Persona

Persona Genevieve Valentine




Resenhas - Persona


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Maria Anndressa 23/02/2024

No futuro, a diplomacia global é conduzida por figuras públicas conhecidas como Faces, personalidades meticulosamente escolhidas para representar suas nações nas reuniões da Assembleia Internacional (IA). É assim que Suyana Sapaki, uma jovem peruana retirada de seu país para servir aos interesses da United Amazonian Rainforest Confederation (UARC), encontra-se enredada em um intricado jogo de relações do qual, apesar de seus esforços, as chances de sair vitoriosa são escassas.
Essa é a principal coisa que Suyana se dá conta: sua posição impõe restrições significativas, exigindo que ela reprima suas convicções pessoais em prol do interesse coletivo da UARC, se tornando mera porta-voz das decisões tomadas. Sozinha, sem lar e sem família, têm como companhia constante Magnus, seu Handler, um contratado da UARC cuja função é orientá-la e mantê-la na linha, garantindo seu sucesso como uma Face. Com esse objetivo, e visando os melhores interesses dos países que Suyana representa, Magnus elabora um contrato de relacionamento de marketing entre ela e o Face dos Estados Unidos, Ethan. É assim que seu destino se cruza com o de Daniel Park, um talentoso fotógrafo que, após se ver obrigado a deixar o seu país de origem, tenta ganhar a vida como um paparazzi de Faces em Paris.
O objetivo de Daniel era muito simples: ele precisava de fotos de Suyana indo ao encontro de Ethan para firmar o contrato de relacionamento. No entanto, o que deveria ser uma simples tarefa de documentação se transforma em uma situação de vida ou morte quando um atentado acontece durante o encontro planejado. Suyana é baleada duas vezes e, com a ajuda de Daniel, entra em uma fuga desesperada e cheia de adrenalina, iniciando um thriller político sem muitas pausas para respiro. Afinal, quem é o responsável pelo atentado? UARC e Magnus? Ethan? E porque é tão difícil para Daniel deixar Suyana?
A quantidade de acontecimentos em Persona causa estranheza. A sensação é de cair de paraquedas no meio da tempestade que é a vida de Suyana, mas posso dizer que foi prazeroso a entender pouco a pouco durante o livro. Talvez o ritmo acelerado da narração seja um pouco demais para quem não está acostumado, mas é essencial para sentir a urgência de Suyana, entender sua força de vontade e o quanto ela deseja viver. Acho que isso me cativou na personagem: Suyana é uma sobrevivente. Talvez tenha sido isso que também cativou Daniel. E eu amei a relação entre os personagens, senti que havia algo maior que os unia, algo em comum que eles não sabiam nomear. A necessidade de um amigo. A identificação que só aqueles que estão longe de seu lar conseguem ter entre si.

“She looked tense and wistful, like she was thinking of a country she’d never set foot in again.
His lungs ached.”

Embora não tão fácil, Persona é uma leitura rápida que conquista com o passar das páginas. Até mesmo agora que acabei o livro, quanto mais penso sobre, mais gosto. É sempre um prazer ser agraciada com a escrita de Genevieve Valentine.
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