Resenhas - Poemas Negros

skymae 22/05/2022

?Tempos e tempos passaram
por sobre teu ser.
Da era cristã de 1500
até estes tempos severos de hoje,
quem foi que formou de novo teu ventre,
teus olhos, tua alma?
Te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão??

só por esse poema o livro já me conquistou.

Luciano 03/05/2020

Felizmente, o pósfácio trata de forma muito competente dos problemas de perspectiva da obra.

Laurinha. 11/06/2022

Retrata a história vivida pelos negros no Brasil na época colonial, mostrando a importância desse povo e fala no que eram submetidos.

JoAo.Belos 20/07/2020

A decisão é de cada um
O prefácio do Gilberto dá o tom. Os poemas dão a melodia. A sociedade finaliza a música. Fala-se em democracia racial nos poemas de Jorge. Democracia e passividade nas relações, embora em alguns poemas apareça uma visão menos conformista. Ainda assim, na perspectiva da mulher negra representada nos textos, a salvação está na figura do senhor.

Lobo 15/03/2021

Enquanto construtor de eu líricos observador de um ambiente transcultural Jorge de Lima exerce com maestria seus dotes modernista. Porém falha nas tentativas de construir um eu lírico com uma voz negra, o que acaba "brancarreando" (como ele mesmo aponta no seu texto "Banho das Negras") todos os objetos que ele tenta representar quando se refere e cultura e tradição afro-brasileira. Salvo o Poema Janaina que apresenta uma belíssima construção metafórica de Iemanjá. Para os olhares do patriarcado da década de 30, um prato cheio de visão branca e falseada de "brasileirismo".

Adriana Scarpin 26/12/2015

Minha veia politicamente correta me impediu de gostar de certos poemas em sua plenitude, mas o posfácio do Vagner Camilo pontua todos esses problemas que o livro realmente tem e o encerra de forma brilhante.

Amanda Thais 15/08/2019

É muito ruim não se adaptar com a escrita de certos autores.

Flávia 09/04/2021

Sou suspeita para falar de Jorge de Lima, pois ele é alagoano, assim como eu. Esses poemas são característicos da segunda fase do autor, em que ele se afasta do parnasianismo e se aproxima do modernismo. É um livro marcado por regionalismo e pautas sociais. Vale a pena.