As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender

As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender Leslye Walton




Resenhas - As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender


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Samantha @degraudeletras 18/01/2015

WALTON, Leslye. As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2014.
Esse é um dos melhores lançamentos de 2014 da Editora Novo Conceito que li nos últimos meses. A estória e a narrativa são tão interessantes que me cativaram, antes da página 100 eu já emanava coraçõezinhos por esse livro.

A narrativa de Leslye me lembrou uma mistura de Douglas Adams, ao mesclar o improvável até uma solução simples mas bem maliciosa, e Amelie Poulain, devido ao compasso meio acelerado de alguns pensamentos mas sem deixar de lado aquele tom doce e apaixonante da vida. O comum e o surreal lado a lado.

Ava Lavender é uma garotinha que nasceu com asas e ela nos conta até mais ou menos a metade do livro a estória de seus familiares (desde a bisavó, passando pela avó, mãe e chegando a sua jornada). É muito interessante ver essa colcha da família Lavender se desenvolver junto a fins que mais parecem as metáforas metafísicas do autor do Guia dos Mochileiros. E do meio para o fim, a sua própria vida e como é ser diferente (ninguém nasceu com asas aí, né?!) e viver trancafiada em casa por medo (neura da mãe de Ava que é mais ou menos compreensível uma vez que a estória se passa no início de 1900 e alguma coisa - a primeira data relatada no livro é 1904, que corresponde ao nascimento da bisavó de Ava) de que as pessoas a machuque.

Ao ler a sinopse, imaginei que Ava descreveria mais a sua vida do que a das mulheres de sua família e isso me decepcionou um pouco, mas só porque eu já esperava uma coisa X. Mas ao final das contas, o livro teve um saldo positivo, pois mesmo sendo diferente do que imaginei, a estória foi tão fascinante que isso foi o de menor importância.

A melancolia é um sentimento perene nesse livro, por mais que o coração do leitor esteja apaixonado por aquela estória, é triste ver a vida vazia de alguns personagens e mesmo assim amá-los. Sobre os personagens, eles trazem muito da nossa realidade... O coração partido, o esperançoso, o esperto, o ambicioso, o sonhador, o puro, o amigo, chegando até a ser caricato e simbólico (cada um com seu sofrimento e seu objetivo de vida).

A autora trabalhou muito bem o desenvolvimento da estória, assim como a beleza da sua narrativa. Esse livro, com certeza, já está cotado para uma das melhores leituras do ano.

site: http://www.wordinmybag.com.br/
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Juliana Leite 02/12/2020

Esse livro é uma coisa especial. Escrita, descrições, personagens, destinos... Ele vale a pena de um jeito que só lendo pra entender, porque eu acho difícil explicar.
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Henri B. Neto 10/02/2015

