Rose 05/02/2015Neste volume temos Della e Woods morando juntos. Com a morte do pai, Woods acaba assumindo os negócios da família. O clube que ele sempre quis dirigir e do qual foi ensinado para isso, agora era seu.
Tudo estaria bem, senão fosse a pressão e a chantagem emocional que sua mãe estava fazendo. Ela não aceitava Della, e insistia que Angeline seria mulher ideal para ele.
Na rabeira desta pressão, Angeline aproveitava a deixa e marcava presença, cuidando da ex sogra e dando apoio a Woods, mesmo quando ele dizia claramente que queria distância dela.
Ele não conseguia desculpar o pai pelo que fez a Della, e por tabela, se ressentia com a mãe por sempre apoiar os desmandos dele.
"Ela estava em luto e eu ainda estava com raiva do homem pelo qual ela estava enlutada." (pág. 9)
Sabendo dos problemas da amada, ele tenta protegê-la de tudo e todos, o que vai sufocando a garota. É mais ou menos como ter saído da prisão que vivia para cair na do Woods. Ciente que estava errado, ele aceita que ela comece a trabalhar no clube, e fica feliz ao vê-la bem.
Della por sua vez é um poço de insegurança. Não se acha merecedora do amor de Woods e coisa e tal. Ela tem a certeza que eles não poderão ficar juntos para sempre, ou então construir uma família. Ciente de seus problemas ela tenta vence-los, mas não consegue, ao ponto de levar uma sonora surra de Angelina. Aliás, a autora já tinha citado esta surra nos livros de Blaire e Rush. Neste volume, ela detalhou melhor como tudo ocorreu.
Sabendo então nunca será mulher que Woods precisa, e que está sendo um peso para ele, ela resolve ir embora para que ele possa reconstruir sua vida.
Della cai no mundo novamente para se conhecer, e quem sabe com isso exorcizar seus fantasmas do passado.
Resta saber se Woods e Della conseguirão viverem longe um do outro...
Desde o volume anterior, Estranha Perfeição, eu já tinha ficado com um pé atrás com a Della. Não gostei da ambiguidade que a autora a descreveu.
Uma moça que não sabe nem como abastecer o carro, que viveu presa pela própria mãe dentro de casa durante praticamente toda a sua vida e já sai com o primeiro homem que encontra, convenhamos não são atitudes coerentes. Não estou julgando, só que durante a leitura, Della era pintada como ingênua e tal, mas muitas de suas atitudes eram de uma moça diferente.
Aqui neste volume, não achei que teve ambiguidade, mas em compensação muitas coisas ficaram sem grandes explicações.
Angeline simplesmente tomou doril e sumiu... De uma hora para outra não sabemos mais dela e as coisas que ela fez ficaram o dito pelo não dito. Não gostei disso.
Outra coisa que me incomodou muito eram os choramingos da Della. Ok gente, eu sei o que ela sofreu com a louca da mãe dela, e neste volume, vamos descobrindo mais detalhes da tortura que ela viveu, mas se ela sabe de seus traumas e medos, não seria mais fácil então procurar ajuda especializada em vez de ficar se achando um zero a esquerda? Nossa, fico tão irritada com isso.
A solução encontrada pela autora para resolver estes traumas me deixou irritada. Um segredo é descoberto e de um dia para outro, depois de conhecer algumas pessoas, os medos e terrores vividos por ela simplesmente somem. Como assim? Diante disso mais parece frescura que trauma mesmo.
Também não gostei muito, do principal acontecimento do final do livro, um gancho para a formação de outro casal. Acho que cairia melhor um briga, a descoberta do segredo, sei lá, qualquer coisa, menos o que houve.
Enfim, não foi um livro que eu tenha gostado pela forma como a autora conduziu o enredo. Mas tenho certeza que muitos vão gostar. A escrita da Abbi está do mesmo jeito, envolvente e clara, tanto que mesmo não estando satisfeita, não quis deixar o livro de lado em nenhum momento.
Espero que o próximo livro dela o enredo seja mais coerente, pois potencial todos sabemos que ela e os personagens tem.
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