Paris é Uma Festa

Paris é Uma Festa Ernest Hemingway




Resenhas - Paris é uma Festa


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Larissa Barbosa 15/04/2013

Encantada
É como estou. Encantada. Morro de vergonha de admitir que nunca havia lido qualquer coisa do Hemingway, mas "Paris é uma festa" é um relato apaixonante. O livro é cheio de bons insights e guardei citações maravilhosas. Ah, é uma não-ficção, o que pode decepcionar a quem lê desavisado, mas é fantástico. Me deu vontade de sair lendo tudo do autor.

Particularmente, adoro livros que nos levam a outros livros. É uma forma de não me sentir orfã quando o livro acaba, como se houvesse uma continuidade. "Paris é uma festa" oferece um banquete nesse sentido. Tantos grandes autores são citados em suas particularidades que bate um nervoso por não saber por onde começar. Nunca li O Grande Gatsby (outra vergonha), mas depois de ler esse livro, ele foi parar no topo da minha wishlist. É por essas e algumas outras que acredito que eu não poderia ter entrado no mundo do Hemingway por melhor porta. Recomendo.
Anderson 02/03/2014minha estante
Sua resenha me convenceu a lê-lo ;)


Cristina117 09/11/2020minha estante
Não querendo deixar dúvidas. Mas O Grande Gatsby não é lá essas coisas. Paris é uma festa estou adorando!


Fernanda M. 26/09/2021minha estante
Leiam o Grande Gatsby, é uma obra de arte! Para complementar a leitura de Paris é uma festa, aconselho assistir Meia-noite em Paris, do Woody Allen, filme de 2010. Fiz uma resenha do filme e do livro no meu canal no YouTube: Primeira Impressão ??


Ester71 07/12/2021minha estante
Falou tudo o que queria falar!


Larissa Barbosa 05/02/2023minha estante
Gente, o vídeo da Fernanda M., que comentou acima, está muito interessante e complementa bastante a resenha. Assisti só agora, um ano depois do comentário e vale a pena. Vamos enaltecer quem produz bons conteúdos: https://www.youtube.com/live/msXtHC5KD7c?feature=share


Fernanda M. 28/02/2023minha estante
Obrigada Larissa B.! Estava sumida, mas voltei a ativa! Abraços


Illa.Mayani 23/01/2024minha estante
Preciso ler esse livro. Do clube de leitura que eu participava foi o único que passai batido e nem sei o pq.?




Flávia Menezes 08/11/2022

??S?IL VOUS PLAIT, UM CAFÉ-CRÈME E UM EAU-DE-VIE PRO ERNEST
?Paris é uma Festa?, é uma obra de não-ficção editada a partir dos manuscritos de Ernest Hemingway, lançado em 1964, ou seja, três anos após a morte do escritor.

A ideia de reunir essas anotações feitas pelo escritor no período no qual ele viveu em Paris com sua primeira esposa, Hadley Richardson, surgiu quando sua última esposa e viúva, Mary Hemingway, recuperou dois pequenos baús que Hemingway havia deixado no porão do Hotel Ritz Paris, em maio de 1928, e que continham cadernos nos quais o escritor havia preenchido com anotações durante a década de 1920.

Mary, então, transcreveu os cadernos e começou a preparar o livro de memórias, que retrata tanto o processo de escrita adotado pelo escritor, quanto sobre o seu convívio com personalidades, tais como Pablo Picasso, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, e James Joyce, apenas para citar alguns.

A narrativa desse livro é simplesmente deliciosa, e o que mais me encantou foi essa sensação que ela emana de se estar sentada em um café em Paris, em um lindo e agradável dia de primavera, observando um mundo bastante diferente desses da nossa atualidade, enquanto converso com Hemingway. Tempos em que uma guerra havia feito seus estragos, mas que, naquele momento, era o vislumbre de novos tempos, novas oportunidades.

Exatamente o que o jovem Hemingway buscava, tendo ele deixado sua vida de jornalista, para se aventurar na cidade do Velho Mundo que respira à romance, e deixar que sua criatividade pudesse fluir tão naturalmente que, um belo dia, lhe renderia uma obra que realmente o tornaria um grande escritor.

