O Grande Massacre de Gatos

O Grande Massacre de Gatos Robert Darnton




Resenhas - O Grande Massacre de Gatos


18 encontrados | exibindo 1 a 16
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Vitor 12/01/2024

Aula de História
Livro excepcional. É uma aula do começo ao final sobre como trabalhar com fontes.

Apesar de possuir muitas referências à cultura francesa de modo geral, algo que deixa o leitor brasileiro de certa maneira alheio à alguns (vários, no meu caso) trechos, não prejudica a estrutura do livro como um todo.

O livro é basicamente um dossiê de ensaios, cada um sobre uma fonte distinta que tenha origem na França do Antigo Regime, que são destrinchados por Darnton de modo exuberante. É um livro excepcional para aqueles que querem aprender não somente sobre a história francesa ou história cultural ou das mentalidades, mas que se interessam pelo curso como um todo, uma vez que se trata de um clássico.

O Grande Massacre de Gatos da Rua Saint-Severy, ensaio que dá nome ao livro, é uma das histórias mais incríveis que já li.
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iamlivreads 13/06/2023

Muito bom.
O Darton faz a gente questionar uma monte de simbolismos, não entendo como a gente conseguiria dar embasamento ao campo social ignorando símbolos nas mentalidades que é o objeto de estudo. ?
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BeatrizFonseca1 09/04/2023

Darnoton, Robert: O Grande massacre de gatos e outros episódios da cultura francesa, ed. Guerra e paz ano 2011, São Paulo, edição, paginas 386.


Na verdade no entanto, os contos populares, são documentos históricos. Surgem ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações em diferentes tradições culturais” (p.26)
“A História parecia “imóvel” no nível da aldeia porque o senhorialíssimo e a economia de subsistências mantinham os aldeões curvados sobre o solo e , e as técnicas agrícolas primitivas não lhe derem qualquer oportunidade de se desencuravarem” (p.41)
Ninguém pensava nelas como criaturas inocentes , nem na própria infância como uma fase diferente da vida, claramente distinta da adolescência , da juventude e da fase adulta a por estilos especiais de se vestir e de se comportar” (p.45) “A COISA MAIS ENGRAÇADA , que aconteceu na gráfica de Jacques Vincet , segundo um operário que testemunhou o fato, foi um massacre de gatos.”(p.105)
“Onde está o humor num grupo de homens adultos balindo como bodes batendo com seus instrumentos de trabalho , enquanto um adolescente reencena a matança de um animal indefenso?(p.108)
“A história avança através da perfeição das artes e das ciências ; as artes e as ciências melhoravam através dos esforços dos homens de letras ; e os homens de letras forneciam a força matriz para todo o processo , funcionado como philosohphes” (p.269)
”Entender como os franceses liam livros no século XXIII, é entender como as pensavam –ou seja , como pensavam aqueles entre eles, que podiam participar da transmissão do pensamento por meio dos símbolos perdidos” (p. 278)

