A Menina Que Tinha Dons

A Menina Que Tinha Dons M. R. Carey




Resenhas - A Menina Que Tinha Dons


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Eric Rocha - Ersiro 02/02/2015

Ela tem dons, mas não, nada de X-men!
Dessa vez decidi arriscar um pouco. Desde o lançamento, o livro me chamou MUITO a atenção pela capa e pelo título e assim o comprei às cegas sem ler a sinopse e sem saber do que o livro se tratava. Quando soube que fora escrito pelo roteirista das HQs de X-men minha animação pela leitura aumentou um pouco mais. “Puxa, um livro que deve ter Wolverines, Ciclopes e Jean Greys”, pensei babando um pouco, pois sempre gostei muito dos filmes e desenhos animados da série X-men (por mais que o autor não tenha relação com esse meio da série... acho).

PRISÃO PARA CRIANÇAS
Uma das coisas que gostei bastante foi o cenário no começo do livro. Crianças são mantidas em celas individuais esperando que soldados as amarrem numa cadeira de rodas para serem levadas para a sala de aula. E assim é todo dia para elas. Devo ter tido essa caída pelo cenário por gostar muito de Sidney Sheldon, já que suas estórias geralmente se passam em prisões. Voltando: Uma das crianças nos é apresentada: Melanie, gentil, com uma inteligência fora do normal, um gosto pelo saber, uma paixão por sua professora Justineau, e que sonha em ser Pandora. Nesse conflito inicial, Carey nos induz a pensar sobre o que realmente é Melanie, e é difícil não pensar precipitadamente que ela deve ser uma mutante que o Prof. Xavier logo virá a buscar. Mas o autor surpreende nos mostrando que não estamos lidando com nada relacionado a X-men e que devemos separar isso uma hora ou outra.

MÁ TRADUÇÃO?
Sério, não sei se isso só aconteceu comigo, mas devo ser sincero que o começo estava um pouco complicado. Vi palavras empregadas de forma errada e que trariam melhor sentido na frase se fossem trocadas por outras. E isso se tornou um incômodo na leitura, já que eu queria ler mais páginas, mas aquilo interrompia o fluxo a cada vez que ele ficava harmonioso. Bem, os personagens tem seu próprio modo de falar, tem até uma cientista no meio o que logo traz à tona palavras e explicações biológicas e químicas, e não é disso que falo, é só que realmente tem frases com o mau emprego de palavras que ficam sem nexo, até porque isso só ocorre quando o narrador está narrando. Infelizmente deixo essa questão cair em cima da tradutora, mas de qualquer forma, só consegui enxergar isso no começo do livro mesmo.

VÍRUS? QUE NADA, FUNGO É MELHOR!
Esse trecho talvez tenha spoiler dependendo do que você considera um. Claro que pra mim não tem nada demais... Enfim, se estiver inseguro(a) pule esta parte e leia a próxima.
O livro se passa em um mundo pós-apocalíptico com hordas de zumbis (no livro eles são chamados de famintos). Este é o primeiro livro que leio com zumbi no meio, mas na maioria dos filmes que assisti sobre isso, sempre se fala sobre terem sido infectados por um vírus. Aqui não, o autor explica como a infecção começou a se espalhar por meio de um fungo que controla o sistema nervoso e exerce um domínio sobre os humanos para a proliferação do fungo. E o melhor: o fungo que descreve realmente existe, porém não em estado tão avançado. O que me levou a perguntar com um leve temor: “E se esse fungo evoluir a tal ponto, tudo isso realmente aconteceria?”. Se quiserem saber mais sobre o fungo na vida real, pesquisem por Ophiocordyceps.

MATO OU NÃO MATO?
Detectei também uma questão que o autor pesa bastante no livro: “devo aceitar o sujeito como ele é ou simplesmente o mato para garantir sobrevivência?”. Yes, questões filosóficas humanas em um livro de zumbis!

