O Lago Negro

O Lago Negro Juliana Daglio




Resenhas - O Lago Negro


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Arca Literária 15/02/2018

resenha disponivel no link a partir do dia 09/05/2018 http://www.arcaliteraria.com.br/o-lago-negro-juliana-daglio/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/o-lago-negro-juliana-daglio/
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Calma Sem Pressa 19/10/2017

A narrativa não perde o ritmo em momento algum
O Lago Negro é um livro perturbadoramente fascinante!

Primeiramente vamos falar da protagonista...

Verônica é uma jovem que se muda para a Universidade na cidade de Lagoana com seu namorado. Uma protagonista com sanidade questionável, Verônica nos leva a questionar inumeras vezes se certos acontecimentos não são fruto da sua mente ou da falta de remédios. Seu relacionamento amoroso mostra ser seu porto seguro ao mesmo tempo que parece uma obsessão ou algo que caiu no comodismo.

Ao avançarmos algumas páginas é possível perceber que Verônica tem motivos maiores para estar na cidade de Lagoana, um deles é o professor Velásquez já os outros a personagem mal pode imaginar!

"Era sempre difícil desligar de qualquer coisa que ganhava importância. Minha mente confusa sempre foi incontrolável."

Assim como seu pai Verônica quer ser uma escritora. Ela tem uma história com Anjos e demônios, por assim dizer, na cabeça ,mas a dificuldade de organizar os pensamentos é muito grande. Esses bloqueios de escrita parecem melhorar em Lagoana, uma cidade em meio a neblina na qual a população não é nem um pouco receptiva aos forasteiros, muito menos aos jovens da universidade.

Com o decorrer da leitura o leitor vai descobrindo que há muito mais que liga o passado da protagonista, a morte de seu pai e acontecimentos bizarros na cidade de Lagoana.

A princípio eu não conseguia definir o gênero literário no qual o livro se encaixa, devo admitir que ainda não o consigo. Mas posso garantir que O Lago Negro tem muito mistério, suspense psicológico e uma pitada de fantasia. Certeza que a escrita da autora e sua sagacidade para manter o leitor curioso até a última página são elementos suficientes para tornar essa leitura obrigatória! Sem mencionar é claro essa capa maravilhosamente sedutora. Impossível não querê-la na estante!

Essa é uma história que salta das páginas. Eu sentia Verônica sussurrando sua história em meu ouvido, e isso é uma característica da escrita da Juliana, senti o mesmo ao ler Uma Canção para a Libélula. Em O Lago Negro no entanto, me senti ainda mais conectada com a protagonista, senti na pele seus medos e receios, sem falar do ótimo gosto musical dela e outras peculiaridades que tornaram sua personalidade incrível para mim!

"Meu livro é meu céu púrpura a passar sobre minha cabeça, assim como Amy Lee canta com sua bela voz..."
A narrativa não perde o ritmo em momento algum, mesmo quando você se sente confuso, (e creio eu que foi exatamente essa a intenção da autora, ao colocar uma protagonista mentalmente "perturbada"), a história te surpreende com fatos inimagináveis te levando por caminhos que você menos espera.
"A linha entre a loucura e a sanidade é muito tênue. Uma fronteira frágil"
Sei que vou escrever e escrever aqui mas nada que eu diga será suficiente para expressar o misto de sentimentos que essa leitura me despertou, só posso deixar aqui meu apelo para que vocês leiam o quanto antes essa história!

Não vejo a hora de ler Submersão a continuação de O Lago Negro, em breve trarei a resenha para vocês!


site: http://www.deixaelaler.com/2016/10/resenha-o-lago-negro.html
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Mony Oliveira -UBSE 16/10/2017

Falando sobre: O Lago Negro de Juliana Daglio
O Lago Negro tem uma narrativa bem construída, mesclada entre a realidade e a fantasia, do livro que está sendo escrito pela protagonista, Verônica. Para cursar a faculdade a mesma se muda para uma cidade do interior de São Paulo, com um cenário bem misterioso, onde os habitantes não gostam de forasteiros. O clima de suspense se mantém pela maior parte do livro, descobertas e revelações vão sendo feitas ao poucos, o que me levou a ficar instigada a ler cada vez mais.

site: https://umblogsobreesmaltes.blogspot.com.br/2017/10/lidos-em-setembro.html
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Lu 22/08/2017

"O Lago Negro" é o segundo livro da autora Juliana Daglio [é? Corrija-me se eu estiver errada, humana.]. Ele chegou até mim depois que minha amiga Lu, a senhora toda poderosa deste blog, perguntou se eu não poderia ler um livro de Fantasia e fazer uma resenha para cá. Foram mostradas várias opções, mas "O Lago Negro" foi o que mais me chamou a atenção por sua temática de misturar realidade com loucura.

Devo confessar que, logo no começo do livro, fiquei um pouco decepcionada porque, de fato, não era o que eu pensei que leria. O livro que eu tinha em mente era uma fantasia de verdade, onde vampiros e demônios existiam. No entanto, a obra começa com uma jovem mulher entrando na faculdade de jornalismo e começando uma vida nova ao lado de seu namorado, Enzo.

“Meus monstros sempre viveram embaixo da minha cama, quietos, sussurrando o escuro. Ali, em meu novo apartamento, eles chegavam aos poucos, habitando um por um o piso do quarto, o interior dos armários, os cantos das paredes”

Ao passar das páginas, fui sentindo uma certa antipatia pela personagem principal, Verônica. Ela se mostrava, no primeiro contato, uma jovem frágil, insegura e bastante ciumenta. Seu sentimento de posse com seu namorado Enzo era algo que me dava uma angustia real, mas, na medida que me aprofundei na leitura, percebi que ela só era “insuportável” quando estava ao lado dele, o que logo me veio à cabeça que aquele sentimento de angustia que eu sentia quando os dois estavam juntos, provavelmente, era proposital. A personagem deveria se sentir daquele jeito também, e como um piscar de olhos, a obra passou de “chata e angustiante” para “incrível” aos meus olhos.

Na história, nossa heroína trava uma batalha diária contra problemas mentais. Quando muito nova, sofreu um acidente de carro que a fez perder, além de grande parte de sua sanidade, seu pai, um autor famoso e genial de livros. E bem aí eu tenho uma pequena crítica a fazer, e acredito que muitos dirão que é implicância ou que não interfere na compreensão da trama, o que é verdade, não interfere mesmo, no entanto, acho pertinente destacar este pequeno erro.

“Meu ciúme e insegurança com relação a ele às vezes eram irracionais. Era como se, de repente, minha mente se desligasse da razão e eu visse todas as mulheres lindas e confiantes olhando para ele, querendo tomar meu lugar, desejando-o e se oferecendo. E a meu ver, todas eram melhores que eu”.

Durante todo o livro é evidente a grande influência da cultura americana. Andreas Cattani, o pai da nossa principal Verônica, é um autor muito reconhecido nos Estados Unidos e a maior parte de suas obras não tem tradução para o português. Até aí, tudo bem, mas, ninguém contava que o título do seu livro de maior sucesso nos Estados Unidos estivesse com o inglês errado. “The darkness don’t came alone” é uma frase que não faz sentido verbalmente falando. Eu diria que o título certo seria “The darkness does not came alone” ou até mesmo

“The darkness did not come alone”. Como eu disse, não é um erro que influencia de fato o andamento da história, eu diria que apenas que quebra um pouco a coerência, afinal, espera-se que um livro famoso nos estados unidos tenha pelo menos o título escrito corretamente.

