Kaique.Nunes 25/03/2019
Neste livro o autor aborda os 7 pecados capitais para falar sobre o ser humano. Karnal é um ateu, então essa não é uma obra religiosa, apesar disso Karnal mostra o quanto a civilização está fundada na concepção judaico-cristã. Este livro tem uma próximidade com o livro de Luiz Felipe Pondé, Os Dez Mandamentos (+ um). Por mais que a estrutura e a escrita sejam diferentes, existe uma consonância quanto ao conteúdo. A diferença na escrita está no fato de que Pondé adere uma abordagem aforismática, ou seja, é uma escrita bem sucinta e que geralmente não te dá todas as respostas, são incitações.
Os capítulos do livro do Karnal são divididos em relação aos pecados (em sua grande maioria), porém, seria inevitável que ele não comentasse sobre os mandamentos. Enquanto os capítulos do Pondé são divididos em relação aos mandamentos, e da mesma forma seria inevitável que não falasse sobre os mandamentos. Desta forma são simplesmente complementares, indico até que sejam lidos juntos.
O maior motivo para a leitura conjunta desses autores seria o benefício de se ver que, até mesmo duas personalidades conhecidas com posições políticas tão diferentes, uma hora ou outra podem concordar com algo. Creio que essa atitude seja positiva para qualquer um, independentemente de sua posição.
As reflexões mais memoráveis são entorno do orgulho e da inveja. Mas nem tudo é sobre pecado, o grande protagonista deste livro é a “natureza humana” (lembrando que o autor é ateu), e não poderia faltar o aspecto mais admirável que é o conceito de perdão. Perdoar é uma das coisas mais difíceis de se fazer no mundo. Como diria Chesterton “perdoar significa perdoar o imperdoável, do contrário não seria virtude”.
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