A lista

A lista Jennifer Tremblay




Resenhas - A lista


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Eloiza Cirne 28/02/2020

A Lista
"Quero ser um camelo.
Livre no deserto de Saara.
Quero ser uma árvore.
Imóvel nos Campos Elíseos.
Quero ser uma prostituta de Amsterdã.
Majestosa em seu salto alto."
Pág. 20
GilbertoOrtegaJr 28/02/2020minha estante
Tão lindo não é ? Quase arranquei meus cabelos quando soube que era uma trilogia e só saiu este aqui


Eloiza Cirne 29/02/2020minha estante
Sim, eu vi no final. Será que os outros virão?


GilbertoOrtegaJr 29/02/2020minha estante
Não sei em ?




Bruno.Dellatorre 02/11/2019

Meu livro favorito do ano? O melhor da vida? Talvez, não sei, provavelmente sim...
Esse é o tipo de livro que não há desculpa para você não ler. Mesmo que você não puder baixar no LeLivros, não há porque e como fugir. O livro tem apenas 80 páginas, é escrito em formato de verso, em uma linguagem inovadora e jamais antes utilizada. Não é exatamente um texto dramático, mas mescla os moldes de um texto teatral e um poema narrativo. E nessa estrutura, o livro é narrado por uma personagem sem nome que vivia a fazer listas para tudo. Outra personagem importante é a Caroline, sua vizinha, amiga e companheira. Não darei detalhes, pois a história que há é breve. O pouco que o livro traz já é grandioso o suficiente: nos mostra que o cotidiano é uma batalha, onde as pequenas coisas acabam se tornando grandes coisas, e nem sempre elas merecem o tamanho que tem. Reveja as suas prioridades na vida, reveja suas ações, pois como diz um trecho no livro, nossa vida é uma "dança interminável", "uma ação atrás da outra". Então, verifique qual é aquela que realmente te move. Pare e pense. Isso realmente vai mudar o seu dia? Pense grande, pense que pequenas coisas podem ser resolvidas com pequenos gestos. Grandes coisas se resolvem com gestos mais demorados, que demandam mais de nós.
Não adianta deixar que milhares de pequenos problemas tomem conta do seu dia, se culpar por isso, se culpar por não ser o suficiente, se culpar por coisas pequenas e que só estão desviando sua atenção de algo maior: a sua vida.
A nossa vida está cheia de coisas a serem aproveitadas, mas nós não fazemos uso delas, pois tendemos a focar em coisas mais banais, em listas. Nos enchemos de preocupações sufocantes e esquecemos de priorizar atos maiores.
E quando percebemos que erramos ao priorizar as coisas erradas, nos enchemos de culpa, remorso... mas é aí que estamos errando de novo. Não priorize o remorso e nem a culpa, nem sentimentos parecidos, eles só servem para nublar o futuro. Não priorize o seu sofrimento, não perpetue uma dificuldade que não há necessidade de ser perpetuada.
Recomece, depois de tudo.
Tente mais uma vez.
mxrilo 09/11/2019minha estante
Acabei de ver o vídeo, estou ansioso para ler!




Aline Silva 17/03/2022

Como a rotina é frustante e cansativa!
Então se você é mulher, casou e teve filhos, parece que alcançou seus objetivos mas não é assim que a personagem principal se sente.
A maternidade e o ser esposa absorvem todo o seu tempo, os dias se repetem e já não há alegria em viver...
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Mariana - @escreve.mariana 29/09/2015

O monólogo da culpa.
O monólogo da canadense Jennifer Tremblay aborda a vida de uma mulher dominada pelas atribuições cotidianas e consumida pela culpa por algo que poderia ter sido evitado. No decorrer da história, é descrita a forma como a protagonista conheceu Caroline, sua nova vizinha e amiga, em uma região campestre, provavelmente canadense, na qual a narradora reside com o marido e seus três filhos.

Se fosse possível descrever o tema da obra com apenas uma palavra, seria esta: negligência. O motivo é que a culpa que corrói a narradora sem nome durante toda a história surge a partir de pequenas – e corriqueiras – negligências. O ápice ocorre quando a protagonista descuida de uma tarefa que Caroline solicitou a ela. Essa simples tarefa nos apresenta um terrível fato, do qual o leitor já está ciente desde o início e se questiona para saber o que o causou.

