O outro lado da moeda

O outro lado da moeda Oscar Wilde




Resenhas - O Outro Lado da Moeda (Teleny)


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Joao.Valdomiro 11/07/2023

Inigualável
Mores...???
Fiquei super interessado em ler o livro quando soube que existe a possibilidade dele ter sido escrito pelo Wilde, que é o autor do meu livro favorito da vida. No começo consegui sim ver algumas características típicas da sua escrita, mas conforme o livro foi se desenvolvendo essas semelhanças foram se perdendo.
O começo do livro achei tudo impecável, até o erotismo era de uma poesia tão bela que me deixou até surpreso, porque jamais havia lido algo assim sobre o corpo e o sexo masculino. Mas depois de um tempo o livro simplesmente vira pornografia pura, com acontecimentos que não agregam muito à história, sendo páginas e páginas de pura sodomia. Apenas quando ambos os personagens finalmente se juntam o livro volta a ficar interessante. Mas enfim, esse livro vai ficar na memória por ser tão único e polêmico. Pela experiência, eu recomendo demais a leitura.
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Celia.Celinha 14/01/2023

Então...
Não acredito que Oscar Wilde tenha participado da autoria do livro, que foi o principal motivo do meu interesse por lê-lo, seguido do tema principal que é o relacionamento entre dois homens; pois em alguns livros que li o assunto foi apenas abordado, mas não foi o principal. E, por conhecer um pouco sobre a dificuldade e o sofrimento de Oscar Wilde, homossexual na Europa do século XIX, busquei por um romance emocionante, intenso, erótico e reflexivo, mas, não foi isso que encontrei.
Logo no início já abstraí Wilde de minha mente e, passei a ler o livro acreditando ser apenas de um autor desconhecido pois a escrita em nada me remetia a Oscar. E, eu diria que 90% do livro se detém em descrever atos sexuais detalhadamente. Em alguns momentos, o erotismo aparece, mas, em vários outros, dá lugar a pornografia, utilizando inclusive (em poucas passagens) de palavras grosseiras. Os 10% restantes do livro, que tenta contar um pouco da história das personagens Teleny e Camille, mostra, em alguns momentos, um arrebatamento repleto de paixão entre os dois, em que o autor tenta dar um toque de poesia, porém, nada muito além disso e, em minha opinião, Oscar Wilde, exploraria o assunto com muito mais profundidade, o que não aconteceu. As demais personagens apenas "passaram" pelo livro, com exceção da mãe de Camille, que impacta um pouco mais no final, porém, com um desfecho raso, em minha opinião.
Enfim, não recomendo. Não gostei.
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Roberto Soares 22/01/2022

Publicado anonimamente em 1893, "O outro lado da moeda" foi quase imediatamente atribuído a Oscar Wilde. Lançado 2 anos após "O Retrato de Dorian Gray", a obra foi identificada como sendo de Wilde principalmente após o escândalo do qual o autor seria alvo em 1895. Condenado por prática homossexual, Oscar Wilde se tornou um dos maiores mitos da história da homossexualidade moderna.
Hoje a teoria mais aceita é a de que o romance na verdade foi escrito em conjunto por vários autores, provavelmente do mesmo círculo de Wilde, que pode ter contribuído apenas em parte da escrita do romance ou na sua revisão.
Encontramos aqui os singulares aforismos que para alguns denunciam sua identidade, como "O pecado é a única coisa pela qual se vale a pena viver" ou "Não são as dores do Inferno que tememos, mas sim a sociedade mesquinha que vamos encontrar lá embaixo". Mas não é apenas isso. A conexão direta entre o dom artístico do amante e a presença do amado também é evidente em Dorian Gray, bem como a ideia de beleza e arte como encobridoras do pecado e da culpa, principais filosofias de vida do escritor.
Sobre o enredo do livro, trata-se da paixão entre o jovem francês Camille Des Grieux e o pianista húngaro René Teleny. Se, para Wilde, "cada homem mata aquilo que ama", é com este pensamento em mente que vamos acompanhar essa história do início ao fim, carregada pela superstição, pelo destino e pelo mal agouro. Mesmo os episódios sexuais são encobertos por uma carga negativa e, na minha opinião, até repulsiva, refletindo a ideia da transgressão e do sofrimento ligados ao prazer da sexualidade.
Embora seja um romance altamente erótico (às vezes beirando o pornográfico), "O outro lado da moeda" é mais uma história sobre a descoberta e experiência do primeiro "amor verdadeiro" e sua exploração física e emocional até o nível mais extremo (e trágico).
Com ou sem Wilde, este é um bom livro tanto no seu sentido literário quanto no sentido histórico, sendo um relato tão franco e intenso da estética homossexual no fim do sec. XIX, escrito por mãos daqueles que já começavam a dar mostras de uma luta para afirmar seu lugar na sociedade.
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Roberto Soares 22/01/2022

Publicado anonimamente em 1893, “O outro lado da moeda” foi quase imediatamente atribuído a Oscar Wilde. Lançado 2 anos após “O Retrato de Dorian Gray”, a obra foi identificada como sendo de Wilde principalmente após o escândalo do qual o autor seria alvo em 1895. Condenado por prática homossexual, Oscar Wilde se tornou um dos maiores mitos da história da homossexualidade moderna.
Hoje a teoria mais aceita é a de que o romance na verdade foi escrito em conjunto por vários autores, provavelmente do mesmo círculo de Wilde, que pode ter contribuído apenas em parte da escrita do romance ou na sua revisão.
Encontramos aqui os singulares aforismos que para alguns denunciam sua identidade, como “O pecado é a única coisa pela qual se vale a pena viver” ou “Não são as dores do Inferno que tememos, mas sim a sociedade mesquinha que vamos encontrar lá embaixo”. Mas não é apenas isso. A conexão direta entre o dom artístico do amante e a presença do amado também é evidente em Dorian Gray, bem como a ideia de beleza e arte como encobridoras do pecado e da culpa, principais filosofias de vida do escritor.
Sobre o enredo do livro, trata-se da paixão entre o jovem francês Camille Des Grieux e o pianista húngaro René Teleny. Se, para Wilde, "cada homem mata aquilo que ama", é com este pensamento em mente que vamos acompanhar essa história do início ao fim, carregada pela superstição, pelo destino e pelo mal agouro. Mesmo os episódios sexuais são encobertos por uma carga negativa e, na minha opinião, até repulsiva, refletindo a ideia da transgressão e do sofrimento ligados ao prazer da sexualidade.
Embora seja um romance altamente erótico (às vezes beirando o pornográfico), “O outro lado da moeda” é mais uma história sobre a descoberta e experiência do primeiro “amor verdadeiro” e sua exploração física e emocional até o nível mais extremo (e trágico).
Com ou sem Wilde, este é um bom livro tanto no seu sentido literário quanto no sentido histórico, sendo um relato tão franco e intenso da estética homossexual no fim do sec. XIX, escrito por mãos daqueles que já começavam a dar mostras de uma luta para afirmar seu lugar na sociedade.
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Byby 07/12/2014

Havia tempo que um romance não me tocava assim. Fim da resenha.
Buia 29/06/2020minha estante
Digo exatamente o mesmo!




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