O livro “O grande Massacre de Gatos e outros episódios da cultura francesa”, foi escrito pelo historiador francês Robert Dalton, o autor trabalha com fontes como jornais, contos infantis dos Grimm, relatórios dos intelectuais da época feitos por D”Hemery, o livro de pagamento do STN , das gráficas da França, entre outros e trabalha com uma linha de pesquisa voltada para as mentalidades.
O livro aborda as varias versões que existem sobre contos como branca de neve e os sete anões, chapeuzinho vermelho, João e o pé de Feijão, etc, Darton tenta através desses contos entender como a sociedade lidava com seus problemas, demostravam a forma que as pessoas pensavam, sua maneira de viver, seus valores e atitudes , argumenta que as versões dos contos escritos são reais, entretanto é difícil saber como eles eram contados oralmente pelas pessoas, com qual tonalidade eram narrados os eventos, por exemplo no momento que o lobo mal comia a vovozinha e a chapeuzinho vermelho, ele traz á balia que o modo que os contos eram narrados afeta as historias e as intencionalidades de se conta-las.
“Na verdade no entanto, os contos populares, são documentos históricos. Surgem ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações em diferentes tradições culturais” (p.26)
Robert a todo o momento explica as semelhanças e divergências entre os contos franceses e alemães, ele salienta que os germânicos possuem mais terror e fantasia, e os franceses se caracterizavam por sua pitada de comédia. Frisa a questão que trabalhar com a história das mentalidades é complexo, porque não se é exata e requer métodos divergentes de outros campos da história. Ele faz uma analise critica dos contos no primeiro capitulo intitulado “Historias que os camponeses contam: O significado de mamãe Ganzo” traz á baila que a história pouco muda nesse período suas estruturas mentais, o que ficou conhecido por história “imóvel” ou história de” longa duração” , por isso os contos tem estruturas muito semelhantes e sua moral parecidas como “O Padrinho da Morte” por exemplo tem a moral, que não se pode enganar a morte, por um longo período de tempo por que um dia ele vai ser mais esperta que o personagem e vai mata-lo, e o da chapeuzinho vermelho, que não se pode desobedecer a mãe. “A História parecia “imóvel” no nível da aldeia porque o senhorialíssimo e a economia de subsistências mantinham os aldeões curvados sobre o solo e , e as técnicas agrícolas primitivas não lhe derem qualquer oportunidade de se desencuravarem” (p.41)
Salienta que a população francesa viveu em condições malthusianas, e de precariedade até 1730 . “Ninguém pensava nelas como criaturas inocentes , nem na própria infância como uma fase diferente da vida, claramente distinta da adolescência , da juventude e da fase adulta a por estilos especiais de se vestir e de se comportar” (p.45) as crianças não eram bem alimentadas e não possuíam boas condições de vida, nesse período, o número de natimortos, era elevado, por causa que os pais possuíam poucos recursos financeiros, as condições higiênicas não eram favoráveis e os pais possuíam o hábito de dormir com os filhos menores de um ano, em sua cama, o que muitas vezes matava a criança sufocada . O conto mais peculiar e interessante do livro é o massacre de gatos, que está no capitulo dois, intitulado “Os Trabalhadores se revoltam: O Grande Massacre de gatos na rua Saint-Severin, o fato foi escrito por Contant, cerca de vinte anos, o ocorrido, por isso não é exato e apresenta algumas divergências no modo de se contado, o evento ocorreu da seguinte maneira um dos donos de gráfica, possuía vários gatos, que estavam atrapalhando os funcionários dormirem, por causa do seu miado , e por isso um dos trabalhadores, chamado Levelle que era um talentoso imitador de animais, subiu no telhado da casa, e começou a imitar um felino, atrapalhando á noite de sono do patrão e de seus vizinhos, por isso é decidido matar os gatos, e a gata da burguesa. “A COISA MAIS ENGRAÇADA , que aconteceu na gráfica de Jacques Vincet , segundo um operário que testemunhou o fato, foi um massacre de gatos.”(p.105)
“Onde está o humor num grupo de homens adultos balindo como bodes batendo com seus instrumentos de trabalho , enquanto um adolescente reencena a matança de um animal indefenso?(p.108) Fica difícil para nós, nos tempos atuais entendemos a brincadeira , porque não conhecemos a realidade e o significado dos gatos, deste o tempo egípcio. Os gatos são geralmente associados a demônios e o ataque aos gatos pode ter sido uma forma de confronto indireto dos proletariados com os burgueses, os funcionários estavam com raiva dos animais, porque estavam recebendo alimentação e hospitalidade melhor que eles.
A população de Paris, possuía o habito de queimar gatos , houve até um gato que foi vestido com um padre, para fazer uma critica a Igreja protestante , os felinos estavam sempre associados a espíritos ruins, demônios, satanismo e ao mal, os gatos podem ter estrangulado bêbes ou serem feiticeiros desfasados, o fato que realmente importa é que os burgueses eram uma classe supersticiosa e os trabalhadores se aproveitam disso para afronta-los. Existe uma possibilidade de os trabalhadores da gráfica, terem considerado que a sua patroa, teve um relacionamento com o padre, por isso seu marido era “🤬 #$%!& ”, matando a gata, os funcionários da gráfica simbolicamente violam a sua padroa, era como se fosse um estrupo.
É possível analisar no capitulo três, chamado de “Um Burguês organiza seu mundo A Cidade como seu mundo “ que a literatura e a intelectualidade francesa são vistos apenas de uma perspectiva burguesa, sem se importar com a historia das classes mais baixas. “
Salienta que as estruturas que a sociedade era organizada, eram semelhantes a da idade média, em três classes sociais, o Clero, que orava, os nobres que combatiam e os que trabalham, entretanto Montepelier autor de Descrition regornizou essa estrutura tirou o clero, argumentando que não era uma classe muito estimada, elevou os nobres a primeiro estado e acrescentou a burguesia para o segundo estado .
Salienta que nessa época os fabricantes não produziam em grande escala, porque tinham medo do produto exceder, por isso só produziam em pequenas quantidades, era pouco lucro, que eles possuíam, entretanto não possuíam riscos de quebrar, traz informações que a classe burguesa gastava cerca de 60 mil libras em um casamento, enquanto a nobreza, gastava entre dez e vinte mil, a ociosidade era vista, pelo autor de Descrition, como pecado, o cidadão deveria ter responsabilidades, tem uma emprego, ou seja uma visão claramente clerical e medieval a respeito da preguiça e da ociosidade
Os relatórios de D’Hemery foram analisados para observar quem eram, qual a idade, data de nascimento, e profissão de 501 pessoas , a qual publicaram algum livro ou escrito que teve alguma importância para a sociedade da época. Na página cento e noventa e seis, Dalton traz um quadro mostrando índices e taxas das medias que as pessoas possuíam quando escreviam algum material filosófico ou cientifico, trazendo um pouca de História quantitativa, para mostrar maior rigor cientifico a sua obra. No capitulo quatro intitulado “Um Inspetor de policia organiza seus arquivos : a anatomia da republica das letras” o autor faz uma observação das caraterísticas físicas, profissionais e do caractere dos intelectuais que escrevem algo de importante e das profissões dos mesmos, ele relata que cerca de trinta e seis por cento deles trabalhava como ou dependiam de renda que era dada pelo protetor.
Ele salienta que esses dados, tabelas e informações apresentados não podem ser encarados como verdade absoluta pelo fato que o papel do Historiador é organizar os arquivos, cruzar as fontes tentar criar uma realidade aceitável sobre o passado. No capitulo cinco nomeado “Os filósofos podam a árvore do conhecimento: A estratégia do Conhecimento: A estratégia epistemológica da Encycopedie, o autor traz informações do tipo, quem foram algumas pessoas que criaram a enciclopédia, que ela foi de extrema importância para a sociedade da época e ajudou a fazer com que o clero perdesse sua importância para terminar o comportamento das pessoas.
D´Hermery considerou a bíblia como um conto de fadas, e o judaísmo, cristianismo e judaísmo são religiões absurdas. “A história avança através da perfeição das artes e das ciências ; as artes e as ciências melhoravam através dos esforços dos homens de letras ; e os homens de letras forneciam a força matriz para todo o processo , funcionado como philosohphes” (p.269) No capitulo 6° nomeado de “ ‘Os leitores respondem a Rousseau: a fabricação da sensibilidade romântica, ele frisa que foi Rousseau que deu sensibilidade a seus livros, e mudou a forma que as pessoas leem .”Entender como os franceses liam livros no século XXIII, é entender como as pensavam –ou seja , como pensavam aqueles entre eles, que podiam participar da transmissão do pensamento por meio dos símbolos perdidos” (p. 278) Rousse publicou um romance , em uma sociedade que esse tipo de obra não eram bem vista, porque eram considerados sexuais, pervertidos, etc. Ele salienta que um leitor realmente critico deve ser livrar dos preconceitos da sociedade , o autor citado , exigia que sua literatura fosse vista como uma verdade absoluta e um dos seus leitores denominado Ranson, considerava isso magnifico , criou uma técnica de “conversar” com seus leitores, a qual tornou-se muito popular, porque envolve o leitor.
Robert frisa que até o ano de 1750, os europeus não tinham acesso a muitos livros e não possuíam o hábito de ler, com frequência, outros autores argumentam que o nível de leitura aumentou, porque os livros aumentaram a quantidade, mas Robert salienta que Rousse foi um dos responsáveis por esse aumento.
Na Conclusão o autor argumenta que é difícil trabalhar com a história das mentalidades, porque supostamente ela tem influência dos fatores sociais e políticos, os comportamentos mudaram durante períodos estáveis e continuaram iguais , ele salienta que criticou os antropólogos porque abusam na relação entre cultura e linguagem, entretanto seus métodos tem fragilidades epistemologias como sua incapacidade de ter uma prova, e a representatividade, já que ele não pode nos dizer de que maneira e com qual tonalidade os seus contos analisados no livro eram narrados .







