Bruxa da Noite

Bruxa da Noite Nora Roberts




Resenhas - Bruxa da Noite


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Nati Morgan 29/05/2020

Esse é o primeiro livro que leio desta autora e o escolhi justamente por ser de um tema que gosto muito: bruxas.
O livro é fluido e os personagens são interessantes.
Talvez tenha me incomodado com o final, porque me pareceu que apesar da autora conseguir finalizar o livro ali, ela não finalizou pra prosseguir com o próximo livro.
Luca 02/08/2020minha estante
Oi! Eu não consegui entender pela descrição se esse livro é ambientado na atualidade ou idade média.


Nati Morgan 04/08/2020minha estante
Ele é ambientado na atualidade, só no comecinho deste livro que narra o que aconteceu com os ancestrais dos personagens principais.


Duda 12/09/2020minha estante
Qual foi a parte mais marcante do livro para você??




ShirleyStortLeite 27/04/2022

Amo uma história de bruxa...
O livro já começa bom, isso dá uma vontade gostosa de conhecer melhor a história.
É uma escrita densa, mais cheia de ação e mistério e magia, num cenário incrível.
História de três bruxos só mesmo sangue tentando acabar com uma maldição de sua antepassada.
Será que vão conseguir?
Não tenho dúvida.
Mas quero saber como vai acontecer o desenrolar dessa história...
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Lori 05/02/2015

Queria mais romance...
Nora Roberts, mais uma vez, traz magia para sua história. Não só com um enredo que promete ser bastante intrigante, mas também na sua escrita. As descrições são mágicas e como sempre seu talento faz com que situações banais e corriqueiras soem extremamente românticas e especiais.

A narrativa começa com a história de fundo da Dark Witch e de Cabhan em 1263. Logo, passamos para 2013 onde conhecemos Iona, descendente da primeira Dark Witch. Iona sempre se sentiu deslocada em sua própria família e portanto decide largar tudo para ir à Irlanda em busca de suas verdadeiras raízes. No pacato interior irlandês ela conhece seus primos Branna e Connor.

Iona, Branna e Connor são mais que apenas parentes de sangue. Eles possuem poderes especiais que combinados podem derrotar o maligno bruxo Cabhan que deseja a todo custo adquirir para si os poderes dos três. Iona terá que aprender, em pouquíssimo tempo, a utilizar e controlar seus poderes bem como a lidar com o rabugento mas irresistível Boyle.

Para aqueles que leram a Trilogia da Magia, será difícil não fazer comparações entre os personagens de Mia/Branna e Iona/Nell. Embora haja clara semelhanças entre a personalidade dos personagens e ambas as trilogias tratarem do tema “bruxas”, as histórias são definitivamente distintas.

Meu maior problema com este livro é o fato de que a narrativa é tão mais focada na aventura que no romance, que chega ao ponto do romance se tornar um mero pano de fundo para o livro. Enquanto, ao meu ver, o suspense sempre foi um dos pontos forte nos romances de Nora, ela nunca havia deixado de escrever uma belíssima história de amor, talvez, até agora.

Boyle, não é nem de perto um herói que vai fazer você suspirar. Ok. Talvez alguns pequenos suspiros, mas nada que lhe deixará sem fôlego. Ele é prático, ranzinza e eu diria até um pouco grosso. Tudo bem. Enquanto, ninguém quer um herói perfeitinho e completamente irreal, o tempo que foi despendido ao romance de Iona e Boyle, neste livro, é tão curto que é difícil se apaixonar completamente por Boyle apesar de seus defeitos, como é comum nos romances atuais.

Eu sou fã de carterinha da Nora Roberts desde a adolescência e já li simplesmente todos os mais de 200 livros escritos por ela. Assim, eu acho difícil escrever críticas negativas sobre as suas histórias, mas não posso deixar de dizer a história de amor deste livro me deixou decepcionada.

Em suma, é um bom começo para esta trilogia. Só espero que os próximos livros me façam suspirar mais.

