O Lago Negro

O Lago Negro Juliana Daglio




Resenhas - O Lago Negro


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Raca 20/06/2021

A história demorou um pouco fluir para mim mas acabei curiosa para ler o próximo e para ver os personagens se desenvolvendo e se entrosando mais
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Niara 10/01/2024

A história foi muito bem construída.
Perdi as contas de quantas vezes fui surpreendida. Imaginei várias reviravoltas e possíveis finalizações, e fui surpreendida em todas elas.
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Kate 11/12/2015

Maravilhoso, viciante, tenebroso...
Comecei a ler à meia noite de ontem e hoje às 22h35 acabo de finalizar a leitura e estou sentindo aquela velha sensação que se tem quando algo muito bom chega ao fim. Uma vontade de ler mais um pouco, um tantão de 500 páginas, pois valeria a pena a vista cansada e as noites mal dormidas. O lago negro é de longe um dos melhores suspenses que já li e ainda mais em se tratando de um nacional, pois se tornou um dos meus favoritos. A história de Verônica Cattani, seu pai Andreas, os Caprini e o agouro e mau presságio que a cidade de Lagoana emana de forma natural, foi uma experiência única. A escrita da Juliana é fluída, direta e ao mesmo tempo poética. O livro tem um grande potencial e merece ser lido mil vezes.
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Nicoli 23/08/2023

" A linha entre a loucura e a sanidade é muito tênue "
Verônica Cattani é uma jovem cheia de traumas e infelicidades, com uma personalidade forte e determinada, às vezes descompensada e tudo tem raízes no pós morte de seu pai, Andreas Cattani, quando ela tinha apenas 12 anos. Assim ela achava.

Andreas era um jovem escritor brilhante, conhecido internacionalmente e com talento para tratar de crimes reais tornando-os histórias de fantasia.

Verônica tem em seu pai seu maior espelho e inspiração e tem em mente uma história de fantasia com vampiros, néfilins e resolve ir atrás de seu sonho procurando Carlos Velásquez na longínqua Lagoana, cidade na qual ele é professor na Universidade. Verônica inscreve-se no curso de jornalismo com esse objetivo - mostrar seu manuscrito de O Lago Negro a Carlos, cujo nome seu pai tinha dito para que ela procurasse quando chegasse a hora.

Durante sua estadia em Lagoana, percebe sua vida amorosa e pessoal desmoronando aos poucos enquanto tudo que ela mais quer e se importa é seu livro.

Verônica começa a perceber que o tal Lago Negro realmente existe, que seus personagens parecem ter sido inspirados em pessoas reais de Lagoana, mas porquê ela não consegue se lembrar?

A loucura de V começa a aparecer cada vez mais, tornando-se parte Liriel,  a heroína de seu livro, tendo cada vez mais pesadelos que parecem reais  e não sabendo quais rumos tomar...

Uma teia de vingança, terror, descobertas e loucura!
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Tati 20/07/2021

Desde o ano passado eu acompanho as pessoas falarem desse livro, por causa do financiamento coletivo, mas eu não tinha dado muito por ele antes, não parecia muito meu estilo. E nossa, eu resolvi ler pois vi que a autora deixou disponível no Kindle Unlimited e eu fiquei de cara, que livro e história maravilhosa. Tô ansiosa demais pelo próximo livro, fico feliz de ter apoiado o segundo financiamento do livro em ebook porque aí já posso ler quando a autora lançar.
Desde o início eu gostei da atmosfera que é passada. Tem uma vibe meio crepúsculo, no sentido de garota nova numa cidade cheia de mistérios, e que novos forasteiros não são bem-vindos. Eu adorei esse ar misterioso.
Gostei como os relacionamentos foram construídos, de pouco a pouco, despertando o interesse do leitor. Lamentei por Enzo e a amiga de Verônica que já esqueci o nome, mas gostei da proximidade com Liam.
Vez por outra eu também lembrei de a história de um anime que se chama Shiki, e me deu até vontade de revê-lo. Por causa do casarão ao alto, com pais misteriosos e uma garota misteriosa também filha deles. Adorei essa jogada.
O final foi um tanto quanto apressado, então eu fiquei confusa algumas vezes, mas não foi ruim. Imagino que no próximo livro eu consiga entender mais o que aconteceu com mais clareza e suas consequências pro resto da família Caprini.
Estou super ansiosa para continuar lendo!
E amei a escrita da autora. Irei procurar mais outros trabalhos dela.
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Helena Dias 29/08/2015

Vou virar gótica!
O Lago Negro conta a história de Verônica, que acaba de passar no vestibular e se mudar para o interior com o namorado, Enzo. Ela acredita que aquele é o lugar perfeito para transformar sua imaginação em um livro, porém Lagoana é uma cidade um tanto estranha e meio tenebrosa, cheia de pessoas pouco amigáveis. O clima nebuloso da cidade não apenas despertará a criatividade de Verônica, mas também acordará seus fantasmas internos.

Primeiramente eu gostaria de dizer que foi bem difícil começar essa resenha. Foi complicado por vários motivos, mas principalmente porque são tantas coisas dentro desse livro que eu fiquei com muito receio de falar demais. "Ah, Helena, mas um spoiler pequeno não tem problema." Mas, claro que tem. Um: muitos não gostam nem dos pequenos (como eu), e dois: qualquer spoiler desse livro, por menor que seja, pode revelar algo que parece inofensivo a princípio, porém que vai estragar alguma coisa adiante na história. Então, tive que ler; e reler; e reler; e reler até cansar para ter certeza de que tudo que escrevi estava de boa!