"O Lago Negro" é, de verdade, um livro incrível. Ele te envolve no mistério e não subestima sua inteligência. É um suspense imprevisível que mistura realidade com fantasia como poucos livros consegue fazer. Em vários momentos, eu sentia a necessidade de ler mais rápido do que eu conseguia para descobrir logo o que iria acontecer. Eu passei horas presa na leitura que, apesar de bem escrita, não é pedante e nem cansativa.

“Lirial sentou-se no banco atrás de mim, ao seu lado estava Aiden com seus cabelos negros, olhos azuis-claros como o céu. O cabelo da menina brilhava em seu tom de lilás uniforme, enquanto os olhos púrpura me fitavam desafiadoramente”.

A autora brinca com realidade e fantasia de uma maneira fascinante e descreve de um jeito interessante como nossa mente consegue reprimir e distorcer memórias para que nós tenhamos capacidade de lidar com a realidade. Mesmo assim, a autora peca em pequenos detalhes que podem até passar despercebidos para a maioria das pessoas, mas para alguém que entende do assunto em questão, é um erro doloroso de se ler.

Um bom exemplo disso é quando um dos personagens diz que seu amigo foi condenado a prisão perpétua em 1992 aqui no Brasil. É notável a influência da cultura americana nessa parte, já que nos Estados Unidos é possível que alguém seja condenado a passar a vida na prisão, ou até mesmo a pena capital, no entanto, a Constituição Federal de 1988 baniu qualquer tipo de pena perpétua no Brasil. Ou seja, em 1992, o amigo deste personagem não poderia nem ter seu nome no SPC para sempre, quem dirá passar o resto de seus dias na cadeia.

“Talvez fosse indicação de Carlos, talvez ele quisesse impressionar o professor, ou talvez fosse um dos tantos fãs que buscavam tal literatura. A última hipótese era improvável em território nacional. The darkness don’t came alone, nunca havia sido traduzido para o português”.

No mais, se você não for um perfeccionista que gosta de ver todo e cada detalhe de uma obra perfeitamente executado, e não se importar de ver vários alguns erros de digitação (estes que entendo que não são culpa da autora, mas sim da revisão da editora), "O Lago Negro" é uma ótima opção para quem gosta tanto de fantasia, quanto de mistério e suspense policial. Desejo uma ótima leitura a todos.

(resenha feita pela colaboradora Jéssica Barbosa e postada originalmente em 14/05/2016)

site: http://lumartinho.blogspot.com.br/2016/05/o-lago-negro-juliana-daglio.html
Juliana 31/08/2017minha estante
Olá, Lu, tudo bem?
Foi muito muito bem ler sua resenha hoje. Os pontos que você levantou são criticas construtivas que podem me ajudar muito a melhorar a qualidade do texto. Gostei que você captou que o incômodo psicológico da protagonista foi proposital, pois eu queria que o leitor se sentisse como ela. Fiquei muito contente mesmo com essa parte e com todos os elogios também.

Sobre o inglês, isso me incomodou muito de uns tempos para cá, quando eu estudei melhor a língua (escrevi esse livro em 2012, então já mudei um bocado). Foi um erro meu. A intenção era dizer "A escuridão não veio sozinha". Vou corrigir isso para as próximas edições com a ajuda de alguém fluente. ;)
Sobre a prisão perpétua, eu acho que pequei não explicando direito. Minha intenção era dizer que ele passou a maior parte da vida na cadeia e acabou morrendo lá, não que a condenação foi perpetua. Mas eu me deixei levar pelo vocabulário que me influenciou na época, como você observou, das séries e livros que lia. Outra coisa que vou corrigir para a edição seguinte.

Tudo anotado, junto com minha lista de outras correções. O bom é que o livro vai ser revisado novamente, e também vai passar por uma leve reescrita, para ser publicado no formato novo na Amazon.

Sinceramente grata por sua resenha, porque ela veio na hora certa. Obrigada pela oportunidade que deu à leitura.
Beijuuus!




Bela 14/08/2017

MARAVILHOSO!!
Verônica é uma jovem de 20 anos, ela acabou de passar para a universidade e vai cursar jornalismo, como sempre sonhou. Ela irá morar junto com seu namorado, Enzo, que é um calouro do curso de Letras e pretende aproveitar o ambiente de cidade pequena para começar a escrever o seu livro, pois a faculdade é localizada numa cidadezinha do interior de São Paulo, chamada Lagoana.

"Há algo de errado com meu cérebro. Ele tem tudo para conseguir o que quiser, mas está sempre estacado no mesmo lugar. Ele me faz avaliar demais as pessoas antes de me relacionar com elas; me faz sombria, taciturna, estranha demais para ter amizade com qualquer um."

Ao chegar na universidade, Verônica logo faz uma amiga, Carol, o que lhe surpreende, pois ela nunca se considerou uma pessoa muito sociável. Dona de um visual dark e com um punhado de dificuldades psicológicas, que lhe renderam uma estadia em um hospital psiquiátrico depois que o seu pai faleceu em um acidente de carro, há doze anos, Verônica ainda toma remédios para controlar o seu humor e ansiedade. Ela também estava no carro quando tudo aconteceu, mas foi resgatada à tempo. Entretanto, os últimos doze anos não estão totalmente sólidos em sua memória, há falhas em que ela não sabe exatamente o que vivenciou. Mas, esse é apenas um dos fantasmas que a assombra ocasionalmente. V não é uma pessoa fácil de lidar, é ciumenta, insegura, explosiva e muito curiosa, mas é muito fácil se apegar e identificar com ela, porque é uma personagem muito humana.

Diferente do ambiente festivo e acolhedor da universidade, a cidade de Lagona é escura e sombria. A névoa constantemente presente no ar devido à geografia característica da região parece contaminar seus moradores com o ar fúnebre, que fazem questão de deixar evidente seu desgosto para com os estudantes universitários. Esse tratamento hostil, mantem os alunos dentro dos limites do campus, mas Verônica não consegue ficar presa naquele lugar, ela está determinada a explorar os arredores e quem saber conquistar o afeto de alguns daqueles moradores carrancudos. Assim, ela acaba se tornando babá de uma família muito esquisita, os Caprini. O casal Caprini também enfrenta a antipatia dos habitantes de Lagoana e moram um pouco afastados do centro. Apesar de serem bastante simpáticos com Verônica, ela não consegue impedir de se sentir um tanto quanto incomodada com o ar de mistério e perigo que ecoa daquele casal e da mansão decadente em que vivem. Vindos de uma antiga e importante família da região, Verônica não faz ideia da extensão dos segredos que eles escondem, mas acaba por topar a proposta de tomar conta da pequena Lizandra algumas vezes por semana.

"Era ela... A loucura. Ela é como um desalinho em espiral nos trilhos da sua mente. Quando o trem chega perto das zonas de risco, aqueles espaços se contorcem e retorcem, esgueirando-se dentro do seu cérebro, embrenhando-se no meio da sua carne, como veias enferrujadas intrincadas com as saudáveis. O trem fica desgovernado, acelera em meio a elas, passa por dentro de tudo, rasgando e sangrando.
Isso tudo silenciosamente.
Ah, o silêncio dos loucos é um trem desgovernado."

