A Ilha de Bowen

A Ilha de Bowen César Mallorquí




Resenhas - A Ilha de Bowen


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Teenbookread 17/10/2021

A ilha de Bowen
Confesso que foi muito difícil para mim começar a escrever alguma coisa sobre este livro, o medo de escrever algo que ficasse ruim ou não que não ficasse do jeito que eu gostaria eu sempre sinto, mas é sempre pior quando se trata das coisas que a gente mais gosta, a gente sempre quer passar uma boa impressão e mostrar o quanto aquilo é bom.

Sempre gostei de ficção científica mas é difícil achar algo bom que te prenda durante a leitura, esse gênero literário é formado por muitos detalhes, dados científicos, informações sobre geologia, biologia, sociologia, filosofia e todas as "logias" mais que você pode imaginar, isso, muitas vezes, pode tornar a leitura maçante e até mesmo chata, por isso é difícil achar um livro de ficção cientifica que faça com que a leitura seja fluida e divertida.

Sempre fui fascinada pelas histórias de Júlio Verne, por ele ser considerado o criador desse gênero literário em questão é de se esperar que a leitura dos seus livros seja difícil, por conta de vários fatores, mas não é, pelo menos para mim não foi, é claro que você não irá entender todos os termos científicos citados durante a história mas muitas vezes o contexto se torna autoexplicativo, não sendo necessário, muitas das vezes, saber exatamente o que cada termo quer dizer. Por as histórias de Júlio Verne serem divertidas, de fácil leitura e estimulantes eu o considero um dos meus autores preferidos.

No livro "A ilha de Bowen" nós temos todos os elementos citados anteriormente juntos de um modo incrivelmente bom, o livro conta com muitas referencias de livros, autores e personalidades famosas o que é torna a leitura um pouco mais fácil e intrigante, e além de tudo é o livro com mais referencias as obras e ao próprio Júlio Verne que eu já vi, o que facilitou ainda mais a classificação dele para os "Meus livros preferidos".

Nessa história é possível encontrar de tudo um pouco, temos um personagem extremamente machista e em contrapartida uma personagem feminista, mistérios a serem desvendados, traições e um inimigo sempre no encalço dos personagens, romance e é claro ciência e ficção.

Os personagens são sempre muito inteligentes e lógicos, o que dificulta a nossa percepção de que a história se trata de ficção, o que para mim é uma coisa muito boa.

Durante a história o leitor irá ficar com raiva, extasiado, intrigado, agoniado, impaciente e muito mais.

Por isso, se você é uma pessoa que gosta de tudo isso eu super recomendo a leitura de "A ilha de Bowen".
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Helena Dias 21/01/2016

Uma leitura fascinante!
Olha, como foi difícil começar a resenha desse livro, viu?!

1920. Tudo começa quando Jeremiah Perkins é assassinado em um pequeno porto norueguês algum tempo depois de enviar um misterioso pacote para a Lady Elisabeth Faraday. Porém, não é bem assim que a história surge. Na verdade, tudo teve início quando estranhas relíquias são encontradas em uma cripta medieval bem antiga. E por esse motivo que o professor Ulisses Zarco parte em uma aventura cheia de perigos, na companhia de algumas pessoas, para enfrentar o mistério que envolvia a Ilha de Bowen.

Recebi esse livro através do Book Tour, organizado pelo Italo Teixeira, do blog Eu li, e você?. Quando o livro chegou, não me lembrava da sinopse e preferi deixar assim ao invés de reler. E isso foi ótimo, pois cada parte se tornou uma surpresa pra mim. A história, cheia de aventuras, intrigas e surpresas, me agradou bastante. Sem falar nos momentos de tensão e as reviravoltas, que conseguem te deixar apreensivo e ansioso para saber o desfecho daquilo.

A escrita de César é simplesmente maravilhosa. Um tanto rebuscada, ele consegue ligar diversos momentos aos personagens de uma forma coerente e sem pontos soltos, fazendo com que cada um tenha a sua devida importância dentro da trama. A sua forma de escrever é capaz de fazer o leitor viajar por diversos assuntos, desde UFO até Atlântida, a cidade submersa. É bem evidente a grande quantidade de pesquisa envolvida dentro desse livro. E posso dizer com certeza que o autor foi bem detalhista e preocupado com esses aspectos. Gosto quando percebo essa dedicação do autor porque mostra que ele se importa, entendem?!