EXPERIMENTANDO O MEDO
Tenho sérios problemas para assistir de noite algo relacionado a zumbis e foi uma experiência não muito boa quando fiz isso sozinho com os filmes: Guerra Mundial Z e Resident Evil. Fiquei assustado enquanto assistia, mas fiz isso exatamente para ter essa experiência. No livro não foi diferente, os picos de suspense se elevam a cada passo perigoso que os personagens dão, parece que estou ali do lado deles, fazendo o reconhecimento de um local que pode ter um faminto. Como leio geralmente de madrugada, sozinho, a experiência de sustos me acompanhou em A MENINA QUE TINHA DONS, e qualquer som ao meu redor me assombrava de leve e me deixava tenso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- Minha experiência com o livro foi muito boa, não sei se é por ter sido o primeiro livro de zumbis que li, mas amei a leitura. Sabe aquele livro que te prende a atenção no começo pelo suspense envolvido e que aos poucos vai melhorando cada vez mais a cada página? Pois então, A MENINA QUE TINHA DONS é um desses. A cada parte a estória vai ficando mais intensa, mais chamativa, com mais suspense, e força o leitor a continuar a leitura.
- É escrito em terceira pessoa, no qual eu prefiro por ter um melhor aproveitamento de personagens, que são muito bem desenvolvidos no livro. Carey leva o leitor facilmente a qualquer cenário e situação que cria, e parece que você simplesmente está ali com os personagens.
- O final é bem diferente, não tem aquele “viveram felizes” e foge da maioria das coisas que você possa concluir para o desfecho que amei, e minhas 5 estrelas são graças ao final. Enfim, acho que o livro é diferente de tudo que já assisti sobre zumbis e isso me agradou bastante.
- Recomendo a leitura para aqueles que querem ler algo diferente e que têm a paciência de ler vários trechos científicos e não se importar de ficar com cara de bocó quando não entender alguns deles.

Abraços e boa leitura! :)
Anna Rebeca S.A. 03/02/2015minha estante
kkk um resenha bem escrita, de forma organizada kkk ótimo


Eric Rocha - Ersiro 04/02/2015minha estante
Ei, valeu Arthur! Leia sim, é bem interessante!
Oh, obrigado Anna


André Prado 18/03/2015minha estante
Ótima resenha, bem organizada e fluida de se ler. Parabéns!

Outro ponto que vale ser lembrado é a infecção dos zumbis através dos fungos, nessa parte claramente o autor se inspirou em algo mais crível de se acreditar apenas em um vírus transmitido por macacos. Chega disso. The Last of Us usa a mesma premissa e foi tão bem sucedido quanto em sua narrativa. E isso aumenta ainda mais minha expectativa sobre esse livro!


Eric Rocha - Ersiro 14/04/2015minha estante
Opa, obrigado, André!

Exatamente, chega de vírus modificados! O autor foi bem pé no chão nesse quesito o que deu toda uma realidade para o livro que é realmente muito bom!


Renato Gonpeau 21/05/2015minha estante
Rapaz qq resenha !


Eric Rocha - Ersiro 06/07/2015minha estante
Obrigadão Gonpô! ^~^


Janaína Hanna 14/03/2016minha estante
Amei esse livro Erick, sua resenha é ótima.


Eric Rocha - Ersiro 28/06/2016minha estante
Também gostei bastante do livro, Janaina! E obrigado pelo elogio pela resenha. fico feliz que tenha gostado :)


Fany.Nowak 27/06/2017minha estante
Boa resenha, mas está cheia de spoillers kkk... Preferi só passar os olhos quando notei. Depois que eu terminar o livro eu volto e leio.


Fany.Nowak 10/07/2017minha estante
Terminei a leitura e li a sua resenha. Parabéns! Concordo com o que você escreveu... Ache muito interessante você citar a existência do fungo Ophiocordyceps. Vou pesquisar sobre o assunto.


Eric Rocha - Ersiro 04/08/2017minha estante
Oi, Fany! Sinto muito por conter spoilers, escri esta resenha há dois anos atrás, não tinha uma noção e cuidado tão grande quanto a spoilers, haha. Irei reler a resenha com cuidado e denotar os spoilers, obrigado por avisar! ( ^-^)/
Fico feliz que compartilhamos o mesmo pensamento sobre o livro e realmente o Ophiocordyceps é um assunto um tanto quanto pesaroso e assustador, pois se alguém quiser modificá-lo propositalmente para atingirem humanos... o que seria de nossa raça?
Abraços :D


Juliana 28/03/2023minha estante
Comecei a ler o livro e esses problemas linguísticos me desanimaram. A resenha é animadora, vou dar mais uma chance




