O Irmão Alemão

O Irmão Alemão Chico Buarque




Resenhas - O Irmão Alemão


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Deia 12/11/2018

Irmão Alemão _ Chico
O livro é baseado na história real do historiador Sérgio Buarque de Holanda, pai de Chico Buarque, que quando solteiro viveu um romance, na década de 30, na Alemanha, que resultou num filho, entretanto o historiador retornou ao Brasil sem conhecê-lo. A narrativa é estruturada entre a tensão do que ocorreu realmente e o que seria só imaginação. O protagonista Francisco de Hollander busca, desde sua adolescência, quando descobriu de tal existência, traçar os caminhos do irmão alemão.
Um narrador carismático que apresenta em primeira pessoa a procura do irmão desconhecido, juntamente com as relações familiares que aconteciam no período da procura. Dentro desta narrativa temos de pano de fundo, relatos do horror da ditadura militar no Brasil e na Alemanha a Segunda Guerra Mundial. Um encantamento especial se dá pela cultura presente na família, uma coleção gigantesca de livros e o amor por eles também fazem parte dessa narrativa, em que é possível notar de forma clara a personalidade de cada personagem, assim como cada momento marcante e os sentimentos são delineados de forma perfeita.
Resumindo é uma leitura válida, que mistura a realidade com a ficção e que não conseguimos delimitar onde começa e termina cada uma.
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Guilherme Olímpio 02/10/2018

O poeta e o prosador
Quando descobri que Chico Buarque era escritor, fiquei interessadíssimo pelos seus livros e decidi optar por "O Irmão Alemão". Antes, havia recebido uma crítica negativa do seu livro "Estorvo" e uma positiva sobre "Leite Derramado" e, portanto, vi que um livro "recente" (2014) poderia demonstrar um prosador já experimente devido aos seus antigos escritos.

Ao ler, fui surpreendido. Li o livro rapidamente e não consegui deixar de acompanhar essa história. É simplesmente genial o fluxo de imaginação (consciência?) do Ciccio de Hollander, o protagonista, num livro que não só consegue quebrar a barreira entre ficção e biografia, como também, entre descrição e imaginação.

Para mim, foi um livro que me prendeu até seu fim, com uma escrita dinâmica que nos ensina um pouco da história do Chico Buarque como de uma escrita mais madura. Gostei bastante e recomendo a todos.
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Meu perfil literário @reclivros 09/05/2017

O outro lado...
Ficção e realidade se misturam nesse romance de Chico. Ou será que não? O autor também foi atrás de um irmão alemão, que ficou na Europa depois de um romance de seu pai, o renomado Sérgio Buarque de Holanda. Mas em entrevistas, o próprio Chico faz questão de deixar claro: a história do livro é ficção.
Ficção ou realidade o que se pode dizer é que essa é uma trama muito bem amarrada, daquelas que dá gosto de ler. Uma história intensa, uma visão familiar diferente.
Se você acha que vai ler uma simples história de busca a um irmão desaparecido, esqueça. É muito mais do que isso.
O livro trata da relação pai-filho, da importância que a figura paterna tem, mesmo ausente, na vida do narrador.
Um livro imperdível, pra ler num suspiro, de uma tacada só.
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