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Ana 31/03/2022

Indicado por uma colega da TAG Curadoria, este se torna o último livro que leio relacionado ao clube de leitura.
Gostei muito da indicação, mas só indico pra quem realmente tem interesse na história francesa, principalmente quando este interesse é de como surgiu suas fábulas e principais contos.
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Alipio 07/05/2020

O Grande Massacre de Gatos
o historiador Robert Darnton expressa nesta obra, um momento histórico a qual a sociedade francesa do século XVIII está vivendo.
Longe de um anacronismo, o historiador aponta as motivações que levaram um grupo de artesões de uma gráfica pariense a cometer um " tão engraçado" massacre de gatos.
o autor faz uma abordagem social dos contos populares camponeses e como sociedades diferentes interpretavam esses mesmo contos..
Em um período aonde a taxa de mortalidade era maior entre as mulheres, nos leva a compreender o porquê nos contos infantis, se faz uso exagerado de madrastas.
outra narrativa interessante é compreender como a classe burguesa e a camponesa reagia diante das mesmas situações. É uma história das mentalidades e ninguém melhor que Robert Darnton para apresentar esse trabalho instigante e inspirador
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Matheus Bonfim 13/04/2020

Excelente leitura!
Um baita livro para quem se interessa por história cultural, o autor consegue nos cativar, os dois primeiros capítulos são incríveis!
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Wagner 17/08/2019

FINAIS FELIZES

(...) É a natureza inescrutável e inexorável de calamidade que torna os contos tão comoventes, e não os finais felizes que eles, com frequência, adquirem depois do século XVIII (...)

DARNTON, Robert. O Grande Massacre dos Gatos. Rio de Janeiro: Graal, 1986. pg 79.
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Bia 27/03/2018

Darnoton, Robert: O Grande massacre de gatos e outros episódios da cultura francesa, ed. Guerra e paz ano 2011, São Paulo, edição, paginas 386.


Na verdade no entanto, os contos populares, são documentos históricos. Surgem ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações em diferentes tradições culturais” (p.26)
“A História parecia “imóvel” no nível da aldeia porque o senhorialíssimo e a economia de subsistências mantinham os aldeões curvados sobre o solo e , e as técnicas agrícolas primitivas não lhe derem qualquer oportunidade de se desencuravarem” (p.41)
Ninguém pensava nelas como criaturas inocentes , nem na própria infância como uma fase diferente da vida, claramente distinta da adolescência , da juventude e da fase adulta a por estilos especiais de se vestir e de se comportar” (p.45) “A COISA MAIS ENGRAÇADA , que aconteceu na gráfica de Jacques Vincet , segundo um operário que testemunhou o fato, foi um massacre de gatos.”(p.105)
“Onde está o humor num grupo de homens adultos balindo como bodes batendo com seus instrumentos de trabalho , enquanto um adolescente reencena a matança de um animal indefenso?(p.108)
“A história avança através da perfeição das artes e das ciências ; as artes e as ciências melhoravam através dos esforços dos homens de letras ; e os homens de letras forneciam a força matriz para todo o processo , funcionado como philosohphes” (p.269)
”Entender como os franceses liam livros no século XXIII, é entender como as pensavam –ou seja , como pensavam aqueles entre eles, que podiam participar da transmissão do pensamento por meio dos símbolos perdidos” (p. 278)