Lunardi 15/11/2014

Nem todo dom é uma benção
Este livro tem uma sinopse cortante e direta.
Todo dia uma menina chamada Melanie é amarrada numa cadeira de rodas, por soldados, com uma arma apontada para sua cabeça, e é levada para uma sala de aula junto de outras crianças na mesma situação. A garota tem dez anos de idade e vive numa cela dentro de um complexo militar. Ela não sabe o porque de todos parecerem ter medo dela e das outras crianças.
O que está sendo um chamariz para A menina Que Tinha Dons é seu autor, que é um roteirista da Marvel e da DC, ambas editoras famosas de quadrinhos que a décadas publicam clássicos de histórias de super-heróis, além de também possuir um booktrailer tenso com qualidade exemplar.
Uma das primeiras coisas que eu cogitei sobre as causas desse confinamento da menina foi a ideia de que ela pudesse ser alguma mutante (como os X-men), afinal o autor é roteirista e deve estar se inspirando em suas criações. Não posso dizer que a minha teoria estava certa, mas ela não se afastou tanto da verdade como me pareceu ao ler os primeiros capítulos, esse é basicamente o joguete do autor, criar em nós uma expectativa.
Melanie é um gênio. Suas capacidades mentais são muito acima do que se pode esperar de uma pessoa, contudo essa inteligência vem com uma meiguice cativante que induz ao leitor torcer por ela em cada página que passa. É quase impossível não se impressionar com uma criança como ela, tão criança, tão adulta, tão madura.
É nisso que M.R Carey se apoia para criar a trama. Personagens complexos com escolhas difíceis no caminho, terão momentos de raiva e momentos cativantes.
De certo modo é um livro difícil de resenhar, pois revelar uma só página pode ser considerado spoiler. Uma coisa é certa, a obra tem muito potencial e se aproveita dele até a última palavra, trazendo até mais do que o esperado.
Por fim recomendo A menina Que Tinha Dons, dando somente um aviso para a ansiedade que vai lhes possuir para terminá-lo, e lembrem-se:"Nem todo dom é uma benção";
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RobertaToussaint 21/01/2021

Legal, legal, não leria novamente.
O livro é bom. Tem algumas coisas agonizantes, um tanto nojentas, com relação aos virais.
Os virais são um pouco caricatos, tirando um detalhe nojento, detalhe esse que só sabemos a partir de 70% do livro.
Eu não me simpatizei com nenhum personagem, não foi um livro marcante, pra mim. O final foi legal, talvez seja triste; dependendo do seu grau de empatia para
com os personagens.
A mensagem do livro foi legalzinha.
Esse livro é muito bom, de forma geral. Os personagens são bem trabalhados, os momentos de tensão são bons, o plot é legal.

Se você gosta desse tipo de livro, recomendo A passagem, esse vai fazer o seu c% trancar.
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spoiler visualizar
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Pati 15/05/2023

Recomendo
Confesso que não é o tipo de livro que eu naturalmente me atraio, porém, esse livro superou as expectativas! Envolvente até o final!
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Elaine cris 10/11/2022

Mais um livro de zumbi
A historia é bem elaborada, os personagens faz você querer ler até o fim para saber e o tema é um fungo viral que as pessoas viram Famintos (famintos que para mim são Zumbis).
Eu esperava algo mais elaborado e ficou parecido com muitas séries e filmes de surto coletivo.
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Maisa @porqueleio 19/10/2021

Uma distopia com fungos catastróficos
Melaine é uma criança de 10 anos que vive presa. Sua rotina é levantar-se pela manhã, ser presa a uma cadeira e levada para uma sala de aula. Mas ela não é a única aluna, outras crianças estão presas também. Todos os adultos que estão em volta dessas crianças tomam muito cuidado – professores, médicos, guardas.

Ela acha que todo esse cuidado é para protegê-los dos Famintos, seres que caçam e matam qualquer coisa que se movimente do lado de fora desse quartel general.

Melaine é encantada mesmo pela professora Justineau, que retribui o encantamento por essa menina inteligente e especial – Melaine adora aprender.

A rotina só muda quando as crianças são enviadas ao laboratório, mas ela começa a perceber um padrão: as crianças que são levadas não costumam voltar. Mas, chega a vez de Melaine... e é aí que tudo começa.

Uma ficção científica apocalíptica, em que a humanidade está sucumbindo frente a um fungo, que toma conta do sistema nervoso da pessoa, acabando com o controle sobre suas ações. Os famintos são zumbis agressivos...