Há uma tendência na literatura brasileira atual da escrita de romances com forte carga autobiográfica, também chamada de autoficção. “O Filho Eterno”, de Cristovão Tezza, e “Divórcio”, de Ricardo Lísias, são exemplos deste tipo de texto onde fatos da biografia do escritor se entrelaçam à ficção. Chico Buarque, cantor, compositor e escritor consagrado, também recorreu à autobiografia para engendrar sua mais nova obra chamada “O Irmão Alemão”. Da realidade, Chico retira a história do filho que o pai Sérgio Buarque de Holanda teve com uma alemã, durante a sua estadia em Berlim nos anos 30. No romance, o narrador Francisco de Hollander encontra uma carta escrita em alemão endereçada ao seu pai, Sérgio de Hollander, até que, por intermédio de um conhecido do amigo Thelonious (com quem também cometia pequenos delitos ou arruaças), descobre que a informação de que Sérgio teve um romance com uma mulher chamada Anne Ernst e a engravidara. A figura deste irmão em Berlim persegue o narrador de forma obsessiva, que vai juntando aos poucos as peças deste enigma, e o faz querer obter maior conhecimento do paradeiro dele, ao mesmo tempo que usa a imaginação para adivinhar como poderia ter sido a trajetória deste irmão desconhecido.
“O Irmão Alemão” é ambientado no período negro da ditadura militar e o romance é hábil em retratar este momento como um perigo sempre a espreitar as personagens, prestes a roubar-lhes ou cercear-lhes a liberdade. Chico não pretendeu com sua obra disfarçar as referências à própria história, o sobrenome Hollander é um exemplo. Pelo menos no livro ele não é um ascendente compositor e cantor dos tempos dos festivais e, sim, um professor universitário.
O livro acaba por ser uma homenagem ao próprio pai do autor, retratado como alguém fascinado pelo universo dos livros e da literatura, que possui uma casa entupida de exemplares raros e manteve contato direto com os maiores nomes da literatura não somente brasileira como mundial. As menções à rica biblioteca e ao comportamento recluso e distante de Sérgio acabam rendendo as melhores passagens do livro. O irmão do narrador, as aventuras amorosas e o quanto de inveja o narrador tinha da rotina diária de mulheres que frequentavam o quarto dele, também valem um elogio. Francisco ficava à sombra deste irmão mais velho, contentando-se até em travar relacionamento com estas mulheres que já tinham passado pelos braços do outro.
Se há algo a reprovar em “O Irmão Alemão” é o final abrupto demais, que não dá tempo do leitor despedir-se das personagens ou até de sentir maior simpatia pela busca do narrador, mesmo que a curiosidade de saber o que é verdadeiro ou não na matéria narrada o prenda até a última página. Mas este romance, primeiro que leio de Chico Buarque, pretendo conhecer os outros em breve, demonstra a habilidade do cantor de “A Banda”, “Meu Guri” e tantos outros clássicos da MPB com a literatura, universo onde o domínio com as palavras é primordial e que inquestionavelmente Chico Buarque possui de sobra.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2015/10/na-estante-46-o-irmao-alemao-chico.html
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Daniel432 24/05/2016

Romance Autobiográfico
Como todo bom romance, este é um livro difícil de se largar. Você começa a ler e não quer parar até acabar!!

Alguns romances do Chico não são fáceis de se ler, como Estorvo. Outros, como o Leite Derramado, são mais simples.

Este livro fica no meio termo, pois mistura fatos reais com ficção, sonhos e divagações dos personagens com a narrativa propriamente dita e isso demanda do leitor bastante atenção ao texto.

Mas mantém o suspense e hipótese do encontro dos irmãos até a última página.

Com certeza, vale à pena sua leitura!!!
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Bruna.Santos 05/03/2016

Ãtimo
Narrativa leve e misteriosa. Tem como pano de fundo o centro da cidade de São Paulo onde o narrador/personagem desenvolve suas tramas. Com referências ao Regime Militar da época Chico mistura ficção e vida real, todos os acontecimentos levam a procura de seu irmão alemão . Ãtima leitura para quem admira a literatura brasileira.
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Dayana 06/02/2016

Recomendo a poucos
Estilo diferenciado onde o narrador/personagem mistura os fatos com seus pensamentos, com seus sonhos, em uma escrita sem interrupção, contínua, sem respiro. Como diz a orelha do livro, trata-se de uma narrativa vertiginosa. Talvez por isso o livro me envolveu. Não há dramalhões e nem sentimentalismos.Gostei da ambientação em São Paulo, cujos lugares carregados de histórias e recordações, hoje em dia já não são mais o que um dia foram.
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ElisaCazorla 30/04/2015

Um Chico mais tranquilo?
Livro divertido e também dramático. Em vários momentos o autor nos faz ouvir suas músicas por ali nas entrelinhas. Gostei muito. Livro fácil de ler se o leitor estiver prestando atenção pois, Chico não tem o menor interesse em esperar. Ele conta a história num ritmo muito seu, muito Chico. Gostei muito. Talvez seja o meu favorito dele.
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Carlinha 06/01/2021

