O Romance d

O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta Ariano Suassuna




Resenhas - O romance d'A pedra do reino


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Malphys 26/03/2023

Simplesmente, maravilhoso. Suassuna consegue reunir todos os aspectos da vida humana na sua obra, usando como plano de fundo o sertão nordestino.

política, amor, traição, problemas sociais, ideologias, alucinação, delírio, comédia e referências aos escritores já consagrados como José de Alencar, Euclydes da Cunha, Joaquim Nabuco tornam essa obra ainda mais forte.

Dinis, a personagem principal do livro, é uma figura cômica que facilmente se aproxima do leitor pela ?gaiatice?, mas ele vive dentro das histórias que cria na própria cabeça. Muitas vezes o delírio se confunde com a realidade e, ao contrário do que se possa imaginar, muitas vezes ele sabe que está delirando, é quase um paradoxo porque é um delírio consciente em muitos momentos.

A Pedra do Reino nos faz confrontar valores, certezas e crenças. Samuel e Clemente, os mestres direitistas e esquerdistas, são faces da mesma moeda. Muitas vezes são hipócritas, egoístas e extremistas, por exemplo.

Não há uma só personagem que não tenha a característica máxima do ser humano: a dualidade. Mostra como somos seres adaptáveis, buscando ao mesmo tempo sobreviver na crueldade dos dias ao mesmo tempo em que tentamos entender o abstrato da vida.

Muito bom! As mais de 700 páginas valem a pena.
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Caroliny 06/09/2022

Te amo Suassuna
Suassuna é um gênio. Ri muito em inúmeras passagem. Também me senti bastante envolvida com a história. Mas foi tudo tãaaaaao arrastado, que foi muito penoso prosseguir com a leitura. Demorei um mês pra ler, porque já não estava aguentandooooo!
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Fimbrethil Call 11/04/2022

Gostei muito
Muito bom esse livro. Ariano Suassuna é realmente um gênio, esse livro até merecia uma sequência. O jeito que o Suassuna escreve é tão especial: ao mesmo tempo simples e muito bem trabalhado, sempre com muito humor. Livro muito bom ☺️
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Polliana 24/03/2022

O romance d'a pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta
Ariano Suassuna

SINOPSE:
O romance de Ariano Suassuna, publicado originalmente em 1971, narra a história de Dom Pedro Dinis Ferreira, o Quaderna, apresentando seu memorial de defesa perante o corregedor, uma vez que foi preso por subversão em Taperoá, interior da Paraíba. O narrador-personagem conta a saga de sua família e se declara descendente de legítimos reis brasileiros, castanhos e “cabras” da Pedra do Reino do Sertão, sem relação com os “imperadores estrangeirados e falsificados da Casa de Bragança”. Fala ainda do seu envolvimento com as lutas e desavenças políticas, literárias e filosóficas no seu reino.

O romance d'a pedra do reino foi a minha leitura escolhida para o mês de fevereiro, faz uns dias que tento escrever minhas impressões e não consigo formular as ideias, afinal estamos falando de uma obra que faz um reconto da história do Brasil, ao mesmo tempo, busca na literatura e fatos históricos mundiais para destrinchar um sertão quase místico aos olhos do Quaderna.

É uma leitura que tem muitas camadas, como falei, muitas referências políticas, literárias e entre outras artes, como sou Paraibana e amo história consegui pescar bem estas referências, assim como as literárias, o Quaderna vai falar bastante dos autores José de Alencar , Euclydes da Cunha, e Albertinha Bertha que ele considera grandes escritores, inclusive tem spoiler do livro O guarani, do José de Alencar, como eu tinha lido as obras desses autores a leitura se tornou mais interessante, acredito que muitos leitores podem ter dificuldades se não conseguir pescar as referências. Outras simplesmente não consegui relacionar, é um livro que precisa de algumas releituras para entender por completo.

Outra dica para conseguir finalizar a leitura deste romance é ler outras obras do autor, pois o universo do Ariano se entrelaçam em suas narrativas, encontramos tanto o drama de A Mulher Vestida de Sol, quanto o tema religioso, a comédia, e o personagem espertalhão, como em O Auto da Compadecida, pois o João Grilo, herói do Auto da Compadecida aparece de forma bem discreta neste romance entre outros folhetos.


A dica mais preciosa para conseguir atravessar este sertão é simplesmente ir, tente, O romance d'a pedra do reino é o leitor que vai construir, destruir, recuar, horas querer desistir, horas não largar, se acabar de tanto rir, sim tem muitos alívios cômicos que só o Ariano sabe fazer, só outro livro causou a sensação que O romance d'a pedra do reino causou no final, foi Cem anos de solidão do Gabo.
Recomendo esta obra grandiosa do escritor cabra da peste Ariano Suassuna, finalizo está impressão ainda pensando na peça que o Ariano me pregou.

