Como Jesus se tornou Deus

Como Jesus se tornou Deus Bart D. Ehrman




Resenhas - Como Jesus se tornou Deus


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Hildeberto 06/02/2016

O livro "Como Jesus se Tornou Deus", de Bart D. Ehrman, parte de uma premissa simples, muito comum aos estudantes de algum tipo de ciência social: Jesus é tratado não teologicamente ou historicamente e sim como conceito.

Pensar em Jesus como "conceito" significa buscar compreender a forma como ele é entendido hoje. Mais precisamente, considerando que os conceitos são construídos através do tempo, o autor utiliza-se de uma metodologia histórica e, juntamente com exposições dos debates teológicos nos primórdios do cristianismo, mostra o processo de construção da atual abordagem sobre Jesus.

O tema é muito interessante, e o autor escreve de uma forma bastante acessível, até mesmo agradável. Porém, o livro as vezes é "técnico" demais, além de ser bastante repetitivo em alguns pontos. Não é por isso que a leitura deixa de ser indicada, mas creio que o autor poderia ter sido mais conciso.

Outro ponto a destacar é que esta obra tem um conteúdo altamente laico. Portanto, talvez possa incomodar negativamente algumas pessoas mais religiosas. No meu caso, achei interessante como forma de matar minha curiosidade sobre o assunto; fez-me conhecer alguns pontos interessantes das tradições cristã primitivas; mas não conseguiu mudar significativa a minha forma de pensar sobre o tema.
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nandadamazio 31/01/2023

Mais um livro fundamental do professor Bart Ehrman para se entender as origens da mitologia cristã, como um pregador marginal da Galiléia se tornou o ícone da maior religião do planeta.

Uma leitura muito informativa e essencial para crentes e descrentes, traçando um painel histórico desde os dias de Jesus até mais de trezentos anos depois, quando ficou estabelecido no concílio de Nicéia os dogmas que os adeptos da nova religião deveriam adotar e em que deveriam acreditar, sendo o principal que Deus e Jesus são Um e quem sustentasse o contrário estaria cometendo heresia e condenado a danação eterna.
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Inlectus 18/01/2024

Até interessante.
Não concordo com os pontos nevrálgicos do livro, mas até tem uns apontamentos históricos interessantes, desde que com senso crítico, vale ler.
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regifreitas 22/09/2022

COMO JESUS SE TORNOU DEUS (How Jesus Became God, 2014), de Bart D. Ehrman; tradução Lúcia Britto.

Antes de tudo, é preciso deixar claro que este não se trata de um livro religioso. Tampouco é antirreligioso - não creio que a intenção de Ehrman tenha sido a de diminuir ou desrespeitar a fé de ninguém. Especialista em Novo Testamento e História do Cristianismo Primitivo, na Universidade da Carolina do Norte, o autor analisa o cristianismo do ponto de vista histórico, buscando traçar as transformações pelas quais passou esse credo ao longo dos anos.

Segundo o autor, o pensamento daqueles que passaram a se designar como cristão evoluiu e se complexificou bastante desde seus tempos iniciais. Ehrman analisa e interpreta o texto bíblico - principalmente tomando como base o Novo Testamento - através dos contrastes entre os diferentes autores e fontes, traçando paralelos com o conhecimento histórico documentado que se tem do período.

A dificuldade dessa análise, segundo ele, reside no fato de que os textos cristãos mais antigos sobre os quais se tem conhecimento surgiram quase 30 anos após a morte de Jesus. Logo, o que se tem nesses textos são relatos ouvidos de terceiros, visto que seus autores não tiveram contato direto com o homem denominado Jesus. Outra questão importante é o fato de que entre esses mesmos relatos existem discrepâncias, pois logo após a morte de Jesus começaram as dissensões entre os seus próprios seguidores sobre sua figura.

O principal ponto abordado pelo autor é sobre a divindade de Jesus, e como essa visão se tornou a dominante na doutrina Cristã. Como Ehrman comprova a partir das fontes pesquisadas, nem sempre esse foi um fato evidente entre os membros da igreja primitiva.

Os estudos das religiões e das figuras religiosas, partindo de um ponto de vista histórico, sempre me interessaram. Nesse sentido, gostei bastante desta obra. O autor soube ser bem claro e didático em suas explanações, embasando muito bem - muitas vezes através do próprio texto bíblico - as diversas correntes surgidas entre os primeiros teólogos da fé.

Pessoalmente, já é uma das leituras que figurará entre as melhores deste ano.
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Igor13 20/02/2019

Sapere aude!
Esse foi meu segundo livro desse autor e já estou no terceiro e quarto, "Peter, Paul & Mary Magdalene: The Followers of Jesus in History & Legend" e "The New Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings".