Além da parte científica, temos alguns clichês: a cientista maluca, a criança inocente, a “mãe” superprotetora, o cara durão, um jovem tímido. Eles são personagens que cativam e amedrontam, mas que estarão juntos na tentativa de sobreviver à infestação do fungo: o sargento Parks e seu subordinado, Gallagher; a cientista Caroline Caldwell e sua obsessão por Melanie; e a professora Justineau e sua determinação. A interação deles é marcada por altos e baixos e em muitos momentos ao menos um deles toma decisões que dão raiva!

Escrito por um roteirista, é lento e reflexivo no início, mas começa a ficar frenético e com tantos plots que fica impossível largar. E, claro, foi adaptado: Melaine, a última esperança, é um filme de 2018 que não chegou a fazer muito barulho.

site: https://www.instagram.com/p/CVLrJ8tLM-s/
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Gabriela.Castro 13/05/2021

A menina que tinha dons
Apesar de ter algumas partes mais paradas, eu gostei do livro. O final com certeza me surpreendeu por não ser nada do que eu esperava (não por ter plot twist).
O título do livro não fez sentido pra mim, se alguém ler e entender pode me mandar msg kkkkkkkk
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Grazi 07/01/2022

O livro, no geral, é muito bom. Os personagens são complexos, então terminei amando característicass que comecei odiando.
A temática apocalíptica acaba se tornando algo mais científico. O livro não é sobre matar zumbis, muito menos sobre sobreviver a eles. Acho que é sobre como tudo se adapta ao seu meio e que, certas coisas são inevitáveis.
Apenas não dei 5 estrelas porque, em alguns momentos as descrições são tão minuciosas que o livro se torna levemente entediante. Mas sei que muitas pessoas jamais considerariam isso um defeito.
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Ju.Inácio 25/05/2021

A menina que tinha dons
Esse é um livro interessante de ficção científica que nos leva para um mundo diferente, bagunçado e perigoso.
A personagem principal é uma criança que se vê numa vida diferente, mora em uma base militar e seu lar é uma cela, assim como de outras crianças ali, ela não entende o porquê, mas percebe que algo os faz diferentes. Ela é diferente. E isso parece não ser muito confortável para os outros adultos do lugar.
Foi um livro interessante que me levou, em muitos momentos, a ir descobrindo gradualmente sobre o mundo, a condição, porque da base militar e o propósito das crianças naquele lugar junto com Melanie, a personagem principal.
Algumas teorias estavam certas e acontecimentos foram previstos, mas apesar disso é um livro bom.
Gostei de alguns personagens, detestei outros (um em específico) e entendia seus sensos de humanidade e de batalha. O final foi interessante, mas senti falta de detalhes sobre algo que o autor implanta e não conclui.
Por fim, é uma boa leitura, interessante e muito rápida.
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Patrícia 18/04/2020

A realidade saindo das páginas de um livro!
?Nos primeiros dias e semanas do Colapso, o governo do Reino Unido, como muitos outros, pensou que podia conter a infecção trancando a população civil. Não admira que isto não impedisse as pessoas de fugir como ratos quando viram o que estava acontecendo.?

Medos e incertezas. O mundo após um colapso. Dadas as devidas proporções, nada muito diferente do que estamos vivendo agora! A ficção pode sim virar realidade!

Gostei muito da leitura. Me deixou sem fôlego em alguns momentos.
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Andressa 13/12/2014

Nem tudo é o que parece.
A Menina Que Tinha Dons foi escrito pelo britânico M. R. Carey, autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics. Eu já tinha lido algo a respeito desse livro na internet, porém pensava envolver jovens e crianças mutantes e com superpoderes, o que não costuma me interessar, pois o mercado (e eu também) está meio saturado disso. Cometi o erro de não ler a sinopse nessa época e hoje sei que eu estava estrondosamente enganada.

Estava eu, um belo dia, passeando pela livraria Cultura quando me deparei com este livro, dono de uma capa amarela vibrante e uma sinopse capaz de intrigar. Tenho o hábito de comprar livros apenas pela internet, mas desta vez algo me fez criar uma conexão com A Menina que Tinha Dons e o levei para casa, iniciando a leitura imediatamente. Pulei a imensa fila de livros que tenho para ler e dei vez a este.

