mcnmelo 05/03/2024
O inimigo está em casa
O volume 6 de Homunculus é um dos mais difíceis de se ler. Particularmente, precisei dar um tempo antes de prosseguir e escrever essas linhas.
Devo concordar com as pessoas que dizem que as cenas de estupro são desnecessariamente longas, pq são. Eu compreendo a ideia que o autor possa ter tido em deixar claro todos os detalhes da "paranoia" de Nakoshi a essa altura, assim como ele fez em todos os volumes, mas é realmente um alívio quando acaba.
Talvez essa agonia seja o que ele queria passar também. Se for esse o intuito, conseguiu com sucesso. Mas, também se compreende o possível motivo que muitas pessoas possam ter debandado de ler Homunculus a partir daqui.
Voltando a história, devo citar situações que chamam a atenção. Por exemplo, a mãe da Yukari e seu comportamento tipicamente tóxico, se mostra através da visão homunculi de Nakoshi como uma criatura com garras peçonhentas...
O cachorrinho de Yukari, assim como todos os outros cães, como diz nosso "imaginário coletivo" tem uma sensibilidade bem aguçada. Capaz de ver/sentir coisas parecidas com as que Nakoshi vê.
Também descobrimos um pouco mais do passado de Nakoshi, que como bancário, desfrutava de privilégios do que uma sociedade mais abastada pode proporcionar.
O curioso, é que ele largou essa vida a pouquíssimo tempo, ao que parece, menos de um mês.
O seu hábito ou fetiche (?) de se masturbar e engolir o próprio sêmem já era uma constante de sua rotina certinha, e talvez aja algum paralelo a partir disso?
Por fim, de volta ao parque com os outros mendigos, Nakoshi mostra um pouco de seu antigo trabalho, "precificando" a vida de um dos moradores de rua enquanto todos questionam o que é a vida para eles.
A pergunta interrompida que se põe no ar é: Estão todos se enganando ou a realidade é uma dose forte demais para se tomar?