Resenha: As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavander
Sabe aquele livro incrível, que você termina, e não sabe colocar em palavras todos os seus sentimentos sobre ele? Bom, foi exatamente isto o que aconteceu com "As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender". Eu tenho certeza que, se não estivesse na minha meta de 2015 fazer um comentário sobre cada livro lido no ano, muito provavelmente não iria escrever sobre. Pois já se passaram dois dias em que terminei a leitura, e ainda não sei externar todas as gamas de emoção que esta história criada por Leslye Walton deixou em mim. E ao mesmo tempo em que isto me deixa muito feliz, pois mostra o quão poderoso este romance foi para mim, também fico MUITO frustrado, pois quero que mais pessoas leiam ele. Pois ele merece.
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E o mais engraçado disso tudo é que, talvez, este meu desejo incontrolável de partilhar "Ava Lavender" com o mundo seja por eu não ter dado NADA pelo livro, até ler ele. E me sinto culpado. Muito mesmo. Pois já vamos ser claros: Este é um livro incrível! A narrativa da autora, ao mesmo tempo em que é extremamente simples, possui todo um ritmo lírico que transparece pelas páginas. Como a sinopse dá a entender, Lesley Walton envereda pelo realismo fantástico com uma segurança impecável, e isto deu um clima tão gostoso às passagens, que em muitos momentos eu me sentia lendo uma espécie de "conto de fadas" moderno (ou não tanto assim, já que a história se passa entre o final do século XIX e primeira metade do século XX).
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Se eu pudesse dar um tema para este livro, eu diria que ele é sobre o Amor, e como gerações de uma mesma família lidam com este sentimento tão poderoso. E, muitas vezes, tão cruel. Mas não só no sentindo mais romântico, mas em todas as suas formas - mesmo quando os próprios personagens não percebiam. Como eu disse sobre ele no Instagram, "As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender" fala como o Amor poder ser uma doença, mas também como só o Amor pode ser a cura. Toda esta dualidade, o certo e o errado, o redentor e o criminoso, a paixão e a obsessão, permeia cada capítulo... E a autora mostra tão bem estas duas facetas, que algumas vezes, eu ficava assustado como um sentimento tão bonito pode dar origem à coisas tão feias.
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Outro fato curioso, é com relação à protagonista do livro. Mesmo sendo a personagem título da história (e quem ocupa boa parte da atenção a partir da metade final da trama), Ava Lavender - para mim - foi muito mais a narradora do que a main character. Pois, desde o princípio, eu senti que a história da Família Roux/Lavender como um todo era mais importante do que a história da menina que nasceu com asas em particular. Sim, a vida da garota possui as suas peculiaridades (como percebemos na sinopse), e seus altos e baixos... Mas ela era mais um retalho de uma grande colcha Patchwork, que costurado, nos presenteia com um todo incrível. Sem falar que eu me apaixonei por cada membro que compões a árvore genealógica de Ava - em principal, sua mãe Viviane e sua avó Emilliane.
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Enfim, no decorrer de dois dias, eu não fiz outra coisa além de ler o primeiro livro escrito por Leslye Walton. E foi uma estreia linda, impactante e simplesmente arrebatadora. Nem preciso dizer que "As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender" se tornou o meu terceiro Bookcrush do ano... Pois isto seria completamente redundante. Eu realmente não tenho palavras para explicar como este livro me encantou. Mas deixo aqui a minha campanha: Se puder ler Ava Lavender, leia! Este é aquele tipo de romance que preciso partilhar com todas as pessoas do mundo, pois é diferente, refrescante e me impressionou de verdade. Não tenho mais o que falar. Apenas sentir.
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Henri B. Neto
''Na Minha Estante''

site: http://naestante-henribneto.blogspot.com.br/2015/02/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html#more
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Vivi Martins 03/02/2015

A sinopse deste livro me chamou a atenção desde o início e devo dizer que é um livro realmente diferente. A história tem um que de sonho em alguns momentos, embora esteja retratando a realidade, o fato da personagem principal, Ava Lavender, ser uma menina que possui asas também é deveras incomum e toda a sua trajetória assim como a de seu família são estranhas e intrigantes.
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Larissa 04/09/2015

Maravihoso!
Esse livro me encantou de várias formas e me emocionou demais,
O realismo fantástico presente nele, faz o livro ficar mais mágico ainda, e as histórias dos amores das mulheres de uma família através das gerações , nos faz refletir sobre várias coisas da vida , como por exemplo, obsessão, traição, ambição e etc...
O final do livro é triste e ao mesmo tempo nos ensina muitas coisas... me fez chorar bastante... um livro que me marcou...
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Luísa Toresan 11/08/2023

Gostei do livro. Me lembrou um pouco de Eva Luna pela forma de narração e pelo realismo fantástico.
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RUDY 29/03/2015

Análise crítica e do autor:
Como dá para notar pelo resumo do livro, a família Roux é bem estranha para os padrões ditos ‘normais’, o que torna o livro ainda mais surreal e atrativo. A mistura da fantasia inserida na realidade do cotidiano. Uma ficção que bem poderia ser real, porque na vida vemos tantas coisas estranhas...

O que o livro mostra é que o amor não é mesmo para a família Roux, que sofre de várias formas até chegar a Ava e sua curiosidade sobre o mundo fora de casa e a inconformidade com suas asas...

Bem a lição que tirei é: mesmo que sejamos diferentes, não devemos nos esconder de nada, nem de ninguém. Devemos viver cada experiência que a vida nos oferece, porque, caso contrário, seremos mesmo vistos como diferentes e nos tornaremos alvos fáceis para aqueles que são obsessivos.

