Gramática contextualizada

Gramática contextualizada Irandé Antunes




Resenhas - Gramática contextualizada


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Aline 12/07/2020

Excelente livros para professores
Livro excelente, super bem escrito e didático (devorei em dois dias rs), com reflexões importantes e críticas necessárias à maneira como é conduzido o ensino de gramática nas escolas brasileiras. Minha única crítica negativa é que eu esperava mais exemplos de como deve ser esse ensino - a autora traz apenas 2 exemplos sobre o ensino de conjunções/conectores e outros 2 sobre o ensino de pronomes. Acho que com mais exemplos sobre outros aspectos/conteúdos de gramática o livro contribuiria ainda mais para a formação do professor.
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Ruanne 20/07/2018

Um livro-guia
Ótimo livro para os professores que estão incomodados com a prática engessada do ensino de Língua Portuguesa. A Gramática, por si, não é suficiente para dimensionar a complexidade da linguagem e suas manifestações. Gostei muito da linguagem acessível e raramente técnica da autora. Irandé planta uma semente de mudança na mente dos novos e antigos professores. Esclarecedor e básico. Interessante para o início de inquietações mais profundas sobre o ensino-aprendizagem de língua materna.
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Leo Barbosa 06/07/2020

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

Não é de agora que presenciamos um ensino de Língua Portuguesa pautado numa gramática obsoleta, marcada por discursos preconceituosos, desconhecendo a língua como construção social. Pregam-se uma fala e uma escrita que são utilizadas por uma minoria – aqueles que tiveram acesso à escola e dela extraíram proveito suficiente para falar e escrever um português culto.
É lamentável e pouco produtivo reduzir o ensino de língua à Gramática Normativa, que dita construções sintáticas que são rarissimamente utilizadas até pelos falantes mais cultos, a exemplo de: “assistir ao filme” “namorar alguém”. Além disso, não são nomenclaturas que aumentarão a nossa performance linguística, mas a reflexão e o uso da língua. É proveitoso saber o que é uma “oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo” se eu não confiro a essa construção uma prática, marcada por um contexto e, logo, por uma semântica?
Ainda que tenha sido acordado que devemos nos pautar por gramática contextualizada, o que vemos são as mesmas práticas de estudo de gramática. Grande parte dos livros didáticos ainda insistem em exigir do aluno que “retire os substantivos do texto”.
Segundo Irandé Antunes, em “Gramática contextualizada” (Parábola, 2014) falar em gramática contextualizada é um tanto redundante porque a linguagem nunca ocorre de maneira isolada, fora de um contexto – linguagem é interação e só ocorre se houver um objetivo de comunicação.
Nós, na condição de professores de Língua, precisamos refletir sobre nossas propostas de ensino, questionando o que concebemos como gramática quando visamos ensiná-la. Essa se aplica a qual contexto? Oral, escrito, formal, informal? E a qual gênero textual? Quais são os usos?
O essencial é garantir aos nossos alunos o acesso constante aos vários tipos e gêneros textuais, para que os discentes sejam capazes de interpretar qualquer texto e de lograr êxito nas variadas situações de comunicação. Infelizmente, são raros os profissionais que inserem o texto como protagonista da aula de Língua Portuguesa. Geralmente, o tempo é ocupado com análises sintáticas e morfológicas de frases descontextualizadas, sem que ao menos reflitam sobre a tradição, sem fazer paralelo entre a norma e o uso. E mais (ou menos?): quase nada de escrita de textos – raramente considerando-se a delimitação temática e o gênero textual a ser desenvolvido, pouco exercício da oralidade formal, quase nenhuma atividade voltada à ampliação do repertório vocabular (à exceção dos ditados).
Sem práticas como essas, continuará a se perpetuar a falsa ideia de que os alunos não sabem falar português, desconsiderando o que eles já dominam. Suas variantes linguísticas estão repletas de complexidades que podem e devem ser exploradas. Enfatize-se que não se defende a abolição da norma culta, mas que essa deve se pautar na observação dos usos orais e escritos da atualidade, nos vários âmbitos da cultura letrada brasileira.
Inadmissível é exigir que alguém fale ou escreva como um Machado de Assis, um Guimarães Rosa, um Graciliano Ramos. Ninguém se expressa literariamente o tempo todo, tampouco é uma Gramática Normativa ambulante. Até os falantes mais cultos seguem uma norma mais flexível, por muitas vezes perde-se a referenciação dos pronomes, cometendo “erros” de concordância verbal e nominal.
A língua está em constante mudança, e desconsiderar isso é ser retrógrado, contrariar o princípio de que a nossa experiência de linguagem está ancorada na vontade de inserção em um grupo social. Também vale lembrar o que disse Mário de Andrade (no início do século XX!) – é o povo que faz a língua, ou, como disse Marcuschi – “São os usos que fundam a língua e não o contrário”.