O livro “O grande Massacre de Gatos e outros episódios da cultura francesa”, foi escrito pelo historiador francês Robert Dalton, o autor trabalha com fontes como jornais, contos infantis dos Grimm, relatórios dos intelectuais da época feitos por D”Hemery, o livro de pagamento do STN , das gráficas da França, entre outros e trabalha com uma linha de pesquisa voltada para as mentalidades.
O livro aborda as varias versões que existem sobre contos como branca de neve e os sete anões, chapeuzinho vermelho, João e o pé de Feijão, etc, Darton tenta através desses contos entender como a sociedade lidava com seus problemas, demostravam a forma que as pessoas pensavam, sua maneira de viver, seus valores e atitudes , argumenta que as versões dos contos escritos são reais, entretanto é difícil saber como eles eram contados oralmente pelas pessoas, com qual tonalidade eram narrados os eventos, por exemplo no momento que o lobo mal comia a vovozinha e a chapeuzinho vermelho, ele traz á balia que o modo que os contos eram narrados afeta as historias e as intencionalidades de se conta-las.
“Na verdade no entanto, os contos populares, são documentos históricos. Surgem ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações em diferentes tradições culturais” (p.26)
Robert a todo o momento explica as semelhanças e divergências entre os contos franceses e alemães, ele salienta que os germânicos possuem mais terror e fantasia, e os franceses se caracterizavam por sua pitada de comédia. Frisa a questão que trabalhar com a história das mentalidades é complexo, porque não se é exata e requer métodos divergentes de outros campos da história. Ele faz uma analise critica dos contos no primeiro capitulo intitulado “Historias que os camponeses contam: O significado de mamãe Ganzo” traz á baila que a história pouco muda nesse período suas estruturas mentais, o que ficou conhecido por história “imóvel” ou história de” longa duração” , por isso os contos tem estruturas muito semelhantes e sua moral parecidas como “O Padrinho da Morte” por exemplo tem a moral, que não se pode enganar a morte, por um longo período de tempo por que um dia ele vai ser mais esperta que o personagem e vai mata-lo, e o da chapeuzinho vermelho, que não se pode desobedecer a mãe. “A História parecia “imóvel” no nível da aldeia porque o senhorialíssimo e a economia de subsistências mantinham os aldeões curvados sobre o solo e , e as técnicas agrícolas primitivas não lhe derem qualquer oportunidade de se desencuravarem” (p.41)
Salienta que a população francesa viveu em condições malthusianas, e de precariedade até 1730 . “Ninguém pensava nelas como criaturas inocentes , nem na própria infância como uma fase diferente da vida, claramente distinta da adolescência , da juventude e da fase adulta a por estilos especiais de se vestir e de se comportar” (p.45) as crianças não eram bem alimentadas e não possuíam boas condições de vida, nesse período, o número de natimortos, era elevado, por causa que os pais possuíam poucos recursos financeiros, as condições higiênicas não eram favoráveis e os pais possuíam o hábito de dormir com os filhos menores de um ano, em sua cama, o que muitas vezes matava a criança sufocada . O conto mais peculiar e interessante do livro é o massacre de gatos, que está no capitulo dois, intitulado “Os Trabalhadores se revoltam: O Grande Massacre de gatos na rua Saint-Severin, o fato foi escrito por Contant, cerca de vinte anos, o ocorrido, por isso não é exato e apresenta algumas divergências no modo de se contado, o evento ocorreu da seguinte maneira um dos donos de gráfica, possuía vários gatos, que estavam atrapalhando os funcionários dormirem, por causa do seu miado , e por isso um dos trabalhadores, chamado Levelle que era um talentoso imitador de animais, subiu no telhado da casa, e começou a imitar um felino, atrapalhando á noite de sono do patrão e de seus vizinhos, por isso é decidido matar os gatos, e a gata da burguesa. “A COISA MAIS ENGRAÇADA , que aconteceu na gráfica de Jacques Vincet , segundo um operário que testemunhou o fato, foi um massacre de gatos.”(p.105)
“Onde está o humor num grupo de homens adultos balindo como bodes batendo com seus instrumentos de trabalho , enquanto um adolescente reencena a matança de um animal indefenso?(p.108) Fica difícil para nós, nos tempos atuais entendemos a brincadeira , porque não conhecemos a realidade e o significado dos gatos, deste o tempo egípcio. Os gatos são geralmente associados a demônios e o ataque aos gatos pode ter sido uma forma de confronto indireto dos proletariados com os burgueses, os funcionários estavam com raiva dos animais, porque estavam recebendo alimentação e hospitalidade melhor que eles.
A população de Paris, possuía o habito de queimar gatos , houve até um gato que foi vestido com um padre, para fazer uma critica a Igreja protestante , os felinos estavam sempre associados a espíritos ruins, demônios, satanismo e ao mal, os gatos podem ter estrangulado bêbes ou serem feiticeiros desfasados, o fato que realmente importa é que os burgueses eram uma classe supersticiosa e os trabalhadores se aproveitam disso para afronta-los. Existe uma possibilidade de os trabalhadores da gráfica, terem considerado que a sua patroa, teve um relacionamento com o padre, por isso seu marido era “corno”, matando a gata, os funcionários da gráfica simbolicamente violam a sua padroa, era como se fosse um estrupo.
É possível analisar no capitulo três, chamado de “Um Burguês organiza seu mundo A Cidade como seu mundo “ que a literatura e a intelectualidade francesa são vistos apenas de uma perspectiva burguesa, sem se importar com a historia das classes mais baixas. “
Salienta que as estruturas que a sociedade era organizada, eram semelhantes a da idade média, em três classes sociais, o Clero, que orava, os nobres que combatiam e os que trabalham, entretanto Montepelier autor de Descrition regornizou essa estrutura tirou o clero, argumentando que não era uma classe muito estimada, elevou os nobres a primeiro estado e acrescentou a burguesia para o segundo estado .
Salienta que nessa época os fabricantes não produziam em grande escala, porque tinham medo do produto exceder, por isso só produziam em pequenas quantidades, era pouco lucro, que eles possuíam, entretanto não possuíam riscos de quebrar, traz informações que a classe burguesa gastava cerca de 60 mil libras em um casamento, enquanto a nobreza, gastava entre dez e vinte mil, a ociosidade era vista, pelo autor de Descrition, como pecado, o cidadão deveria ter responsabilidades, tem uma emprego, ou seja uma visão claramente clerical e medieval a respeito da preguiça e da ociosidade
Os relatórios de D’Hemery foram analisados para observar quem eram, qual a idade, data de nascimento, e profissão de 501 pessoas , a qual publicaram algum livro ou escrito que teve alguma importância para a sociedade da época. Na página cento e noventa e seis, Dalton traz um quadro mostrando índices e taxas das medias que as pessoas possuíam quando escreviam algum material filosófico ou cientifico, trazendo um pouca de História quantitativa, para mostrar maior rigor cientifico a sua obra. No capitulo quatro intitulado “Um Inspetor de policia organiza seus arquivos : a anatomia da republica das letras” o autor faz uma observação das caraterísticas físicas, profissionais e do caractere dos intelectuais que escrevem algo de importante e das profissões dos mesmos, ele relata que cerca de trinta e seis por cento deles trabalhava como ou dependiam de renda que era dada pelo protetor.
Ele salienta que esses dados, tabelas e informações apresentados não podem ser encarados como verdade absoluta pelo fato que o papel do Historiador é organizar os arquivos, cruzar as fontes tentar criar uma realidade aceitável sobre o passado. No capitulo cinco nomeado “Os filósofos podam a árvore do conhecimento: A estratégia do Conhecimento: A estratégia epistemológica da Encycopedie, o autor traz informações do tipo, quem foram algumas pessoas que criaram a enciclopédia, que ela foi de extrema importância para a sociedade da época e ajudou a fazer com que o clero perdesse sua importância para terminar o comportamento das pessoas.
D´Hermery considerou a bíblia como um conto de fadas, e o judaísmo, cristianismo e judaísmo são religiões absurdas. “A história avança através da perfeição das artes e das ciências ; as artes e as ciências melhoravam através dos esforços dos homens de letras ; e os homens de letras forneciam a força matriz para todo o processo , funcionado como philosohphes” (p.269) No capitulo 6° nomeado de “ ‘Os leitores respondem a Rousseau: a fabricação da sensibilidade romântica, ele frisa que foi Rousseau que deu sensibilidade a seus livros, e mudou a forma que as pessoas leem .”Entender como os franceses liam livros no século XXIII, é entender como as pensavam –ou seja , como pensavam aqueles entre eles, que podiam participar da transmissão do pensamento por meio dos símbolos perdidos” (p. 278) Rousse publicou um romance , em uma sociedade que esse tipo de obra não eram bem vista, porque eram considerados sexuais, pervertidos, etc. Ele salienta que um leitor realmente critico deve ser livrar dos preconceitos da sociedade , o autor citado , exigia que sua literatura fosse vista como uma verdade absoluta e um dos seus leitores denominado Ranson, considerava isso magnifico , criou uma técnica de “conversar” com seus leitores, a qual tornou-se muito popular, porque envolve o leitor.
Robert frisa que até o ano de 1750, os europeus não tinham acesso a muitos livros e não possuíam o hábito de ler, com frequência, outros autores argumentam que o nível de leitura aumentou, porque os livros aumentaram a quantidade, mas Robert salienta que Rousse foi um dos responsáveis por esse aumento.
Na Conclusão o autor argumenta que é difícil trabalhar com a história das mentalidades, porque supostamente ela tem influência dos fatores sociais e políticos, os comportamentos mudaram durante períodos estáveis e continuaram iguais , ele salienta que criticou os antropólogos porque abusam na relação entre cultura e linguagem, entretanto seus métodos tem fragilidades epistemologias como sua incapacidade de ter uma prova, e a representatividade, já que ele não pode nos dizer de que maneira e com qual tonalidade os seus contos analisados no livro eram narrados .





