Antologia Pessoal

Antologia Pessoal Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Antologia Pessoal


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arthur966 22/10/2023

O meu coração não resiste
a dor que no meu peito mora
no mundo eu vivo tão triste
porque ninguém me adora
nos beijos encontrei espinhos
no abraço a traição.
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lininha_k 26/06/2020

Incrível
Impressionada com o vocabulário, a capacidade de fazer uma poesia simples e cotidiana com uma qualidade incrível e com a quantidade de sujeitos poéticos que essa mulher criou.
Estou muito feliz por conhecer a obra, mas muito triste por ela ser tão pouco falada. Carolina Maria de Jesus merecia muito destaque na nossa literatura contemporânea.
Fernanda M. 26/04/2022minha estante
olá! Tudo bem? Sabe onde consigo adquirir esse livro? Vc tem interesse em trocar?




z..... 11/07/2019

Obra póstuma, publicada em 1996, quase duas décadas depois da morte da autora. Corresponde a uma de suas vontades, que em vida não conseguiu realizar, a publicação de sua poesia.
O livro traz introduções de literatos em um olhar sobre a obra e biografia de Carolina, com artigos que correspondem a quase um quarto da publicação. Em comum, observações sobre a simplicidade textual, algo notório que projetou a autora em "Quarto de despejo", mas que não teve a mesma repercussão nas obras seguintes, onde Carolina foi sendo olvidada em sua proposta inovadora no contexto de época. Acho que sofreu impactos do mercado voltado ao lucro e de visão cultural fechada em determinados conceitos. É o que os artigos sugerem...
Hoje é devidamente reconhecida como uma das mais importantes escritoras do país, pelas mesmas (e principalmente) singularidades que a tornaram conhecida.

No que é mais importante do livro, a poesia de Carolina tem a beleza singela da cultura popular, expressando-se com espontaneidade e simplicidade, em visão de mundo que tem lamentos (boa parte da poesia tem essa caracterização) mas sem declinar para a desesperança ou falta de entusiasmo pela vida. Os lamentos são saudosos de momentos felizes, de lembranças maternas ou em situações de perdas (filho, amigo ou alguém admirado). Também por falta de um amor, de trabalho e dignidade... Implicitamente trazem um posicionamento esperançoso, quando a poeta fala de espiritualidade e amor... Enfim, é uma beleza peculiar, algumas vezes bem-humorada ou com ingenuidade, e até mesmo com visão conservadora em certas coisas, que denotam sua simplicidade.

Deixo em registro "Meu Brasil" (um tanto ilusório, demonstrativo de percepção esperançosa), "Lua-de-mel" (história de amor desencantada), "Deus" (visão de igualdade que deveria prevalecer), "Súplica do encarcerado" e "Marginal" (parecem observações de fatos reais, de realidade recorrente, plenamente testemunhada) e "Quadros" (também parece um devaneio sobre a própria vida). Referências em ilustração...

Dá sensação de que a poesia foi descoberta realizadora para a autora, principalmente quando vemos entusiasmo por certos poetas, a quem homenageia no mesmo caminho de suas inspirações (como a Casimiro de Abreu em "Meus oito anos", quando Carolina tem devaneios em expressões similares).

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