É quando começa a escrever o seu livro que tudo acontece, a história se trata de uma fantasia e envolve anjos, vampiros, rituais e um misterioso lago negro. Mas, assustadoramente, realidade e ficção começam a se embaralhar, os personagens parecem sair de dentro das páginas de seu rascunho para assombrá-la e os fatos se repetem sem que ela possa fazer qualquer coisa para evitar. Então, ela começa a se questionar se está perdendo mais uma vez o controle sobre a sua sanidade, quando aparece um rapaz atraente chamado Liam fazendo perguntas sobre os Caprini e sobre o passado de Verônica. Liam é um rapaz charmoso, mas também carrega os seus segredos e só começamos de fato a conhecê-lo quando os dois percebem que podem confiar um no outro, pois só assim irão conseguir entender o que está acontecendo. Já Enzo está com Verônica há mais de oito anos e sempre foi o namorado perfeito. É claro que eles tem seus desentendimentos, mas sempre conseguiam se resolver, entretanto, as coisas não estão funcionando muito bem desde que chegaram à Lagoana. Os dois tem reagidos de maneiras bastante diferentes às novas liberdades e responsabilidades da vida adulta.

"Dizem que o passado é algo que vive dentro de você, por mais esforços que faça para esquecê-lo. Dizem que ele molda seu futuro, que influência suas decisões e que acaba passando a fazer parte de quem você é, não importando o que escolheu fazer com ele.
Gostaria que isso não fosse verdade."

O livro é maravilhoso! Ele é dividido de forma que temos uma parte narrada por Verônica, outra por Liam e ainda capítulos do livro de Verônica. Eu fiquei boba com tudo o que aconteceu e vai ser difícil encontrar uma leitura que o supere (talvez os próximos livros da saga? haha). Devorei ele em menos de vinte e quatro horas! No começo confesso que me senti um tanto quanto perdida e estava achando tudo esquisito demais: a cidade, os personagens, o prólogo, os Caprini, o lago. Tudo era muito estranho, mas ao mesmo tempo cada um desses elementos traziam consigo uma curiosidade e um ar tão misterioso que não me deixaram abandonar a leitura. O enredo é muito bem trabalhado e entrelaçado e muitas vezes me perguntei se tudo o que estava acontecendo era mesmo real ou se havia algo de fantasioso, como a capa me sugerira no início. O final foi muito inesperado para mim e apesar desse volume ter concluído uma "aventura", não esclareceu todos os pontos, que provavelmente serão abordados no decorrer da saga, como as memórias perdidas de V. Estou curiosíssima para entender tudo o que lhe aconteceu. Nesse livro, vemos as coisas ainda muito fragmentadas, mesmo que ela tenha descoberto algumas coisas.

O Lago Negro certamente entrou para as minha lista de livros favoritos e fiquei com vontade de ler não só a sequência da saga, mas todos os outros livros da Juliana Daglio, menos Lacrymosa, porque terror não é pra mim... haha. Ela escreve maravilhosamente bem e o livro está lindo, contém detalhes e ilustrações no início dos capítulos, além folhas pretas para separar as partes narradas por Liam e Verônica. Mas o livro, em geral, possui páginas amareladas, para facilitar a leitura.

"-Assim como somos o que absorvemos do mundo, também odiamos nos outros o que vemos de errado em nós mesmos, professor.- Ele me encarou atônito, parecia ter me notado pela primeira vez."

site: http://www.sigolendo.com.br/
Franciele 19/08/2017minha estante
Parece ser um livro interessante. Gosto de livro com temáticas sobrenaturais e ainda mais quando envolve anjos! Com certeza esse livro entrou na minha lista de próximas leituras. Adorei a capa do livro, muito bonita!


Valeria.Sakura 06/10/2017minha estante
muito bem feita a resenha. tudo me atrai nesse livro: a capa, o tema, e a abordagem que voçê fez. gostei muito, parabéns




ClAudio121 25/07/2017

Um mergulho repleto de sensações!
Gente fiquei de fazer essa resenha há muito tempo mesmo,então precisei reler inclusive pra dar prosseguimento a série.
A história tem uma pegada fantasia/mistério,uma combinação que eu gosto e muito.Tem romance sim,mas não é o foco da trama e não é um romance colocado aleatoriamente na história.
Verônica é a nossa narradora em maior parte do livro,com algumas partes narradas pelo Liam,um personagem que vai fazer parte da vida da nossa protagonista.
Por termos o ponto de vista da Verônica,ficamos exatamente na mesma situação que ela.Vamos descobrindo junto com ela as peças de um quebra cabeça muito mais complexo do que podemos imaginar.
Aliás,se preparem:temos muitas revelações.Quando a gente acha que a trama se encaminha para um lado,muitas coisas surgem que vão se incorporando a uma teia já repleta de mistérios e que acabam nos confundindo (confusão pelo lado bom kkkkkkkk).
A autora vai nos conduzindo e nos prendendo nesse suspense de uma forma extremamente sutil e cativante.Não esperem uma trama previsível ou simples,pelo contrário.O Lago Negro é o tipo de livro onde precisamos ficar atentos a cada detalhe,onde tudo e todos podem ter influências negativas ou positivas numa história onde mistério é a palavra chave.
Gosto muito da escrita da Ju.Ela sabe trabalhar uma trama complexa até,juntando os pontos,sem se perder na condução ou perdendo o domínio dos personagens.Inclusive,gosto muito do trabalho dela na criação dos personagens.
Todos podem ser culpados ou não,e a todo o momento a autora deixa essa pulga atrás da orelha do leitor,até porque são todos personagens que guardam algum tipo de segredo,segredos que vão surgindo no decorrer da história.
A narrativa da Ju é de extremo suspense e repleto de muitas descobertas.Talvez pra quem não esteja acostumado com suspenses,pode ser que sinta alguma dificuldade,porque são muitos fatos apresentados que o leitor tem que assimilar pra entrar dentro do ambiente da história.O que mais preciso ressaltar na escrita da Ju,é a habilidade de misturar ficção com assuntos religiosos.E faz isso extremamente bem,sem soar pesado,exatamente na medida certa.
Gostei demais da Verônica.Ela é o tipo de personagem que não abaixa a cabeça,que quer ver as coisas esclarecidas,mesmo que isso a machuque.Corajosa e curiosa,algumas vezes inconsequente,se mete em confusões por conta disso,mas gostei desse espírito corajoso dela.
Liam é aquele cara curioso,protetor,capaz de dar a própria vida pra ajudar alguém que ama.A inteligência dele chama muito a atenção durante a leitura.
Mas acredite,o personagem que mais gostei foi o Ancião.Ele é um dos moradores de Lagoana e é o principal responsável por contar algumas das histórias da cidade para Liam e Verônica.Ele atua como uma espécie de mestre Yoda (pensei nele na hora hahahahahhaa).Ele me chamou a atenção porque foi o único morador da cidade que não virou as costas para Verônica e Liam,contribuindo inclusive para várias descobertas.
No geral,foi uma leitura que me surpreendeu bastante,me fez ficar preso em cada página,em cada situação.A cada nova cena eu me via imerso dentro do livro e querendo mais e mais.E olha que esse é só o primeiro volume da série!
Achei uma história bem profunda,que coloca em xeque o que é real e o que não é,passando por alguns conceitos religiosos interessantes sendo debatidos de forma bem consciente.
E o final desse livro já deixa claro o tom para a sequência Submersão,onde podemos esperar muita ação,descobertas e ser ainda mais envolvidos pelas águas do Lago Negro.
Super recomendo,leiam com calma para poderem ter a melhor experiência possível com essa leitura,sem deixar para trás nenhum detalhe.Se deixem surpreender!!!

site: http://livreirocultural.blogspot.com.br/2017/07/resenhao-lago-negro.html
Carol 26/07/2017minha estante
Parece muito bom. Próxima meta de leitura ?




