegado Espinoza para ajudá-lo a descobrir o paradeiro dessas mulheres.
Mais uma vez temos o bairro de Copacabana como pano de fundo dessa história.
Vicente é um personagem complexo e ficamos o tempo todo sem saber se é o vilão ou vítima da história.
O carisma do Delegado Espinoza continua em alta, apesar de ser o 11º livro, mas senti sua presença mais fraca nessa história, sendo mais um coadjuvante do que o personagem principal.
Garcia-Roza, como sempre, traz um romance policial com toques de romance noir, seus personagens são humanos, eles têm uma vida normal e se aproximam muito do leitor.
O final, como característico do autor, sempre aberto, sem explicações muito lógicas, mas com os devaneios da mente do nosso querido delegado.
Garcia-Roza vai deixar saudades....
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