Ana Luiza 26/12/2014
Resenha do blog Mademoiselle Loves Books
Rafe Sullivan tem uma agência de investigação particular bem sucedida, especialmente por causa dos inúmeros casos de infidelidade já resolvidos. Apesar de não admitir nem para a própria família, Rafe está esgotado e simplesmente não aguenta mais investigar pessoas infiéis. De fato, toda a experiência de Rafe, tanto como investigador como policial (carreira que seguira antes de abrir seu negócio), fez com que ele perdesse sua fé nas pessoas. Para Rafe, todo mundo esconde algo ruim, tem um lado não tão bom, e o amor é tão raro como uma lua azul.
Por insistência de sua irmã Mia, Rafe resolve tirar umas férias e passar o verão na mesma cidadezinha onde ficava nos verões de sua infância e também na mesma casa de veraneio que a família perdera durante uma crise, mas que Rafe compra para si. Voltar para a casa do lago é um mergulho nas memórias e uma grande surpresa quando Rafe percebe que a casa está completamente acabada e inabitável. Mas a maior surpresa do verão será o reencontro com Brooke Jansen, a antiga e nova vizinha de Rafe, que de uma garotinha doce e inocente transformou-se em uma belíssima e forte mulher.
Brooke não esperava jamais ver um Sullivan novamente, especialmente Rafe, o mais selvagem dos irmãos e justamente pelo qual ela era completamente apaixonada. Entretanto, a menininha que Rafe conhecera cresceu e, após a morte dos avós, abandonou uma carreira bem sucedida em Seattle para morar na casa do lago dos avós e sobreviver vendendo deliciosas frutas. Brooke é o tipo de pessoa certinha, mas seguir as regras não lhe garantiu felicidade. O primeiro passo para se libertar foi ter voltado para o lago, mas é em Rafe que Brooke enxerga sua oportunidade para definitivamente ser selvagem pela primeira vez.
Enquanto reforma sua casa, Rafe aceita ficar na casa de Brooke, o que, no final, pode não ter sido uma boa ideia. A atração entre os dois é óbvia e Brooke propõe que eles tenham apenas um descompromissado caso de verão. Entretanto, por mais que deseje Brooke tanto quanto ela o deseja, Rafe sabe que no fundo a garota não foi feita para algo assim tão casual e tem medo de acabar sendo um canalha e partindo o coração dela. Mas Brooke está determinada a provar que não é tão frágil assim e fazer com que Rafe aceite sua proposta, algo que não será tão difícil, afinal, parece que ele não está tão disposto assim a resistir.
O Jeito Que Me Olha é o nono livro da série Os Sullivans, cujos volumes podem ser lidos de forma completamente independente. Já tinha ouvido falar bastante da série, especialmente através da minha mãe, que adora a saga dos Sullivans. Por serem romances eróticos, os livros nunca despertaram muito meu interesse, até que em uma sexta-feira para lá de entediante vi esse livro na estante e resolver arriscar, e acabei gostando.
O Jeito Que Me Olha é um romance rápido - o li em poucas horas -, leve, divertido, fofo e sensual. A obra é perfeita para um final de tarde ou para quem procura uma leitura descomplicada. A autora conseguiu me envolver logo nas primeiras páginas, e, apesar dos muitos clichês e do final previsivelmente romântico e feliz, Andre conseguiu me surpreender em alguns momentos e me deixar curiosa pelo o que viria a seguir.
A narrativa da autora é em terceira pessoa, mas alterna ao se focar mais na Brooke ou no Rafe e temos até mesmo um capítulo com a perspectiva da Mia, onde a autora nos dá um gostinho da história da personagem e deixa a entender que ela será a próxima protagonista da série. Andre conseguiu desenvolver bem a trama e, algo que me agradou bastante, é que a autora sabe bem em que momentos colocar suas bem descritas, sensuais, mas também românticas, cenas de sexo, apesar de que mais para o finalzinho do livro senti que tais cenas ficaram um pouco repetitivas. Entretanto, O Jeito Que Me Olha não é só um romance erótico, mas também uma história de amor fofa e divertida.
Gostei bastante dos personagens, todos têm papel na história e muita personalidade. Adorei a Brooke por ser uma mulher independe e decidida, que corre atrás do que quer e quem quer, mas também por ser uma pessoa que sabe apreciar as pequenas felicidades diárias. É impossível não gostar do selvagem e sedutor Rafe, que também é um cara fofo e muito protetor. Gostei também bastante da Mia, e estou ansiosa para conferir o livro dela.
O Jeito Que Me Olha foi tudo o que esperava dele: uma leitura para descansar a cabeça, dar boas risadas e suspirar. A obra tirou a resistência que tinha com a série Os Sullivans, cujos volumes pretendo ler em breve.
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