Lari 02/02/2017

O LAGO NEGRO
O LAGO NEGRO possui 355 páginas, divididos 3 partes: Loucura e Sanidade, Respostas e Escuridão e O Lago Negro. Publicado pela editora ARWEN e escrito pela Juliana Daglio.

Nesta obra, somos apresentados a Verônica Cattani, uma universitária que se mudou recentemente para um pequena cidade no interior de São Paulo, Lagoana, junto com seu namorado, com quem está junta há muitos anos e são perdidamente apaixonados um pelo outro. Mas como na vida nem tudo são flores, novidades irão aparecer para este belo casal.

Contudo, o foco não fica no romance, ainda bem. Lagoana é uma cidade pequena, mas possui seus mistérios. Uma família muito antiga, os Caprini, não possuem um fama muito boa, devido a suas diferenças e pequenas ligações com assassinatos de mulheres e crianças, afastando um pouco a comunidade da família.

O casal Vicente e Katarina. da família Caprini, encontram Verônica, que procurava emprego, no quintal da casa, onde ela admirava o Lago Negro. Por coincidência, o mesmo lago do seu livro e dos seus sonhos. Contarei sobre isso daqui a pouco. O casal vê em Verônica uma boa moça, perguntam a ela se esta pode cuidar de sua filha, ela fica assustada, mas, no fim, acaba aceitando. E por causa deste emprego e desta família, a vida de Verônica, que já não era normal, se torna mais obscura.

Os capítulos da primeira parte se alternam entre o ponto de vista de Verônica e alguns pequenos capítulos do livro que ela escreve, O LAGO NEGRO, mas, no decorrer da história, vemos que algumas coisas que ela escreveu aconteceram na vida real, mas não do mesmo modo, e isso acaba deixando-a assustada, e me assustou um pouco também, vou confessar.

A segunda parte é contada pelo ponto de vista de Liam, um rapaz que é filho do professor, que era melhor amigo do pai da Verônica...deu pra entender?! hahahaha. Ele voltou para a cidade para ficar com seu pai. Mas Liam, por causas de algumas descobertas, acaba indo parar no hospital. Ele acaba se encontrando com Verônica, e esta lhe conta, aos poucos, sobre a fama dos Caprini.

O que eles não sabem, é que têm muito mais em comum do que imaginam. Quer dizer, do que Verônica imagina, já que Liam está na cidade por causa dela, mas não vou contar tudo, porque assim perde a graça, e vocês nem vão ler o livro.

Já na terceira parte, O LAGO NEGRO é onde acontecem todas as revelações que nossa protagonista descobre. Vou falar apenas isso ;)

Minha nossa, o que dizer deste livro que mal terminei e já considero a melhor leitura nacional que fiz este ano?! Vamos por partes. A cidade é encantadora com todos os seus mistérios. Todos os pontos se interligam, todos os personagens falam sempre a mesma coisa, enquanto Verônica e Liam fazem suas investigações sobre a família Caprini.

O LAGO NEGRO, pelo modo como é descrito, é belo, maravilhoso e bem perigoso, com muitos mistérios que o rodeiam. Contudo é o mesmo lago que Verônica tem em seus sonhos e pesadelos, e mais ainda, sobre o que escreve no seu livro. Ela escreve praticamente tudo o que aconteceu anteriormente, mas não se lembra de nada e com os nomes dos personagens trocados. Imagina se ela escrevesse com os nomes reais?!

A personagem de Verônica Cattani, apesar de ainda jovem, passou em primeiro lugar para Jornalismo, curso que pretendo fazer, se mudou com seu namorado, perdeu seu pai, tem trauma por isto até hoje, e pensou que iria estudar e ser feliz, mas tudo o que encontrou foram revelações e problemas com seu passado e seu futuro! Uma moça feliz, contudo triste por dentro, tem seus momentos de raiva, mas se sente abandonada e sozinha. Desde o começo, percebi que ela é o tipo de mulher que não desiste fácil, que vai até o fim.

Seu namorado é até legal e interessante no começo. No decorrer da história, ele se torna um rapaz afastado, não ajuda a namorada como fazia antes, e depois vai embora! Vocês irão toda a revolta que peguei dele quando lerem.

Liam, este sim, é um rapaz que merece toda a atenção. Com uma parte do livro totalmente sua, entendemos todos os motivos para ele ter saído da Europa e ter se mudado para uma pequena cidade do interior de São Paulo em busca de respostas que, meu Deus, até eu fiquei abismada com todas as revelações que ele faz no final para Verônica. Ajuda ela do modo que o idiota do namorado era para ter feito, tenta mantê-lá afastada da família Caprini, mas percebe que a garota é irredutível e acaba indo com ela nessa aventura.

Uma leitura fluída que me agradou do começo ao fim. Com todos os pontos interligados, sem deixar nada sem explicação neste primeiro volume. Páginas amareladas que ajudam na leitura, principalmente à noite por causa da luz. A diagramação está impecável, mas o melhor de tudo é a capa perfeita e maravilhosa. Capa mais linda da minha estante, a garota representa a protagonista no livro que Verônica escreve, mas também pode representá-la, apesar de tudo.

site: http://www.gettub.com.br/2016/08/o-lago-negro.html
Juliana 15/02/2017minha estante
Que resenha mais linda!!! Nem imagina minha alegria em ler essas palavras. Obrigada por ter dado essa oportunidade aí Lago e espero que possa ler Submersão e Profundezas Sombrias também. Esse terceiro entra em pré venda em duas semanas ?


Juliana 15/02/2017minha estante
Ah, tô tão feliz!!! ??? obrigada obrigada obrigada




Pri 26/11/2016

O que fazer quando a vida real e a fantasia se misturam?
Recebi esse livro através do Book Tour organizado pela autora. Não sabia o que esperar direito dessa personagem tão enigmática e fiquei muito feliz em ter as minhas expectativas ultrapassadas!

"— Você não é louca. Só tem uma maneira diferente de lidar com as coisas.
— Não gosto dela — concluiu, uma tristeza profunda na voz. — Queria ser normal.
— Ser normal é ridículo. Não gostaria de você se fosse normal."

Verônica Cattani tem 20 anos e passou no vestibular para jornalismo, na Universidade Federal Interiorana, que fica na cidade de Lagoana, no interior de São Paulo. Ela e seu namorado, Enzo, estão ansiosos para aproveitar a liberdade e iniciarem sua vida a dois.
O maior dos desejos de Verônica é poder afastar-se do seu passado e começar realmente uma vida nova. Ela tinha 12 anos quando aconteceu o acidente em que seu pai faleceu, e ela foi resgatada antes que se afogasse. Desde então, traumatizada, ela já tentou suicídio, ficou internada em hospitais psiquiátricos, e até hoje toma remédios para acalmar seus monstros interiores. Uma parte do passado foi apagada de sua memória, e muitos mistérios circundam esses acontecimentos.