Leia completa: http://www.cafecomlivroo.com/2016/01/a-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui.html
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Debyh 09/01/2016

me surpreendi
Me surpreendi ao encontrar tanta coisa boa, temos desde viagens marítimas, aventuras, mistérios, romance, chegando mesmo a possuir elementos Steampunk.
Certos personagens me surpreenderam por se mostrar serem mais do que aparentavam, eram complexos e possuíam motivos para suas ações. Gostei da história ser bem amarrada do começo ao fim. E lógico de toda aventura que me proporcionou!

(resenha completa no link)

site: http://euinsisto.com.br/a-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui/
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Crys 11/12/2015

Começou mal, mas a ilha de bowen é surpreendente
No início, achei chato, puxado, com informação demais. Até a página 140 tava arrastado. Depois que os personagens chegam de fato a sua expedição, os acontecimentos e mistérios nos envolvem e não tem como parar de ler!
Alguns aspectos eu sabia que iam acontecer e outros foram realmente muito criativos.
É uma mistura de história, magia e alienígenas! Muito legal!
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Camila(Aetria) 13/11/2015

Ilha de Bowen
Me recomendaram esse livro pelo estoque infinito de aventura e aquela vibe gostosa de ficção? E bem. Que livro mais delicinha
O Mallorquí conseguiu trazer todas as referências de livros de aventura que pôde em A Ilha de Bowen, desde O Mundo Perdido do Conan Doyle, até os livros de Júlio Verne, mitos de Atlântida, aliens, vilões mega vilanescos e uma boa dose de mulheres cheias de personalidade (essa parte uma das mais interessantes, as personagens femininas desse livro são todas de muita personalidade e não ficam esperando ser salvas por ninguém hehe).

É um livro longo que vai te cativando página a página, e no final você quer ficar acompanhando as expedições deles o resto da vida (eu honestamente queria muitas aventuras com a equipe, inclusive as do passado haha). Um dado interessante também é que tudo começa em Madri (talvez pelo autor ser espanhol, né), o que fornece um campo diferente para um início de história. Geralmente ficamos com as clichês Londres ou Nova York e redondezas desses 2 países.

Outro aspecto que enriqueceu muito o livro foi a descrição detalhada dos equipamentos fotográficos, roupas, armas e navios da época (1920). Por vezes sua imaginação já fica datada juntando características de filmes e esquece que a moda e objetos mudaram muito nesse início de século. E esquecemos que justamente nessa época ainda era travada a batalha das sufragistas, pelo voto feminino :)

site: http://www.castelodecartas.com.br/?p=3394
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RUDY 12/11/2015

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR
Começo logo dizendo que não é à toa que o escritor ganhou vários prêmios com esse livro: PRÊMIOS | SELEÇÔES:Prêmio Cervantes Chico 2015 | Espanha;

Prêmio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil 2013 | Espanha;Prêmio Edebé de Literatura Juvenil 2012 | Edebé – Espanha; Nomeado ao Celsius Award | Espanha.O livro é bom demais!!



Embarquei de cabeça no navio Saint Michel e acompanhei cada passo de toda trajetória para se chegar a Ilha de Bowen e descobrir o paradeiro de Foggart e do navio Brittania.



O que posso dizer? Para quem como eu gosta de uma boa ficção, elaborada, bem explicada e carregada de aventuras inimagináveis, vai adorar!



Para quem como eu gosta de mapas, história, citações de outros personagens da história como Arthur Conan Doyle, Júlio Verne e outros... vai amar!



Para quem como eu gosta de mistério, extraterrestres, personagens bem escritas e elaboradas, diálogos construtivos, humor sarcástico, raciocínio lógico,química e outros tantos outros assuntos que são abordados no livro, inclusive jogo de xadrez, vai se regozijar com a leitura.



O que mais posso dizer? É que é um livro muito bem escrito, carregado de aventura e conhecimento, envolvente, que nos transporta à lugares desconhecidos e terras jamais vistas. E tudo acompanhado por mapas que dá um quê de conhecimento.