Glauci 16/03/2015minha estante
Tive a mesma sensação que você, faltou mais romance e eu não consegui me apaixonar pelo mocinho, cheguei até a comentar com uma amiga que o casal não tinha química, mas ela melhorou um pouquinho para o final do livro, consegui olhar o Boyle com outra cara! Em relação a trilogia da magia, realmente não tem como não comparar as duas, embora sejam distintas, a história desse livro é de longe, muito melhor! Eu não gostei nadica dos protagonistas da magia e já este, estou ansiosa pelos outros livros, acho que promete!


Silvia 25/03/2015minha estante
Por favor, estou querendo ler este livro, mas gostaria de saber se as continuações são com os mesmos personagens ou personagens diferentes???? Poderia me informar???
Parabéns pela resenha, fiquei mais curiosa ainda p/ ler o livro e eu nunca li nada da Nora...




spoiler visualizar
Theresa.NatAlia 07/10/2022minha estante
Shipei horrores a Iona com o Connor e Branna com Meara kkkk achei que tinha sido só eu ?




Vanessa 22/08/2021

Encantada com a Irlanda
Amei a história, a descrição do local e principalmente a forma que ela descreve os momentos que eles passam na cozinha preparando as refeições. Tenho algumas ressalvas, mas é uma boa leitura.
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Erika 02/01/2021

Muito bom
Deus do céu tem como não amar a Iona? Que personagem!

site: http://upandoavida.com
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@gomesthais___ 07/01/2021

Esse é o primeiro livro de uma trilogia. Tudo começa quando, há muitos e muitos anos atrás, uma bruxa da noite entregou seus poderes a seus filhos para que um grande bruxo não pudesse rouba-los. Ao longo dos anos o "espírito mágico" de cada filho reencarna na linhagem da bruxa para que, por fim, possam destruir o bruxo das trevas.
Nesse primeiro livro, Nora trouxe a fantasia e a magia para os tempos atuais sem que perdesse o lado romântico da coisa. No entanto, achei Iona (a personagem principal) um tanto quando inocente e limitada de seus poderes.
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Victoria Ogando 04/07/2021

Adorei
A Bruxa da noite é o primeiro volume da Trilogia Primos O’Dwyer. O livro conta a história de Iona Sheenan. A história começa a ser relatada em 1263, contando a história dos antepassados de Iona. Ela tinha sido demitida de local onde trabalhava nos Estados Unidos, onde ela trabalhava com cavalos. Ela viaja para a Irlanda com algumas instruções de sua avó para encontrar seus primos. A ideia era passar uma semana e voltar aos Estados Unidos. Chegando na Irlanda ela conhece seus familiares e começa a trabalhar no estábulo local, onde conhece Boyle McGrath dono do local. Ao conhecer os primos ela passar a descobrir mais coisas sobre seus antepassados que a avó nunca havia contado. Apesar de tudo parecer bem, ela e os primos então começam a trabalhar juntos para resolver uma questão que está incomodando a família e aos seus amigos eles se unem para poder trabalharem juntos da melhor maneira possível.
Gostei bastante do livro apesar de normalmente não escolher esse tipo de literatura. Prefiro mais ficção, porém tenho gostado do estilo nos últimos tempos. Indicaria para queles que querem uma leitura mais leve.
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MahFrozen 31/05/2020

Poderia ser melhor
O livro tem uma ótima premissa, o início que se passa nos tempos antigos nos deixa instigado a continuar, mas ao chegar na atualidade, a história perde totalmente a força.

Iona deveria ser uma protagonista cativante e forte, mas só me mostra uma menina imatura e sonhadora que não consegue acompanhar o ritmo dos demais. Parece uma adolescente no meio de tantos adultos.

Escolhi a leitura desse livro justamente porque buscava um livro de bruxas com um viés mais adulto, mas foi decepcionante me deparar com a protagonista. A narrativa também se tornou enfadonha muito rápido.

Os personagens secundários - Branna, Connor, Meara, Fin, Boyle - me parecem mais complexos, misteriosos e interessantes do que Iona. Quando estamos conversando com eles na história, a narrativa flui de maneira intensa e inteligente.

Mais ao final do livro, o treinamento de lona se tornou mais rico e interessante. Então foi mais fácil de ler, mas senti um vazio na tentativa de amadurecimento dela, como se do nada fosse substituída por outra personagem controlando suas emoções.