"As pessoas acham que eu sou psicótica. Confesso que eu mesma já pensei sobre isso algumas vezes, mas depois me dei conta de que tenho muitas dúvidas na vida para ser louca. Pessoas lúcidas é que vivem de incertezas, os loucos tem certezas demais e por isso vivem em outro mundo."

O ar sombrio da cidade desperta sua imaginação e ela finalmente sente que escreverá o livro que a atormenta há anos: O Lago Negro. A história de uma nefilin que precisará enfrentar uma batalha contra vampiros. Os personagens gritam em sua mente, aparecem em seus sonhos, mas ela nunca conseguiu escrever a história até por os pés em Lagoana.
Durante uma de suas visitas à cidade, onde os moradores odeiam os universitários, ela conhece uma família simpática, embora um tanto assustadora. Os Caprini vivem isolados da população e escondem muito mais segredos do que aparentam. Apesar de amedrontada, também tem a curiosidade despertada por esse casal excêntrico e misterioso, que decide contratá-la para ser babá de sua filha, Lizandra. Mas o mais espantoso nessa história é o lago que ela encontra nos fundos da mansão, negro e vasto, exatamente como o que aparece em seus sonhos e está descrito em seu livro.

"Numa tarde escura e triste ela conheceu o lago negro. Uma porção de águas escuras que se olhadas superficialmente davam a entender que eram um manto de veludo que ondulava sutilmente, mas quando olhadas com intensidade, revelavam uma profundidade hipnótica, eterna, amedrontadora e fascinante.
A garota via sua silhueta refletida na água e pensava na vontade de mergulhar ali e sentir a maciez aveludada na pele, mas ao mesmo tempo julgava que não suportaria afundar tanto. Talvez não voltasse nunca mais."

Diversos acontecimentos parecem querer arruinar a frágil sanidade de Verônica. Seu livro e a vida real começam a se mesclar de uma forma incompreensível, e sem saber o que é real e o que é fantasia, ela sente a necessidade de perscrutar seu passado em busca das respostas, sem imaginar o perigo que está correndo. O surgimento de Liam, um gringo de sorriso cafajeste e piadas irônicas, que parece persegui-la em todos os lugares, só aumenta suas desconfianças e temores. Como será que essa história irá terminar?

"— Você tenta parecer um cara legal, cheio de si, todo certo de ser gostoso e atraente, mas eu consigo ver que no fundo você é igual a mim — falou, agora em um tom calmo e convicto. — Você está sozinho, Liam. E esse é um tipo de solidão que ninguém no mundo pode preencher. Sei bem como é."

Verônica tem um humor instável e explosivo, se irrita muito fácil e é bastante ciumenta. É uma garota perturbada pelo passado. Era muito próxima do pai e, depois da perda abrupta, nunca mais conseguiu ter uma vida normal. Agora que está na faculdade, tem esperança de que conseguirá superar os fantasmas que a perseguem, com o apoio de Enzo, que está ao seu lado desde o acidente. Enzo é o primeiro e único namorado de Verônica, e ambos aprenderam tudo o que sabem sobre um relacionamento um com o outro. A expectativa para finalmente viverem juntos é alta, mas infelizmente nem tudo ocorre como o planejado. A liberdade adquirida com a universidade é grande e Enzo começa a mostrar um lado que nunca apresentou. Liam é um cara gato e misterioso que esbarra na vida de Verônica. De início, ela o repele, mas depois percebe que ele também tem seus próprios segredos e fantasmas, e o destino se encarrega de fazer os dois se encontrarem mais vezes do que esperam. Durante a leitura, também conhecemos outros personagens marcantes, como Carol, a única amiga que Verônica faz na faculdade; Antonietta, a avó dela, que a criou desde a morte do pai; Carlos Velásquez, o professor que era amigo de seu pai; e Vicente e Katarina Caprini, o misterioso casal para quem trabalha; entre outros. Todos os personagens tem papéis importantes no desenrolar dos sinistros acontecimentos em que a protagonista se envolve.

"(...) Verônica Cattani era a pessoa mais solitária que já encontrei no mundo, mesmo quando estava entre as pessoas. Mesmo quando deitava no peito suado e ofegante de seu namorado perfeito e o ouvia murmurar que a amava; mesmo quando respondia com sua voz amorosa, vazia por dentro, e até mesmo quando o via olhá-la com amor, acreditando que era verdade. Verônica Cattani acreditava amar Enzo Cervantes, por isso fez dele o centro de seu universo. Sem ele, ela era só uma menina louca com cicatrizes de auto mutilação."

A história é narrada em primeira pessoa e o livro é dividido em três partes. A primeira e terceira são pelo ponto de vista da Verônica; a segunda, pelo do Liam. Confesso que gostei mais do ponto de vista dela. A Verônica é uma personagem fácil de se identificar. Mesmo que você não chegue nem perto de passar pelas dificuldades dela, vai se identificar de alguma forma. Mas gostei de poder ter mais acesso à mente do Liam, entender melhor como ele pensa, o que sente e o que esconde.
A Juliana tem uma escrita maravilhosa e muito encantadora, o que fez a leitura ter uma fluidez surpreendente. Eu fiquei totalmente envolvida na história criada, não queria parar de ler. A forma como o suspense e o mistério ficam entremeados com a fantasia, enquanto acompanhamos o que Verônica vai descobrindo e como seu livro vai se desenvolvendo, sem sabermos o quanto de realidade e imaginação tem naquilo tudo, é de tirar o fôlego. Torcemos não só para que dê tudo certo para Verônica, apesar de sabermos que se envolveu em algo muito perigoso, como também para Liriel, a protagonista de seu livro, do qual também há alguns capítulos intercalados durante a leitura.
O enredo é fantástico e a forma como a autora conduziu a história foi perfeita. Ela conseguiu responder muitas das questões levantadas durante a leitura, mas soube deixar o suficiente de mistério para os próximos volumes. O final me deixou satisfeita, mas também muito ansiosa para poder ler logo Submersão.

"(...) As pessoas no mundo são, em sua grande maioria, um bando de idiotas convencidos de suas verdades inúteis. Poucas pessoas param para pensar no outro, no que ele sente, pensa, ou na forma como enxerga as coisas. Você tem que aprender isso na teoria, pois na prática é como apanhar repetidas vezes de uma mão invisível. Nunca sabe de onde vai vir o tapa."