O que mais posso dizer? Leiam!!! O livro vale muito a pena, foi um dos melhores no gênero que li esse ano.




site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2015/11/resenha-60-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui.html
Michelle 31/05/2022minha estante
vou recomendar aos amigos que curtem o genero


Angela Cunha 08/09/2023minha estante
Uma indicação que já vou levar com certeza!!!!
Beijo




Fernanda 17/10/2015

Resenha: A ilha de Bowen
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/10/resenha-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui.html
gabigodoy 17/10/2015minha estante
qual o blog?


Fernanda 19/10/2015minha estante
http://www.segredosemlivros.com/2015/10/resenha-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui.html




Batata 06/10/2015

O Enigma da Cripta
Bowen foi um missionário da era medieval, que alegava ter ido ao inferno e voltado, mas mesmo naquela época ninguém acreditava nele. Raras eram as informações que envolviam esse missionário, e apenas um escrito fazia referência a ele. Quando John Foggart já na década de 20, se depara com a cripta deste monge, encontra uma relíquia, um metal em uma forma nunca antes vista, impossível de se conseguir com a tecnologia daquela época. A partir deste fato, muitas outras descobertas estão por vir.

Eis que John Foggart desaparece misteriosamente, embora tenha deixado algumas pistas para que sua mulher o encontre. Então, Lisa busca a ajuda do renomado professor Zarco, que curioso com o metal, parte em busca do marido dela. Depois de muita discussão, Zarco permite que Lisa viaje com a expedição a fim de encontrar John. Zarco tem personalidade forte, é um machista assumido, odeia as mulheres, é grosso com todos a sua frente, um completo ogro. Embora Lisa também tenha personalidade forte, é feminista sufragista, ríspida e extremamente sincera. Quando essas duas personalidades em antítese se atritam, sai faísca.

Na expedição, também vai Samuel Durango, um fotógrafo recém contratado pela firma que Zarco comanda. Para essa função, é necessária muito coragem, visto que enfrentariam diversos perigos pelas expedições em que o professor pesquisa. Vai também um químico, responsável por testar as amostras que coletassem durante a empreitada. Este, nunca havia saído de seu laboratório.

No navio, também viaja Katherine, a filha de Lisa, uma menina encantada com a vida e as estrelas. Independente assim como a mãe, que sabe se defender. Aos 20 anos, Kathy ainda é uma menina mimada, mas com jeitos de mulher.

O livro começa com o assassinato de um marinheiro e o desaparecimento de John Foggart. E uma peça de titânio fundida, impossível de conseguir naquela época pode ser a chave para o mistério (quando na verdade é apenas o estopim). Paralelo a busca, há um magnata que persegue os tripulantes a fim de encontrar um grande tesouro.

Geralmente eu não abro parênteses em resenhas, mas na deste livro será necessário, prometo ser absolutamente sincera.

Durante a viagem, Kathy não passa de uma menininhas assutada. Ela se revela uma mulher insegura, totalmente sem noção. (isso me irritou muito).

Os personagens foram muito bem construídos, todos tiveram um papel crucial nesta aventura. Era inserido um detalhe em meio a narrativa que faria sentido ao longo da trama, porém, totalmente encaixado no contexto. Cesar Mallorqui foi perfeito nesse quesito. Tudo que foi dito era importante, ele não deixou nada despercebido.

Além do capitão Verne, há várias referências aos livros do famoso francês. Este livro foi sim inspirado nas aventuras de Julio Verne, ao início do livro tem uma citação dele, e logo de cara eu já percebi o que viria pela frente, apesar de nunca ter lido Verne. Só não imaginava que seria uma aventura de tirar o fôlego como essa, eu me surpreendi muito e me deu mais vontade de ler ainda. Verne é meu autor preferido que nunca li.

No meio do livro, Kathy investe em Durango, o que eu achei totalmente sem noção da parte dela. Não que ela esteja errada em ser ativa, mas o jeito que ela o fez no livro foi sem sentido. Achei estranho o fato de dizerem que se amam sem nem se conhecer. Foi muito forçado, mas soube que Sam faria qualquer coisa para protegê-la.