Aguardei o clímax do livro com muita esperança e, mais uma vez, foi decepcionante. Em 3 páginas, o grande acontecimento tem seu desfecho, e tudo acontece tão rápido com uma narrativa tão breve, que me deixou até confusa sobre o que realmente aconteceu.

Tentei manter o pensamento de que é um livro de uma trilogia, intencionalmente deve deixar brechas para os próximos, mas é difícil engolir uma trilogia começo - meio - fim, ao invés de cada livro ter suas 3 etapas e deixar espaço para os próximos.

Se não me engano foi o primeiro livro da Nora que li, mas não tenho certeza ainda se vá ser o último. Não estou muito empolgada para a continuação...
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ORDS 15/05/2021

Aconteceu tudo muito rápido, não gostei muito da protagonista, achei o casal principal totalmente sem química, me identifiquei com a Branna e tô apaixonada pelo Fin.
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JuGocci 17/07/2021

Meu amorzinho.
Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Nora Robberts, me apaixonei.
Um livro cheio de magia, que nos permite sair um pouco da dura realidade e sonhar, nos leva a pensar que de fato temos alguma força em nós, nossos instintos e nos faz querer viver o amor. Estou relendo, esse é daqueles livros que recomendo mas não empresto.
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Carol Miloski 21/08/2020

romance e aventura = combinação perfeita
esse foi o primeiro livro que eu li da autora, e eu amei demais, o trio principal tão bem construido, sua história é muito cativante e acolhedora, o casal principal é tão fofo!, ja li a trilogia toda e adorei todos! vale muito a pena
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Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 09/10/2020

Este ainda não é um livro de amor que me conquistaria
Bruxa da Noite – Nora Roberts – Resenha Por Eric Silva para o blog conhecer tudo
05 de abril de 2020
“O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas”.
(João Guimarães Rosa)
Meu primeiro contato com a obra da cultuada Nora Roberts, Bruxa da Noite é uma narrativa que reúne história, magia, romance e a luta do bem conta o mal em um único enredo. Em alguns momentos empolgante e, em outros, maçante este é um livro que valeu a pena ler para conhecer a autora, mas que não mudou meu sentimento de antipatia em relação ao gênero romance de amor.

Sinopse do enredo
County Mayo, Irlanda.
Sorcha, a Bruxa da Noite, como era conhecida na região, sente-se cada vez mais debilitada após o aborto espontâneo de sua quarta criança. Sozinha com os três filhos (Brannaugh, Eamon e Teagan) enquanto o marido estava ausente em batalha, ela sente que a energia maléfica do bruxo Cabhan está cada vez maior, assim como o desejo dele de apossar-se dela e de seu poder. Ela e sua família estão em risco.

Para defender seus filhos contra os ataques de Cabhan e destruí-lo, Sorcha faz o mais extremo dos sacrifícios. Transfere para os filhos o seu poder, escolhendo para cada um deles um animal como guia (o cão, o falcão e o cavalo) e num ato suicida usa o pouco de poder que lhe resta para enganar e destruir seu inimigo. Contudo, Cabhan não está morto e de algum modo sua existência sombria vai, ao longo dos séculos, atormentando a descendência da grande bruxa, restando aos que herdaram o sangue de Sorcha terminar o que ela havia começado muito tempo antes.

Muitos séculos depois a extensa linhagem dos três filhos da Bruxa da Noite ainda sobrevive, dotados de poder e marcados pela maldição. Cabhan é ainda uma ameaça presente e poderosa da qual os irmãos Branna e Connor O’Dwyer tiveram que aprender a se defender ainda muito crianças. Descendentes dos três irmãos, ela é a bruxa guiada pelo cão e ele o bruxo guiado pelo falcão, mas para que o círculo fique completo, falta o terceiro, aquela que é guiada pelo cavalo, a descendente de Teagan.

Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, Iona Sheehan cresceu ansiando por amor e aceitação. Com pais indiferentes, o porto seguro da menina foi sua avó materna, irlandesa, com quem aprendeu as lendas antigas da grande bruxa e através de quem Iona ficou sabendo onde encontrar suas raízes: County Mayo. Ali Iona poderia entender quem é, compreender a dimensão dos seus poderes e encontraria um lar e o seu destino determinado muitos séculos antes de nascer.