O mais gostoso de acompanhar a narrativa, e observar o processo de imersão na escrita no qual o jovem Ernest Hemingway viveu, é que podemos sentir as dificuldades vivenciadas por ele, para percorrer esse caminho audacioso da escrita.

Hemingway não era nenhum abastado que passava o seu dia esbanjando luxos como todo bon-vivant, enquanto escrevia os contos que venderia para revistas alemães. Ao contrário, em um dos capítulos que para mim foi o mais tocante, ele descreve o quanto chegava a pular as refeições, e passava fome por não ter dinheiro o suficiente para prover para a sua família. E quem foi que disse que um escritor se faz apenas de momentos felizes e tranquilos, não é mesmo?

Mas até nesses momentos de dificuldade, há poesia, há fluxo de criatividade correndo em cada uma das páginas. Nesse capítulo em que ele não tinha muito o que comer, existe uma consciência tão diferente sobre o se esvaziar do alimento para se preencher pela arte, que me tocou profundamente. De fato, um momento de tão grande identificação, porque nem sempre é o alimento que nos sacia. E quando a arte corre pelas nossas veias, a necessidade de se sentir preenchido(a), de se satisfazer vai muito além das necessidades básicas humanas. E nisso, eu entendi bem o jovem Hemingway!

Aliás, existem ali detalhes sobre atos e ações tão importantes que nos dão acesso à criatividade, que faz desse livro uma fonte riquíssima para quem quer ser escritor. A forma como Hemingway transita entre o processo de escrita e a vida ao seu redor é uma verdadeira aula de que um bom escritor, também precisa se enriquecer com o mundo. Tudo isso, sem perder o seu tempo de escrita, é claro!

Curioso como aquilo que mais desagrada as pessoas, pode agradar à outras. E eu confesso que essa personalidade explosiva do jovem Hemingway me encantou, porque suas emoções transcendem às suas palavras. Ele dizia o que vinha à sua mente, mas também sabia viver bem suas amizades, e se mostrou bastante inteligente diante de pessoas difíceis como Gertrude Stein e F. Scott Fitzgerald.

Aliás, como me deixou impressionada a parte em que o livro retrata F. Scott Fitzgerald. Era a descrição exata do seu próprio personagem, Gatsby. E confesso que foi bastante divertido ver algo tão surreal, sobre personalidades que praticamente viviam o que escreviam, mesclando a ficção com a vida real.

Em muitos momentos, Hemingway me lembrou da biografia que eu li sobre o Tolkien, pois ambos se ausentavam por um longo tempo de suas casas, passando o seu dia ao lado de outros escritores e artistas, falando sobre suas obras e se alimentando da criatividade uns dos outros.

O que deve ter sido uma vida bastante solitária para Hadley Hemingway, sozinha em Paris, e o que me faz querer ler muito em breve o livro da autora Paula McClain, ?The Paris Wife? (título em português ?Casados com Paris?), que em uma narrativa ficcional traz uma série de pesquisas para compor como foi a experiência desses anos em Paris olhos da Hadley.

Mas muito embora ele passasse mais tempo longe, ainda assim, era bonito ver a cumplicidade e companheirismo que ele mantinha com a esposa. As viagens, as longas conversas sobre bons momentos que desfrutaram juntos, os jantares que frequentavam juntos em Paris, e as corridas de cavalos em que se divertiam apostando, foram momentos que me tocaram profundamente.

Por trás de grandes homens tais como Stephen King, J.R.R. Tolkien e Ernest Hemingway, se esconderam grandes mulheres. E é exatamente por essa parceria que faz toda a diferença, que os impulsiona e possibilita uma imersão tão profunda ao mundo da escrita que os faz alcançar o tão sonhado sucesso nesse universo tão concorrido, que termino com um dos diálogos que mais me tocaram nessa história:

? ? Ah, uma coisa que eu aprendi bem.
? O quê?
? Que nunca se deve viajar com uma pessoa a quem não se ame.
(...)
? Pobre Scott. ? disse eu.
? Pobre todo mundo. ? disse Hadley. ? Pobres tipos cheios de si e de vento.
? Nós é que somos felizes, meu bem.
? Vamos fazer força para continuar assim.?
Francisco 08/11/2022minha estante
Depois dessa sua resenha vou criar coragem para ler "Por Quem os Sinos Dobram", pelo qual tenho certa curiosidade há algum tempo. Ótimos os detalhes biográficos sobre Hemingway. É uma pena que um gênio literário tenha tido um fim tão angustiante.