Vamos começar falando da escrita da Juliana. Para aqueles que já acompanham o trabalho da autora, sabem o quanto a nossa Libélula Rainha escreve de uma forma tão poética, que beira os limites do clássico. Em O Lago Negro, todavia, a sua escrita toma um estilo um tanto diferente. A poesia ainda continua em sua maneira de escrever, porém um pouco mais contemporânea, eu diria.

Leia a resenha completa:

site: http://www.cafecomlivroo.com/2015/08/o-lago-negro-juliana-daglio.html
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Letícia 03/09/2015

Eu vou me mudar para Lagoana!
(....)
A escrita da Juliana é muito limpa, clara e ao mesmo tempo poética, algo que já é uma marca registrada da autora, pois também está presente em Uma canção para a Libélula, mas em O lago negro, o clima da história é muito mais "descontraído" e jovial. A personagem principal, Verônica, é uma garota complicada, cheia de traumas e tão bem delineada que eu sentia como se ela fosse uma amiga próxima. Na verdade, consigo ver muito da autora na personagem, algo que me motivou a ler ainda mais rápido. Enquanto eu lia, pensava que Verônica podia ser uma das amigas da Elvira... Por que não? As semelhanças entre a mocinha de O lago negro e a mocinha de Jurada pelas sombras são poucas, mas ao mesmo tempo são tão enigmáticas e parecidas que eu me pegava sorrindo para o livro e voltava várias vezes para ler de novo!
Eu adorei a ambientação da história, a cidade de Lagoana foi tão bem descrita que eu consegui imaginar o ar fúnebre, as pessoas transitando silenciosas pelas ruas e seus semblantes tristes. É fantástico este contato com a obra! Portanto, em termos de enredo, o que posso dizer? Juliana foi inserindo doses de realismo mágico de um jeito tão, tão inovador que você começava a duvidar de sua própria sanidade! Isso foi uma tacada de mestre, só o que posso dizer! O livro tem aquela oscilação que te dá prazer de ler, aquele começo com mistério, aquela tensão que tende a aumentar, o ápice estrondoso e a aparente calmaria, algo que eu acredito ser uma das coisas mais importantes para te manter preso a uma leitura. Livros com pouca oscilação não me prendem, sou sincera, acho que fica tudo muito igual e você mal consegue perceber o ápice, o que neste caso, não aconteceu, graças a Deus! Todas as partes estão bem delimitadas e te fazem querer mais urgente! O segundo volume, para minha alegria, chega em minhas mãos muito em breve, o que me deixa muito tranquila! Em termos de personagens, como já comentei, o livro não deixa a desejar. Temos personagens secundários tão bem descritos quanto a principal, em especial, gostaria de destacar o casal Caprini e Liam, foram personagens que me conquistaram demais e eu estou louca para saber mais sobre a enigmática Katarina. A escrita da Juliana é muito limpa, clara e ao mesmo tempo poética, algo que já é uma marca registrada da autora, pois também está presente em Uma canção para a Libélula, mas em O lago negro, o clima da história é muito mais "descontraído" e jovial. A personagem principal, Verônica, é uma garota complicada, cheia de traumas e tão bem delineada que eu sentia como se ela fosse uma amiga próxima. Na verdade, consigo ver muito da autora na personagem, algo que me motivou a ler ainda mais rápido. Enquanto eu lia, pensava que Verônica podia ser uma das amigas da Elvira... Por que não? As semelhanças entre a mocinha de O lago negro e a mocinha de Jurada pelas sombras são poucas, mas ao mesmo tempo são tão enigmáticas e parecidas que eu me pegava sorrindo para o livro e voltava várias vezes para ler de novo!
Eu adorei a ambientação da história, a cidade de Lagoana foi tão bem descrita que eu consegui imaginar o ar fúnebre, as pessoas transitando silenciosas pelas ruas e seus semblantes tristes. É fantástico este contato com a obra! Portanto, em termos de enredo, o que posso dizer? Juliana foi inserindo doses de realismo mágico de um jeito tão, tão inovador que você começava a duvidar de sua própria sanidade! Isso foi uma tacada de mestre, só o que posso dizer! O livro tem aquela oscilação que te dá prazer de ler, aquele começo com mistério, aquela tensão que tende a aumentar, o ápice estrondoso e a aparente calmaria, algo que eu acredito ser uma das coisas mais importantes para te manter preso a uma leitura. Livros com pouca oscilação não me prendem, sou sincera, acho que fica tudo muito igual e você mal consegue perceber o ápice, o que neste caso, não aconteceu, graças a Deus! Todas as partes estão bem delimitadas e te fazem querer mais urgente! O segundo volume, para minha alegria, chega em minhas mãos muito em breve, o que me deixa muito tranquila! Em termos de personagens, como já comentei, o livro não deixa a desejar. Temos personagens secundários tão bem descritos quanto a principal, em especial, gostaria de destacar o casal Caprini e Liam, foram personagens que me conquistaram demais e eu estou louca para saber mais sobre a enigmática Katarina.
(...)

Leia a resenha completa no blog

site: http://eraumavezlivrosecia.blogspot.com.br/2015/09/resenha-o-lago-negro-juliana-daglio.html
Juh 29/11/2015minha estante
Oi, onde você comprou o livro? Não encontro ele nem pra download!


Letícia 08/06/2016minha estante
Ju, comprei aqui!

www.arwenstore.com.br




Bela 14/08/2017

MARAVILHOSO!!
Verônica é uma jovem de 20 anos, ela acabou de passar para a universidade e vai cursar jornalismo, como sempre sonhou. Ela irá morar junto com seu namorado, Enzo, que é um calouro do curso de Letras e pretende aproveitar o ambiente de cidade pequena para começar a escrever o seu livro, pois a faculdade é localizada numa cidadezinha do interior de São Paulo, chamada Lagoana.