Após vender o pouco que possuía, Iona faz as malas e deixa tudo para trás, com nada além de instruções de sua avó, muito otimismo, e um talento nato com cavalos. Abandona para sempre a vida infeliz que vivia para buscar as respostas para suas dúvidas naquela terra antiga, repleta de florestas exuberantes, ruínas, e velhas lendas.

Ali onde tinha origem o sangue e a magia de sua família, Iona encontra seus primos, Branna e Connor e é convidada a viver com eles em sua casa onde eles ensinariam tudo o que era necessário à jovem bruxa. É também com ajuda deles que a moça consegue um emprego nos estábulos locais e conhece Boyle McGrath, o proprietário. Boyle é um homem ousado, rústico e rude, mas capaz de mexer com os mais íntimos desejos de Iona.

Junto de seus primos, de Boyle e dos amigos que consegue fazer, logo a moça percebe que naquele lugar ela pode construir um lar para si e viver a sua vida como sonhava. Mas isso também significava enfrentar os assédios e os ataques do mal antigo que atormenta sua família e reunir forças para derrotá-lo de uma vez por todas.

Resenha

Não costumo ler livros do estilo que Nora Roberts escreve, apesar de ter resenhado dois em toda a história do blog até então. Isso significa que Bruxa da Noite, mais pela sua temática próxima do estilo fantasy, é meu primeiro contato com a obra da autora.

Para ser realmente sincero, escolhi este livro por acaso (na base do sorteio). Sou bibliomaníaco e tenho muitos livros digitais (e quando digo muitos é porque são muitos mesmo) e com frequência sorteio ao acaso um deles para ler. Trata-se de uma maneira meio hardcore de fugir da minha lista de leitura, mas é também uma forma de ler algo não planejado. Foi assim inclusive que nasceu a Campanha Anual de Literatura de 2016, quando ao acaso decidi ler A Sombra do Vento, livro do espanhol Ruiz Carlos Zafón.

O problema disso é que quase sempre leio ou algo que não pretendia mesmo ler, ou algum gênero literário do qual não gosto. Foi o caso dessa vez, já que apesar de ser um romance paranormal, é também classificado nos gêneros de romance contemporâneo e de romance de amor.

Primeiro livro da trilogia Primos O'Dwyer, Bruxa da Noite faz parte de um gênero literário que não perco tempo lendo: o romance de amor. Em primeiro lugar, porque não sou do tipo romântico e que acredita nestas paixões avassaladores comuns nos livros de romance de amor, segundo, porque detesto livros que ocupam páginas ou até um capítulo inteiro descrevendo minuciosamente o coito selvagem de um casal. Confesso que tenho particular horror a romances de banca tipo Julia, Sabrina e Bianca.

É preciso uma escrita empolgante, um senso estético fabuloso, uma temática fora do padrão, um bom enredo e um escritor de renome para me convencer a ir além da página 12, ou então, a OBRIGATORIEDADE INESCAPÁVEL de ler algo de que não gosto. Nora Roberts tem a escrita, a temática, o senso e o renome necessário, por isso não abandonei Bruxa da Noite logo de cara.

Passagens míticas

Roberts começa seu livro contando os últimos dias de vida de Sorcha e de como começou a maldição que persegue sua família ao longo dos séculos. Com o talento de uma escritora experimentada, de cara ela nos introduz naquela atmosfera bucólica da vida na Irlanda antiga e reconstrói o caráter meio mágico, meio sombrio de suas florestas milenares.
Não sei se fui influenciado pelo meu espirito geográfico que ama conhecer lugares diferentes, mas as descrições de Nora e minha imaginação tornavam quase palpável as imagens que ela descrevia, cenários e pessoas. Além disso, logo a autora faz você entrar numa atmosfera de livros de magia e bruxaria, passados em um tempo remoto e ancestral. Um bom começo posso dizer, mas ora e meia esse clima eram estragados pelos toques sensuais exagerados dado às sensações que Sorcha sentia quando na presença intimidadora de Cabhan.
“Sorcha sentia a luxúria dele como mãos suadas em sua pele”.
“Ela os sentiu como mãos ousadas em sua pele”.