Flávia Menezes 08/11/2022minha estante
Essa sua leitura eu vou acompanhar pra ver o que você vai achar. E sobre isso dos gênios literários e seus tristes fins? é sempre assim, não é?


Dheyvison Jr. 08/11/2022minha estante
Olha a Flávia invocando todo o seu francês ??


Francisco 08/11/2022minha estante
Sim, na maioria das vezes é assim


Flávia Menezes 08/11/2022minha estante
É o poder do Google, Dheyvisom ?


Fabio 08/11/2022minha estante
Belíssima resenha querida!
Parabéns pela resenha e por ter concluído mais um dos clássicos Americanos. Quando eu crescer quero ser igual a você! Rsrs


Flávia Menezes 08/11/2022minha estante
Obrigada, Fábio!!! Esse eu te garanto que é gostosinho de ler. Mas olha? na escola das leituras, você é professor. Eu sou só a aprendiz! ???




Mariana Dal Chico 23/02/2020

“Paris é uma festa” de Ernest Hemingway, publicado pela primeira vez em 1964, é um livro de memórias que no prefácio o autor diz que se o leitor quiser, pode considerar essa obra como ficção.

Livros de memórias/autobiografias me deixam um tanto reticente em confiar 100% naquilo que está sendo contado, afinal, dificilmente alguém vai desnudar seu lado sombrio para ser julgado sob holofotes.

Hemingway tem um estilo único, direto, onde cada palavra é cuidadosamente escolhida para compor frases e nada sobra. A leitura fluiu rapidamente com capítulos curtos e separados por fases/pessoas que o autor conheceu no seu começo de carreira como escritor em Paris, depois de deixar seu emprego como jornalista para se dedicar à literatura.

A desmistificação do glamour de Paris na década de 20 e da profissão do escritor permeia todo o livro. Hemingway deixou de almoçar muitas vezes para que sua esposa e filho tivessem o que comer, o aquecimento do quarto em que moravam não era eficaz, ele passava horas sentado em um café barato tentando encontrar as palavras certas para tentar vender seus contos. Recebeu muitas recusas antes de conseguir começar a publicar e ganhar algum dinheiro como escritor.

Para se distrair do próprio trabalho e estudar outros escritores, Hemingway emprestava livros na biblioteca de Sylvia Bech, porém não conseguia pagar as mensalidades. Era ela também quem o socorria quando seu dinheiro acabava.

Hemingway não foi muito gentil ao falar de sua relação com Gertrude Stein, que começou bem, eles passavam longas conversando sobre diversos assuntos, mas com o tempo, essas conversas perderam força e “ […] Miss Stein começou a ficar parecida com um imperador romano […]”p.142

Com Fitzgerald o sentimento é ambíguo, por um lado Hemingway admirava seu trabalho, mas por outro parecia ressentido com o sucesso financeiro do amigo. Os dois fizeram uma viagem para recuperar o carro dos Fitzgerald e, apesar de demonstrar exasperação, Ernest cuidou muito bem de Scott em um momento de crise.

Gostei muito da leitura e fui transportada para Paris dos anos 20 com as descrições vívidas, repletas de carinho, dessa cidade que me encanta.

site: https://www.instagram.com/p/B86cRK0DDmM/
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Lu Reis 17/01/2024

"Uma Paris da década de 20 é apresentada ao leitor em tom de saudade e devoção. O escritor fala da vida que levava com a esposa, cercados de cultura, e sem estabilidade financeira.

O casal podia não ter o que comer em casa, mas não deixava de comparecer a eventos sociais, nem de tomar uma boa garrafa de vinho.

Entre os amigos de Hemingway estavam nomes como F. Scott Fitzgerald, James Joyce e Ezra Pound. O relato autobiográfico do escritor tem muito carinho por essas figuras.