É uma ficção bem escrita, envolvente, embora um tanto monótona ao início, por causa de toda história da família, árvore genealógica, etc... Aos poucos fui me envolvendo na estória de Emilienne e todo seu drama, com a desilusão amorosa de Viviane e por fim, com o assédio à Ava.

O livro é mais que interessante, é mais profundo do que aparenta e mostra as desilusões que a vida traz a cada curva no caminho e claro que tem amor, porém é um amor as avessas, se é que posso chamar assim.

Não é um livro engraçado, é um livro dramático que traz muito ensinamento. A única ressalva que faço é justamente o que já citei antes... Como é narrado por Ava, os sentimentos da primeira parte do livro me pareceram um tanto superficiais, afinal, não tinha vivido nada daquilo, no mais, o livro é mais que recomendado.


site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2015/03/resenha-20-as-estranhas-e-belas-magoas.html
Michelle 30/06/2022minha estante
premissa diferente




stsluciano 10/03/2015

Um dos melhores do ano
Se aceitam um conselho, não leiam sinopses. Nunca, jamais! Escolham o livro que querem ler por intuição, as chances de se decepcionar são grandes, é verdade, mas quando algo realmente bom surgir, as sensações ao final da leitura são indescritíveis. Foi isso que aconteceu comigo lendo o relato de Ava Lavender.

Pra começar, dizer que a família Roux é disfuncional é chover no molhado. O bisavô de Ava, Beauregard Roux, frenólogo francês, tinha o sonho de se mudar para Manhattan, mas, chegando aqui, desaparecera e deixara a mulher em um apartamento minúsculo cuidando dos quatro filhos, até que ela mesma começara a ficar transparente, terminando em um montículo de poeira azul. René, tio-avô de Ava, era reconhecido pela beleza extrema, mas fora morto pelo próprio amante. Sua irmã, Margaux, ao descobrir a traição do homem que amava, arrancara o próprio coração do peito; e Pierette, uma linda menina de cabelos louros acabara por se transformar em um canário. Pensando assim, Emilienne, avó de Ava, era a mais normal da família, mas, assim como seus irmãos, o amor lhe cobraria um preço.

O sobrenome da família muda de Roux para Lavender quando Emilienne conhece seu futuro marido, um padeiro que sofrera paralisia infantil e que por isso, ela acreditava, não seria propenso a abandoná-la ou fazê-la sofrer. Casada, já uma Lavender, partem de Manhattan a esmo, procurando um lugar para viver, até que terminam em uma casa ao final da Pinnacle Lane, em Seattle, onde seu marido abre uma padaria, e onde nasce sua única filha, Vivianne.

O livro é narrado por Ava, e o tom utilizado pela autora é o de uma menina de dezesseis anos que já passou por muita coisa – mas que mantém certo humor – e que vive em um ambiente onde o fantástico é um elemento sempre presente. A forma como ela conta a história de sua família é de um lirismo que torna difícil largar o livro sem que saibamos o que acontece a seguir. É bastante melancólico também, ainda mais quando vamos adivinhando – ou reconhecendo – entranhados no texto alguns sinais de que algo muito sério vai acontecer.

Reconheço que não entendi muito bem o distanciamento de Ava com relação à sua família no relato. Ela raramente – ou nunca – chama as pessoas de outra forma que não pelo nome, então lemos Vivianne, ao invés de mãe; e Emilienne, no lugar de avó. A família como um todo não é um grupo muito afetuoso, todos estão ocupados demais com suas dores – a mãe de Ava esperando por quinze anos um amor adolescente não correspondido que se mostrara bem canalha; e a avó convivendo com os espectros dos irmãos, que vivem nos cantos escuros da casa onde moram – e se ocuparam da melhor maneira que podem (levam ao pé da letra a ideia de que o trabalho ocupa a mente), o que não quer dizem que não nutram carinho um pelo outro. É diferente, como se bastasse saber que estão por perto, não sendo preciso demonstrações maiores.

Para completar os fatos estranhos da família Lavender, Vivianne tivera um casal de gêmeos, Henry, que não falara uma palavra sequer até a adolescência, e Ava, que nascera com asas.

Uma menina com asas. Todo o mundo que Ava conhece é o quintal de sua casa. Ela não se sente segura saindo pelas ruas, então é na amizade com Cardigan que ela toma conhecimento dos fatos mundanos, como a sensação de um beijo ou o que pensar dos garotos. Mas é claro que em algum momento isso não é mais o suficiente, e ela passa a se arriscar, a sair às escondidas, tentando sentir o que uma garota normal sentiria.