Sobre a diagramação, achei muito boa. O livro possui páginas amareladas e é bem confortável de ler. Tem detalhes muito lindos, que já percebi serem comuns nos livros da editora, sempre ao iniciar os capítulos. E a capa é belíssima (tenho uma queda por capas com garotas de vestidos longos, escuros e sombrios rs), combinando muito com a história.
Se você já tinha visto esse livro por aí, mas não sabia se deveria ler, aproveite minha dica e leia. Se não conhecia, indico um dos melhores livros nacionais que li esse ano. Tenho certeza de que irá amar e se surpreender, assim como eu! ❤

site: http://www.sigolendo.com.br/2016/11/resenha-o-lago-negro.html
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SahRosa 17/11/2016

Resenha Exclusiva do Blog Da Imaginação à Escrita
Depois de um tempo namorando esse livro, finalmente tive a chance de conhecer as águas escuras e misteriosas de O Lago Negro. Quero ressaltar, que a obra é uma das melhores que li atualmente, Juliana Daglio, possuiu um talento incrível e O Lago Negro sem dúvidas me marcou muito. Com uma atmosfera que mescla romance, um pouco de fantasia e elementos mais dark, O Lago Negro é um livro incrível, que facilmente envolve o seu leitor, você vai sentir o lago te chamando e quando decidir escutar essa voz, não terá volta, afinal, o enredo é tão cativante, que quando percebe, as páginas finais estão chegando e tudo que quer é mais desta história tão boa!

A obra é divida em três partes, Loucura e Sanidade, Respostas e Escuridão e O Lago Negro, e sua narrativa é feita em primeira pessoa, sendo a primeira e terceira parte, pela visão da Verônica, personagem principal e a segunda por Liam, um jovem enigmático e um tanto egocêntrico, mas que ao longo da trama, percebemos que assim como Verônica, o rapaz tem seus próprios demônios para enfrentar e uma missão importante pela frente. Confesso que de início, não fui muito com a cara do Liam, sua atitude um tanto prepotente e com aquele ar meio cafajeste e badboy, sem dúvidas não me agrada, como já mencionei em outras resenhas, mas Liam é um personagem diferente e em sua narrativa, vemos que essas atitudes trazem mais do que ele aparenta e assim como Verônica, o leitor passa a compreender melhor o personagem.

Mas, a narrativa de Verônica, foi a que mais me agradou sem dúvidas, que traz um grande diferencial se levarmos em conta as mocinhas dos livros, Verônica tem seus momentos mais complicados e é uma jovem com uma fragilidade constante, mas nem por isso, ela deixa de ser forte, Verônica transmite sentimentos únicos em sua narrativa, é aquela típica personagem que o leitor vai se identificar, talvez por isso mesmo, me senti tão apegada a ela e quando a o narrador passa a ser o Liam, torci o nariz, pois eu queria apenas a Verônica (vai entender, né?), mas isto se deve ao fato que ela é uma personagem que mostra a que veio, sua garra, suas atitudes, comovem o leitor de O Lago Negro, sentindo um apego grande com essa jovem que precisa encarar os fantasmas do passado e compreender as lacunas deixadas em sua vida. Verônica é uma personagem que conquista facilmente e isto se deve ao grande talento da autora, que mostra a que veio, a escrita de Juliana Daglio é tão boa e gostosa, que O Lago Negro revela-se uma obra poética, lírica e fascinante.

O modo como os personagens são desenvolvidos, como é descrito cada ambiente, emoção e sentimento, fazem de O Lago Negro um livro fundamental aos leitores que gostam de um bom romance com elementos sobrenaturais, mas não pense que essa é apenas a característica marcante de O Lago Negro, a obra traz muito mais do que apenas um romance, mas também uma história cercada de segredos e reviravoltas, você fica com aquela ansiedade a flor da pele, torcendo para que Verônica descubra cada parte desse quebra-cabeças tão bem delineado. Em relação aos personagens secundários, gostei bastante de cada um, que interpreta um bom papel na trama, todos tem uma parte importante que se completa em O Lago Negro. No entanto, como qualquer leitura, tenho algumas ressalvas, mas nada que tire o brilho desse livro encantador. Logo que iniciei a leitura, percebi uma falha na revisão, algo que me deixa bem triste, pois O Lago Negro é um livro ótimo, e ver alguns erros bobos, como frases inteiras repetidas em parágrafos, partes de frases também repetidas e troca de palavras que deixam o texto sem sentido, foi bem chato de encontrar, principalmente no começo, quando você está tendo aquele contato tão especial com uma história, por tanto, aqui fica minha recomendação a editora, que caprichou na diagramação e na capa, mas que infelizmente deixou a desejar na revisão.

Outro ponto que devo citar, é que o desfecho desse primeiro livro da série, foi um pouco corrido e confuso, mas acredito que talvez pelo fato de muitos segredos ainda estarem encobertos, talvez o leitor sinta mesmo que alguma coisa não foi explicada, por isso mesmo, não é algo que eu venha a levar como estreitamente negativo, pois O Lago Negro possui uma história fantástica, com ótimos ganchos e uma enorme carga de sentimentos, visto que este é o principal ponto que faz de uma obra merecedora do leitor, a forma como essa emoção foi transmitida, deixa a história de O Lago Negro tão palpável, que sentimentos parte dela, e tudo que personagens vivenciam.

Enfim, nem preciso dizer o quanto recomendo O Lago Negro, não é? Quem escolher mergulhar nessas águas, terá em mãos uma das melhores obras da atualidade do mercado nacional, Juliana Daglio é uma escritora que todo leitor deve ficar de olho, pois a qualidade de sua escrita é impressionante e O Lago Negro é uma leitura fundamental para aqueles que procuram uma boa história!

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2016/11/resenha-o-lago-negro-juliana-daglio.html
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Aline 26/10/2016

Incrível!
Verônica Cattani vive em São Paulo, tem vinte anos e um passado traumático. Aos doze anos, ela e o pai, Andréas Cattani, sofreram um grave acidente. Seu pai veio a falecer e ela ficou no limite entre a sanidade e a loucura. Desde o acidente, ela conta com o apoio de sua avó Antonietta e do namorado Enzo, além de suas pílulas contra alucinações. Após passar no vestibular para o curso de jornalismo, ela e Enzo se mudam para Lagoana no interior de São Paulo, uma cidade obscura, nebulosa, com habitantes nada receptivos.
Aos poucos, nesse novo ambiente, dividida entre rotina da faculdade e seu emprego de babá, Verônica finalmente consegue colocar no papel personagens que há tanto tempo estavam em sua cabeça e assim seu livro começa a ganhar forma. O que ela não imagina é o quanto a história irá mexer com seus fantasmas internos.

"As pessoas acham que eu sou psicótica. Confesso que eu mesma já pensei sobre isso algumas vezes, mas depois me dei conta de que tenho muitas dúvidas na vida para ser louca. Pessoas lúcidas é que vivem de incertezas, os loucos tem certezas demais e por isso vivem em outro mundo. Não que isso seja uma resposta convincente, mas eu me apego nisso e não posso me deixar abalar." (p. 40)

Verônica é insegura, ciumenta, tem baixa autoestima e uma imaginação catastrófica. Nesse momento você deve estar pensando "essa personagem deve ser um porre", mas devo dizer que não, ela passa bem longe de ser uma personagem chata. Verônica é uma protagonista surpreendente.
Teimosia também é uma das características de Verônica, e é por conta dessa teimosia que ela começa a enfrentar seus fantasmas e apresenta uma força que nem ela mesma sabia que tinha. A evolução da protagonista no decorrer da história é notável. Mesmo estando a beira de um colapso, nunca deixou de correr atrás das respostas que queria, e essa determinação foi uma das coisas que mais me agradaram nela.