"Há algo de errado com meu cérebro. Ele tem tudo para conseguir o que quiser, mas está sempre estacado no mesmo lugar. Ele me faz avaliar demais as pessoas antes de me relacionar com elas; me faz sombria, taciturna, estranha demais para ter amizade com qualquer um."

Ao chegar na universidade, Verônica logo faz uma amiga, Carol, o que lhe surpreende, pois ela nunca se considerou uma pessoa muito sociável. Dona de um visual dark e com um punhado de dificuldades psicológicas, que lhe renderam uma estadia em um hospital psiquiátrico depois que o seu pai faleceu em um acidente de carro, há doze anos, Verônica ainda toma remédios para controlar o seu humor e ansiedade. Ela também estava no carro quando tudo aconteceu, mas foi resgatada à tempo. Entretanto, os últimos doze anos não estão totalmente sólidos em sua memória, há falhas em que ela não sabe exatamente o que vivenciou. Mas, esse é apenas um dos fantasmas que a assombra ocasionalmente. V não é uma pessoa fácil de lidar, é ciumenta, insegura, explosiva e muito curiosa, mas é muito fácil se apegar e identificar com ela, porque é uma personagem muito humana.

Diferente do ambiente festivo e acolhedor da universidade, a cidade de Lagona é escura e sombria. A névoa constantemente presente no ar devido à geografia característica da região parece contaminar seus moradores com o ar fúnebre, que fazem questão de deixar evidente seu desgosto para com os estudantes universitários. Esse tratamento hostil, mantem os alunos dentro dos limites do campus, mas Verônica não consegue ficar presa naquele lugar, ela está determinada a explorar os arredores e quem saber conquistar o afeto de alguns daqueles moradores carrancudos. Assim, ela acaba se tornando babá de uma família muito esquisita, os Caprini. O casal Caprini também enfrenta a antipatia dos habitantes de Lagoana e moram um pouco afastados do centro. Apesar de serem bastante simpáticos com Verônica, ela não consegue impedir de se sentir um tanto quanto incomodada com o ar de mistério e perigo que ecoa daquele casal e da mansão decadente em que vivem. Vindos de uma antiga e importante família da região, Verônica não faz ideia da extensão dos segredos que eles escondem, mas acaba por topar a proposta de tomar conta da pequena Lizandra algumas vezes por semana.

"Era ela... A loucura. Ela é como um desalinho em espiral nos trilhos da sua mente. Quando o trem chega perto das zonas de risco, aqueles espaços se contorcem e retorcem, esgueirando-se dentro do seu cérebro, embrenhando-se no meio da sua carne, como veias enferrujadas intrincadas com as saudáveis. O trem fica desgovernado, acelera em meio a elas, passa por dentro de tudo, rasgando e sangrando.
Isso tudo silenciosamente.
Ah, o silêncio dos loucos é um trem desgovernado."

É quando começa a escrever o seu livro que tudo acontece, a história se trata de uma fantasia e envolve anjos, vampiros, rituais e um misterioso lago negro. Mas, assustadoramente, realidade e ficção começam a se embaralhar, os personagens parecem sair de dentro das páginas de seu rascunho para assombrá-la e os fatos se repetem sem que ela possa fazer qualquer coisa para evitar. Então, ela começa a se questionar se está perdendo mais uma vez o controle sobre a sua sanidade, quando aparece um rapaz atraente chamado Liam fazendo perguntas sobre os Caprini e sobre o passado de Verônica. Liam é um rapaz charmoso, mas também carrega os seus segredos e só começamos de fato a conhecê-lo quando os dois percebem que podem confiar um no outro, pois só assim irão conseguir entender o que está acontecendo. Já Enzo está com Verônica há mais de oito anos e sempre foi o namorado perfeito. É claro que eles tem seus desentendimentos, mas sempre conseguiam se resolver, entretanto, as coisas não estão funcionando muito bem desde que chegaram à Lagoana. Os dois tem reagidos de maneiras bastante diferentes às novas liberdades e responsabilidades da vida adulta.

"Dizem que o passado é algo que vive dentro de você, por mais esforços que faça para esquecê-lo. Dizem que ele molda seu futuro, que influência suas decisões e que acaba passando a fazer parte de quem você é, não importando o que escolheu fazer com ele.
Gostaria que isso não fosse verdade."

O livro é maravilhoso! Ele é dividido de forma que temos uma parte narrada por Verônica, outra por Liam e ainda capítulos do livro de Verônica. Eu fiquei boba com tudo o que aconteceu e vai ser difícil encontrar uma leitura que o supere (talvez os próximos livros da saga? haha). Devorei ele em menos de vinte e quatro horas! No começo confesso que me senti um tanto quanto perdida e estava achando tudo esquisito demais: a cidade, os personagens, o prólogo, os Caprini, o lago. Tudo era muito estranho, mas ao mesmo tempo cada um desses elementos traziam consigo uma curiosidade e um ar tão misterioso que não me deixaram abandonar a leitura. O enredo é muito bem trabalhado e entrelaçado e muitas vezes me perguntei se tudo o que estava acontecendo era mesmo real ou se havia algo de fantasioso, como a capa me sugerira no início. O final foi muito inesperado para mim e apesar desse volume ter concluído uma "aventura", não esclareceu todos os pontos, que provavelmente serão abordados no decorrer da saga, como as memórias perdidas de V. Estou curiosíssima para entender tudo o que lhe aconteceu. Nesse livro, vemos as coisas ainda muito fragmentadas, mesmo que ela tenha descoberto algumas coisas.

O Lago Negro certamente entrou para as minha lista de livros favoritos e fiquei com vontade de ler não só a sequência da saga, mas todos os outros livros da Juliana Daglio, menos Lacrymosa, porque terror não é pra mim... haha. Ela escreve maravilhosamente bem e o livro está lindo, contém detalhes e ilustrações no início dos capítulos, além folhas pretas para separar as partes narradas por Liam e Verônica. Mas o livro, em geral, possui páginas amareladas, para facilitar a leitura.

