Taty Assis 28/10/2014Como tudo começou...Entre os meus demônios, existe eu mesmo como um ser infernal. Não me perdoo por minha tão incoerente inocência, não admito meu passado e se fosse possível, junto com a camisa que comprei na Bélgica, teria comprado um novo Evan, sem correntes ou assombrações.
De onde surgiu a ideia do Clube 13? Como começou? Quem são os integrantes? Como funciona? Quais são as regras? Em Palácio Hanzel, teremos todas as nossas dúvidas saciadas em relação ao Clube 13, mas acredite, você se pegará questionando o comportamento dos membros do Clube, e isso vai te fazer ansiar muito pelos próximos livros dessa série, pra lá de envolvente.
Evan Louis Maccouant, gênio das importações, jovem milionário, infeliz e altamente insatisfeito com sua vida pessoal. Atormentado por um passado de traições e perda de confiança, Evan se vê perdido em meio às lembranças que teimam em permanecer, até que a ideia de um Clube secreto surge, fazendo com que ele se liberte desse passado atordoante.
...uma ideia acaba de me ocorrer. Olhar homens efetivando uma parceria comercial me trouxe inspiração... Seria uma ideia absurda se não fosse tão agradável. Analisei friamente e conclui que seria possível unir alguns interessados... Uma reunião casual de tempos em tempos...
A ideia de criar uma sociedade secreta foi a ponta de escape que Evan procurou por anos, após o flagrante, para se libertar de vez do sentimento de culpa e traição. E então, ao constatar que sua ideia é muito boa, e que vai favorecer não só a seus desejos, mas também de mais 12 homens, Evan Maccouant cria o Clube 13.
Um Clube,
13 homens,
Um desejo em comum, Mulheres.
O Clube é composto pelos seguintes membros: Evan - dono e idealizador do Clube -, Giovani, Sebastian, Bryan, Alexander, Ramon, Carl, Benjamim, Robert, Andrew, Wallace, Cesar e Philip. O que essas caras tem em comum? Grana, muita grana, e desejos avassaladores por mulheres.
A ideia do Clube 13 pode até parecer algo louco para quem está de fora, mas não para esses 13 homens. Cada um concordou em participar e pagar uma alta mensalidade, e acreditem os termos que estão no contrato são mega exigentes, e o não cumprimento dos mesmo acarreta em uma multa milionária.
'O contrato tem validade de sete anos entre os sócios. A sociedade poderá ser desfeita, apenas em caso de morte de um dos membros.'
Após tudo assinado, e tudo certo, eis que surge o Palácio Hanzel, situado em Madri, ele será palco de muito sexo e de várias encomendas.
O mundo é realmente frequentado por pessoas estranhas, com vontades esquisitas e com um desejo profundo em ser algo bem diferente do que são. Na mistura de rostos femininos e assustados, havia a curiosidade, havia a vontade de saber mais sobre esses homens fantasiados de tarados insanos ou seriam tarados fantasiados de homens que não sabem nada sobre sexo e estão tentando ser o melhor em algo desconhecido?
Eu não vou falar muito como o Clube 13 funciona, até por que perderia toda a graça, mas acreditem é algo diferente, nunca li nada parecido, e quando eu digo diferente, é de uma forma boa.
Se você está procurando romance, esqueça, aqui você não vai encontrar nada romântico. Mas não é porque não tem romance que o livro não é bom! Já deixo uma ressalva que Palácio Hanzel por enquanto está sendo o meu queridinho da série, pois aqui descobrimos como tudo começou, além de ficar desejando muitíssimo saber mais sobre a vida dos personagens.
Palácio Hanzel, adentra mais na vida de Evan e Sebastian (OMG! In Love). Enquanto no decorrer da leitura se descobre tudo sobre o passado de Evan, por outro lado a autora me deixou curiosa sobre o passado de Sebastian, pois nada é revelado, ela deixa pontas soltas, e isso está me deixando louca pela sequência, porque eu quero saber TUDO sobre o Sebastian, tem algo nele que me desperta o sentimento de proteção. E algo me diz, que a vida dele não foi nada fácil, aliás não está sendo nada fácil.
Todos ali têm alguma frustração, algo que precisa ser esquecido ou superado, mesmo tendo grandes quantias em suas contas, vejo todas as vontades. Nem tudo o dinheiro pode comprar, mesmo que pudesse, como compraríamos a felicidade? Por dose? Assim como o atendente nos serve o whiskey? Ou por quilo? Ou por dia? Se a felicidade pudesse ser comprada, em breve lançariam os planos pré-pagos e então teríamos dias exatos para nossas frustrações; ou seja, evitaríamos a tristeza e seria uma questão de tempo até que a felicidade se tornasse algo trivial.
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