Coloque asas em um ser humano e logo um maníaco religioso irá enxergar um anjo – quando era pequeno havia uma tradição (sou católico) de as crianças usarem asas de algodão em uma certa celebração que não me lembro mais qual era. Nunca vou me esquecer quando um dos meus amigos, reconhecidamente arteiro, conseguiu atear fogo à dele, encostando sem querer em uma vela. Anos mais tarde aquilo ainda nos faria rir, principalmente quando se fazia alguma referência à anjos caídos. – É aqui que aparece Nathaniel. Ele, rapaz extremamente devoto que, dá margem à suspeitas, fora recusado por três seminários, vai tomar conta da tia, vizinha de Ava, que, acreditam está passando por um momento de distanciamento da fé.

O que mostra que não apenas a família Lavender é estranha, mas toda a Pinnacle Lane. A tal tia, Marigold Pie, seguia os preceitos da fé, e não se deixava tentar por nenhum dos apetites, inclusive o sexual. Com uma dieta a base de aveia e leite, pesava menos de quarenta quilos, e ia até à padaria de Emilienne apenas para olhar os doces e testar seu auto controle. Até que Emilienne, de surpresa, enfia uma colher de cobertura na boca da mulher. E tudo muda.

Essa é uma passagem um tanto surreal e uma das que mais me fez rir no livro. Acho que ela mostra bem a frequência na qual os Lavender estão sintonizados. É complicado falar sobre o livro além de dizer que ele é curto e muito bem conduzido, e te faz tanto sorrir quanto se preocupar com Ava, que, sim, é uma das personagens mais carismáticas com quem tive contato.

Vale a pena ler. Para mim, já desponta como um dos melhores do ano.

site: http://www.pontolivro.com/2015/02/as-estranhas-e-belas-magoas-de-ava.html
Alexandre Melo @livroegeek 11/03/2015minha estante
Também estou adotando essa filosofia de ler livros sem saber nada sobre ele previamente. A sensação é infinitamente mais prazerosa. Depois de ler, procuro outras opiniões sobre o livro na internet.


Alexandre Melo @livroegeek 12/03/2015minha estante
É uma leitura interessante, mas não gostei tanto quanto você desse livro... achei bom e dei 3 estrelas.


RUDY 22/03/2015minha estante
O livro tem um quê de mistério e fantasia o que o torna muito interesante.
Parabéns pela resenha.
cheirinhos
Rudy


taty 02/04/2015minha estante
eu ja comentei no blog que amei, pois minha primeira impressão parece ser um drama, ,Eu so estou esperando ganhar para poder ler com certeza
E Ava sera que conseguira seu intuito. hum vamos ler para ver com certeza


Leci 03/04/2015minha estante
amei muito adoro livros de misterio e fantasia


Milena 15/04/2015minha estante
Já estava bastante interessada em ler esse livro só justamente pela sinopse, e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais ansiosa em conferi essa história que parece ser surreal!




Lizzy 12/03/2022

Suas asas não devem ser escondidas ?
A busca por sua verdadeira identidade, por quem você é, pelo passado de sua família, ai então construir o seu presente e um futuro.
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Kaylane.Barbosa 21/12/2020

Sem palavras
Esse livro é uma preciosidade, cada página, cada vírgula, cada ponto é descrito com um drama e um sentimento sem fim.
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Ana Luiza 31/01/2015

Encontros e desencontros
A família Roux, que passadas algumas gerações iria se tornar Lavender, é marcada por peculiaridades, tragédias e má sorte no amor. Ava, em seus 16 anos, já sabe muito bem disso. Sua avó, que administra, e de forma muito bem sucedida, a padaria da família desde a morte do marido, não ganhou a fama de bruxa por causa de seus talentos culinários. Emilienne tem dons misteriosos, assim como sua filha, Viviane.