"-Assim como somos o que absorvemos do mundo, também odiamos nos outros o que vemos de errado em nós mesmos, professor.- Ele me encarou atônito, parecia ter me notado pela primeira vez."

site: http://www.sigolendo.com.br/
Franciele 19/08/2017minha estante
Parece ser um livro interessante. Gosto de livro com temáticas sobrenaturais e ainda mais quando envolve anjos! Com certeza esse livro entrou na minha lista de próximas leituras. Adorei a capa do livro, muito bonita!


Valeria.Sakura 06/10/2017minha estante
muito bem feita a resenha. tudo me atrai nesse livro: a capa, o tema, e a abordagem que voçê fez. gostei muito, parabéns




Pri 26/11/2016

O que fazer quando a vida real e a fantasia se misturam?
Recebi esse livro através do Book Tour organizado pela autora. Não sabia o que esperar direito dessa personagem tão enigmática e fiquei muito feliz em ter as minhas expectativas ultrapassadas!

"— Você não é louca. Só tem uma maneira diferente de lidar com as coisas.
— Não gosto dela — concluiu, uma tristeza profunda na voz. — Queria ser normal.
— Ser normal é ridículo. Não gostaria de você se fosse normal."

Verônica Cattani tem 20 anos e passou no vestibular para jornalismo, na Universidade Federal Interiorana, que fica na cidade de Lagoana, no interior de São Paulo. Ela e seu namorado, Enzo, estão ansiosos para aproveitar a liberdade e iniciarem sua vida a dois.
O maior dos desejos de Verônica é poder afastar-se do seu passado e começar realmente uma vida nova. Ela tinha 12 anos quando aconteceu o acidente em que seu pai faleceu, e ela foi resgatada antes que se afogasse. Desde então, traumatizada, ela já tentou suicídio, ficou internada em hospitais psiquiátricos, e até hoje toma remédios para acalmar seus monstros interiores. Uma parte do passado foi apagada de sua memória, e muitos mistérios circundam esses acontecimentos.

"As pessoas acham que eu sou psicótica. Confesso que eu mesma já pensei sobre isso algumas vezes, mas depois me dei conta de que tenho muitas dúvidas na vida para ser louca. Pessoas lúcidas é que vivem de incertezas, os loucos tem certezas demais e por isso vivem em outro mundo."

O ar sombrio da cidade desperta sua imaginação e ela finalmente sente que escreverá o livro que a atormenta há anos: O Lago Negro. A história de uma nefilin que precisará enfrentar uma batalha contra vampiros. Os personagens gritam em sua mente, aparecem em seus sonhos, mas ela nunca conseguiu escrever a história até por os pés em Lagoana.
Durante uma de suas visitas à cidade, onde os moradores odeiam os universitários, ela conhece uma família simpática, embora um tanto assustadora. Os Caprini vivem isolados da população e escondem muito mais segredos do que aparentam. Apesar de amedrontada, também tem a curiosidade despertada por esse casal excêntrico e misterioso, que decide contratá-la para ser babá de sua filha, Lizandra. Mas o mais espantoso nessa história é o lago que ela encontra nos fundos da mansão, negro e vasto, exatamente como o que aparece em seus sonhos e está descrito em seu livro.

"Numa tarde escura e triste ela conheceu o lago negro. Uma porção de águas escuras que se olhadas superficialmente davam a entender que eram um manto de veludo que ondulava sutilmente, mas quando olhadas com intensidade, revelavam uma profundidade hipnótica, eterna, amedrontadora e fascinante.
A garota via sua silhueta refletida na água e pensava na vontade de mergulhar ali e sentir a maciez aveludada na pele, mas ao mesmo tempo julgava que não suportaria afundar tanto. Talvez não voltasse nunca mais."

Diversos acontecimentos parecem querer arruinar a frágil sanidade de Verônica. Seu livro e a vida real começam a se mesclar de uma forma incompreensível, e sem saber o que é real e o que é fantasia, ela sente a necessidade de perscrutar seu passado em busca das respostas, sem imaginar o perigo que está correndo. O surgimento de Liam, um gringo de sorriso cafajeste e piadas irônicas, que parece persegui-la em todos os lugares, só aumenta suas desconfianças e temores. Como será que essa história irá terminar?

"— Você tenta parecer um cara legal, cheio de si, todo certo de ser gostoso e atraente, mas eu consigo ver que no fundo você é igual a mim — falou, agora em um tom calmo e convicto. — Você está sozinho, Liam. E esse é um tipo de solidão que ninguém no mundo pode preencher. Sei bem como é."

Verônica tem um humor instável e explosivo, se irrita muito fácil e é bastante ciumenta. É uma garota perturbada pelo passado. Era muito próxima do pai e, depois da perda abrupta, nunca mais conseguiu ter uma vida normal. Agora que está na faculdade, tem esperança de que conseguirá superar os fantasmas que a perseguem, com o apoio de Enzo, que está ao seu lado desde o acidente. Enzo é o primeiro e único namorado de Verônica, e ambos aprenderam tudo o que sabem sobre um relacionamento um com o outro. A expectativa para finalmente viverem juntos é alta, mas infelizmente nem tudo ocorre como o planejado. A liberdade adquirida com a universidade é grande e Enzo começa a mostrar um lado que nunca apresentou. Liam é um cara gato e misterioso que esbarra na vida de Verônica. De início, ela o repele, mas depois percebe que ele também tem seus próprios segredos e fantasmas, e o destino se encarrega de fazer os dois se encontrarem mais vezes do que esperam. Durante a leitura, também conhecemos outros personagens marcantes, como Carol, a única amiga que Verônica faz na faculdade; Antonietta, a avó dela, que a criou desde a morte do pai; Carlos Velásquez, o professor que era amigo de seu pai; e Vicente e Katarina Caprini, o misterioso casal para quem trabalha; entre outros. Todos os personagens tem papéis importantes no desenrolar dos sinistros acontecimentos em que a protagonista se envolve.

