Resenhas - A Rainha Ginga

Alipio 07/06/2020

A Rainha Ginga
" A Rainha Ginga" é um Romance histórico de José Eduardo Agualusa, que através de minunciosa pesquisa , recupera a trajetória de uma personagem inteligente e astuta que viveu em um reino na Costa Ocidental da África no final do século XVI e XVII.

Ana de Souza ou Nzinga Mbandi ( Africano), A Rainha Ginga", foi uma mulher guerreira que exerceu com muita habilidade, carisma e inteligência politica o seu reinado, tornando-se uma lider poderosa e respeitada, com relevada importância histórica para o povo Angolano.
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A Rainha Ginga, além de ser uma hábil negociadora ( estabeleceu aliança diplomática importantíssima com os holandeses e negociou com os portugueses), era uma mulher muita vaidosa, seu harém compunha de cerca de 50 homens que se vestiam de mulheres e eram referidos como suas "esposas". ( Enquanto ela se vestia de homem).

Esta obra é uma histórica fascinante de uma mulher, guerreira, corajosa e cheia de fibra que liderou o seu reino para defendê- lo da colonização européia. Respeitada pelo seu povo e admirada por muitos intelectuais em todo o mundo.

@livros.historia

Vani Vaninha 26/06/2019

Dois dedos de prosa sobre A Rainha Ginga, de José Eduardo Agualusa.
"O cético acha que se o final é feliz, talvez ainda não seja o final. O que tem fé sabe que não existe final - tudo são começos."

O livro conta a história de D. Ana de Sousa, nome de batismo da rainha Ginga. Conhecida por sua inteligência, pela excentricidade e pelas inúmeras conquistas.

Através dos olhos de um padre, enviado pelos portugueses a pedido da Ginga, quando ainda era conselheira do rei - seu irmão - para lhe servir como intérprete, atravessamos décadas observando as lutas entre as tribos de Angola, a luta dos brasileiros para expulsar os holandeses da cidade de Recife e como a rainha africana enviou emissários ao Brasil para conseguir a ajuda da Companhia das Indias a fim de libertar Luanda do domínio de Portugal. Numa verdadeira aula de história da Africa.

Mais um livro que entra para a minha meta de conhecer um pouco da literatura de outros países.

Mauro Mendes 07/09/2020

Não julgue um livro pela capa ou titulo.
Foi uma leitura simples e rápida, porém me fez pensar bastante sobre o passado que nos é negado. Minha expectativa era maior com relação a alguns personagens, gostaria de ter visto mais sobre eles. Não posso deixar de mencionar a alegria que senti ao ver que o narrador era conterrâneo meu sendo ele também pernambucano.

Laíza 29/11/2017

Bom, mas não perfeito
O livro de Agualusa é ótimo para quem está começando a desestereotipar seus imaginários de África. Ele serve bem ao propósito de mostrar que africanos não são iguais, muito menos um povo fraco que se deixou escravizar pelos europeus maus. Havia uma estrutura política firme e organizada antes dos europeus e que a história oficial não trouxe a nós uma imagem justa desse continente.
No entanto, o livro não é ótimo. Posso dizer até que é sem graça. Não há muitos elementos que nos envolvam aos personagens. Aliás, a medida que nós temos de cada personagem (até mesmo do personagem que é narrador do livro) é suficiente para conhecê-los apenas superficialmente.

J.C. Marangoni 14/12/2020

'A Rainha Ginga', do jornalista, escritor e editor angolano de ascendência portuguesa e brasileira José Eduardo Agualusa.
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Este romance histórico narra a verdadeira história de dona Ana de Souza (1583-1663). senhora de um reino poderoso nos vastos sertões da costa ocidental da África, dizimado e reconstruído vezes seguidas, ela exerceu seu poder com inteligência e originalidade. astuta nas negociações políticas, a rainha Ginga estabeleceu alianças diplomáticas com os holandeses, ao mesmo tempo em que comandava os seus exércitos contra outros reis africanos, e tropas luso-brasileiras. ardilosa, vaidosa, adotou uma coleção de esposas (na realidade homens, vestidos como mulheres) e se casou várias vezes com chefes militares que desejava como aliados políticos.

Ana 18/01/2023

Lutas, povos e vidas
Uma história incrível com temática muito interessante, principalmente pelo caráter histórico que tem. Fiquei curiosa e espantada diversas vezes me perguntando se algumas informações eram reais. O livro acrescenta demais em conhecimento demonstrando como nossa percepção histórica é falha e rasa. Infelizmente a leitura não é tão fluída, mas vale a pena.