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marcia helena 29/01/2021

Gramática contextualizada Limpando “o pó da ideias simples”
A linguagem não ocorre de maneira isolada porque é movida pela interação e advém sempre de um propósito de comunicação, sendo assim, uma construção social.

Irandé Antunes em Gramática contextualizada guia professores de Língua Portuguesa que se sentem insatisfeitos de como o ensino de L. P. vem sendo aplicado nas escolas do Brasil afora. Faz-nos refletir sobre “o que caracteriza uma pessoa que fala, lê e escreve bem” e que comprovadamente não se limita ao conhecimento gramatical.

Irandé deixa bem claro que o estudo da gramática é UMA das coisas importantes no estudo da língua, mas não é a única. A Língua Portuguesa não pode ser vista como algo inerte, fixo, pronto e acabado. O estudo da LP remete à “ampliação do repertório cultural dos alunos” e a prioridade do professor de LP é garantir o acesso de todos ao domínio da leitura e da escrita, por isso a gramática deve ser “contextualizada em textos reais”, em que sejam visíveis as suas funções comunicativas.

A língua para ser vista como uma ferramenta social é preciso que se entenda os mecanismos que a fazem servir como tal. Sendo a língua um fenômeno social, portanto complexa, deve ser instrumento para evitar a manipulação, garantir ao falante o desenvolvimento cognitivo dentro de uma interação sociocomunicativa e cultural e levá-lo a procurar/descobrir soluções para os problemas sociais que vivemos.

“A principal função que se pode atribuir, hoje, à escola é a da reflexão; não mais da transmissão do saber.” Irandé Antunes.

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Manu 26/04/2021

Leitura excelente!
Além dos conceitos apresentados, é uma leitura extremamente relevante para professores e futuros professores de língua portuguesa. Ele pauta como devemos apresentar e proporcionar um ensino eficiente da nossa língua.
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Thiaguinho 21/07/2023

Ótimo
É um livro excelente para quem deseja seguir ou segue a carreira de professor. O livro apresenta uma nova forma de compreender a língua e ensinar gramática.
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Edi 16/09/2021

Ótimo material para professores
Irande Antunes é visionária e esse é mais um livro que prova isso.
As colocações da autora quanto ao ensino de Língua portuguesa são valiosíssimas e vale muito a pena serem lidas para que o currículo escolar mude e se adapte a realidade dos estudantes.
Uma leitura acadêmica que me marcou muito enquanto profissional e cidadão.
Só não dei 5 estrelas porque em alguns momentos a leitura fica repetitiva.
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Carlúcio 01/02/2023

Vale a leitura, mas com certo cuidado!
No geral, o livro é muito relevante, mas sugiro a leitura cuidadosa, uma vez que, esporadicamente, é possível perceber algumas contradições nas afirmações da autora!
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linne 21/04/2023

Eu amo tudo que essa autora escreve! É um livro muito bom que todo professor de Língua Portuguesa deveria ler.
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