O livro nos conta a estória de uma garotinha de 10 anos chamada Melanie. Ela é inteligente, esperta, interessada, adorável e, no entanto, há pessoas que aparentam ter muito medo dela. Melanie não entende. Gosta de ler, de estudar História, é uma boa menina. Vai a escola diariamente, ama sua querida professora Srta. Helen Justineau, conversa com os colegas quando é possível. Colegas que vivem em mesmas condições que Melanie: da cela para a sala de aula. Todas as manhãs os militares buscam as crianças para irem a aula, amarram cada uma delas em uma cadeira de rodas sob a mira de uma arma e as conduzem por um longo corredor.

Não posso falar muito mais do que isso, já que seria spoiler. O interessante do livro é descobrir aos poucos o que realmente está acontecendo. Por que todos tem medo da Melanie? Por que amarram as crianças de forma tão cruel? Entre outros vários questionamentos que o livro nos propõe. Estamos, de fato, em um cenário pós-apocalíptico e há cerca de 5 personagens de suma importância para que compreendamos o que está acontecendo. Sentimos o que eles estão sentindo, a dor, o medo, a angústia, o desespero e assim conseguimos ver a situação do ponto de vista de cada um deles, restando ao leitor optar (ou se solidarizar) por um lado.

Não encontrei erros de digitação, o espaçamento está ótimo, a capa é fiel a original e a leitura flui de forma agradável, a estória, contada na terceira pessoa, é muito bem dosada entre drama, terror e suspense.

Este livro me trouxe sentimentos que se opunham o tempo todo. Por vezes, sentia medo ou raiva e, em seguida, me arrependia. Nem tudo é o que parece. A Menina que Tinha Dons é capaz de te revirar o estômago e ao mesmo tempo querer abraçar a pequena Melanie. É um excelente livro do gênero. Eu esperava um final cliché e não coloquei muitas expectativas, uma vez que não via saída para o que estava acontecendo. No entanto, M. R. Carey conseguiu me surpreender. Fez com que nascessem flores em pedras! É como dizia o incrível Drummond: é feia. Mas é flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
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Helena_ 06/08/2023

Boa surpresa
Não estava esperando muita coisa do livro, mas ele foi interessante. Demorei um pouco para a leitura fluir, mas gostei bastante da forma como ele desenvolveu e principalmente do desfecho.
O desfecho é detalhes em q ou vc ama ou vc odeia
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Marcos 16/03/2015

Enredo

O mundo como conhecemos hoje em dia não existe mais. Em uma gerra no passado, uma praga de esporos fúngicos foi espalhada entre os humanos, fazendo com que eles fossem escravizados e transformados em uma espécie de zumbi, os Famintos. Apenas alguns poucos humanos sobreviveram e estes se agruparam em organizações, algumas em busca da cura de tal maldição.
Melanie é uma garota de 10 anos que vive presa em uma base do exército. Ela passa o tempo todo em sua cela, saindo apenas para ter aulas com a Srta. Justineau. Mas para isso, ela é amarrada a uma cadeira por vários soldados, dentre eles o Sargento Parks, e tem sempre uma arma apontada em sua direção. Ela mesma não entendo o motivo para tudo isso acontecer, mas aparentemente ela representa uma forte ameaça a todos ali.
Dra. Caldweel é uma cientista renomada que coordena uma pesquisa em busca da cura para a praga fúngica. Porém, seus métodos são extremamente cruéis e antiéticos, usando as crianças ali aprisionadas como cobaias e as matando sem nenhuma piedade ou sedativo. Quando Melanie é chamada para ser a próxima vítima de sua tirania, que um evento acontece: toda a base é invadida por Famintos e apenas poucos humanos se salvam da chacina. É a partir daí que o destino de todos os personagens muda abruptamente e eles terão que desbravar todo um novo mundo em busca de lutar pelas suas vidas.

Narrativa

A história inteira é contada em terceira pessoa, sob os pontos de vista dos personagens principais. Esse tipo de narrativa contribuiu muito para que toda a percepção da história fosse ampliada e pudéssemos avaliar com mais clareza as motivações por trás de cada personagem. No entanto, a escrita da autora ainda deixa muito a desejar. Há muita repetição de palavras e percebe-se claramente que ela usou a mesma estrutura em todos os capítulos, se repetindo muito e usando de informações demais em vários pontos. Era como se estivéssemos relendo a mesma cena, com outro personagem, mas sem termos nenhum acréscimo à história por conta disso.
O livro em si começa lento, com leitura arrastada e sem mostrar claramente o seu objetivo. Posteriormente, inicia-se uma forte ação na história, o que torna a leitura mais ágil e prende o leitor. Do momento em que conhecemos Melanie até a invasão da base militar, o livro se mantém coerente e com um bom ritmo. Porém, a partir daí é onde ocorre o maior problema da história. Há uma drástica mudança de cenário, gênero e de todas as relações humanas construídas anteriormente.

