Julia Agnes | @pontoparagrafoo 17/10/2021"E se criássemos nossas crianças ressaltando seus talentos, e não seu gênero?"Discurso feito pela nigeriana Chimamanda Ngozi, tendo sido transcrito em torno de 60 páginas, este é um compilado de informações esclarecedoras acerca do feminismo. Descontruindo preconceitos sobre o movimento, observamos como pequenas atitudes - como ensinar um menino a cuidar da organização e higiene da própria casa não passa de um dever de todo ser humano -, são capazes de transformar pensamentos retrógrados.
Vemos ainda como direitos básicos e essenciais para a sobrevivência de todos são vistos de outra forma quando concedidos às mulheres, tendo como exemplo os casos em que conquistam um salário ou posição mais alta em uma empresa. Ao mesmo tempo em que esses mesmos direitos existem como garantia de uma vida íntegra, não devendo ter essa distinção. Em países extremistas, testemunhamos que desde meninas, as mulheres são tratadas com diferença, sendo até vendidas como objetos, não tendo estudos e trabalho digno, sendo impedidas de conquistar seu espaço por plena capacidade, igual a todos e independente de uma característica biológica.
Com parâmetro no Brasil, presenciamos a existência de legislações específicas que visam conceder direitos à uma mulher em seu emprego, por exemplo. Entretanto, tais garantias são concedidas pelo simples fato da mesma gerar uma criança, sendo que o filho necessita tanto da mãe quanto de um pai. Decerto que esta é uma evolução, perante o contexto em que homens na condição de ministros decidem o que é certo ou não com o corpo de gestantes que sequer conhecem.
Faz sentido conquistar um lugar de fala por ter nascido mulher, especialmente em um país onde os direitos são iguais para todos? E nos países em que mulheres e nada são a mesma coisa, inclusive religiosamente falando? Quantas não morrem no mundo porque o ex companheiro não aprendeu que elas tinham livre arbítrio como todos?
O feminismo é visto de forma distorcida por aqueles que se recusam a entender porque ele de fato existe. Seria necessário uma luta pela IGUALDADE se tanta discriminação política e jurídica sem sentido não existissem? É um movimento que vem tentando suas mudanças desde a Revolução Francesa, deixando sua identidade por diversos marcos históricos posteriores. Apesar de ter se modernizado ao longo dos anos, não deixou de ter o mesmo intuito, sendo a concessão dos direitos naturais das mulheres idênticos aos dos homens.
A opressão sobre o feminino é histórica, portanto, um pouco difícil de ser dissimulada de repente. Entretanto, não é impossível, havendo a esperança de que as futuras gerações possam ser mais esclarecidas sobre o assunto, em contramão a maioria das gerações antigas que raramente querem pensar se o que fazem é errado, se recusando a mudar. A discriminação não nasce com o indivíduo, ela é construída.
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