“Só porque o amor não aparenta ser do modo que você pensa, não quer dizer que você não o tenha.” Pág. 242

Mas enquanto Emilienne, que veio com a família da França para os Estados Unidos na infância, em meados de 1910, convive com o extraordinário e com a tragédia desde pequena, Viviane teve mais sorte. Apesar de ter sido criada apenas pela mãe, uma mulher forte e dura, que vive pela família, mas que não expressa muito afeto, Viviane teve uma infância bem normal e feliz. Ao lado de Jack, seu melhor amigo e que, anos mais tarde, se tornaria algo mais, a garota cresceu como outra menina qualquer de sua idade. Viviane não tinha ambição por nada além de viver com quem amava, mas, mesmo quando o mundo lhe recusa tal coisa, a mulher passa a viver em negação, como se estivesse esperando eternamente pelo seu final feliz.

Viviane se torna reclusa e solitária, presa em sua casa e em seu próprio mundo, mas uma boa mãe para seus filhos, os gêmeos Ava e Henry. Ela cria os filhos com ajuda da mãe e de Gabe, um “faz-tudo” que mora na casa da família e que sempre fora apaixonado pela mulher. Mas de todos os descentes dos Roux/Lavender, Ava e Henry são, sem sombra de dúvidas, os mais peculiares. Enquanto Henry é nada mais que um garoto silencioso, que vive em um mundo próprio, raramente fala, que odeia ser tocado e que tem compulsão por desenhar mapas, Ava seria uma garota qualquer exceto por um único detalhe de sua aparência: um par de asas de pássaro.

“Parecia que não havia como separar a menina das asas. Um não poderia sobreviver sem o outro.” Pág. 9

Ao nascer, Ava fora chamada de anjo e, muitos anos depois, ela novamente seria confundida com um ser divino. Mas Ava não quer ser divina ou mesmo especial, ela queria ser, na verdade, aparentar ser, normal. Ava não é muito diferente de um pássaro em uma gaiola, apesar de ela não conseguir voar, ela deseja apenas a liberdade. Assim, a garota começa a se aventurar por entre outros da sua idade, mas, mesmo que não tivesse asas, Ava sempre será diferente por ser uma pessoa extremamente doce, gentil e ingênua. E, como todos os Roux/Lavender amargamente aprenderam, esse é um mundo sombrio e cruel, especialmente com aqueles que fogem da normalidade.

As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender me despertou atenção apenas por causa do título. Não esperava nada da obra, por isso me surpreendi logo nas primeiras páginas, onde me vi rapidamente cativada pela triste, peculiar e singela história dos Roux/Lavender. Amei que a protagonista tenha contado toda a história de seus familiares e antepassados, apesar de que a autora poderia ter omitido certas partes. A narrativa em primeira pessoa, a partir da perspectiva de Ava, é muito fluída. Walton tem uma escrita maravilhosa e bastante poética, só estranhei um pouco que Ava, como narradora, nos conte coisas que ela jamais poderia saber, como os pensamentos de muitos outros personagens e até mesmo as visões que sua avó e seu irmão têm de pessoas já falecidas. Entretanto, a narrativa parece tão natural, é tão cativante, e os Roux/Lavender tem dons tão peculiares e incríveis, que tal detalhe não chega realmente a incomodar o leitor, que tem a impressão de que a Ava está ali, na sua frente, lhe contando aquilo tudo.

A trama criada por Walton é surpreendente, inteligente, brilhante e bem amarrada, além de ter sido muito bem desenvolvida. A história é muito rica, além de bela e cativante. Algo que amei foi que o lado fantástico da obra é desenvolvido com tanta naturalidade que ele até deixa um pouco de ser tão excepcional. A fantasia que se aproxima e se mistura ao natural é uma das belezas do livro, como se fosse um lembrete que o incrível pode ser parte do simples. A autora também criou personagens maravilhosos, ao mesmo tempo únicos e como qualquer outro ser humano. Eles nos despertam diversas e ambíguas emoções e soam extremamente reais.

Amei a força de Emilienne, mas me irritei com sua frieza. Fiquei frustrada por Viviane estar, grande parte do tempo, esperando por alguém que não iria voltar, mas encantada com sua dedicação e grande amor aos filhos. Henry me despertou muita curiosidade, afinal ele é o mais sensível dos Roux/Lavender, mas é uma pessoa excepcional. Fiquei intrigada com sua personalidade, mas ainda mais com seu comportamento, que me lembrou o dos autistas, que são pessoas incríveis e muitas vezes geniais, mas que sofrem bastante por, como Henry, serem sensíveis e viverem em um mundo só seu. Henry foi o meu favorito, mas Ava foi com quem mais me identifiquei, justamente por um dos mais importantes pontos do livro ser a mostra de que, com asas ou não, Ava era como qualquer outra garota. Não sou tão doce ou ingênua como a personagem, mas me vi nela ao me deparar com sua ânsia por liberdade e com sua dificuldade de se adaptar e se relacionar com outros da sua idade.