''A administração das listas é uma atividade complexa. Os itens numa lista não têm a mesma importância. Não sou nada racional. Minhas listas são intermináveis. [...] 'Achar o número da médica'. Eu não considerei corretamente essa tarefa. Eu devia tê-la considerado de imediato. Sem dúvida. Era urgente. Eu a considerei uma tarefa flutuante. Eu a reescrevia de uma lista à outra. Às vezes nem reescrevia. Eu a achava numa lista antiga. Isso me lembrava que eu tinha prometido. E eu a copiava novamente.'' (pág. 55)

Um dos únicos trechos escritos em prosa de toda a obra transmite o modo de agir e o perfeccionismo inerente à protagonista. Os demais trechos são escritos em versos e o texto divide-se em atos (Expiração, Opressão, Dispneia, Síncope, Asfixia, Sufocação e Inspiração). As frases curtas e diretas não significam pouca profundidade, pelo contrário: são capazes de transmitir toda a angústia da personagem e fazer o leitor refletir a respeito das críticas e dos dilemas apresentados no decorrer da história, assim como rever suas prioridades e responsabilidades.

''O que você gosta no fato de ter filhos?
Minha pergunta não é sincera.
Ela é mais uma reprimenda.
Ela a coloca contra a parede.
Minha pergunta não é sincera.
Minha pergunta significa o que você gosta no fato de ter tanto problema.
Mas Caroline é uma mulher sincera.
Ela ouve apenas as palavras de que faço uso.
O que você gosta Caroline no fato de ter filhos?''
(pág. 38)

Uma das críticas mais fortes que a obra carrega é sobre a maternidade e o casamento. Enquanto Caroline é uma mulher casada e devota aos quatro filhos e ao amor que lhe proporcionam, a narradora queixa-se constantemente das tarefas que seus filhos demandam diariamente, da ausência do marido, cujo trabalho é na cidade, e da falta de auxílio por parte dele no cotidiano da casa e dos filhos.

''Quis vir pra cá pra ele ficar comigo.
Quis vir pra cá pra afastá-lo de tudo.
Quero toda a sua atenção.
Queria sugar o meu marido completamente.
Ser seu único alimento.
Achei que aqui ele não me veria apenas amadurecer.
Achei que aqui eu seria mais doce.
Mas sou uma fruta amarga.
Na cidade.
Ou no campo.
Continuo a ser uma fruta amarga.''
(pág. 18)


Sem mais provas, fica claro que a narrativa é de uma delicadeza e, ao mesmo tempo, de uma frieza que chega a doer. As pausas durante o monólogo são tanto para respirar quanto para digerir aquilo que foi dito. Enquanto a leitura pode ser feita em apenas um dia, o conteúdo da obra permanece latente na cabeça do leitor durante semanas. Ouso dizer que esta é uma obra inesquecível, feita para ser relida em diferentes épocas de nossas vidas, sempre tendo um diferente significado.

site: http://ourivesdaspalavras.blogspot.com.br/2015/09/a-lista.html
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Jhenifer.Gatto 02/02/2024

Leitura rápida
Livro com reflexões que nos fazem pensar em como estamos lidando com nossa vida. Em como às vezes priorizamos coisas sem importância e acabamos deixando de lado o que realmente importa.
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Nádia C. 04/02/2016

Trechos
Achei que aqui eu seria uma mais doce
Mas sou uma fruta amarga
Na cidade
Ou no campo
Continuo a ser uma fruta amarga
//
O que você gosta no fato de ter filhos?
[...]
Ela responde
Sem hesitação.
Gosto da facilidade de ser amar os filhos
[...]
Eu preciso de alguma coisa que seja fácil e o amor dos filhos facilita tudo.
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Leila 23/03/2016

Poesia
É um monólogo que conta a sua história em forma de poesia.

A história é narrada por uma mulher cujo nome não é citado. A narradora sem nome é uma dona de casa, casada e mãe de três filhos.

Já no início da leitura, percebemos que a narradora é uma mulher meio deprimida que, em muitos momentos, parece arrependida das escolhas que fez: casar, ter filhos, morar no campo. Está cansada das tarefas diárias repetitivas.

Conforme a narradora vai listando as tarefas do dia a dia, é impossível que as donas de casa, mães de família, não se identifiquem com ela. Até eu, que não sou mãe de família, vejo muitas das tarefas que faço presentes na lista dela. Acho que isso faz com que as mulheres se solidarizem com a protagonista, por vivenciarem todos os dias as mesmas situações. Muitas mulheres devem sentir esse mesmo cansaço às vezes.