Ele não é meu único autor no assunto, mas confesso que ele consegue 'abafar' os outros com certa facilidade quando queremos entender o 'Jesus' histórico e os primeiros 400 anos de história do cristianismo.

Acho esse autor super interessante porque ele faz uma análise série (por ser um historiador renomado e tradutor reconhecido de grego antigo) e a partir do ponto de vista 'científico' universitário. Claro, como ele mesmo explica, história não é rocket science, mas pelo menos o autor analisa sobre o ponto de vista racional e metodológico, e não metafísico aberto a qualquer interpretação dimensional e criativa.

Resumidamente:
1) Honesto com o leitor em relação ao que se sabe e pode-se ou não afirmar;
2) Excelente contextualização histórica da época;
3) Incentiva que o leitor leia e pensa por si só. Sempre fornece as passagens dos documentos que faz referência para verificação própria;
4) Livro 'leve' preparado para generalistas. Ele possui outros livros bem mais 'densos' para quem quer um estudo do assunto; e
5) por fim, não pense que ele é um oportunista ou 'marqueteiro' anti-cristão. Há outros livros de indivíduos desse calibre. Não é o caso. O autor inclusive é referência para autores universitários declaradamente católicos, como Professor William R. Cook, da State University of New York de Geneseo.

Pra quem tem 'medo' de rever certas 'verdades' que nos são vendidas em papel dourado e ao som das trompetas, siga o que Immanuel Kant escreveu em 1784, 'Was ist Aufklärung?': "Sapere aude"! – algo como, "atreva-se a conhecer" ou "ouse saber".

Boa 'viagem'.
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Lucas.Martins 30/12/2022

Visão histórica
O autor foca muito naquilo que os historiadores conseguem provar. Ele deixa de lado qualquer argumento de fé ou que não possa ser comprovado, e faz isso de forma bem simples e sem ofender a fé de ninguém, até porque ele já foi cristão.
Para quem quer aprender um pouco como foi o desenvolver do pensamento cristão essa leitura pode ser fundamental.
É muito enriquecedora e não muda nem um pouco a crença ou fé.
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Aécio de Paula 17/04/2023

O livro conta as diferenças de Jesus histórico para o Jesus bíblico. Pouco se sabe do histórico, mas o autor analisa textos que expressam quem de fato era Jesus. Para o autor, um homem revolucionário, que teve um papel importante em seu tempo, e as lendas e feitos o tornaram Deus Ele também conta como era a adoração dos romanos, e como o termo divindade em deuses passou a ser a de Jesus. Eu me considero cristão e gostei do livro.
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Tamie 04/05/2020

Abordagem histórica sobre como Jesus foi alçado a deus no cristianismo com uma linguagem extremamente didática e sem viés religioso.
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Thiago Toscano Ferrari 09/08/2021

A apresentação do Jesus histórico
O autor Bart D. Ehrman traz uma visão do Jesus histórico e a evolução da divinização perante o Cristianismo nascente até eclodir no Concílio de Nicéia em 325 d.C. apresentando um panorama bem elucidativo de como homens se tornaram "deuses" antes e durante a missão do Cristo, asseverando que este conceito era bem comum à época intertestamentária. Partindo deste princípio na circulação das primeiras obras cristãs, tal como as cartas paulinas, há o conceito preliminar de que Jesus poderia ser divino e humano, mas improvavelmente Deus. As redações posteriores dos Evangelhos Sinóticos apresentam Jesus como um homem que após sua ressurreição, foi elevado de categoria acima dos humanos. Passando para o Evangelho de João, percebemos que este registro era mais para combater o Arianismo do que estabelecer uma divinização do Cristo. Para mim, este é o Evangelho que mais se aproxima da divinização do Cristo e que muitos fundamentalistas se apoiam.

Partindo desta premissa, os primeiros pais da igreja tinham que lidar como uma visão sobre Jesus muito diversa nos primeiros séculos do Cristianismo, além de lidar com a perseguição romana. O gnosticismo era uma dessas visões amplamente combatidas por eles. Muitos intelectuais defenderam a deidade de Jesus, outros não e com a conversão de Constantino no início do século IV, este tentou apaziguar as diferenças e reuniu os Bispos da igreja primitiva para estabelecer o conceito de que Jesus era, ou não Deus em seu primeiro concílio. Para tanto, será preciso fôlego para saber qual o desfecho dessa obra e perceber que ela está recheada de visões interessantes sobre o tema, escrita por um agnóstico, que levará o leitor a continuar em suas convicções, ou ainda a conceitos distintos de sua crença! Recomendo a leitura e certamente que irei ler outras obras deste autor que considero muito profundo em suas análises que nos leva a reflexão!
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