Me decepcionei com o final, esperava tudo menos aquilo. Apesar de ser a única explicação plausível para o mistério, achei ruim. A diagramação está sensacional, os mapas colocados ficaram lindos. Infelizmente não pude falar muito da história, com receio de influenciar na leitura de vocês. Espero que leiam esse livro fantástico, ele é maravilhoso, recomendo muito ele!

Gostaria de parabenizar a Editora Biruta por dar valor a tradutora, no Brasil é raro vermos menção aos tradutores nos livros estrangeiros.

Leia a resenha na íntegra com fotos do livro e citações.

site: http://ocasulodasletras.blogspot.com.br/2015/10/resenha-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui.html
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Lila 06/09/2015

Leiam a Ilha de Bowen!!!
A cada página que eu avançava, á cada capítulo que eu lia, eu tinha vontade de abrir a janela e berrar: LEIAM A ILHA DE BOWEN!!! É MUITO DEMAIS ESSE LIVRO!!!!!
Depois de ter terminado o livro, eu tinha que me segurar para não sair gritando isso na rua. Então sim, eu amei. E, se você gosta de Julio Verne, vai ter que se segurar para não sair gritando também. Porque esse livro é um monumento de papel em homenagem á Julio Verne, com certeza. O livro não só conta com os próprios personagens do Julio fazendo uma apariçãozinha aqui e ali em citações, mas tem uma cena que se passa no clube em que Phileas Fog fez a famosa aposta de dar a volta ao mundo em oitenta dias, e Nemo ainda por cima é muito importante para a trama. Além disso, temos mais outras homenagens (o sobrenome do capitão é Verne!) e outros personagens que nos lembram, de relance, os personagens do autor que praticamente fundou a ficção científica.
No entanto, o livro tem as suas diferenças entre os originais de Julio Verne, mas elas não foram mal vistas por mim, muito pelo contrário: já estava na hora de termos personagens femininas mais ativas e que pudessem ajudar na aventura, pois, apesar de Julio ter sim algumas personagens femininas (apesar de escassas) elas sempre foram de personalidade meio fraca, e mesmo que fizessem parte do grupo de personagens principais (como Olga, em A Volta ao Mundo em 80 Dias) elas não ajudavam muito, ás vezes atrapalhavam um pouco por terem que ser resgatadas de tribos canibais ou algo do gênero. E isso muda completamente, em A Ilha de Bowen. Francamente, achei Katherine meio chata, mas Elizabeth é simplesmente fascinante. E além disso, é claro que a linguagem dos tempos de Verne para o nosso iriam mudar, de forma que A Ilha de Bowen, apesar de se passar no mesmo período em que quase todas as histórias de Julio Verne, parece mais dinâmica e fácil de ler do que os livros com textos integrais de Julio Verne. O melhor de tudo, porém são as notas de rodapé!!! Acreditem, é outra experiência você ler um Julio Verne com notas de rodapé, explicando medidas, expressões da época, objetos que não existem mais... E não podia ser o mesmo com a Ilha de Bowen. O livro tem bem menos notas de rodapé que uma edição de Verne teria, na minha opinião, mas o fato do livro tê-las, explicando as coisas do século XIX... Eu amei. DEMAIS. O livro ganhou dois prêmios, o Prêmio Edebé de literatura juvenil de 2012 e o Prêmio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil 2013- Espanha. Acho que os títulos foram mais do que bem merecidos e que o livro bem que poderia merecer mais alguns. Francamente, acho um tanto difícil aparecer alguém falando mal do livro.
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Natalia 26/07/2015

A ilha de Bowen
“A ilha de Bowen” a cada capítulo eu sentia vontade de tirar um dia inteiro só pra poder saber logo como vai terminar, de tão bom que é.
É um livro repleto de mistérios que aos poucos vão sendo explicados.
Logo no começo do livro ocorre o assassinato de Jeremiah Perkins, um tripulante do navio Britannia que foi assassinado por ter recebido um pacote com um conteúdo desconhecido que ele enviou para a Inglaterra.
Samuel Durango é um fotografo que havia se mudado a pouco tempo para Madrid e resolve procurar um emprego, até que vê no jornal uma vaga para uma instituição cientifica chamada SIGMA, onde as exigências eram: ter frieza e coragem ante ao perigo.