“(...) os filhos traíam os pais ao se tornarem donos de si mesmos.” Pág. 231 – Meu quote favorito do livro e uma grande verdade universal.

A grande questão de As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender, eu acredito, é mostrar como pessoas que fogem da “normalidade”, que para nós são estranhas e que, por isso, nos metem medo, acabam sendo mais feridas pelo mundo do que fazendo mal a ele. Os Roux/Lavender eram, no fundo, nada mais que pessoas extremamente sensíveis (ao ponto de perceberam coisas que o resto não percebe) e foi tal característica que os fizeram sofrer tanto. As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender é uma obra sobre aceitação, mas especialmente sobre autodescoberta, autoaceitação e, claro, a busca pela liberdade e da felicidade. Uma lição importante do livro é que nem sempre é o mundo que nos priva das coisas boas, às vezes nós mesmos escolhemos destinos tristes e sombrios, como Viviane fez. O livro também é uma grande aula sobre amor e união familiar, além de superar seus medos e fantasmas do passado.

Uma obra singela, melancólica, fofa e emocionante. As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender traz uma história sobre encontros e desencontros, amores e decepções, união e separação, e muito mais, e me deixou com sorrisos e lágrimas no rosto. O livro é muito tocante, diverte, emociona e nos faz refletir. É impossível não simpatizar e se apegar aos personagens e terminei a obra já com saudades de todos. Amei o livro e estou louca por mais obras de Walton, que já me conquistou com As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender e se provou uma escritora madura e talentosa.

“O amor, como a maioria das pessoas sabe, segue uma cronologia própria, apesar de nossas intenções ou planos bem ensaiados.” Pág. 29

Quanto a edição, também tenho apenas elogios. A tradução e diagramação estavam perfeitas, amei os detalhes de penas por todo o livro. Também amei a árvore genealógica dos Roux/Lavender logo nas primeiras páginas, que além de linda, é muito útil. A capa é como o livro - bela e melancólica -, e uma das preferidas da minha estante. O tom de azul é simplesmente divino, assim como o desenho da pena. Fico feliz que a editora tenha mantido a capa original, apesar de que também amei a versão italiana, único país onde o livro ganhou outra capa, mas que igualmente combina com a história.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com/2015/01/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html
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Gabriela Amoroso 04/02/2015

Se eu precisasse definir As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender em uma só palavra seria, sem dúvidas, peculiar. Terminei de ler o livro e fiquei com uma pequena ressaca literária, a história conseguiu mexer comigo. E confesso que estou aqui penando para escrever essa resenha. Esse livro é tão complexo, tão cheio de detalhes, que sinto que qualquer informação sobre a história pode prejudicar a leitura de quem ainda não leu. Maaas, vamos lá.

Ava Lavender nos conta a história de sua vida. E não é uma história comum, afinal, ela nasceu com asas. Mas, tudo começou bem antes, com a família da sua avó. Emilienne (a avó) veio de uma família francesa e sua trajetória de vida foi marcada por acontecimentos pouco convencionais.

Quando Viviane (a mãe de Ava) nasceu, a vida de Emilienne deu uma reviravolta improvável e ela se tornou uma confeiteira de sucesso. Seus doces eram consumidos por absolutamente todas as pessoas da pequena cidade e Emilienne não deixou de trabalhar nem por um dia. Viviane passou sua infância na padaria, envolta por cheiros e sabores. Cresceu, ganhou um coração partido e uma gravidez inesperada. E dela nasceu Ava, a garota com asas de anjos.

Passei o início do livro todo escutando uma musiquinha francesa dentro da minha cabeça. A descrição dos lugares e das pessoas é tão característica, que é difícil não se encantar. Aliás, todas as descrições do livro são extremamente detalhadas e intensas. Walton consegue nos transportar para onde ela quer, durante todo o livro.