"(...) Era como se todo o sentimento dentro de mim tivesse esvaziado, restando somente dúvidas, lacunas, espaços a serem preenchidos." (p. 170)

"- Ninguém consegue entender...
- Então você tem que parar de se explicar. As pessoas no mundo são, em sua grande maioria, um bando de idiotas convencidos de suas verdades inúteis. Poucas pessoas param para pensar no outro, no que ele sente, pensa, ou na forma como enxerga as coisas. Você tem que aprender isso na teoria, pois na prática é como apanhar repetidas vezes de uma mão invisível. Nunca sabe de onde vai vir o tapa." (p. 270)

Liam, o forasteiro, mora em Chicago e está no Brasil em buscas de algumas respostas. Misterioso e sarcástico, é o tipo de personagem que vai se revelando aos poucos. Ele e Verônica se encontram por acaso e descobrem que suas vidas estão mais ligadas do que eles imaginam.

Os personagens secundários foram muito bem caracterizados, entre eles merecem destaque: Carol, a única amiga de Verônica; o Ancião; Antonietta, a avó; Vicente e Katarina Caprini, patrões de Verônica.

A ambientação da história é perfeita. Com uma riqueza de detalhes, consegui visualizar perfeitamente a obscura cidade fictícia de Lagoana e seus moradores apreensivos e nada receptivos.

Narrado em primeira pessoa, o livro é dividido em três partes, sendo a primeira e a terceira pelo ponto de vista de Verônica, e a segunda pelo ponto de vista de Liam. Juliana Daglio nos transporta para dentro de sua história com uma escrita envolvente, instigando-nos cada vez mais a buscar respostas junto com a protagonista Verônica. A maneira como a autora conduz a história, com as dúvidas da protagonista afloradas, muitas vezes nos faz questionar o que é real e o que é fruto da imaginação de Verônica. Com capítulos curtos e a escrita cativante da autora, a leitura flui rapidamente e prende o leitor até as últimas páginas.

"(...) Se tem uma coisa que a vida ensina aos atentos, é que um mentiroso nunca consegue mentir com todas as partes do corpo ao mesmo tempo." (p. 237)

"Não havia nenhuma amiga para quem ligar, nenhum colo no qual chorar, uma pílula para tomar, nem uma lamina para me ferir. Eu estava sozinha.
Sozinha.
Sempre estive sozinha." (p. 192)


Algo que gostei bastante foi que em diversos capítulos encontramos trechos do livro escrito por Verônica, ou seja, um livro dentro do livro. Que aliás é fundamental para o bom entendimento da trama.

(+) Leia a resenha completa no blog.

site: http://literalizandosonhos.blogspot.com/2016/04/resenha-o-lago-negro-juliana-daglio.html
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Conchego das Letras 26/09/2016

Resenha Completa
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Hoje eu vim aqui para falar de um livro espetacular que tive o prazer de ler... É isso mesmo que você ouviu! Hoje vou falar de O Lago Negro da autora Juliana Daglio, a nossa libélula.

Depois do sucesso estrondoso com os livros Uma Canção para a Libélula parte I e II, Juliana se arriscou por outras águas e digamos que são águas negras e extremamente cheias de significados! O Lago Negro é uma série dark fantasy mais voltada para o público jovem e adulto e conta a história de Verônica Cattani, uma garota considerada estranha pela sociedade ao seu redor.

Verônica não se lembra muito de seu passado e sua infância, somente que sofreu um acidente de carro com seu pai, André Cattani, onde o perdeu para a morte e quase morreu. Porém, este episódio tirou muito mais do que todos poderiam imaginar de Verônica: ele tirou dela sua sanidade.


V, como um dos personagens costuma chamá-la, ficou internada em um hospital psiquiátrico por vários anos até que recebeu alta e tentou viver de uma maneira "normal", ao lado de sua amorosa avó, Antonietta. Mas as marcas do passado sempre a atormentam. Agora, na vida adulta, ela decide se mudar com seu namorado, Enzo, para Lagoana, uma cidade de interior onde fica situada a UFI, uma universidade bastante conceituada onde ela quer estudar.

Porém, a volta a Logoana representa muito mais do que V pode imaginar: os seus fantasmas interiores a atormentam, novas ideias surgem e a motivam a colocar no papel o livro que sempre quis escrever e ele se chama... O Lago Negro!

Cheio de reviravoltas, mistérios e um "q" de fantasia que só Juliana Daglio consegue fazer, O Lago Negro é só o início dessa trajetória conturbada e misteriosa de Verônica Cattani. É surpreende do começo ao fim! E na próxima resenha trarei para vocês Submersão, a continuação desta história fantástica!
Até a próxima!

site: https://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/09/resenha-o-lago-negro-juliana-daglio.html#more
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Poliana 18/09/2016

O que dizer de uma cidade onde seus moradores odeiam todos os que ali passam para visitar? O que dizer de uma cidade que vive envolta na névoa? O que dizer de uma cidade que tem as ruas desertas?

Pois é, nada parece promissor em uma cidade assim. Porem, Verônica vê em Lagoana sua oportunidade de mudar de vida. Ela passou em primeiro lugar na faculdade e vai para la com o namorado Enzo em busca de uma vida nova e do desenrolar do livro em que sonha escrever.

O desejo de escrever um livro vem de seu pai que faleceu eque falou para ela que, se ele não pudesse estar do lado dela um dia, Carlos Velásquez a ajudaria assim como ajudou ao pai. Carlos era professor de jornalismo na universidade de Lagoana e ele fora o verdadeiro motivo para Verônica ter escolhido estudar ali. Contudo, mesmo tenho sonhado e imaginado milhões de maneiras para chegar e conversar com o professor, a falta de coragem não a deixava progredir fazendo com que procrastinasse a conversa.

No começo da longa e tenebrosa jornada que Verônica irá enfrentar, uma cobra aparece. Quer dizer, uma personagem que irá desafiar e levar a garota durante uma parte do caminho até o limite entre a sanidade e a loucura. Essa personagem, que representa esse primeiro desafio, se chama Angelina e diferente da personagem principal, usa salto alto o dia todo (sinceramente não sei como da conta). Ela mora no apartamento acima do casal e, sendo bem básica e sincera, deixa Verônica usar sua impressora em troca do namorado. Não gente! Calma! Verônica não troca o namorado pela impressora. A Angelina o seduz e ele como um bom macho que não sabe o que fazer com sua namorada problemática e seu relacionamento problemático cai na dela e ai você já sabe/pode imaginar o que vai acontecer.

Outro acontecimento que vai empurrar Verônica ao limite é o emprego que ela arranja como babá na casa dos Caprini, uma família rica, dona de uma empresa que fornece água mineral em todo o estado de São Paulo, estranha e que vive nos limites da cidade. Por que os Caprini são estranhos e por que a situação toda leva Verônica a um lugar perigoso em sua mente? Bom, só para começar o bebê da casa não chora, tipo: nunca. O que achei fantástico! Pelo menos não faz manha... uahsuahsuahs... Além disso, nos fundos da casa tem um lago. Um lago negro. O mesmo lago que a tempos permeia os sonhos de Verônica. E tem mais uma coisa que faz a situação toda ficar mais estranha ainda. No decorrer do relacionamento que a jovem constrói com essa família bizarra, ela - e nós leitores - vamos percebendo que existem similaridades absurdas entre eles e os personagens do livro em que Verônica está trabalhando.