No início, também senti certa empatia pela narradora, mas depois, passei a acha-la muito melancólica e insatisfeita. Ela, que é toda metódica, fica incomodada com a vizinha Caroline, que é uma pessoa mais relaxada, mais tranquila e está feliz com sua vida de dona de casa e seus quatro filhos. Pensei com meus botões: "se ela está tão infeliz, por que não toma uma atitude para mudar sua vida?" Começando por mudar de casa, já que não gosta do lugar em que mora. Ela poderia arranjar um emprego de meio turno e deixar os filhos com uma babá ou em uma creche. Penso que, antes de casar e ter filhos, a mulher deve estar ciente de que nem tudo são flores.

O que descobrimos depois, é que a narradora carrega uma culpa muito grande. Ficamos chocados quando ela revela o motivo dessa culpa. A obra pode ser definida como um soco no estômago para nos fazer acordar. Nos fazer refletir sobre como, muitas vezes, estamos ocupados demais para prestar atenção aos detalhes e acabamos negligenciando as pessoas que estão em nossa volta, principalmente as pessoas que amamos.

A capa do livro é linda! As folhas são de alta qualidade (e a capa é dura). É o primeiro livro de uma trilogia de poesias. É um livro curtinho, rápido de ler, mas as palavras são profundas, você vai lembrar delas por muito tempo.

Resenha publicada no blog: Meus Livros e Sonhos

site: www.meuslivrosesonhos.blogspot.com.br
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Kris Monneska - Conversas de Alcova 24/03/2016

Um monólogo cotidiano
Olá Amigxs Leitorxs
Hoje eu estou aqui para trazer a vocês a resenha do livro A Lista da autora Jennifer Tremblay, publicado esse ano pela editora autêntica.
A Lista é uma obra deliciosamente diferente de tudo o que eu já havia lido até hoje. Nesse livro a autora une prosa e poesia para a composição de um monólogo que conta uma história de vida.

Em momento algum a narradora se identifica, mas inegavelmente nós passamos a conhece-la e é com uma maestria que ela nos conduz de uma maneira poética, quase lúdica pelos cantos mais sensíveis, rotineiros e até mesmo sombrios da sua vida. E ai nós podemos conhece-la melhor, se identificar com ela em alguns pontos, ao acompanharmos o cotidiano da nossa narradora acabamos conhecendo também Caroline, uma vizinha e elas são tão completamente diferentes que acabam aos poucos se aproximando e se tornando amigas, mas não posso me aprofundar muito no relacionamento delas duas e dar detalhes, ou eu roubaria de vocês a oportunidade de se deleitarem com as emoções agridoces dessa obra.

A Lista é uma história breve, têm um pouco mais de 70 páginas, que podem ser lidas de uma única sentada e que com certeza lhe levaram a refletir e pensar em organizar melhor as suas listas.
O trabalho gráfico da editora autêntica está extraordinário, o livro tem capa dura, e folhas amareladas, a revisão não possui erros ortográficos.
Recomendo a leitura, principalmente aos que apreciam obras breves e reflexivas.

Espero que tenham gostado da resenha, beijos.

site: http://www.conversasdealcova.com/2016/03/resenha-lista-jennufer-tremblay.html
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Priscila (@priafonsinha) 18/05/2018

Excelente!
Uma peça de teatro, um monólogo, um texto curtinho que faz a gente refletir sobre nossas prioridades, nossas "listas", o que é mais importante: cumprir nossas tarefas diárias ou abrir os olhos para quem está ao nosso lado? Na maioria das vezes estamos tão centrados em nossas vidas que esquecemos de todo o resto, e então, quando o tempo passa e reparamos naquilo que esquecemos de cumprir, vem o sentimento de culpa e o de não poder voltar a trás.


"(...)O que você gosta Caroline no fato de ter filhos?

(...)Gosto da facilidade de se amar os filhos."
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JAssica.Leituras 30/07/2023

Gostei muito da proposta do livro, a forma como é escrito o texto, me fez sentir como a personagem é ansiosa e como seus pensamentos são confusos.
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Cristina 23/12/2023

Listas
Uma peça de teatro tornou-se um livro, tamanho seu sucesso. Dividido em "atos", escrita rápida, lembra um poema pelas suas frases curtas, às vezes sufocante.
A narradora faz listas Refaz. Adia o que não cumpriu. Elimina o que considera desnecessário.
E fala de Caroline, da doce Caroline.
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