"(...) Verônica Cattani era a pessoa mais solitária que já encontrei no mundo, mesmo quando estava entre as pessoas. Mesmo quando deitava no peito suado e ofegante de seu namorado perfeito e o ouvia murmurar que a amava; mesmo quando respondia com sua voz amorosa, vazia por dentro, e até mesmo quando o via olhá-la com amor, acreditando que era verdade. Verônica Cattani acreditava amar Enzo Cervantes, por isso fez dele o centro de seu universo. Sem ele, ela era só uma menina louca com cicatrizes de auto mutilação."

A história é narrada em primeira pessoa e o livro é dividido em três partes. A primeira e terceira são pelo ponto de vista da Verônica; a segunda, pelo do Liam. Confesso que gostei mais do ponto de vista dela. A Verônica é uma personagem fácil de se identificar. Mesmo que você não chegue nem perto de passar pelas dificuldades dela, vai se identificar de alguma forma. Mas gostei de poder ter mais acesso à mente do Liam, entender melhor como ele pensa, o que sente e o que esconde.
A Juliana tem uma escrita maravilhosa e muito encantadora, o que fez a leitura ter uma fluidez surpreendente. Eu fiquei totalmente envolvida na história criada, não queria parar de ler. A forma como o suspense e o mistério ficam entremeados com a fantasia, enquanto acompanhamos o que Verônica vai descobrindo e como seu livro vai se desenvolvendo, sem sabermos o quanto de realidade e imaginação tem naquilo tudo, é de tirar o fôlego. Torcemos não só para que dê tudo certo para Verônica, apesar de sabermos que se envolveu em algo muito perigoso, como também para Liriel, a protagonista de seu livro, do qual também há alguns capítulos intercalados durante a leitura.
O enredo é fantástico e a forma como a autora conduziu a história foi perfeita. Ela conseguiu responder muitas das questões levantadas durante a leitura, mas soube deixar o suficiente de mistério para os próximos volumes. O final me deixou satisfeita, mas também muito ansiosa para poder ler logo Submersão.

"(...) As pessoas no mundo são, em sua grande maioria, um bando de idiotas convencidos de suas verdades inúteis. Poucas pessoas param para pensar no outro, no que ele sente, pensa, ou na forma como enxerga as coisas. Você tem que aprender isso na teoria, pois na prática é como apanhar repetidas vezes de uma mão invisível. Nunca sabe de onde vai vir o tapa."

Sobre a diagramação, achei muito boa. O livro possui páginas amareladas e é bem confortável de ler. Tem detalhes muito lindos, que já percebi serem comuns nos livros da editora, sempre ao iniciar os capítulos. E a capa é belíssima (tenho uma queda por capas com garotas de vestidos longos, escuros e sombrios rs), combinando muito com a história.
Se você já tinha visto esse livro por aí, mas não sabia se deveria ler, aproveite minha dica e leia. Se não conhecia, indico um dos melhores livros nacionais que li esse ano. Tenho certeza de que irá amar e se surpreender, assim como eu! ❤

site: http://www.sigolendo.com.br/2016/11/resenha-o-lago-negro.html
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Camilla191 23/12/2015

Resenha do Blog | Descafeinadas (Livro Cortesia)
Fico imensamente feliz quando livros brasileiros me agradam tanto, saber que as editoras (A Arwen em especial) vem acreditando que temos tesouros escondidos aqui no Brasil assim como no exterior. O Lago Negro tinha tudo para ser só mais um livro e infelizmente ele não é só isso. Autores brasileiros vem cada vez mais me surpreendendo com sua escrita e criatividade. Quem disse que aqui não tem mais bons livros? Infelizmente se você pensa assim, sinto muito você é desinformado e não conhece escritoras como a Juliana e editoras como a Arwen.

A história é toda intrínseca em mistérios e peças deixadas para trás, ao iniciar a leitura nos deparamos com questionamentos discutindo o que ou não é a sanidade, isso sinceramente é o charme do livro. Verônica, nossa personagem principal, se questiona sempre sobre o que realmente é real e o que está saindo da sua cabeça. Ela, além de tudo, é uma personagem misteriosa por si só. É muito fácil se afeiçoar as "maluquices" da Verônica e ficar curiosa junto com ela.

"Pessoas que se julgam sãs, como mentes saudáveis, quando param param para pensar nos loucos a correr pelas ruas, ou nos trancafiados em hospitais, sente-se inundados de uma repulsa disfarçada de pena, o que os motiva a buscar mais e mais pela sua própria sanidade" (Página 25)

As personagens desse livro são integras e de longe muito bem construídas, temos o Enzo (diga-se de passagem que não gostei dele desde o início) que é o namorado da Verônica, a própria Verônica, o Ancião que é um velho pra lá de estranho, uma família muito esquisita que são pais da fofa e estranha bebê que não chora Lisandra, o Liam que é um amor incondicional de fofo. Todos parecem ter sido minunciosamente criados para que nos impressionasse a cada virada de página.

A narração tem duas partes, a primeira delas é narrada em primeira pessoa pela Verônica logo vemos tudo pelos olhos dela. A segunda é narrada pelo Liam em primeira pessoa, então temos a visão de duas das personagens sem perder o foco inicial da trama. Porque devo deixar bem claro que eu achei o livro psicológico e misterioso, tem um pouco de thiller e romance.

