denis.caldas 11/07/2021O corsoÉ um livro de aprendizado, informativo, em tentativa de romance. Me ensinou que, tecnicamente, não eram piratas mas corsários que, por sua vez, praticam o corso, isto é, a pirataria autorizada oficialmente pelo rei contra uma nação então inimiga. Me ensinou que, em uma mistura de portugueses, brasileiros, africanos e jesuítas, a melhor defesa que tinham era o isolamento, a distância e a natureza, pois em questão de tática militar e armamento eram uma negação. Me ensinou que, praticamente todos os historiadores concordam que a Inquisição perseguiu, julgou e matou, ao invés da versão católica cada vez mais presente, devido principalmente a internet, que a Inquisição era santa, salvava a alma e que, na maioria das vezes, salvava a pessoa de um linchamento ou condenação pior pelo rei ou pelo povo. Me ensinou que, desde aquele tempo quem paga o pato é a população, com impostos, taxas e licenciamentos, cada vez maiores e sofisticados.
Gostei também do balanceamento, onde nos mostram dois corsários ingleses e dois franceses, dois no século XVII e dois no século XVII, dois que obtiveram lucro e dois que conseguiram a ruína. Bem-vindo à pilhagem institucionalizada e, qualquer semelhança com os tempos atuais é mera coincidência...