Já falei de alguns personagens, todos importantes para a história. Contudo, tem um que ainda não citei nessa resenha e nem posso deixar de citar pois além de ser MUITO importante para a história ele é um fofo! (Como não amar um belo rapaz com sotaque britânico? *---*). Liam é filho do professor Carlos Velásquez e, assim como o pai, tem uma função muito importante na história.

Vocês devem estar se perguntando porque Liam e Carlos são importantes. Afinal, eu não expliquei essa parte.

A verdade é que não vou explicar para não estragar o suspense que a maradivosa da Juliana Daglio criou de forma tão sábia! A narração me prendeu do início ao fim e eu só soltava do livro porque tenho que pagar minhas contas. Rsrsrsrs.... O mistério e o suspense são criados de maneira espetacular e os fatos bem amarrados, não deixando brecha para falhas. Contudo, devo dizer que a autora é má pois quase infartei quando vi que estava chegando no fim do livro e que minhas perguntas não paravam de surgir. Isso significa que O Lago Negro tem uma continuação e se chama Submersão (o qual não tenho ainda - chorando eternamente) e que foi lançado este ano na bienal de São Paulo.

Então fica a dica: Se você puder, compre os dois de uma vez! Te garanto que você não vai parar até chegar ao final!

site: http://paginasdaminhavidaliteraria.blogspot.com.br/2016/09/o-lago-negro-resenha.html
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Mariany84 09/09/2016

Livros nacionais são ruins? Leia O Lago Negro e mude seu conceito !
Não vou resenhar o livro, porque eu gostaria que as pessoas pegassem o livro pra ler sem ver como é a história na cara dura, porque NOSSA QUE LIVROS EMOCIONANTE *-* Um dos primeiros livros nacionais que li e me apaixonei. Um livro que te faz pensar, te faz ficar com medo mas ao mesmo tempo curioso, que faz você tentar entender o porque de estar acontecendo aquilo...Enfim, quem tiver a oportunidade de ler esse livro, leia o mais rápido possível, Juliana Daglio é uma ótima autora que consegue deixar o leitor todo louco durante a leitura KK' Se você está na dúvida se compra ou não, se lê ou não, vai por mim, leia já, é uma ótima história, com personagens super interessantes e um lugar totalmente diferente de tudo.
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Dy 19/05/2016

Resenha para o blog Minha Fuga da Realidade
Para ver imagens da diagramação do livro e quotes, acesse o blog MFdR

Verônica Cattani é praticamente anti-social e muito ciumenta, como quase todo adolescente. Porém ela possuí um passado sombrio que a deixa a beira da loucura.
Após passar no vestibular, ela e seu namorado, Enzo, se mudam para a pacata cidade de Lagoana, um lugar úmido e nebuloso, com cidadãos pouco amistosos com forasteiros. Essa cidadezinha é o local perfeito para despertar a criatividade de Verônica para dar continuidade à seu livro.
Porém as coisas começam a ficar estranhas, e quanto mais V. se aprofunda nisso, mais perigoso fica. Ela começa a trabalhar para os Caprini, cuidando de sua filhinha enquanto eles trabalham. Mas todos os sinais dizem para ela se afastar dessa família.
Em meio a toda essa estranha história, está Liam, um cara misterioso, estilo bad boy que está mais envolvido nisso do que ele pensava. Após saber quem Verônica é, sua vida nunca mais será a mesma.
Ademais, o livro trata da luta da protagonista com sua sanidade, tentando provar à si mesma de que não está louca. A escrita da Juliana é simples, porém muito inteligente.
Preciso parabenizar a Arwen pela belíssima edição, além dessa capa perfeita, tanto pela escolha das cores, quanto pela modelo. A diagramação está perfeita, com detalhes na marcações dos capítulos, fonte e imagem diferente para quando é Verônica escrevendo seu livro, e minhas amadas páginas amareladas ♥

site: http://minha-fuga-da-realidade13.blogspot.com/2016/05/resenhando-o-lago-negro-de-juliana.html
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Francine 02/05/2016

Dentro de uma ficção, há outra escrita e vivida pela própria protagonista. Isso é genial!
Tive a alegria de ler O Lago Negro através do Book Tour organizado pela própria autora, Juliana Daglio, a quem agradeço por acolher minha participação.

Narrado em primeira pessoa, n'O Lago Negro conhecemos Verônica Cattani, uma jovem que acaba de se mudar com o namorado Enzo para a cidade de Lagoana, no interior paulista. Ambos iniciarão suas vidas universitárias na Universidade Federal Interiorana de Lagoana (UFI) e morarão juntos pela primeira vez.

Logo nas primeiras páginas, notamos que Verônica não leva uma vida comum. Ela se sente constantemente no limite de suas emoções e precisa, muitas vezes, recorrer a medicamentos psicotrópicos para se controlar. Impulsiva, desconfiada e irritadiça, não é exatamente alguém com muitos amigos. O problema é que Lagoana não parece ajudá-la. O lugar é mórbido, úmido e suas densas nuvens nunca permitem que o sol as penetre. Será que Verônica deveria mesmo estar nessa cidade?

Apesar disso, é nesse lugar que Verônica se sente inspirada para escrever seu romance, intitulado O Lago Negro. No entanto, quanto mais Verônica escreve sobre a batalha entre seus personagens, nefilins e vampiros, mais distante de Enzo e de sua realidade começa a ficar. Isso porque os acontecimentos de seu livro e da sua vida começam a se mesclar perigosamente, e somos levados a nos questionar: o que é verdade e o que é fantasia?

Com histórico psiquiátrico, Verônica coloca à prova sua própria sanidade. Será que, de algum jeito, foi influenciada a escrever O Lago Negro ou, quem sabe, há algum elemento sobrenatural envolvido no seu processo de escrita?

Gostei muito do modo como Juliana Daglio produziu esse romance! O enredo nele apresentado é completamente diferente do que podemos esperar. Dentro de uma ficção, há outra escrita e vivida pela própria protagonista. Isso é genial! Ao mesmo tempo, Lagoana é um lugar cheio de mistérios, do tipo que adoraria ver num filme. A cidade possui uma história perigosa, na qual Verônica acaba completamente envolvida.

Algo que gosto muito na narrativa da Juliana Daglio é a facilidade em caracterizar seus personagens de modo complexo e humano. No início, percebi que Verônica estava cada vez mais perdendo o controle de sua vida por faltar uma decisão pessoal, por faltar uma coragem que ainda não descobrira possuir. Foi muito interessante vê-la se desenvolvendo, revelando sua própria força e enfrentando seus fantasmas. Considero um ponto forte a autora abordar, através de Verônica, o estigma que as pessoas com transtornos psiquiátricos enfrentam quando decidem viver com autonomia.

Como fragilidades, aponto que alguns elementos me incomodaram, embora entenda sua importância. Houve cenas de ação que foram inverossímeis e, em minha opinião, o desfecho precisaria de um desenvolvimento um pouco mais lento. A revisão também apresenta fragilidades, mas não afetam o entendimento do leitor.

Estou muito interessada na continuação, esperando mais de Verônica e do Liam (personagem que ganhou meu coração assim que apareceu). Adorei a capa, que tem tudo a ver com a história, e a diagramação está maravilhosa. Recomendo para quem gosta de romances misteriosos!

Resenha postada no My Queen Side:

site: http://www.myqueenside.com.br/2016/05/resenha-144-o-lago-negro.html
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