#arianosuassuna #romacedapedradoreino #leituraspara2022 #metasliterarias #teindicoliteratura #literaturanacional
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Thiago Ernesto 17/07/2015

Romance d'O Cavaleiro-Sonhador-Sertanejo
São os sonhos, esse éter interior humano, que movem o mundo, que nos fazem voar. Essa foi a lição que tirei de um dos mais belos livros do mestre Saramago, Memorial do Convento. Ao ler Suassuna, consequentemente, nos deparamos com um grande sonhador. O próprio se declarou um realista esperançoso: conhecia os problemas, as misérias de sua região e de seu país, mas mesmo assim preferia dirigir sua atenção ao que esse povo tinha de melhor e mais belo.
Romance d’a Pedra do Reino exala essa paixão de Suassuna pelos seus e está recheado da beleza que acompanha sua terra. Quaderna, narrador e personagem principal, é uma representação da própria figura do autor e este, através do outro, registra seus maiores sonhos e suas mais interessantes convicções.
O livro, antes de qualquer coisa, surpreendeu-me por seu teor político. Não esperava que Ariano dedicasse tanto espaço em sua obra ao fazer político. Reflexões sobre a esquerda e a direita brasileira e o impacto desses extremos na população marcam o romance. Como bom geminiano, Suassuna se divide, contando os dois lados da história. Através de Quaderna, se declara “monarquista de esquerda”: quer a beleza de dos reinos mas a justiça social dos governos populares.
Entretanto, Ariano não se limitou a surpreender somente pelo caráter político do livro mas também por sua forte potencialidade em retratar o espírito humano. Suassuna, em suas famosas aulas-espetáculo, sempre deixava clara sua confiança no homem e seu amor por este. N’A Pedra do Reino não é diferente. Influenciado fortemente por Dostoiévski, Suassuna acredita que o homem se redime pelo sofrimento e jamais escapa deste. Em uma notável passagem, diz “o homem (...) procura, em seu conflito com o mundo, colocar uma precária ordem em sua vida e um certo estilo em sua melancolia, em seu destino, que é, por natureza, despedaçado, triste, falhado, enigmático, trágico. Para isso o homem tem duas fontes, duas raízes de defesa – o choro e o riso. (...)”. O destino trágico do homem é anunciado na obra e a beleza é o caminho apontado para enfrenta-lo.
O povo sertanejo procura, através de seus rituais tradicionais, suas lendas, histórias, sua forte religiosidade dar sentido para sua vida marcada pelo sol incidente. O que há de mais belo em sua obra é justamente esse retrato desse povo sofrido que não deixa de lutar, esse povo que vai de encontro ao medo e o vence, parafraseando sua Compadecida. A Onça-Malhada, símbolo máximo do povo brasileiro em sua obra, é também símbolo máximo de seu sonho: uma nação unida, uma América Latina unida, que, através de sua cultura, de sua beleza, luta contra os tiranos do poder e a burguesia acinzentada.
É incrível como uma obra pode nos marcar de forma tão intensa. A Pedra do Reino não é um romance propriamente regional. Diria que se configura entre os mais universais da literatura brasileira. Um Grande Sertão com ainda mais cara de Brasil. Ariano Suassuna, certa vez, não me lembro quando onde, disse que todos nós passamos por períodos de desencontros com Deus. Criamos, então, a certeza de que Ele não existe e de que a vida não tem mesmo sentido. Sou grato a Suassuna e a Dostoiévski por me ajudarem a reencontrar Deus no mundo e a beleza da existência. Este é um livro ao qual todo o povo brasileiro deve reverência.
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sonia 21/09/2014

desculpe, mestre suassuna
mas odiei esse seu livro. Exagerado, fora de contexto, chato. Essa história de rei encantado deve ter sentido em algum lugar do sertão, mas não consegue ser referência a nada atual ou nacional. E a menção à Távola Redonda no último verso, então, uma total loucura! Chamar uma águia de gavião metido a besta é de uma dor de cotovelo mal disfarçada.
Tem razão Raquel de Queiroz quando diz que o livro é o próprio Suassuana. Infelizmente em seus aspectos menos nobres - megalomaníaco e delirante como o rei encantado em que se baseou.
A mini série levou para a TV uma trilha musical fantástica e linda. Com certeza o livro teve sua repercussão positiva no sertão, onde foi filmado.
Mas para mim, sulista, não diz nada. Uma chatice. Digo isso com a tranquilidade de quem leu outros livros do autor e os achou magníficos.

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
Thiago Ernesto 08/06/2016minha estante
Com todo respeito à sua pessoa, acredito que sua opinião está embasada em uma leitura frívola da obra de Suassuna e toma como base não seus aspectos formais, sequer seu rico conteúdo, mas somente quesitos pessoais que, ao que me parecem, refletem uma profunda ignorância em relação à literatura brasileira e uma incapacidade de exercer a alteridade. Não é meramente um romance regional como pode aparentar, seus aspectos universais saltam à vista de um leitor treinado. Não menospreze a maior obra de Suassuna com um comentário desses, por favor.


Valeria.Santos 28/03/2020minha estante
Leia a vida de Hitler. Sendo sulista, com certeza vc vai amar.




bardo 24/10/2009

Meu primeiro grande livro
Meu primeiro grande livro eu tinha uns 13 anos.. a bibliotecaria da escola quase surtou.. rs preciso reler, mas até hoje lembro de alguns trechos...
Andinho 10/12/2013minha estante
romance nota dez, mil, etc...




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