Samuel resolve enviar o currículo e é chamado para uma entrevista com o professor Zarco, um homem grosso, machista e absurdamente autoritário, quase um louco. Samuel consegue o emprego.
Quando Samuel é contratado já havia uma expedição agendada para a Venezuela, onde eles iriam explorar os tepuis da Grande Savana, porém, logo surge um imprevisto, quando duas mulheres, Elizabeth e sua filha Katherine, procuram o SIGMA parar conversarem com o professor sobre John Foggart marido de Elizabeth e pai de Katherine.
Foggart é um arqueólogo que encontrou uma cripta com o sepulcro de São Bowen e lá também encontrou alguns fragmentos de metais e resolveu sair em uma expedição, porém, não informou sua esposa qual seria o destino, só a disse que se caso acontecesse alguma coisa era para ela procurar o professor Zarco.
Então, Zarco e sua equipe partem rumo a cripta de São Bowen a bordo do barco Saint Michel.
E aí a história começa a se desenrolar de forma fantástica e intrigante, prendendo nossa atenção o tempo todo e repleta de acontecimentos estranhos e ótimos diálogos, principalmente por causa do mau humor do professor Zarco.
Se você está em busca de um livro excelente, que prenda a sua atenção e que faça você querer devorar a história, acabou de encontrar e depois você nem vai perceber que leu mais de 500 páginas.
Minha experiência com “A ilha de Bowen” foi super positiva e inesperada e me fez ter certeza de que o livro mereceu os prêmios internacionais que recebeu .


site: http://natalia.blog.br/2015/06/08/resenha-a-ilha-de-bowen/
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SahRosa 25/05/2015

Resenha exclusiva do blog Da Imaginação à Escrita
Posso estar sendo repetitiva, mas é mesmo um desafio falar de uma leitura que me surpreendeu de todas as formas possíveis. A Ilha de Bowen é um livro recheado de aventuras, mistérios, ficção científica e até um pouquinho de steampunk, ou como uma amiga escritora de César Mallorquí disse: dieselpunk. Trazendo inúmeras referências literárias, como Júlio Verne e Arthur Conan, A Ilha de Bowen é uma aventura inesquecível, marcante e surpreendente do início ao fim.

Com o desaparecimento do marido, Lady Elisabeth vai pedir ajuda ao excêntrico professor Zarco, este é o último recurso que ela pode utilizar e de acordo com os conselhos de seu marido, no caso de ele não dar notícias por muito tempo, Elisabeth precisa convencer Zarco a ir procura-lo. Estranhando o pedido de Lisa, e ainda mais por ele e John não serem tão próximos assim a ponto de ter que preparar uma expedição para procura-lo, Zarco estranha, mesmo tendo negado o pedido, Lady Elisabeth tem um trunfo que fará o professor pensar duas vezes.

Em uma das expedições de John, é encontrado um estranho fragmento na cripta de um antigo santo: Bowen. Sem saber quem era Bowen e motivo que levaram John a ir atrás de respostas, o professor pede para analisarem o fragmento, a surpresa se dá com o resultado, nada mais do que titânio puro, 100% puro... Com a tecnologia da época, o titânio não pode ser encontrado puro, é inexplicável e isto deixa o professor curioso, existe algo que liga São Bowen e o titânio.

No entanto, a expedição para descobrir os mistérios sobre Bowen podem ser mais perigosos do que Zarco imagina, um perigoso magnata está muito interessado nas descobertas feitas pelo marido de Elisabeth e este não medirá forças para ter o que quer, mesmo que para isto, use métodos pouco convencionais.

Samuel Durango é novo fotografo do professor Zarco, sua missão é não apenas fotografar tudo, mas também sobreviver a cada aventura. Sam está curioso com a expedição, há algo inexplicável sobre a história de Bowen, que o deixa cada vez mais interessado. A bordo do navio Saint Michel, o professor e seus companheiros percorreram os caminhos do santo e encontrarão um caso peculiar, que pode não haver uma explicação concreta.

César Mallorqui tece uma história complexa, com segredos tentadores e que não dão margem para o leitor tentar descobrir (somente ao final do livro), pois em todas as respostas, mais dúvidas surgem e com sua habilidade de envolver com as palavras, o autor faz com que nossa vontade de ler seja ainda maior, para buscar a explicação sobre o mistério de A Ilha de Bowen. Um fato interessante, é que o enredo possui inúmeros personagens, cada um desempenha um papel fundamental para a história e todos possuem seu espaço, é legal ressaltar que apesar disto, o leitor não se sente confuso sobre quem é quem, pois até mesmo os secundários são marcantes e engatam o enredo.

