J_paixxao 17/03/2023
Entre o amor é o ódio
Lady Freyja Bedwyn, uma jovem obstinação, de caráter forte, impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa. E possui uma beleza exótica, por isso essa força, até porque a mesma cresceu com os seus irmãos e vizinhos todos os homens (a sua irmã era muito nova ainda) então, ela tinha que lutar pelo seu lugar. Frase “As mulheres têm muito pouco controle sobre qualquer coisa em suas vidas. Não somos sequer pessoas por direito, mas propriedade de algum homem. Temos que lutar por cada migalha de controle que pudermos ter sobre nossos destinos.”
E temos o Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível, porém esconde um caráter uma personalidade incrível.
O enredo tem um encontro interessante, Josh invade o quarte de Free desesperado para se esconder do estalajadeiro, que está perseguindo, e ela nem imaginava que em Bath os seus caminhos iriam se cruzar novamente e que aquele belo, atraente, carismático e insolente iria trazer tantos conflitos.
Após alguns acontecimentos Josh pede ajuda de Free e ambos aceitam entrar em um noivado falso, que eleva para outro nível, no decorrer entrarão novos personagens e todos com papeis importantes. Com esse apoio incrível autora investe em mais emoções, tensões e suspenses e atração, revisitando antigas feridas e revelando segredos enterrados, o que envolve ainda mais o leitor e levando a uma narrativa com certa profundidade inesperada!
Mary aborda um assunto muito importante e comovente de como tratar pessoas com deficiências, e padrões de beleza fora do esperado, e como é significante uma inclusão social, reforçando que devemos valorizar cada vida independente de suas diferenças. A mesma aponta atitudes e comportamentos que muitas vezes ignoramos ou tratamos como algo normal, e Josh trouxe uma visão incrível de como valorizar e lutar por esses valores assim como Freyja.
“Temos a tendência a ver as pessoas com capacidade física e mental diferente como se fossem criaturas dignas de pena, com defeitos ou incapacidades. (…) Nós os encaramos a partir de nossa perspectiva limitada.”
O livro leva a uma jornada linda com descoberta do amor e do autoconhecimento, e questionamentos sobre a vida, “O mar está aí para nos lembrar de como somos pequenos e impotentes. E isso não é necessariamente uma coisa ruim. Já fazemos coisas terríveis com o poder que temos.” Mas fiquei sentida com a declaração deles no final, queria algo extravagante, até porque os dois tem uma personalidade fortíssima.