Essas passagens que ora e meia explodiam no texto acabavam por me fazer recordar de que estava lendo um tipo de romance no qual essa pegada mais sexual é muito comum, e meio que destruíam o clima anterior. Mas as passagens míticas provocaram minha apreciação pelo gênero fantasy de um jeito que não me recordo ter sentido há muito tempo.

Há uma passagem do livro, em particular que mexeu muito comigo. Trata-se de quando Iona visita com Boyle as ruinas de Ross Errilly. Ross Errilly é um monastério franciscano medieval destruído após os britânicos terem expulsado os monges e, algum tempo depois, os seguidores de Oliver Cromwell terem saqueado e queimado o que restou. Nesse lugar que Nora Roberts descreve como “saído de um filme antigo em que criaturas tramavam escondidas no escuro”, Iona tem uma visão do passado intensa e arrepiante.

A forma como Robert descreve a visão em meio as ruinas foi simplesmente poderosa. Iona percorre as velhas ruínas enquanto fala com Boyle e, ao mesmo tempo, vê-se numa vida passada na qual viveu por um curto período de tempo naquele lugar, entre os monges que a abrigaram com sua neta. Mas mais do que isso, ela reexperiencia quando febril, em seu leito de morte, se viu obrigada a passar seu poder e sua maldição à menina, para impedir que Cabhan conseguisse o que desejava.

Há muito tempo não sentia uma descrição literária com tanta intensidade, mas acho que não foi só a escrita desse trecho do livro que mexeu comigo, mas um conjunto de leitura e música.

Tenho costume de ler e escrever ouvindo música. Composições de Ludovico Einaudi, de Brian Crain, de Yann Tiersen, e, mais recentemente, de Abel Korzeniowski. Enquanto lia a passagem da visão de Iona, meu computador tocava Moonlit Shore, uma música melancólica de Brian Crain tocada ao piano, e antes dela, ouvi arrepiado a hipnotizante e até mítica composição de Ludovico Einaudi, The Tower. Só sei que ambas as composições, e sobretudo a de Einaudi, junto com a passagem da visão de Iona no livro criaram em meu quarto uma atmosfera intensa e que me tirou do ar.

Mas o que parece bom, nem sempre o é o tempo todo
Depois da morte de Sorcha, Bruxa da Noite dá um pulo no tempo e avança para os dias atuais nos quais conhecemos Iona e seus primos. É a partir daqui que o livro mostra de forma marcante a sua personalidade de romance de amor e a narrativa mítica perde força e se torna meio cansativa, repetitiva e arrastada.

A verdade é que Nora Roberts deixa a proposta inicial – a luta entre luz e escuridão – seguir um ritmo de desenvolvimento muito lento porque sua intenção era não esgotar uma narrativa que, na realidade, é bastante limitada. Deste modo a autora teria assunto para três livros nos quais o foco real é desenvolver a vida amorosa dos três protagonistas: Iona, Connor e Branna, nesta ordem. Destruir Cabhan é pôr fim prematuramente à saga.

Por essas razões, Bruxa da Noite tem maior foco no desenvolvimento pessoal e amoroso de Iona, destacando as mudanças sofridas em sua rotina ao chegar na Irlanda, seu crescimento em quanto bruxa e, principalmente, a evolução de seu relacionamento com seu cawboy ranzinza, problemático e cheio de frescuras. Cheguei inclusive a pular dois capítulos inteiros os quais a autora dedicou-se quase que exclusivamente a descrever (com por menores) as transas do casal.

Os momentos paranormais da narrativa passam a ser triviais e as constantes e inesperadas aparições de Cabhan vão seguindo uma formula repetitiva que tira pouco a pouco a mágica, o brilhantismo e alguma originalidade que a narrativa poderia ter. Com isso meu encanto inicial pela escrita de Nora também vai perdendo seu brilho e termina de morrer nos últimos capítulos quando, caminhando para o desfecho da narrativa, Nora Roberts perde completamente a mão para os elementos sobrenaturais e transforma o final do livro em uma luta confusa, sem resultados e sem emoção alguma.

Os personagens

No que tange a construção dos personagens e ao desenho psicológico dos mesmos, Nora Roberts se mostra uma escritora competente na criação de personagens com características bem diversas que as marcam e definem completamente.