Darnoton, Robert: O Grande massacre de gatos e outros episódios da cultura francesa, ed. Guerra e paz ano 2011, São Paulo, edição, paginas 386.


Na verdade no entanto, os contos populares, são documentos históricos. Surgem ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações em diferentes tradições culturais” (p.26)
“A História parecia “imóvel” no nível da aldeia porque o senhorialíssimo e a economia de subsistências mantinham os aldeões curvados sobre o solo e , e as técnicas agrícolas primitivas não lhe derem qualquer oportunidade de se desencuravarem” (p.41)
Ninguém pensava nelas como criaturas inocentes , nem na própria infância como uma fase diferente da vida, claramente distinta da adolescência , da juventude e da fase adulta a por estilos especiais de se vestir e de se comportar” (p.45) “A COISA MAIS ENGRAÇADA , que aconteceu na gráfica de Jacques Vincet , segundo um operário que testemunhou o fato, foi um massacre de gatos.”(p.105)
“Onde está o humor num grupo de homens adultos balindo como bodes batendo com seus instrumentos de trabalho , enquanto um adolescente reencena a matança de um animal indefenso?(p.108)
“A história avança através da perfeição das artes e das ciências ; as artes e as ciências melhoravam através dos esforços dos homens de letras ; e os homens de letras forneciam a força matriz para todo o processo , funcionado como philosohphes” (p.269)
”Entender como os franceses liam livros no século XXIII, é entender como as pensavam –ou seja , como pensavam aqueles entre eles, que podiam participar da transmissão do pensamento por meio dos símbolos perdidos” (p. 278)