Cafés que inspiram a escrita, o nascimento do filho e de textos, a paixão pela vida. É impossível terminar de ler este livro sem sentir uma vontade enorme de conhecer a capital francesa e tecer com ela sua própria história. Ainda bem que a Paris de Hemingway nós temos a chance de visitar nestas páginas."
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Carol Nery 26/03/2020

Hemingway e eu
Minha história com Hemingway começou devagar...
O Velho e o Mar, O Sol Também Se Levanta... Até um amor nascer em Adeus as Armas.
Chegamos a Paris É Uma Festa em uma época tensa, não só no Brasil, como no mundo.
E por isso essa leitura foi mais bem-vinda ainda. Bem menos nebulosa.
Queria e precisava de uma literatura desse tipo.
Hemingway, como sempre, ótimo. Na ficção ou na vida real.
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Carine 10/04/2023

Agridoce
?Paris é uma festa? foi minha indicação para o clube. Tínhamos que falar sobre os anos 20 e já íamos ler Gatsby então foi automático pensar em Hemingway e nesse livro.

A biografia apresenta as memórias de Hemingway a respeito do tempo em que viveu em Paris, na década de 20. Época em que o autor, hoje considerado um dos maiores escritores de todos os tempos e vencedor de prêmios como Pulitzer e Nobel, tinha apenas vinte e poucos anos.

É possível sentir em cada página o carinho que Hemingway tinha por esse tempo já distante de sua vida. Como o livro foi escrito na década de 50, fica perceptível a saudade com que o autor lembra da rotina que vivia, dos lugares que frequentava e das pessoas que conhecia andando pela cidade luz.

Entre as muitas personalidades, ele tirou um tempo especial para falar de James Joyce, Gertrude Stein, Ezra Pound e claro, Scott Fitzgerald.

No prefácio, o próprio autor diz que se o leitor preferir pode considerar este um trabalho de ficção já que, de qualquer forma, não foi possível incluir tudo o que foi vivido naquele tempo.

A verdade é que dificilmente ?Paris é uma festa? soe como uma autobiografia e o caráter pessoal também impede de parecer um romance. Os capítulos curtos e a temática cotidiana remetem a crônicas. E o clima ?morno, mas saudoso? pode só funcionar com quem realmente quer gostar da experiencia de leitura.

O mais triste é saber que foi durante a revisão destas memórias que Hemingway se suicidou.
Deixo essa leitura com um sentimento agridoce e apaixonada por Paris.
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Juliana 18/10/2020

Paris
Realmente, Paris é um sonho, uma festa, para os artistas no início do século XX. O livro conta uma fase da vida do autor, na qual em cada esquina se encontrava um artista...
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Fer Paimel 24/08/2021

Diferente do esperado
Estou na missão de ter contato com várias obras de autores que eu gosto e Hemingway com certeza é um deles?
Esse livro é autobiográfico de um período em que Hemingway morou em Paris com sua esposa, na década de 1920. É legal porque ele conta os perrengues, desavenças com outras pessoas e retrata seu contato com outros autores muito famosos, como James Joyce e F. Scott Fitzgerald.
Inicialmente, pensei que seria um enredo de ficção, com personagens e tal, depois descobri que era autobiográfico kkkk Não sou muito de ler (auto)biografias, mas essa foi legal, recomendo!!
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Gigio 28/08/2023

Uma delicia
Adoro ler os livros de Hemingway e esse é uma delícia, um verdadeiro prazer, simples, encantador e aconchegante.
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Brenda 29/04/2022

Essa festa virou um enterro
Minha experiência com Paris é uma festa não foi boa, que livro chato. A festa literalmente virou um enterro. Ele fala que escreveu o livro para relembrar os tempos em que era pobre e feliz mas é apenas uma série de descrições amargas sobre pessoas desagradáveis que ele conheceu por la
Caiovisck 15/09/2022minha estante
Achei ignorante e infeliz da sua parte dizer que foram uma série de descrições amargas, e principalmente por falar ''pessoas desagradáveis''. De fato algumas pessoas que passaram por ele se encaixam nesse seu contexto, mas você diz como se todos no livro fossem ''desagradáveis'' - o que não é verdade.
Foi meio inocente também você ter baseado o livro inteiro no título.
E descrições amargas? Acredito que sejam mais realistas e reflexivas. Não é um livro de romance, cheio de floreios, e ''poesia'' em cada trecho.




