Vinicius.Correa 15/02/2020
Logo que vi esse livro, pensei imediatamente: Preciso le-lo. Entrei em contato com o autor solicitando a parceria e não me arrependo nem um pouco. Apesar de ter recebido o livro a bastante tempo, mais de meses, juro que não foi minha intenção demorar tanto assim para fazer a resenha dele. Enfim, foram tantos trabalhos do colégio, provas e além disso o serviço durante a tarde, que inevitavelmente diminuíram drasticamente o meu tempo de leitura. Segui lendo os livros que já havia recebido antes deste, para só então chegar a le-lo, e gente, foi uma leitura tão boa! Não resisti e li todo o livro em apenas uma pegada. O fato de ser um livro curtinho, obviamente, contribuiu com isto, mas mais do que isso, foi a escrita informal e super bem conduzida que me mantiveram curioso para descobrir o desfecho da história.
Esse é um daqueles livros que são bem complicados de serem explicados sem revelarmos muito sobre seu conteúdo, pois ele não segue uma norma padrão de acontecimentos. Ele não tem uma motivação inicial que dá seguimento a trama. E é justamente a falta disso que me levou a ler até o fim, pois simplesmente somos apresentados aos personagens e vamos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos sem ter idéia do que vai acontecer futuramente. Basicamente como uma novela, só que muito mais interessante. Aliás, fui surpreendido em certo sentido, pois eu imaginava que seria um livro com bastante suspense seguindo uma direção para o sobrenatural. Pois é essa a idéia que a capa nos passa. Mas não foi bem assim que aconteceu, os acontecimentos da história são bastante realistas já que o ponto de foco é o desenrolar das relações interpessoais entre os personagens e não a ambientação do cenário, mesmo que inegavelmente esses fatores serem de essencial importância para o resultado final da obra.
E como sempre dizem, são os pequenos detalhes que fazem a diferença. Neste caso, essa frase pode ser aplicada ao personagem principal, Beto Rockfeller, ou simplesmente, Rock. Ele possui uma rara síndrome de mão alheia que faz com que sua mão movimente-se involuntariamente, muitas vezes sem ele nem perceber. Essa informação é trabalhada de tal maneira na história que fica simplesmente como um fato sem importância alguma, mas que muito pelo contrário, faz toda a diferença nas entrelinhas do final da história. Afinal, Beto Rockfeller seria simplesmente um louco paranoico ou realmente houve algo sobrenatural envolvido? Essa questão fica em aberto, e a resposta dela variando de leitor para leitor.
Enfim, não me prenderei muito contando os acontecimentos do livro, porque a sinopse por si só já faz isso, pois como vocês podem ver lá em cima, ela é praticamente uma resenha! uheuhehueeuh Mas, tipo, leiam esse livro se possível. Eu me surpreendi positivamente, e mesmo eu esperando uma coisa e no final sendo outra, esse foi o diferencial. É bom fugirmos um pouco do velho clichê, mesmo que este livro sendo moldado em cima deles. É, eu sei, meio louco isso. Só lendo pra entender mesmo! E em relação a escrita do autor é muito bem trabalhada. Não é aquela coisa culta de mais, nem informal de mais. É equilibrado. Sendo tenso nas horas de tensão e cômica nas horas engraçadas. Única coisa que me incomodou foi porque fiquei com aquele gostinho de quero mais!
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