O livro “O grande Massacre de Gatos e outros episódios da cultura francesa”, foi escrito pelo historiador francês Robert Dalton, o autor trabalha com fontes como jornais, contos infantis dos Grimm, relatórios dos intelectuais da época feitos por D”Hemery, o livro de pagamento do STN , das gráficas da França, entre outros e trabalha com uma linha de pesquisa voltada para as mentalidades.
O livro aborda as varias versões que existem sobre contos como branca de neve e os sete anões, chapeuzinho vermelho, João e o pé de Feijão, etc, Darton tenta através desses contos entender como a sociedade lidava com seus problemas, demostravam a forma que as pessoas pensavam, sua maneira de viver, seus valores e atitudes , argumenta que as versões dos contos escritos são reais, entretanto é difícil saber como eles eram contados oralmente pelas pessoas, com qual tonalidade eram narrados os eventos, por exemplo no momento que o lobo mal comia a vovozinha e a chapeuzinho vermelho, ele traz á balia que o modo que os contos eram narrados afeta as historias e as intencionalidades de se conta-las.
“Na verdade no entanto, os contos populares, são documentos históricos. Surgem ao longo de muitos séculos e sofreram diferentes transformações em diferentes tradições culturais” (p.26)
Robert a todo o momento explica as semelhanças e divergências entre os contos franceses e alemães, ele salienta que os germânicos possuem mais terror e fantasia, e os franceses se caracterizavam por sua pitada de comédia. Frisa a questão que trabalhar com a história das mentalidades é complexo, porque não se é exata e requer métodos divergentes de outros campos da história. Ele faz uma analise critica dos contos no primeiro capitulo intitulado “Historias que os camponeses contam: O significado de mamãe Ganzo” traz á baila que a história pouco muda nesse período suas estruturas mentais, o que ficou conhecido por história “imóvel” ou história de” longa duração” , por isso os contos tem estruturas muito semelhantes e sua moral parecidas como “O Padrinho da Morte” por exemplo tem a moral, que não se pode enganar a morte, por um longo período de tempo por que um dia ele vai ser mais esperta que o personagem e vai mata-lo, e o da chapeuzinho vermelho, que não se pode desobedecer a mãe. “A História parecia “imóvel” no nível da aldeia porque o senhorialíssimo e a economia de subsistências mantinham os aldeões curvados sobre o solo e , e as técnicas agrícolas primitivas não lhe derem qualquer oportunidade de se desencuravarem” (p.41)
Salienta que a população francesa viveu em condições malthusianas, e de precariedade até 1730 . “Ninguém pensava nelas como criaturas inocentes , nem na própria infância como uma fase diferente da vida, claramente distinta da adolescência , da juventude e da fase adulta a por estilos especiais de se vestir e de se comportar” (p.45) as crianças não eram bem alimentadas e não possuíam boas condições de vida, nesse período, o número de natimortos, era elevado, por causa que os pais possuíam poucos recursos financeiros, as condições higiênicas não eram favoráveis e os pais possuíam o hábito de dormir com os filhos menores de um ano, em sua cama, o que muitas vezes matava a criança sufocada . O conto mais peculiar e interessante do livro é o massacre de gatos, que está no capitulo dois, intitulado “Os Trabalhadores se revoltam: O Grande Massacre de gatos na rua Saint-Severin, o fato foi escrito por Contant, cerca de vinte anos, o ocorrido, por isso não é exato e apresenta algumas divergências no modo de se contado, o evento ocorreu da seguinte maneira um dos donos de gráfica, possuía vários gatos, que estavam atrapalhando os funcionários dormirem, por causa do seu miado , e por isso um dos trabalhadores, chamado Levelle que era um talentoso imitador de animais, subiu no telhado da casa, e começou a imitar um felino, atrapalhando á noite de sono do patrão e de seus vizinhos, por isso é decidido matar os gatos, e a gata da burguesa. “A COISA MAIS ENGRAÇADA , que aconteceu na gráfica de Jacques Vincet , segundo um operário que testemunhou o fato, foi um massacre de gatos.”(p.105)
“Onde está o humor num grupo de homens adultos balindo como bodes batendo com seus instrumentos de trabalho , enquanto um adolescente reencena a matança de um animal indefenso?(p.108) Fica difícil para nós, nos tempos atuais entendemos a brincadeira , porque não conhecemos a realidade e o significado dos gatos, deste o tempo egípcio. Os gatos são geralmente associados a demônios e o ataque aos gatos pode ter sido uma forma de confronto indireto dos proletariados com os burgueses, os funcionários estavam com raiva dos animais, porque estavam recebendo alimentação e hospitalidade melhor que eles.
A população de Paris, possuía o habito de queimar gatos , houve até um gato que foi vestido com um padre, para fazer uma critica a Igreja protestante , os felinos estavam sempre associados a espíritos ruins, demônios, satanismo e ao mal, os gatos podem ter estrangulado bêbes ou serem feiticeiros desfasados, o fato que realmente importa é que os burgueses eram uma classe supersticiosa e os trabalhadores se aproveitam disso para afronta-los. Existe uma possibilidade de os trabalhadores da gráfica, terem considerado que a sua patroa, teve um relacionamento com o padre, por isso seu marido era “corno”, matando a gata, os funcionários da gráfica simbolicamente violam a sua padroa, era como se fosse um estrupo.
É possível analisar no capitulo três, chamado de “Um Burguês organiza seu mundo A Cidade como seu mundo “ que a literatura e a intelectualidade francesa são vistos apenas de uma perspectiva burguesa, sem se importar com a historia das classes mais baixas. “
Salienta que as estruturas que a sociedade era organizada, eram semelhantes a da idade média, em três classes sociais, o Clero, que orava, os nobres que combatiam e os que trabalham, entretanto Montepelier autor de Descrition regornizou essa estrutura tirou o clero, argumentando que não era uma classe muito estimada, elevou os nobres a primeiro estado e acrescentou a burguesia para o segundo estado .
Salienta que nessa época os fabricantes não produziam em grande escala, porque tinham medo do produto exceder, por isso só produziam em pequenas quantidades, era pouco lucro, que eles possuíam, entretanto não possuíam riscos de quebrar, traz informações que a classe burguesa gastava cerca de 60 mil libras em um casamento, enquanto a nobreza, gastava entre dez e vinte mil, a ociosidade era vista, pelo autor de Descrition, como pecado, o cidadão deveria ter responsabilidades, tem uma emprego, ou seja uma visão claramente clerical e medieval a respeito da preguiça e da ociosidade
Os relatórios de D’Hemery foram analisados para observar quem eram, qual a idade, data de nascimento, e profissão de 501 pessoas , a qual publicaram algum livro ou escrito que teve alguma importância para a sociedade da época. Na página cento e noventa e seis, Dalton traz um quadro mostrando índices e taxas das medias que as pessoas possuíam quando escreviam algum material filosófico ou cientifico, trazendo um pouca de História quantitativa, para mostrar maior rigor cientifico a sua obra. No capitulo quatro intitulado “Um Inspetor de policia organiza seus arquivos : a anatomia da republica das letras” o autor faz uma observação das caraterísticas físicas, profissionais e do caractere dos intelectuais que escrevem algo de importante e das profissões dos mesmos, ele relata que cerca de trinta e seis por cento deles trabalhava como ou dependiam de renda que era dada pelo protetor.
Ele salienta que esses dados, tabelas e informações apresentados não podem ser encarados como verdade absoluta pelo fato que o papel do Historiador é organizar os arquivos, cruzar as fontes tentar criar uma realidade aceitável sobre o passado. No capitulo cinco nomeado “Os filósofos podam a árvore do conhecimento: A estratégia do Conhecimento: A estratégia epistemológica da Encycopedie, o autor traz informações do tipo, quem foram algumas pessoas que criaram a enciclopédia, que ela foi de extrema importância para a sociedade da época e ajudou a fazer com que o clero perdesse sua importância para terminar o comportamento das pessoas.
D´Hermery considerou a bíblia como um conto de fadas, e o judaísmo, cristianismo e judaísmo são religiões absurdas. “A história avança através da perfeição das artes e das ciências ; as artes e as ciências melhoravam através dos esforços dos homens de letras ; e os homens de letras forneciam a força matriz para todo o processo , funcionado como philosohphes” (p.269) No capitulo 6° nomeado de “ ‘Os leitores respondem a Rousseau: a fabricação da sensibilidade romântica, ele frisa que foi Rousseau que deu sensibilidade a seus livros, e mudou a forma que as pessoas leem .”Entender como os franceses liam livros no século XXIII, é entender como as pensavam –ou seja , como pensavam aqueles entre eles, que podiam participar da transmissão do pensamento por meio dos símbolos perdidos” (p. 278) Rousse publicou um romance , em uma sociedade que esse tipo de obra não eram bem vista, porque eram considerados sexuais, pervertidos, etc. Ele salienta que um leitor realmente critico deve ser livrar dos preconceitos da sociedade , o autor citado , exigia que sua literatura fosse vista como uma verdade absoluta e um dos seus leitores denominado Ranson, considerava isso magnifico , criou uma técnica de “conversar” com seus leitores, a qual tornou-se muito popular, porque envolve o leitor.
Robert frisa que até o ano de 1750, os europeus não tinham acesso a muitos livros e não possuíam o hábito de ler, com frequência, outros autores argumentam que o nível de leitura aumentou, porque os livros aumentaram a quantidade, mas Robert salienta que Rousse foi um dos responsáveis por esse aumento.
Na Conclusão o autor argumenta que é difícil trabalhar com a história das mentalidades, porque supostamente ela tem influência dos fatores sociais e políticos, os comportamentos mudaram durante períodos estáveis e continuaram iguais , ele salienta que criticou os antropólogos porque abusam na relação entre cultura e linguagem, entretanto seus métodos tem fragilidades epistemologias como sua incapacidade de ter uma prova, e a representatividade, já que ele não pode nos dizer de que maneira e com qual tonalidade os seus contos analisados no livro eram narrados .