"Os Humanos nunca fora fáceis de abater. A esperança os mantinha unidos;a fé os mantinha fortes. Tais sentimentos foram os pilares onde a sobrevivência se sustentou por séculos e mais séculos" (Página 165)

O livro é bem misterioso, a única coisa que me incomodou um pouco durante a leitura foram os trechos do livro da Verônica. Ela tem um livro na cabeça desde que tudo mudou em sua vida (o grande mistério do livro, então sem spoiler) aí ela vai para Lagona no interior de SP (Sim, o livro se passa aqui no Brasil) uma cidadezinha pra lá de esquisita e os personagens do livro acabam ganhando vida, quase que no sentido literal da palavra porque eles parecem para ela. Verônica é mesmo estranha.

Ela vai para Lagona que é bem misterioso, tem muita névoa e pessoas que odeiam forasteiros. Eu adorei o cenário além de bem misterioso parece aquelas cidadezinhas no estilo de Forks, lá as pessoas são misteriosas, tem seres mitológicos, assassinos e muita névoa. Vocês vão amar esse livro !

É um livro incrível, tem tudo que um bom livro precisa. A autora me surpreendeu muito, falar muito desse livro é dar spoiler por isso também é uma resenha misteriosa para vocês terem vontade de ler. Super recomendo essa leitura!

site: http://www.descafeinadas.com.br/2015/12/resenha-o-lago-negro-livro-1-de-juliana.html
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SahRosa 17/11/2016

Resenha Exclusiva do Blog Da Imaginação à Escrita
Depois de um tempo namorando esse livro, finalmente tive a chance de conhecer as águas escuras e misteriosas de O Lago Negro. Quero ressaltar, que a obra é uma das melhores que li atualmente, Juliana Daglio, possuiu um talento incrível e O Lago Negro sem dúvidas me marcou muito. Com uma atmosfera que mescla romance, um pouco de fantasia e elementos mais dark, O Lago Negro é um livro incrível, que facilmente envolve o seu leitor, você vai sentir o lago te chamando e quando decidir escutar essa voz, não terá volta, afinal, o enredo é tão cativante, que quando percebe, as páginas finais estão chegando e tudo que quer é mais desta história tão boa!

A obra é divida em três partes, Loucura e Sanidade, Respostas e Escuridão e O Lago Negro, e sua narrativa é feita em primeira pessoa, sendo a primeira e terceira parte, pela visão da Verônica, personagem principal e a segunda por Liam, um jovem enigmático e um tanto egocêntrico, mas que ao longo da trama, percebemos que assim como Verônica, o rapaz tem seus próprios demônios para enfrentar e uma missão importante pela frente. Confesso que de início, não fui muito com a cara do Liam, sua atitude um tanto prepotente e com aquele ar meio cafajeste e badboy, sem dúvidas não me agrada, como já mencionei em outras resenhas, mas Liam é um personagem diferente e em sua narrativa, vemos que essas atitudes trazem mais do que ele aparenta e assim como Verônica, o leitor passa a compreender melhor o personagem.

Mas, a narrativa de Verônica, foi a que mais me agradou sem dúvidas, que traz um grande diferencial se levarmos em conta as mocinhas dos livros, Verônica tem seus momentos mais complicados e é uma jovem com uma fragilidade constante, mas nem por isso, ela deixa de ser forte, Verônica transmite sentimentos únicos em sua narrativa, é aquela típica personagem que o leitor vai se identificar, talvez por isso mesmo, me senti tão apegada a ela e quando a o narrador passa a ser o Liam, torci o nariz, pois eu queria apenas a Verônica (vai entender, né?), mas isto se deve ao fato que ela é uma personagem que mostra a que veio, sua garra, suas atitudes, comovem o leitor de O Lago Negro, sentindo um apego grande com essa jovem que precisa encarar os fantasmas do passado e compreender as lacunas deixadas em sua vida. Verônica é uma personagem que conquista facilmente e isto se deve ao grande talento da autora, que mostra a que veio, a escrita de Juliana Daglio é tão boa e gostosa, que O Lago Negro revela-se uma obra poética, lírica e fascinante.

O modo como os personagens são desenvolvidos, como é descrito cada ambiente, emoção e sentimento, fazem de O Lago Negro um livro fundamental aos leitores que gostam de um bom romance com elementos sobrenaturais, mas não pense que essa é apenas a característica marcante de O Lago Negro, a obra traz muito mais do que apenas um romance, mas também uma história cercada de segredos e reviravoltas, você fica com aquela ansiedade a flor da pele, torcendo para que Verônica descubra cada parte desse quebra-cabeças tão bem delineado. Em relação aos personagens secundários, gostei bastante de cada um, que interpreta um bom papel na trama, todos tem uma parte importante que se completa em O Lago Negro. No entanto, como qualquer leitura, tenho algumas ressalvas, mas nada que tire o brilho desse livro encantador. Logo que iniciei a leitura, percebi uma falha na revisão, algo que me deixa bem triste, pois O Lago Negro é um livro ótimo, e ver alguns erros bobos, como frases inteiras repetidas em parágrafos, partes de frases também repetidas e troca de palavras que deixam o texto sem sentido, foi bem chato de encontrar, principalmente no começo, quando você está tendo aquele contato tão especial com uma história, por tanto, aqui fica minha recomendação a editora, que caprichou na diagramação e na capa, mas que infelizmente deixou a desejar na revisão.

