The Wild Iris

The Wild Iris Louise Glück




Resenhas - Wild Iris


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Adriana Scarpin 13/10/2020

Retreating Light
"You were always very young children,
always waiting for a story.
And I’d been through it all too many times;
I was tired of telling stories.
So I gave you the pencil and paper.
I gave you pens made of reeds
I had gathered myself, afternoons in the dense meadows.
I told you, write your own story.

After all those years of listening
I thought you’d know
what a story was.

All you could do was weep.
You wanted everything told to you
and nothing thought through yourselves.

Then I realized you couldn’t think
with any real boldness or passion;
you hadn’t had your own lives yet,
your own tragedies.
So I gave you lives, I gave you tragedies,
because apparently tools alone weren’t enough.

You will never know how deeply
it pleases me to see you sitting there
like independent beings,
to see you dreaming by the open window,
holding the pencils I gave you
until the summer morning disappears into writing.

Creation has brought you
great excitement, as I knew it would,
as it does in the beginning.
And I am free to do as I please now,
to attend to other things, in confidence
you have no need of me anymore."
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Bianca_ 20/05/2022

?Unreachable father, when we were first
exiled from heaven, you made
a replica, a place in one sense
different from heaven, being
designed to teach a lesson: otherwise
the same ? beauty on either side, beauty
without alternative ? Except
we didn?t know what was the lesson. Left alone,
we exhausted each other. Years
of darkness followed; we took turns
working the garden, the first tears
filling our eyes as earth
misted with petals, some
dark red, some flesh colored?
We never thought of you
whom we were learning to worship.
We merely knew it wasn?t human nature to love
only what returns love.?

Esse foi o poema que me levou a ler o livro, pois, nos últimos meses, venho questionando o sentido de minha vida. O que antes me dava razão para lutar, já não faz mais sentido nos dias de hoje e, por isso, me pego conversando com ?Deus? ou com o ?Universo?, se assim preferirem. Assim como Louise, converso com essa força invisível sobre minha insatisfação com o mundo e, infelizmente, comigo mesma.
O livro me tirou do cansativo questionamento e me deixou claro que está permitido simplesmente sentir este luto e seguir em frente. Talvez, um dia, eu obtenha alguma resposta.
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Brito 07/04/2022

Louise Gluck - A Íris Selvagem
Soam neste livro várias e diferentes vozes e mensagens, quase se pode dizer mensagens autorais na medida em que a mensagem personifica, a fala é fala de alguém, a fala faz-se ser, ao falar-se. Esta personificação das mensagens perpassa todo o livro e é inaugurada pelo próprio título - íris selvagem remete para a “mensageira”, “a que leva mensagens pela palavra”, a que anuncia, símbolo da ligação entre o céu e a terra. Mas também de ligação entre vivos e mortos, efémero e eternidade, homem e natureza e Deus, mensagens de um todo, de uma universalidade do humano que fala, que se fala, como se mensagens da humanidade, o que é dito tem a ver com o pulsar do que é de todos na humanidade, universalidade.
Observamos umas vezes a voz de Deus tecendo comentários sobre a sua criatura, outras vezes a voz da criatura, ora clamando por Deus, ora observando o seu silêncio, ora identificando-se com a própria natureza. Há uma ligação entre mundos, o mundo dos mortos, do nada, da eternidade, de Deus, e uma escada permitindo a passagem de uns mundos para os outros. Por vezes ouve-se uma voz que parece de um ser intermédio -um anjo? - que observa os humanos de um ponto de vista não divino, mas superior ao humano. Em outros poemas a morte é uma passagem a partir da qual o nosso ser desabrocha em toda a sua totalidade, unindo-se ao universo, sendo universo. Há um contacto com o universo, com o sofrimento – “capaz de sentir a seiva borbulhante” -, uma profunda ligação do indivíduo com a terra, o universo, um destino comum.
Um livro diferente, que tem de ser lido com grande acuidade e paciência, para se ir descobrindo as suas diferentes vozes naquele marulhar ascético, seres surgindo do nada, falando e desaparecendo como vagas do mar, vozes ascéticas, depuradas, despojadas, quase frias, universais.
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