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Layla.Ribeiro 21/01/2018

Me pergunto: por que não tive interesse na graduação?
Livro maravilhoso escrito por um grande historiador cultural na qual ele vai explicar através de documentos e fontes escritas sobre o Antigo Regime da França, cada capítulo é sobre um tema diferente na qual ele nos leva a conhecer a cultura francesa iluminista, destacando capítulos como: o primeiro que ele vai mostrando as simbologias dos contos de fada, representando o modo como os camponeses compreendia o mundo, o registro de um burguês e sua narrativa sobre sua cidade, conheci o modo de vida de um burguês e como eles temiam que as classes populares chegassem a possuir o mesmo prestígios que eles e claro o capítulo que dar nome ao livro, apesar de ser estranho e repugnante, é capaz de mostrar as simbologias dos trabalhadores da época, de como eles viam seus patrão e uma forma inteligente e sutil de atingir a todos eles sem que fossem prejudicado. Narrativa maravilhosa do autor, com explicações claras e instigantes, ele só não se tornou perfeito por um capítulo apenas, na qual achei a leitura um pouco cansativa, fora isso, super recomendado para estudiosos da ciências humanas conhecer.
Jéssica 21/01/2018minha estante
Existiu mesmo um massacre de gatos no livro? Ou é uma metáfora?