Outro ponto que devo citar, é que o desfecho desse primeiro livro da série, foi um pouco corrido e confuso, mas acredito que talvez pelo fato de muitos segredos ainda estarem encobertos, talvez o leitor sinta mesmo que alguma coisa não foi explicada, por isso mesmo, não é algo que eu venha a levar como estreitamente negativo, pois O Lago Negro possui uma história fantástica, com ótimos ganchos e uma enorme carga de sentimentos, visto que este é o principal ponto que faz de uma obra merecedora do leitor, a forma como essa emoção foi transmitida, deixa a história de O Lago Negro tão palpável, que sentimentos parte dela, e tudo que personagens vivenciam.

Enfim, nem preciso dizer o quanto recomendo O Lago Negro, não é? Quem escolher mergulhar nessas águas, terá em mãos uma das melhores obras da atualidade do mercado nacional, Juliana Daglio é uma escritora que todo leitor deve ficar de olho, pois a qualidade de sua escrita é impressionante e O Lago Negro é uma leitura fundamental para aqueles que procuram uma boa história!

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2016/11/resenha-o-lago-negro-juliana-daglio.html
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Dragão literário 27/07/2018

O lago negro - Juliana Daglio (Resenha) Dragaoliterario
Resenha @dragaoliterario
"O lago negro"

Tenho que dizer que esse lago é profundo e obscuro...
Mesclando partes de realidade com a personagem Verônica, a protagonista da historia. Mas também mistura a fantasia das historias escrita pela personagem.
A autora Juliana Daglio brinca com essa mescla de ser autora, de uma personagem autora, de outros personagens. Criando assim uma teia, diga-se de passagem, muito bem construída.
Apesar de o inicio de tudo não ser tão convidativo quanto se espera. Vai se criando mistérios e suspenses ao decorrer da leitura aguçando aos poucos o paladar literário. Os personagens são muito bem construídos de modo a ser facilmente visualizados mentalmente.
Este é o segundo livro que leio da autora, devo dizer que é notável o crescimento em seu trabalho. Os conceitos característicos que cercam os personagens. Falo tanto dos sociológicos quanto psicológicos. Quase tudo é de fácil entendimento, o que deixa o leitor livre para deslizar nas águas turvas da mente de Verônica.
Alguns mistérios ainda não ficaram totalmente claros no livro. Porém prefiro não especular sobre eles antes de ler o segundo titulo. ?Submissão?.
Mesmo tendo o livro a mais de um ano, creio que a espera foi recompensada nos quatro dias que demorei em termina-lo. Hoje entendo o motivo de ele ter sido bem comentado quando o adquiri.
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Mony Oliveira -UBSE 16/10/2017

Falando sobre: O Lago Negro de Juliana Daglio
O Lago Negro tem uma narrativa bem construída, mesclada entre a realidade e a fantasia, do livro que está sendo escrito pela protagonista, Verônica. Para cursar a faculdade a mesma se muda para uma cidade do interior de São Paulo, com um cenário bem misterioso, onde os habitantes não gostam de forasteiros. O clima de suspense se mantém pela maior parte do livro, descobertas e revelações vão sendo feitas ao poucos, o que me levou a ficar instigada a ler cada vez mais.

site: https://umblogsobreesmaltes.blogspot.com.br/2017/10/lidos-em-setembro.html
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Marina 11/01/2016

Não tinha como não amar!

Um livro lindo, com uma capa linda e uma autora queridíssima. Não tinha como não amar! Desde que tinha lido o início desse livro para fazer as primeiras impressões, fiquei cheia de expectativas e louca para ler o resto. E claro, a Ju não decepcionou!

Tudo começa quando Verônica se muda para Lagoana com seu namorado Enzo para estudar jornalismo, e nessa cidade nebulosa e sombria acaba encontrando muito mais mistério e perigo do que jamais poderia imaginar.

Verônica sempre sonhou que um dia escreveria seu livro, e ao chegar em Lagoana finalmente tem a oportunidade de começar, e ainda mais, de buscar a orientação do professor Carlos Velásquez, o mesmo que havia orientado o seu pai, o escritor Andréas Cattani.

"As palavras que brotam de meus dedos aparecem na tela magicamente, acordando dentro de mim como se sempre estivessem lá. Não era como escrever um livro, ou inventar uma história. Era como despertar uma história."

Mas ao se deparar pela primeira vez com o Lago Negro, Verônica começa a se questionar de onde realmente vinha a história que a tanto tempo já povoava sua mente. Seria possível que os personagens que habitavam sua história não fossem meramente frutos da sua imaginação?

Assim começa sua busca por respostas. Enquanto escreve seu livro, Verônica também precisa lidar com seus fantasmas interiores, e essa é para mim uma das características mais interessantes desse livro. Sou absolutamente fascinada pela loucura, e a Ju, que para quem não sabe é psicóloga, soube com toda certeza representar todos os conflitos internos da sua personagem com uma maestria excepcional!

"Sinto as coisas acontecendo dentro de mim. As muralhas desmoronando, o desequilíbrio dando sinais. É ela... A loucura. Ela é como um desalinho em espiral nos trilhos da sua mente. Quando o trem chega perto das zonas de risco, aqueles espaços se contorcem e retorcem, esgueirando-se dentro do seu cérebro, se embrenhando no meio da sua carne, como veias enferrujadas intricadas com as saudáveis. O trem fica desgovernado, acelera em meio a elas, passa por dentro de tudo, rasgando e sangrando."

As dúvidas e a loucura de Verônica são contagiantes, a ponto de o leitor não conseguir mais saber o que é mesmo realidade e o que é fruto da mente da personagem. Em vários momentos me perguntei o rumo que a história estaria tomando, e no fim ainda restaram tantas dúvidas que mal posso esperar para ler a continuação!

Em meio a toda essa confusão em sua vida, Verônica acaba se afastando do seu namorado, e é nesse momento delicado que ela conhece Liam, que além de lhe ajudar a desvendar os mistérios que a assombram, acaba entrando de vez na sua vida.