Bowen, o misterioso santo e o motivo da expedição do professor Zarco, é constantemente citado e em determinado momento da obra, conhecemos a fundo sua história e para mim, esse foi um dos pontos altos do livro, na verdade, a trama toda é uma surpresa, os ganchos que o autor deixa em cada um dos capítulos motiva o leitor a continuar a leitura e as 523 páginas passam rapidamente.

Com uma escrita fluida, boas descrições, muita aventura e mistério, César apresenta um enredo bem construído, inteligente e divertido. O livro divide em duas partes e totalizam vinte capítulos, além do posfácio, que aconselho a leitura, afinal, o autor revela os motivos que o levaram a criar o livro e foi muito esclarecedor. Os capítulos possuem tamanho razoáveis, nem tão grandes, nem tão pequenos, na verdade, com fluidez da escrita de César e os inúmeros segredos envolta da história, é fácil adentrar na narrativa, que aliais é feita em terceira pessoa, dando uma visão mais profunda sobre os acontecimentos em A Ilha de Bowen.

Os leitores que curtem ficção científica, encontrarão nesta obra uma leitura sensacional, uma aventura que te fará querer ir à busca desta ilha misteriosa, mas saiba, o embarque está aqui, ao lado do professor Zarco! Por falar no peculiar Ulisses Zarco, tenho que dizer que apesar de sua personalidade diferente, ele foi o meu personagem favorito! Sua inteligente, força e questionamentos sobre o desconhecido me fascinaram! Quem esta a procura de uma leitura inesquecível, recomendo a obra de César Mellorquí!

É o segundo livro que leio do autor e se comparado com As Lágrimas de Shiva, A Ilha de Bowen é mais maduro e complexo, ambos são ótimos, mas este segundo me deixou muito animada e feliz por ter tido a chance de conhecer esses mistérios e agradeço a editora Biruta por esta oportunidade!

Também tenho que ressaltar, que a edição da Biruta esta de parabéns! Revisão perfeita, eu não encontrei um único erro, a diagramação é simples, com detalhes do desenho da ilha de Bowen, pequenos navios, bem delicado, mas que dão um charme a mais no livro!

A Ilha de Bowen é um livro premiado, que recebeu o prêmio EDEBÉ de literatura juvenil em 2012 e o prêmio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil em 2013 – Espanha. E se você quer saber os segredos sobre Bowen e sua ilha, venha conhecer o professor Zarco e seus companheiros, tenho certeza que sua estadia nesta aventura será a melhor possível!

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2015/05/resenha-ilha-de-bowen.html
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Naty__ 07/05/2015

Todos deveriam ler!
Quando o livro da editora Biruta chegou, já levei um susto logo de cara. A capa é bem mais chamativa pessoalmente do que pela foto. O livro também é maior do que eu imaginava, mas devo dizer que cada página valeu a pena; a vontade que a história não acabasse foi grande.

Essa história conseguiu me surpreender em todos os sentidos. Dificilmente inicio uma resenha falando sobre a estética, mas esse livro foi amor à primeira vista e, se não amasse logo de cara, olharia novamente para amá-lo pelo segundo olhar. Não existe uma explicação para isso, não sei se foi esse azul mesclado que me lembra do céu ou esse misto de coisas abstratas que me cativaram; não sei.

Como se a paixão fosse pouca, na orelha do livro relata que A ilha de Bowen surge com influência de grandes nomes da ficção científica. Aqueles que são nerds, apaixonados por FC, certamente, irão se encantar por isso: H. G. Wells e Júlio Verne, além do tão querido e amado Arthur Conan Doyle e o seu incrível Sherlock Holmes. Quando se tem grandes nomes como referência em uma obra, possivelmente, ela não deixará a desejar. E não deixou!

Um livro infantojuvenil para encantar ao leitor de qualquer idade. Um grande mistério surge na ilha de Bowen. A bordo do navio Saint Michel, comandado pelo senhor capitão Verne, Zarco e Durango partem para uma enigmática expedição pelos mares do norte do chamado “velho mundo”, melhor dizendo: a Europa.