Jurubeba1 16/10/2023

Comprei o livro em um sebo comecei a ler sem imaginar sobre o que seria e acabou se tornando em um rico diário sobre a vida do autor em Paris!

É impressionante como ele conseguiu me levar junto com ele em todas as suas aventuras e eu de fato me senti vivendo lá.

E por mais que eu tenha começado me sentindo perdida, a história foi crescendo a cada página que virava a ponto de deixar um vazio no peito quando finalizei! É de fato uma leitura muito aconchegante :)
Beatriz 16/10/2023minha estante
estou com esse livro na estante há anos mas sua resenha me fez (finalmente) ter vontade de ler :)




CrisValmont 22/01/2010

Paris é uma Festa e Restored Edition

Paris é uma Festa [A Moveable Feast] é o conjunto de memórias do autor americano Ernest Hemingway sobre seus anos em Paris, como parte do círculo dos escritores expatriado em 1920. Além de pintar um quadro desse tempo, ele esboça a sua luta como jovem escritor entre os famosos da época e a sua história e de sua primeira mulher, Hadley.

Em Paris é uma Festa aparecem pessoas importantes como Aleister Crowley, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, Ford Madox Ford, John Dos Passos, James Joyce e Gertrude Stein.

O livro foi editado pela quarta esposa de Ernest, Mary Hemingway, e publicado em 1964, quatro anos após a morte de Hemingway. Ele contém observações e relatos pessoais de sua experiência em 1920. Fornece detalhes de endereços específicos de cafés, bares, hotéis e apartamentos que ainda podem ser encontrados hoje em dia em Paris.

O título foi sugerido por um amigo de Hemingway A.E. Hotchner, autor de Papa Hemingway, e vem de uma conversa a dois que tiveram uma vez sobre a cidade durante as primeiras visitas de Hotchner à Paris: "Se você tiver a sorte de ter vivido em Paris, quando jovem, então onde quer que vá para o resto de sua vida, ela permanece com você, porque Paris é uma festa móvel."

Antecedentes

Em 1956, Hemingway, encontrou uma mala deixada no porão do Hotel Ritz, em Paris. A mala contidas cadernos com anotações que fizera durante os anos em que viveu em Paris. Ele transcreveu os cadernos e durante o período em que trabalhou em Dangerous Summer terminou os manuscritos. O livro foi publicado em 1964, após a morte de Hemingway. Uma reedição do romance foi publicada no final de 2009, com revisões feitas pelo neto de Hemingway. As restaurações são baseadas em um manuscrito "digitado com anotações originais a mão de Hemingway - o projeto do último livro que ele jamais terminou" e são, aparentemente, mais próximo da versão final pretendido por Hemingway.

Editado por Mary Hemingway

Ernest Hemingway trabalhou no manuscrito de Paris é uma Festa durante seus últimos anos, penosamente reescreveu algumas passagens-chave, e tinha preparado um projeto final antes de morrer. Após sua morte, no entanto, sua quarta esposa, Mary, na sua qualidade de executora literária de Hemingway, engajou-se na edição.

O estudioso literário Gerry Brenner da Universidade de Montana questionou os documentos editados e a sua validade, no seu livro, "Are We Going to Hemingway's Feast?" Depois de examinar a vasta coleção de documentos pessoais de Ernest Hemingway, que foram aberto ao público em 1979, com a inauguração da Biblioteca John F. Kennedy em Boston, incluindo notas e esboços iniciais de Paris é uma Festa, Brenner indica que Maria modificou a ordem dos capítulos no projeto final de Hemingway, para "preservar a cronologia". Brenner verificou que isso parece modificar a intenção do livro, interrompendo a série de esboços do caráter justaposto entre os indivíduos, como Sylvia Beach (proprietária da livraria "Shakespeare and Company") e Gertrude Stein. Além disso, um capítulo inteiro, intitulado "O nascimento de uma nova escola", que tinha sido abandonada por Hemingway, foi introduzido por vontade de Maria, sem justificação suficiente em seu conteúdo ou execução.

De longe, a grave edição, Brenner alega, que Maria excluiu um pedido de desculpas a Hadley, primeira esposa de Hemingway. Este pedido de desculpas aparece em diferentes formas em cada projeto do livro, e Brenner sugere que Maria foi excluindo essas partes porque elas imputavam seu próprio papel como esposa e acabavam indicando que Hadley fora o cônjuge mais importante.