"Ele tinha um ar levemente cínico, como se soubesse de tudo e não se importasse com ninguém. Seu sorriso enviesado parecia ensaiado, mexia a cabeça e falava como se estivesse bêbado, mesmo que de forma teatral. Resumindo, Liam tinha um jeito de cafajeste, manipulador, cheio de más intenções."

E como se não fosse suficiente, Liam morou boa parte de sua vida em Chicago, e além do seu sotaque ao falar, ele ainda acaba soltando uma expressões em inglês de vez em quando.. Ah Ju, fala sério, como você faz isso comigo? Mais um personagem para eu me apaixonar? Hahaha.

Tem tanta coisa que eu ainda queria falar sobre esse livro, tantos personagens a comentar, tantos elogios que queria fazer, principalmente a edição e a diagramação linda que a Arwen fez. Mas sinto que já falei demais e no fim só o que me resta dizer é que a Ju Daglio é uma escritora e pessoa maravilhosa, e que merece todo sucesso que está fazendo, e que ainda vai fazer, com seus livros! Com toda certeza já virei fã de carteirinha e é com muito orgulho que exibo meu autógrafo, hahaha. Leiam, leiam e leiam!
A mente. Algo indubitavelmente incontrolável, mas que insistimos em dizer que podemos dominar.

"Pessoas que se julgam sãs, com mentes saudáveis, quando param para pensar nos loucos a correr pelas ruas ou nos trancafiados em hospitais, sentem-se inundados de uma repulsa disfarçada de pena, o que os motiva a buscar mais e mais sua própria sanidade.
Para mim, os loucos são esses!
Sonho com um mundo em que os loucos vivam nas ruas e internem-se os ditos sãos em hospitais horrendos, com paredes tomadas pelo mofo e comida com cheiro de lavagem."

site: http://www.naestradadafantasia.com/2016/01/resenha-o-lago-negro-de-juliana-daglio.html
Juliana 25/01/2016minha estante
Marinaaaaaaaaaaaaa!! Poxa, como demorei para achar sua resenha!!
ADOREI ADOREI ADORE!

Sinto-me com a missão cumprida e estou ainda mais ansiosa para lançar o livro dois.
Obrigada por ser essa pessoa tão querida.

Ps: roubei todas as fotos, porque ficaram lindas!!!




Francine 02/05/2016

Dentro de uma ficção, há outra escrita e vivida pela própria protagonista. Isso é genial!
Tive a alegria de ler O Lago Negro através do Book Tour organizado pela própria autora, Juliana Daglio, a quem agradeço por acolher minha participação.

Narrado em primeira pessoa, n'O Lago Negro conhecemos Verônica Cattani, uma jovem que acaba de se mudar com o namorado Enzo para a cidade de Lagoana, no interior paulista. Ambos iniciarão suas vidas universitárias na Universidade Federal Interiorana de Lagoana (UFI) e morarão juntos pela primeira vez.

Logo nas primeiras páginas, notamos que Verônica não leva uma vida comum. Ela se sente constantemente no limite de suas emoções e precisa, muitas vezes, recorrer a medicamentos psicotrópicos para se controlar. Impulsiva, desconfiada e irritadiça, não é exatamente alguém com muitos amigos. O problema é que Lagoana não parece ajudá-la. O lugar é mórbido, úmido e suas densas nuvens nunca permitem que o sol as penetre. Será que Verônica deveria mesmo estar nessa cidade?

Apesar disso, é nesse lugar que Verônica se sente inspirada para escrever seu romance, intitulado O Lago Negro. No entanto, quanto mais Verônica escreve sobre a batalha entre seus personagens, nefilins e vampiros, mais distante de Enzo e de sua realidade começa a ficar. Isso porque os acontecimentos de seu livro e da sua vida começam a se mesclar perigosamente, e somos levados a nos questionar: o que é verdade e o que é fantasia?

Com histórico psiquiátrico, Verônica coloca à prova sua própria sanidade. Será que, de algum jeito, foi influenciada a escrever O Lago Negro ou, quem sabe, há algum elemento sobrenatural envolvido no seu processo de escrita?

Gostei muito do modo como Juliana Daglio produziu esse romance! O enredo nele apresentado é completamente diferente do que podemos esperar. Dentro de uma ficção, há outra escrita e vivida pela própria protagonista. Isso é genial! Ao mesmo tempo, Lagoana é um lugar cheio de mistérios, do tipo que adoraria ver num filme. A cidade possui uma história perigosa, na qual Verônica acaba completamente envolvida.

Algo que gosto muito na narrativa da Juliana Daglio é a facilidade em caracterizar seus personagens de modo complexo e humano. No início, percebi que Verônica estava cada vez mais perdendo o controle de sua vida por faltar uma decisão pessoal, por faltar uma coragem que ainda não descobrira possuir. Foi muito interessante vê-la se desenvolvendo, revelando sua própria força e enfrentando seus fantasmas. Considero um ponto forte a autora abordar, através de Verônica, o estigma que as pessoas com transtornos psiquiátricos enfrentam quando decidem viver com autonomia.

Como fragilidades, aponto que alguns elementos me incomodaram, embora entenda sua importância. Houve cenas de ação que foram inverossímeis e, em minha opinião, o desfecho precisaria de um desenvolvimento um pouco mais lento. A revisão também apresenta fragilidades, mas não afetam o entendimento do leitor.

Estou muito interessada na continuação, esperando mais de Verônica e do Liam (personagem que ganhou meu coração assim que apareceu). Adorei a capa, que tem tudo a ver com a história, e a diagramação está maravilhosa. Recomendo para quem gosta de romances misteriosos!

Resenha postada no My Queen Side:

site: http://www.myqueenside.com.br/2016/05/resenha-144-o-lago-negro.html
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