Iona é uma moça bonita, ativa e impetuosa, mas sobretudo otimista. Mesmo tendo vivido com seus pais uma vida de pouco afeto e de pouco amor, ela é uma garota que sempre está em busca de amar e de ser amada. Iona também tem seus medos e seus momentos de dúvida e fraqueza, mas com esforço e vontade de progredir ela vai pouco a pouco conquistando seu espaço, tanto em Mayo como na vida de todos os outros personagens, tornando-se necessária e quista.

Connor é tranquilo, otimista e conciliador. Sempre muito bem-humorado, mas mostrando-se sério quando necessário, é ele que costuma desarmar os personagens em momentos de atrito, forçando o grupo a atingir um ponto de equilíbrio e trabalhar juntos contra as investidas de Cabhan.

Branna, por sua vez, é a mais realista e desconfiada. Quase sempre acorda com um humor acre, mas está sempre disposta a ouvir, aconselhar e alimentar quem precisa dela. Com um instinto matriarcal pronunciado, ela é a mais preocupada de todos, sendo bastante severa e exigente com o treinamento de Iona para que essa seja capaz de se defender e colaborar com os primos na luta contra o bruxo sombrio.

Quanto a Boyle, este é um homem explosivo que exige demais de si e também dos demais. Um homem acostumado a ser líder e ter iniciativa, mas que teme mais do que tudo se tornar refém de seus próprios sentimentos, com os quais tem uma dificuldade enorme de lidar. Iona entra na sua vida para virá-la de cabeça pra baixo e pouco a pouco desarmar todas as suas defesas.

Por fim, outros personagens se destacam também como importantes na trama e de personalidades bem demarcadas.

O primeiro é o misterioso e calmo Fin (Finbar Burke), sócio de Boyle e descendente de Cabhan. Fin é apaixonado por Branna, mas é constantemente evitado e afastado por ela, que desconfia do rapaz por conta da marca de sua descendência. Ele é junto com Boyle um dos melhores amigos de Connor.

A outra é Meara, uma amazona e professora de equitação, funcionária dos estábulos e melhor amiga de Branna. Meara é sarcástica, mas muito bem-humorada. Muito sincera, a moça não tem papas na língua e está sempre dizendo o que lhe vem na cabeça.

Por fim, Cabhan é muito pouco caracterizado na trama. Quase nada é revelado sobre seu passado e quem de fato era. Só um pouco de suas ações é descrito e, na verdade, ele próprio aprece muito de repente logo no começo da história.
[...]
– Se tivéssemos, papai lutaria contra eles. E eu também. – Ela olhou para sua mãe. – Dervia, do castelo, me disse que Cabhan foi banido.
– Você já sabia disso.
– Sim, mas ela disse que ele volta e se deita com mulheres. Sussurra em seus ouvidos e elas acham que é seu legítimo marido. Mas de manhã, descobrem. Choram. Ela disse que você deu às mulheres amuletos para mantê-lo longe, mas... ele seduziu uma das criadas da cozinha, no pântano. Ninguém consegue encontrá-la.
Sorcha sabia disso, e sabia também que a criada nunca seria encontrada.
– Ele brinca com elas e abate os fracos para se alimentar. Seu poder é negro e frio. A luz e o fogo sempre o derrotarão.
[...]
Na maioria das vezes Cabhan aparece como um lobo negro e feroz portando um colar com uma pedra de brilho vermelho, fonte de seu poder, e que sempre está atacando Iona, supostamente o elo mais fraco dos três bruxos da noite. Mas quando aparece em sua forma humana, ele se demonstra um homem sórdido e de grande luxuria, mas igualmente sedento por poder e destruição.

Concluindo...

Nora escreve bem e de forma fluida. As descrições são boas e não chegam a ser cansativas, exceto quando a autora resolve perder um ou meio capítulo narrando as “excussões” sexuais dos personagens principais.

Passagens como da visão de Iona em Ross Errilly, são carregadas de força e impressionam. Contudo, um problema sério de sua escrita é sua pouca preocupação em demarcar nos diálogos a quem pertence cada fala. Em muitos momentos ela apenas sugere a quem pertence a fala através de pistas dadas pelo próprio diálogo, e, em outras passagens, sobretudo nos diálogos entre duas pessoas, é a ordem das falas na sequencia o único elemento para diferenciar quem fala e quem ouve em cada momento do discurso. Fora isso, não há o que reclamar da sua escrita.