Nova Edição

Em 2009 uma nova edição, chamada de "Restored Edition", foi publicada por Seán Hemingway, neto de Hemingway e de sua segunda esposa. Ele inclui uma série de mudanças:

• A carta introdutório de Hemingway, reunida em vários fragmentos por Mary Hemingway, foi removida.

• Os capítulos intitulados "Birth of a New School" e "The Pilot Fish and the Rich", e grande parte do "Ezra Pound and the Measuring Worm", "There is Never Any End to Paris" e "Winter in Schruns" foram adicionados.

• O Capítulo 7 ( "Shakespeare and Company") foi deslocado para o capítulo 3, e o capítulo 16 ( "Nada y Pues Nada"), foi transferido para o final do livro.

• O uso de Hemingway da segunda pessoa foi restaurado em muitos lugares, uma mudança que Seán afirma que "trás o leitor para a história".

Parte do novo prefácio de Patrick Hemingway:

Aqui está a última mostra da escrita profissional do meu pai, o verdadeiro prefácio à Paris é uma Festa: "Este livro contém material da remises da minha memória e do meu coração. Mesmo que uma tenha sido adulterada e o outro não exista.”

By anosloucos.blogspot.com
Nathália 23/10/2011minha estante
"De longe, a grave edição, Brenner alega, que Maria excluiu um pedido de desculpas a Hadley, primeira esposa de Hemingway."

Eu ainda não tive oportunidade de ler esse livro. Mas li que muitos fãs e estudiosos da vida do Ernest, consideram a Hadley como a esposa mais importante das quatro.

Será que tudo isso foi ciúmes ? HAHAHAHA




Caiovisck 04/04/2021

Paris é uma festa ambulante!
O que achei do livro e o que aprendi foram variados assuntos que não consigo por aqui. Mas posso reafirmar que como no final, Paris não tem fim e que as recordações das pessoas que lá tenham vivido são próprias, distintas uma das outras. E espero logo poder ter como fazendo parte da descrição do livro, minhas próprias lembranças e recordações daquele lugar, Paris.
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Leiliane R. Falcão 14/10/2020

Deslumbrante
Se você amou meia-noite em Paris, deveria ler este livro!

Eu sempre fico impressionada com a escrita do Hemingway: elegante, honesta e direta. Paris é uma Festa funciona como uma espécie de autobiografia de Hemingway na Paris dos anos 20. Aqui aparecem vários personagens ilustres que viviam na cidade: Gertrude Stein, Picasso, Ezra Pound, Joyce, Silvia Bleach e a maravilhosa Shakespeare & co, além do casal Fitzgerald.
O livro é um mergulho não só na vida da cidade, mas também no universo literário, nas dores e alegrias de quem tenta exercer o ofício da escrita.
Eu considero este livro obrigatório para quem ama clássicos (o Hemingway faz uns comentários muito interessantes sobre literatura ao longo do livro), pra quem ama viajar, e pra quem ama biografias honestas e bem escritas. Maravilhoso!
Alê | @alexandrejjr 14/10/2020minha estante
Já viu o filme "Meia-noite em Paris", Leiliane?


Leiliane R. Falcão 18/10/2020minha estante
Sim, eu o menciono na primeira linha da resenha.


Alê | @alexandrejjr 18/10/2020minha estante
Nossa, falha minha. Acho que li na madrugada. ?




Nernwie 24/01/2022

Esse livro foi algo diferente?
Paris é uma festa: você provavelmente não leu nada igual. A escrita é tão específica, mas tão diferente. Principalmente no que diz respeito a forma que a obra foi criada, é um livro de memórias escrito anos após os acontecimentos narrados.
Durante boa parte da leitura eu me senti viajando pelas memórias do autor, e de certa forma, tendo uma visão restrita (sei que os livros funcionam assim, mas?), não sei se fui tanto com a cara de Ernest.
Recomendo a leitura pelos pequenos momentos em que é possível rir (de verdade) dos comentários/pensamentos dele. Mas não posso dizer que amei o livro. Várias partes me irritaram. Não foi a leitura que eu imaginei que seria.
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