U-93

U-93 Marcelo Monteiro




Resenhas - U-93


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Rhuan Maciel 27/05/2021

Resenha para o EB
Este livro conta a trajetória do Brasil durante a Primeira Guerra Mundial, a qual
foi extremamente pequena. Apesar disso, dez navios brasileiros foram atacados
pelos alemães durante o conflito, ocasionando mortes, feridos e desaparecimentos.
Porém no quesito mantimentos teve sim um grande apoio, enviando suprimentos
agrícolas e matérias-primas aos países no epicentro do conflito.
De início, países americanos ficaram de fora da confusão, deixando nações
europeias e asiáticas isoladas. Porém no ano de 1917, os Estados Unidos entram
para a guerra ao lado da Tríplice Entente, e isso causou inúmeras dúvidas no
território brasileiro se o país iria seguir o mesmo destino. Foi preciso que quatro
navios brasileiros (Paraná, Tijuca, Lapa e Macau) fossem destruídos para que o
então presidente, Wenceslau Braz, declarasse guerra à Alemanha. Esse estopim foi
quando o navio Macau afundou por causa de um submarino germânico chamado U-
93, o comandante do encouraçado brasileiro, Saturnino de Mendonça e o taifeiro
Arlindo Dias dos Santos tiveram que ficar com os marinheiros do submarino inimigo,
o paradeiro dos dois nunca foi descoberto. No naufrágio, duas pessoas morreram e
o resto conseguiu sobreviver por meio da baleeira. Assim, no dia 26 de Outubro de
1917 o Brasil entra definitvamente para a Grande Guerra.
Na questão bélica e no contingente militar, o Exército Brasileiro era defasado,
não podendo contribuir com significância às batalhas europeias, desse modo o
estado de guerra foi de caráter defensivo, ou seja, as fronteiras terrestres e
maritmícas serão defendidas. No entanto, ocorreu sim a entrada de um combatente
ao conflito, José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, então segundo tenente, pegou
em armas em missão oficial. Esse homem fora enviado para a França para estudar a
mecanização militar, após um mês lá foi nomeado para a comissão de cavalaria do
exército da França, desse modo realizou estudos sobre o terreno, fotografia e
cartografia militar, até ser convocado para atuar no front para comandar um pelotão
do 1o esquadrão do 4o Regimento de Dragões. Após o armistício, foi condecorado
com a cruz de guerra do exército francês. Anos mais tarde, José Pessoa tornar-se-á
Marechal do Exército Brasileiro.
Já no último ano da Primeira Guerra Mundial, a Marinha Brasileira enviou uma
esquadra naval para patrulhar o Oceano Atlântico, a fim de evitar a ação dos
submarinos alemães, ela foi conhecida como Divisão Naval em Operações de
Guerra (DNOG) e foi comandada pelo Contra-Almirante Pedro Max Fernando
Frontin. Um de seus feitos foi acertar um submarino alemão com um canhão de 102
mm, e apesar de não saber se foi destruído, a Inglaterra declarou a perda inimiga,fornecendo os créditos aos brasileiros. Atingida fortemente pela gripe espanhola, a
DNOG acabou no dia 19 de Junho de 1919, após o fim da guerra.
Com poucos recursos para o auxílio no front, o Brasil auxiliou seus aliados
com uma missão médica militar, assim médicos, enfermeiras, estudantes e guardas
foram à Europa para cumprir sua missão. Assim como a DNOG, eles também
encontraram-se com a gripe espanhola, atuando no seu combate.
De maneira geral, a participação tímida e curta do Brasil na Grande Guerra
aconteceu por diversos motivos, seja economia, localização territorial ou princípios
estratégicos. Portanto o livro de Marcelo Monteiro consegue abarcar todos esses
eventos e narrá-los com maestria, proporcionando uma narrativa factual rica em
detalhes e sustentações de maneira satisfatória, garantindo ao leitor informações
importantes que participam da história das Forças Armadas do Brasil.
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR