Mila F. @delivroemlivro_ 29/09/2015
Segue o mesmo estilo adorável do primeiro volume
Segundo - Eu Me Chamo Antônio é o segundo livro de Pedro Gabriel, mesmo autor de Eu Me Chamo Antônio, que se tornou conhecido por escrever em guardanapos enquanto tomava suas cervejas no Bar Lamas, no Rio de Janeiro, e postar o resultado de suas criações numa página com o mesmo nome de seu primeiro livro.
Sempre gostei muito de livro com imagens, fotos, pensamentos então é claro que iria querer conferir o trabalho de Pedro Gabriel, gostei tanto do primeiro livro que indiscutivelmente resolvi comprar o segundo livro do escritor. Novamente, fiquei encantada com esse novo trabalho e na medida em que Pedro Gabriel se reafirma como escritor (já vemos uma maturidade maior nos pensamentos e ilustrações) o leitor, como eu, acaba por se reafirmar como fã, ou passa a detestá-lo para sempre.
Enquanto o primeiro trabalho mostra a descoberta do escritor e sua escrita vacilante - isso na vida de qualquer escritor - o segundo trabalho literário tem o potencial de transformá-lo num escritor verdadeiro ou fazê-lo perder admiração dos leitores. Pedro Gabriel me cativou ainda mais.
Em Segundo - Eu Me Chamo Antônio lemos pensamentos ainda mais complexos em poucas palavras, porque o show está nos trocadilhos e nas entrelinhas: naquilo que você pensa e sente quando está lendo. Para completar, nesse segundo livro vemos o prosador que há no autor, ele não é só poeta, ele escreve fragmentos geniais e de uma forma tão fluida que percebemos a intimidade dele com as palavras e como ele ama brincar e jogar com elas. Isso é fascinante.
Como admiradora de poesia e de prosa, atrevo a dizer que Pedro Gabriel é um prosador brilhante e que se chegar a escrever um romance será um livro bem maduro, equilibrado, sensual e cuja linguagem irá imprimir intertextualidade com obras famosas. Sem dúvida isso me fascina, e eu adoraria ler.
Em suma, Segundo - Eu Me Chamo Antônio segue a linha do primeiro: pensamentos em guardanapos, dessa vez, as ilustrações apresentam algumas cores e consequentemente mais emoção. Um pouco de prosa, conhecimento popular. O difícil mesmo não é não gostar do livro, mas sim concluir a leitura e conseguir apontar a página/pensamento preferida. Não tem como.
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