Além disso, os cenários escolhidos são fabulosos e míticos. Florestas tão sombrias quanto encantadoras e que mesclam beleza, misticismo e escuridão. Ruinas, castelos e construções antigas que despontam numa paisagem bucólica, rural e pontilhada de pequenas vilas com suas casas simples, mimosas e campestres.

Bruxa da Noite é um livro que muitas vezes lhe prende e em outras é apenas uma leitura fácil e prazerosa. Sua ideia não é original, mas em muitos momentos é bem executada. O narrador é bastante impessoal e isso não agrega grande coisa a narrativa também.
Deixar para depois a conclusão da batalha dos primos O'Dwyer contra Cabhan foi uma boa saída para transformar uma história que daria no máximo dois livros, contudo a dispersão enfraqueceu o primeiro livro. Diria que o livro de Nora é, pela soma dos pontos fortes e fracos, um livro mediano.

Não sei se seguirei lendo a série. Não é um hábito meu ler continuações, principalmente porque tenho muita coisa boa ainda esperando para ser lida. Algo que achei interessante e único neste livro foi o fato de que, no final, ele tem um capitulo extra, na verdade, o primeiro capitulo de Feitiço da Sombra segundo livro da sequência. Uma estratégia muito interessante para atiçar a vontade de continuar a série. Contudo, imagino que o foco dos livros posteriores seja o mesmo de Bruxa da Noite, e isso não me estimula.

Não sei, mas acho que eu gostaria mais de Bruxa da Noite se ele se passasse na Irlanda medieval do que no nosso mundo moderno. Os primeiros capítulos são, sem dúvida, os de melhor qualidade. Além disso, a parte romântica também seria possível no contexto de uma narrativa histórica. Fazer passar tantas gerações para que o embate final acontecesse fez, na minha modesta opinião, com que esse primeiro livro perdesse parte de seu misticismo e encantamento. Ainda mais que todos levam muito bem o fato de Bannar, Connor, Iona e Fin serem bruxos, quase como se fosse natural ter um amigo de infância feiticeiro. Muito inverossímil no meu ponto de vista.

Um Bruxa da Noite passado na idade média irlandesa seria mais empolgante e poderoso, quem sabe, até cinematográfico.

A edição lida é digital, da Editora Arqueiro, do ano de 2015 e possui 320 páginas em sua versão impressa.


site: https://conhecertudoemais.blogspot.com/2020/06/bruxa-da-noite-nora-roberts-resenha.html
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Monie 03/04/2020

Uma leitura fascinante! Envolvente e misteriosa, com muita magia e beleza e o incrível relacionamento com os animais!
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Aimée 22/01/2021

Primos O’Dwyer #1 Bruxa da Noite - Nora Roberts

“— Ela lhe contou o que você é? – perguntou Branna.
— Ela disse... – Iona deu um longo suspiro. – Ela disse que eu sou a Bruxa da Noite. Mas você...
— Há três. Três é magia forte. Somos três. Você, eu e Connor. Mas cada um tem que aceitar a totalidade, a si próprio e o legado. Você aceita?”



Amo histórias de bruxas, sejam elas boas ou más, e o cenário construído pela autora contribuiu com o meu interesse pelo livro. Esse não foi o primeiro contato que tive com a Nora Roberts, e acabei achando muito parecido com A Sina dos Sete.
O livro trata muito de auto confiança e família. A protagonista ao mesmo tempo que é infantil também é madura. Gostei dos outros personagens, cada um com sua personalidade e bagagem.
Um ponto positivo tanto nesse livro quanto na trilogia A Sina dos Sete, os personagens tem atração um pelo outro e não fazem disso uma grande novela mexicana, tem seus obstáculos, mas a autora procura desenvolver melhor o conflito principal. Em contrapartida as sequencias de ação não são elaboradas.
Até gosto da escrita da escritora, mas o começo da história foi muito arrastado, me vi empacando pelo menos três vezes. Pra ser bem sincera, a introdução foi muito longa e quando vi que o segundo livro também volta no passado me deu até preguiça.
Pra quem gosta de fantasia com romance, com maior foco no casal do que na magia esse livro é uma boa indicação.
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