Eles estão em busca de respostas, pois a trama segue ao desvendar o misterioso sumiço do arqueólogo Sir Foggart. A esposa do arqueólogo inglês procura o professor Ulisses Zarco, Lady Elizabeth, juntamente com sua filha Katherine, para ajudá-las a descobrir o paradeiro do esposo.

Zarco, a princípio, não aceita. Ele tem outras atividades a fazer e não quer se retirar do escritório para tratar de assuntos que não são relacionados ao seu trabalho. No entanto, algo chama a sua atenção: um artefato vindo da ilha de Bowen cuja existência nem a ciência conseguiria explicar. Ele foi entregue pela senhora Elizabeth e, segundo ela, Foggart pediu para que mostrasse ao professor caso se recusasse em ajudar.

É impossível deixar de mencionar o gênio fortíssimo do professor Zarco. Exigente, chato, rabugento, muito mandão e sarcástico. Ele poderia ter infinitos defeitos, mas o sarcasmo dele me ganhou por completo. Mesmo no meio de uma cena densa, que exige seriedade ou qualquer elemento parecido, não conseguia conter as risadas. Suas respostas ácidas e irônicas eram as partes mais divertidas do livro. Sem dúvidas, foi o meu personagem preferido.

Acredito que o único ponto que eu poderia evidenciar sua ausência foi no quesito da cor das páginas que é branca e não amarelada. Porém, nem nesse sentido eu achei ruim. A diagramação é muito boa, a margem, o espaçamento e a fonte proporcionam uma leitura agradável e que não irrita os olhos pela cor das laudas. Demorei bastante tempo para ler o livro, não porque era ruim; estava tão encantada que não queria que acabasse nunca. Todavia, precisava resenhar, então tive de finalizar com uma dor no coração e uma felicidade pela história ter superado minhas expectativas.

O livro possui mais de 500 páginas, mas a emoção, a diversão e a aventura contidas valem a pena cada lauda. Indico a obra para qualquer ser humano que respira, até mesmo os que não sabem ler, pois eles precisam ouvir essa inesquecível história.

“- Está bem, vou me expressar de um jeito tão claro que até uma criança de cinco anos pode entender. Quem sabe conhecem alguma criança de cinco anos que possa lhes explicar: Vejamos, o que está nessas embalagens é frágil, ou seja, pode quebrar com facilidade. Além disso, é valioso, o que significa que com o miserável salário de sua vida inteira não poderiam pagar nem o menor estrago. Por isso, vão carregar essas caixas no caminhão com tanto carinho e cuidado como se dentro estivessem suas mães, se é que vocês têm mães” (p.32).
Lana Wesley 31/01/2017minha estante
Imagino que esse livro seja espetacular, primeiro porque você deu 5 estrelas, e vejo pouco disso por aqui. O que mais me chamou a atenção foi a edição sua descrição me encantou essa capa mesclada de azul deve ser muito linda pessoalmente uma pena que as folhas sejam brancas. A história não me cativou muito, não curto muito essa coisa de ilha, viajem de navio, e essa coisa de arqueologia, porém para quem gosta deve dar uma chance a leitura.


Marta 02/02/2017minha estante
Não conhecia esse livro mais gostei demais do livro!! Principalmente por que é de aventura!!
Bjoss




Grazi Comenta 18/04/2015

Uma aventura muito Verniana
Esse é aquele tipo de livro do qual eu prefiro falar pouco pra não falar demais. É tanta coisa que acontece, que falar do enredo seria um baita spoiler. Então, resumidamente, A Ilha de Bowen começa quando a Sra, Elizabeth Faraday e sua filha procuram o Prof. Zarco para pedir ajuda na busca a John Foggart, marido de Elizabeth. As circunstâncias de seu desaparecimento são bastante estranhas e o homem ainda mandou uns pedaços de metal de um tipo que não pode existir. E é claro que mais gente se interessa. É com essa premissa que Mallorquí nos leva a uma aventura digna de Júlio Verne.



