selvia.ribeiro 08/11/2016
Amor e casamento
Duas jovens se conhecem num convento e por lá criam uma amizade. Quando saem de lá o contato se mantém através de cartas trocadas. E é através de cartas que toda a novela é construída. Fora do convento Luisa decide encontrar o amor e casar, Renata prefere um casamento por conveniência sem amor.
De certa forma ler uma história através de cartas nos dá a sensação de invasão de privacidade, parece muito íntimo. Talvez tenha sido esse o maior objetivo de Balzac ao decidir por essa forma.
Luisa é romântica, quer amor pra sua vida e decide se casar somente por amor, Renata apenas quer conforto é pragmática e esta conformada em apenas receber e dar amor através de filhos que o casamento pode lhe dar.
Em alguns momentos da leitura me irritei bastante com as personagens (Luisa às vezes fútil e romântica demais, Renata com excesso de pragmatismo) gostei bastante dessa novela.
M
A leitura também me surpreendeu bastante. Apesar de ficar esperando o tempo todo alguma coisa modificar na história Balzac se mantém na dualidade da visão do cansamento até o fim.
Temos dois casamentos diferentes, será que para um casamento ser bem sucedido não pode haver amor? A felicidade na vida tanto pessoal quanto a conjugal está interligada ao amor? Será que existe felicidade no casamento sendo ele por amor ou conveniência?
Essa é minha terceira novela na missão da Comédia Humana. Ainda estou engatinhando, mas aprendendo a gostar do estilo do autor. A próxima novela será A Bolsa. Em breve estarei aqui para contar sobre minhas impressões.
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