Layla.Ribeiro 22/01/2018minha estante
Existiu sim, era cultura deles


Maria de Fátima 22/01/2018minha estante
cativada pela resenha! =)




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Talude 18/04/2015

História cultural francesa
O livro, em seis capítulos, no qual cada um deles abrange um fato da história francesa do antigo regime: No primeiro, os contos de fadas e as diferenças regionais entre eles em relação a outros contos parecidos na Europa. No segundo, o que dá origem ao título do livro, o grande massacre de gatos, uma revolta contra o patrão e a sua esposa feita tanto por estagiários quanto por funcionários. No terceiro, a descrição da cidade de Montpellier e seus habitantes. Os próximos três capítulos têm uma ligação mais tênue entre si: No quarto, um inspetor de polícia especializado em escritores, mesmo os que publicaram somente folhetos anti-monarquistas ou de sermões e seus arquivos, no quinto, a transmutação das árvores do conhecimento de Bacon para a árvore do conhecimento da Encyclopedie. Por fim, no último capítulo, a relação entre duas pessoas que não se conheceram: Ranson e seus pedidos de livros a STN por carta, na qual inclui o que ele mais gostava: Diderot e a forma que um francês lia no período pré-revolucionário.

O livro, com suas histórias independentes, permite que a leitura seja feita independentemente, mas o melhor é cobrir o livro como um todo, saboreando cada um dos capítulos.
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Lucas 19/10/2013

O Grande Massacre de Gatos e outros episódios da História Cultural Francesa
Nessa incrível obra, Robert Darnton nos apresenta um novo ponto de vista sobre os arquivos do Antigo Regime.
Com atenção centrada no palanque do Iluminismo (França no século XVIII), o autor fará críticas e exposições de suas ideologias a respeito do curioso caso intitulado como O Grande Massacre de Gatos e também como está impresso na capa do livro, outros episódios da história cultural francesa.
Dentre estes episódios, estão incluídos acontecimentos mórbidos, interessantes e até engraçados (isso para quem tem um humor bem funéreo; entenderão se lerem o livro).
Muitas das vezes relatados através de gerações a gerações, os camponeses são o ponto principal deste livro. Afinal, eles são os responsáveis por manter a originalidade dos contos (ou não...) com o passar dos séculos.

Minha opinião

O livro é extremamente complicado! Eu recomendo para todos os amantes da leitura, século XVIII, França, História e Filosofia. Porém, aviso a vocês que, se não estiverem acostumados com a leitura ou sem um tempinho lendo, acho melhor fazer um aquecimento com outros livros ^^'
Nunca vi obra como essa, o autor organiza os fatos e gráficos de uma forma impressionante! Recomendo mesmo!

site: http://conhecimentocompactado.blogspot.com.br/2013/08/o-grande-massacre-de-gatos-robert.html
Michael.Tico 22/04/2015minha estante
Ao meu ver Darnton busca analisar a história das mentalidades na França, explorando visões de mundo diferentes das habituais. Tenta descobrir como as pessoas comuns organizavam a realidade em suas mentes e como as expressavam em seu comportamento. ?Operando no nível corriqueiro, as pessoas comuns aprendem a ?se virar? ? e podem ser tão inteligentes, à sua maneira, quanto os filósofos. Mas, em vez de tiraram conclusões lógicas, pensam com coisas, ou com qualquer material que sua cultura lhes ponha à disposição, como histórias ou cerimônias


julio.beltrao.56 26/02/2023minha estante
Ótimo jeito de falar sobre um livro. Agradecido!!




Bruna 01/12/2011

Maravilhoso.
"O Grande Massacre de Gatos" é um livro riquíssimo. Em cada capítulo, o autor tenta reaver e capturar a mentalidade de um segmento da sociedade francesa de outrora (mais especificamente, da França pré-revolucionária) através da análise de escritos, acontecimentos, carcterísticas culturais etc.

O primeiro capítulo, o qual me motivou a ler o livro, trata sobre como pensavam e como viviam os camponeses daquela determinada época, tendo como base a análise de contos de fada em sua forma primitiva. Como o próprio autor diz, é o capítulo com maior defasagem, pois muito pouco foi conservado da cultura camponesa, principalmente a predominantemente oral. Para mim, é o capítulo mais interessante.

Nos capítulos seguintes, o autor trata sobre, respectivamente, os trabalhadores assalariados (com base no incidente que dá nome ao livro - excelente capítulo!), a burguesia, os intelectuais, a Encyclopédie de Diderot e D'Alembert (é a parte que mais exige do leitor, a meu ver) e, por fim, Rousseau e o romantismo.

Porém, segundo o autor, na conclusão, sua intenção não é "apresentar um camponês, artesão, burguês, burocrata, philosophe ou romântico típico"; o livro foi escrito como "ensaios - para ensaiar ideias e experimentar diferentes direções de interpretação cultural".

A linguagem é mega acessível e não é necessário ter um grande conhecimento prévio sobre o assunto para entender as análises de Darnton, nesta obra. A única coisa da qual não gostei foram as notas (que são muitas!), que ficam no final do livro... Isso acabou me irritando e acabei, sem demora, por desistir de ficar indo no fim toda hora para conferi-las.

Mas isso não conta na avaliação de um livro. Pelo menos, não desse. "O Grande Massacre de Gatos" é excelentíssimo e, repito, muito rico! Suuuuper recomendo.

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