Personagens

Melanie é uma protagonista que cresce bastante ao longo da narrativa, começando como uma garota levemente ingênua e que, ao descobrir seus dons, assume uma personalidade forte e influenciadora. Ela é o elemento que une todos os demais personagens e que conduzirá boa parte da história.
Parks é um personagem que se modifica muito, principalmente depois que a destruição da base o assola. É importante ficar de olho em suas atitudes. Há muitas entrelinhas nele que serão esclarecidas no final.
Caldwell é a típica vilã de livros do gênero: cientista maluca, espartana que tende a passar por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer. Achei a personagem extremamente clichê do início ao fim e nem um pouco original, visto que é um perfil recorrente em outras distopias atuais.

Distópico, pós apocalíptico ou sobrenatural?

Os três gêneros estão presentes na narrativa, de forma um tanto confusa. O mundo construído por Carey está em um período pós-guerra e que se reorganizou em núcleos em que se instaurou uma ditadura distópica, rodeados por seres sobrenaturais semelhantes a zumbis. Essa mistura não deixa claro por qual caminho a autora quis seguir e isso se reflete no texto.
É como se o início do livro fosse distópico/pós apocalíptico e, em seguida, o sobrenatural se revelasse com força e assumisse toda a história. Isso tudo com leves toques de ficção científica inclusos.

Considerações

A Menina que Tinha Dons é mais um livro que tende para o gênero distópico, que anda muito em voga ultimamente, e que pouco traz de novo. Com características clichês e essa mistura de gêneros, a história é um pouco lenta e confusa em alguns momentos. Por vezes me senti lendo algumas cenas da série de TV The Walking Dead. É mais uma leitura para se passar o tempo e para começar sem grandes pretensões.

site: http://www.psychobooks.com.br/2015/03/resenha-sorteio-a-menina-que-tinha-dons.html
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Minha Velha Estante 10/03/2021

“A verdade é a verdade, o único prêmio digno de se ter. Se você a nega, só mostra que não é digno dela.”
A menina que tinha dons traz um enredo, no mínimo, inusitado. Mas vou antecipar uma informação para que você já fique preparado para o que está por vir. O livro foi escrito por M. R. Carey, ele escreve para a Marvel e DC (X-Men, Quarteto Fantástico e Batman) e criou os personagens Lúcifer, baseado no personagem do Neil Gaiman em Sandman, e Hellblazer, protagonizada pelo mago inglês John Constantine.

Já te preparei para o que vem ai, não é?

Narrado em terceira pessoa, o livro nos apresenta Melanie, uma garotinha de 10 anos que vive presa sozinha em um quarto no que parece ser uma base militar para algum experimento. Sua rotina se resume a acordar, ter os pés, mãos e cabeça amarrados a uma cadeira de rodas e ser transportada para uma sala de aula com outras crianças, todas na mesma situação. Professores, guardas e médicos não tem permissão para tocá-los diretamente em nenhuma circunstância.


Na escola eles aprendem o que toda criança aprenderia, por isso tem noção do que existe além deles. Melanie só não entende porque todos a temem ou a odeiam. Menos a Srta. Justineau, sua professora por quem ela tem um carinho verdadeiro e recíproco. Mas o que Melanie mais anseia é saber quem ou o que ela é.

O mundo não é mais como o conhecemos (ou será que é?), um vírus infectou grande parte dos humanos que ou não sobreviveram ou foram transformados em Famintos, criaturas que caçam, matam e comem humanos.


Queria te contar tudo e no mesmo ritmo alucinante e bem construído que o autor fez, mas não devo! Tenho certeza que você vai amar descobrir todas as respostas para as suas perguntas e para as de Melanie ao longo da narrativa cheia de ação, com muitos elementos do universo da ficção científica e com um toque sombrio para arrematar essa super história.

site: https://www.minhavelhaestante.com.br/2020/08/a-menina-que-tinha-dons-m-r-carey.html?m=1
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