Da França o livro segue para Manhattan, que está em pleno desenvolvimento. Imaginem as descrições! A autora tece comentários espirituosos, que enriquecem a história. Outro ponto forte do livro são os personagens. Todos eles são extremamente bem construídos e, além das características físicas e psicológicas, todos trazem uma interessante bagagem de vida.

O único ponto que preciso alertar é quanto ao ritmo de leitura. Sei que cada um tem o seu, mas acabei demorando mais que o esperado para ler esse livro. Como eu já disse, as descrições são detalhadas e longas e, em alguns casos chegam a ser complexas. Sendo assim, a leitura pode se tornar um pouquinho cansativa em algumas partes. Fora isso, o livro é incrível. Walton tem uma escrita sensível, doce e ao mesmo tempo cruel. Se você gosta de livros peculiares, esse é uma boa pedida.

site: http://www.pitadadecultura.com/
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Portal JuLund 06/08/2015

As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender, Resenha, @Novo_Conceito
Ava Lavender é uma garota-pássaro, sim uma garota-pássaro, ela nasceu com asas, lindas e pardas junto com seu irmão gêmeo Henry, que não gosta de falar, e que quando fala se comunica com sua própria, e única, linguagem.

Ava é sensível e atenta a tudo o que ocorre a sua volta, e passou praticamente toda a sua vida em casa, sem sair, com medo das outras pessoas, confiando apenas em sua mãe, sua avó, o amigo Gabe, seu irmão Henry e sua melhor amiga Cardigan.

Leia a resenha completa!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/estranhas-e-belas-magoas-de-ava-lavender-resenha-novo_conceito
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Gi | @girlanismos 25/07/2015

Torcendo por um final feliz
Pela sinopse percebemos que a família Roux é diferente do convencional, além do fato de uma das suas integrantes ter nascido com asas, como também mostra as gerações de mulheres em sua família que sempre buscaram e quase sempre fracassaram no amor. O fato de Ava ter nascido com asas é o mais estranho e inexplicável mas não é o único de sobrenatural e fantástico que aparece na história.

A narrativa começa com Ava contando de seu estranho nascimento e da peculiar personalidade de seu irmão gêmeo Henry, que apesar de ter nascido sem asas é excessivamente reservado e introspectivo. Depois somos levado ao passado para conhecer a história das mulheres da família Roux. Então temos a vida da bisavó, da avó e da mãe de Ava e percebemos que o amor não conspira a favor dessa família, o que acaba nos trazendo um sentimento positivo esperando que a vida amorosa de Ava seja o oposto.
Com uma narrativa leve e quase poética a autora em seus relatos cria várias metáforas que realmente me pararam para refletir um pouco e não apenas ir levando a história. É um livro que fala quase em seu todo sobre grandes perdas, sobre muitas e trágicas mortes, o que acaba mudando completamente as personagens e esfriando seus corações depois de tanta tristeza que já passaram.

Com medo do estranhamento e prezando por sua segurança a família de Ava não a deixa sair muito, apenas ao redor de sua propriedade. Mas é claro que uma garota em plena juventude quer conhecer o mundo e conhecer outros de sua idade. Então ela começa a sair escondida, fato que futuramente a coloca em perigo.
Imaginem essa situação de colocar asas em um ser humano numa cidade religiosa?!
Não demoraria muito até que um fanático religioso recém chegado passasse a acreditar que Ava era um anjo enviado dos céus por Deus para que falasse com ele. Sua obsessão pela garota vai crescendo e ninguém se dá conta até que seja tarde demais, fato bem colocado no livro que trás um ambiente de suspense.
Minha avaliação ficou em 4 estrelas pois eu esperava algo a mais no livro, mas que não me decepcionou em nada. Me envolvi muito com a escrita da autora, bem fluida com reflexões, e sempre procuro outros livros de autores que me deixam conectadas com a leitura.

site: Resenha completa: www.estantedoce.blogspot.com
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Pam 04/07/2015

Ava
Gostei bastante do livro. Uma história empolgante sobre uma menina com asas e sua família. A onde Ava conta a história deles em busca de encontrar respostas sobre o seu nascimento com asas.
Um final que não me surpreendeu muito, pois, eu já havia deduzido como acabaria. Mas vale a pena ler.
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