Bia 20/09/2015Resenha publicada no blog Pequenos VíciosOlá leitores!!
Quando a Amanda perguntou se eu queria ler e resenhar “A Trilha”, primeiro livro de uma saga, tive dois sentimentos totalmente opostos: fiquei empolgadíssima, pois a sinopse é maravilhosa e envolvente; e desanimada por se tratar de uma saga.
Livros em série, quando ainda não temos todos lançados, acabam sendo um pouco frustrantes, principalmente o primeiro volume. É o início de tudo, nós leitores, temos certeza que muitas perguntas ficarão sem respostas. E por isso, fazemos aquela falsa promessa de NUNCA MAIS LER NENHUM LIVRO QUE TENHA CONTINUAÇÃO. Promessa essa que sabemos que é totalmente furada, pois é só lançar outra série estaremos lá, firmes e fortes lendo o primeiro volume e aguardando pelos próximos rsrs.
Resumindo: o meu lado “empolgadíssimo” falou mais alto, porque só se eu fosse louca para não ler esse livro, com essa sinopse, essa capa e, além do mais, nacional.
Alexis é uma adolescente que tem o estilo de vida que todos nós queríamos. Seu pai é um super milionário brasileiro, muito famoso na mídia. Sua mãe é arqueóloga, viaja o mundo todo em busca de artefatos históricos. Com pais separados, decidiu viver com sua mãe, já que, devido ao status do pai, não conseguiria ser uma adolescente normal.
Assim, Alexis viajou para vários lugares do mundo. Quando as expedições de sua mãe duravam muito tempo, era matriculada em uma escola local; do contrário a própria equipe quem educava a menina. Não é deslumbrante? Imaginem viajar em expedições arqueológicas? Um sonho!!
Em uma dessas expedições mais demoradas, Alexis acaba criando um vínculo de amizade com os ingleses Vichy e Jonathan. A dupla é apaixonada por cinema, e acabaram por transmitir esse amor todo a ela.
Uma sessão de cinema com muitas conversas, pipoca e diversão... É só disso que Alexis se lembra ao acordar em meio à Floresta Amazônica, no Brasil.
Como fora parar ali? Onde estariam seus amigos? Como sairia dali?
À medida que algumas dessas questões são resolvidas, outros mistérios se iniciam. Ela descobre que perdera a memória e que sua mãe estava desaparecida.
Todo esse mistério se torna um grande quebra-cabeça no decorrer da história. E é justamente esse o ponto mais envolvente do livro.
A autora conseguiu, com maestria, desenvolver uma aventura única, com fatores inéditos. Esse é o motivo para você conhecer a saga. Por ser o primeiro livro, temos uma degustação do que “pode” ser a saga. E minha impressão é que teremos mais mistérios e ação, tudo envolto com as lendas mais misteriosas que conhecemos muito bem.
Amei a autora ter envolvido tais lendas na trama. Eu, particularmente, as aprecio muito.
Mas preciso expor os pontos que não me agradaram tanto.
O enredo em si é ótimo, mas a autora colocou alguns elementos que fugiam do que buscava ver na história. Algumas passagens com Alexis foram totalmente desnecessárias a meu ver. Tornou a leitura cansativa para mim que sou adulta. Acredito que esse ponto que eu negativo, pode nem ser tão evidente dependendo da faixa etária do leitor.
O romance desenvolvido entre a personagem principal e outro elemento da trama, foi o que mais me desagradou. Achei forçado, mais uma vez tirou o foco do enredo. Certo que a elaboração do romance foi realmente ótima. Mas depois que aconteceu, classifico como leve demais para adultos, e um pouco rápido e despreparado para os mais jovens.
O último ponto que negativo, são os poucos trechos em inglês que aparecem no livro. Eles não tem tradução nas entrelinhas, então caso não tenha um dicionário ou a internet por perto, e claro, não saiba inglês, ficará no vácuo.
Foram passagens que me desagradaram, porém os pontos positivos que enxerguei na trama, são os que prevaleceram, e que me motivam a esperar ansiosamente pelo próximo livro da saga, que, de acordo com a publicação da autora no blog Saga Linear, sai ainda este ano.
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http://www.pequenosvicios.com.br/2015/09/a-trilha-v-seixas.html