Não é pra mim
Nem sei pra que eu peguei esse livro pra ler...
Estava na casa de uma tia e eu me aventurei.
Não gostei, achei a narrativa confusa, cada capítulo é um parágrafo só e o narrador começa a falar de alhos e de repente vem falando de bugalhos.
Enfim... o que eu entendi é que a história meio verdade e meio ficção do autor sobre a busca por um irmão alemão. Boa parte do enredo se passa durante a ditadura, então ele vê amigos e parentes "desaparecendo" sem rastro.
No final... bom... no final não tem nada de interessante.
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Cris609 14/02/2021

Chico Buarque é Chico Buarque
Maravilhoso e emocionante. Gostei, particularmente, das partes em que Chico
ilustra seu pai, Sergio Buarque de Holanda.
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deboni 19/08/2015

Me perdeu no final
Do Chico eu já tinha lido BUDAPESTE e gostado muito. Talvez minhas expectativas estivessem muito altas, mas não gostei deste livro. A leitura é boa e o texto que não é tão fácil agrada, já a história não. Há uma certa desconstrução dos personagens da época da ditadura, o militante vira um "mulhertante" já que o seu maior interesse se encontra no sexo oposto. A descrição do pai e da família do Chico é boa, mas depois a narrativa me perdeu, tanto que demorei para acabar um livro relativamente curto.

site: http://www.eduardodeboni.com/blog/?p=1829
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Kizzy 29/07/2015

Chico Buarque por ele mesmo
Nunca tinha lido um livro escrito pelo Chico. Apesar de todo meu apreço por sua obra musical e poética, nunca de fato me interessei por ler seus livros. Até que ganhei esse de uma amiga, e encontrei nele mais uma serendipidade como o próprio Chico descreve em seu romance meio autobiográfico meio inventado.
Tenho sempre muito interesse em histórias genealógicas, como essa que o autor descreve no livro, a busca por um irmão que ele de fato sabia que tinha, e que sempre teve curiosidade de encontrar, de saber dos caminhos. Como no livro do Kunta Kinté, que o autor também procura documentos que contam a história da sua própria família, e aí escreve um romance sobre como imaginava que tinha sido. Se eu tivesse dinheiro, eu também contrataria um historiador para "contar" a minha história, isso me fascina.
Só que fazer isso, com a qualidade de texto do Chico, isso realmente é uma dádiva. Na verdade, o texto acabou me chamando mais atenção que a história. Como ele escreve bem. De fato nem acho que foi o melhor enredo que eu já li, e em alguns momentos ficou até meio entediante eu confesso. Mas como é bonito ver a língua portuguesa usada com essa qualidade. É um talento de poucos.
O texto é majoritariamente descritivo, o que para mim é uma qualidade, porque adoro aqueles textos que o autor vai dizer algo, aí fica duas páginas descrevendo o vazo da sala, mas se você não gosta disso, acho que pode se irritar em alguns momentos. Além disso, os recursos narrativos são também muito bons. O contraponto da vontade de descobrir o irmão desconhecido com o desprezo pelo irmão que já existia, o contraponto entre o nazismo que podia ter tirado a vida do irmão imaginário com a ditadura que de fato tirou o real irmão, a vida em busca do que não se tem em contraponto de não ligar para o que de fato está lá.
Minha avaliação geral é que vale muito a pena ler, não só porque é do Chico, mas também porque é dele, e porque é a prova de que todos nós temos uma história que daria um romance. Eu queria no fim da minha vida, poder escrever o meu, mesmo que não publicasse.
Li muitas críticas dizendo que esse não é o melhor livro do Chico Buarque, e que só fez sucesso por causa do nome dele. Talvez as duas coisas sejam verdade, por isso vou ler os outros, já que ganhei mais um de outra amiga. E quanto a viver de nome, bem, eu acho que antes de você viver do seu nome, você tem que provar que pode fazer isso e acho que ele realmente o fez, então, quem sou eu para criticar.

"A vida não passa de um longa perda de tudo que amamos, disse Victor Hugo"
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Dan 19/05/2015

Um bom Livro
No livro estão presentes todas as características que encontramos nas narrativas de Chico. A trama é construída entre alterações dos fatos reais e fictícios da vida do personagem central. Apesar disso, não é difícil acompanhar as transições. O autor consegue criar uma grande expectativa durante a maioria da leitura, mas o final não é lá essas coisas.
Escrito em primeira pessoa podemos sentir o sentimento de Chico em relação a sua família (principalmente ao pai) e conhecidos. Indico a leitura.
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