Eu adorei a maioria dos personagens, mas principalmente a Sra Faraday. Uma mulher forte, de personalidade e até meio petulante. Sendo ela 50% do núcleo feminino, gostei muito da atenção dada à ela. Zarco também é um personagem bastante admirável e cativante. No geral, César soube aproveitar brilhantemente todos as suas personagens, que são muito diferentes entre si e bem trabalhados. O enredo é super bem amarrado e as mini-tramas são deliciosas. César escreve como quem sabe exatamente onde vai te agradar e usa vááários elementos conhecidos, mas surpreendentes. Sei que tô sendo vaga, mas não quero estragar a surpresa!



O livro tem uma narrativa um tanto pesada para os padrões de livros infanto-juvenis brasileiros, tanto pelo tipo de escrita, quanto pelo tamanho do livro (é enorme) mas é exatamente nisso que eu o acho esplêndido. Ficou meio generalizado que coisas pra criança/adolescentes tem que ser mais bobas, mais simples. Mallorquí criou algo que pode se tornar um clássico, inspirado nos melhores desse gênero (ele mesmo se diz fã de Verne e Sir Conan Doyle). Criou uma aventura com a qual podemos tanto nos divertir, quanto aprender. O tipo de livro que engrandece :)

Os mistérios, a meu ver, tiveram uma boa conclusão, apesar de previsível pra mim (acho que tô meio acostumada :p ). Meu problema com o livro foi só com o desenrolar de algumas coisas. Algumas vezes achei tudo desnecessariamente lento e outras desnecessariamente rápido. Algumas cenas eu queria que fossem melhor exploradas e outras poderiam ser descartadas.

A edição é maravilhosa

site: www.cantaremverso.blogspot.com.br
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Lê Vieira 19/02/2015

Estou com um certo problema para comentar a respeito deste livro, sabe quando nenhuma palavra parece descrever perfeitamente uma sensação? Pois é assim que me encontro neste momento. "A ilha de Bowen" excedeu minhas expectativas de tal forma que ainda não consegui me recuperar.

Zarco e seus companheiros se envolvem em uma aventura inimaginável, pelo menos ao meu ver acho complicado imaginar que ir em busca de um homem perdido possa lhe fazer cruzar o caminho de autômatos em formato de aranha gigante.

Muitos mistérios vão sendo revelados aos poucos, porém nem tudo é diretamente dito ao leitor. Em alguns momentos acabei imaginando coisas absurdas, na esperança de estar chegando perto de desvendar todos os fatos, mas o que eu não esperava era que o autor tivesse a mente tão brilhante e cheia de improbabilidades.

Imagine quão estranho seria se você fosse viajar e acabasse encontrando metais que a ciência diz serem impossíveis de existir, ou então que veria pessoas mortas por raios de cogumelos? Falando desta forma parece coisa de louco, mas acredite, tudo se encaixa perfeitamente nesta história. Por mais estranho que possa parecer o fato, ele faz todo o sentido.

Adorei a construção dos personagens, em especial do professor Zarco. Seu jeito sarcástico me conquistou e logo nas primeiras páginas pude perceber que "seríamos amigos". Acredito que se ele realmente existisse, iria querer tê-lo por perto, pois além de sua acidez ele demonstra muita inteligência e sagacidade.

"-Sinto muito, patrão, foi um acidente. Mas não é para tanto,não aconteceu nada com a caixa...
-Ah, então estamos com sorte - o homem do panamá aproximou-se da embalagem e tocou-a com a ponta dos dedos. - Porque o que mais interessa é a caixa, claro; o que está dentro só foi posto para fazer volume, mas o que queremos enviar por trem são essas preciosas caixas de madeira, não é?"

A ala feminina da história fica por conta da Sra Faraday e sua filha, eu particularmente achei a mais jovem um pouco sem graça, porém em compensação a mãe me deixou encantada com a sua força, teimosia e inteligência.

Até as últimas páginas achei o autor fosse me enganar a qualquer momento e me dizer que tudo tinha sido um sonho, mas graças a Deus o César fechou a história com maestria. Me sinto ainda extasiada com a conclusão da história, por mais que por alguns minutos aquela ideia tivesse me passado pela cabeça, ainda assim o autor me deixou surpresa.

site: http://www.confraria-cultural.com/2015/01/resenha-ilha-de-bowen-cesar-mallorqui.html
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