Caroline Curi 18/01/2014
Por Caroline Curi.
Confesso que a expectativa foi grande e a frustração maior ainda. Não que o livro seja ruim, até porque ele não é, mas o início do livro me levou para um caminho completamente diferente do qual ele seguiu posteriormente. Isso me desagradou porque eu estava esperando outra coisa. Quando você lê a sinopse do livro, o que você pensa? "Ah, deve ser um livro de suspense, talvez um suspense policial em que o objetivo está em investigar um assassinato e condenar o responsável." Acertei? Pois é, eu pensei a mesma coisa, mas o que percebi lendo o livro foi o seguinte: início crime brutal + enrolação, romance, enrolação, enrolação, romance e...mais um dose de enrolação + final crime brutal desvendado. Conseguiram entender mais ou menos? Quando digo aqui que vi muito enrolação no decorrer da história, não estou dizendo que o livro foi um saco e cansativo, apenas traduzi todo o desenrolar de um romance que, no início do livro, parecia que seria algo sem tanta importância, tanto foco, mas que foi totalmente o inverso... o livro é muito mais romance do que propriamente o tal suspense policial.
Olivia MacBride é a filha de Julie MacBride e Sam Tanner, astros de Hollywood cercados de muito sucesso, fama e dinheiro. Mas como nem tudo são flores e esse meio em que eles vivem é bem... incentivador, digamos assim, Sam acaba seguindo um caminho errado e entra no mundo das drogas também.
Olivia tem 4 anos e numa madrugada fatídica, está em seu quarto brincando e de repente, sai à procura da mãe. Ela, então, sai do quarto e desce as escadas... o corpo de sua mãe está no chão completamente coberto de sangue e ao lado está o monstro com as mãos sujas de sangue segurando a tesoura que estava cravada em suas costas. O monstro que ela chamava de pai. Ela é encontrada escondida dentro do closet pelo policial Frank Brady que a acalma e lhe tira dali. Depois deste ocorrido, Olivia vai morar com os avós que possuem a Pousada do Fim do Rio.
Após oito anos, o detetive Frank Brady vai visitar a Pousada à pedido de Olivia através de uma carta. É aí que ela acaba conhecendo o seu filho, Noah Brady, que desde a época do crime, quando tinha 10 anos, alimenta um grande interesse pelo caso.
Depois de mais seis anos, agora com 18, Olivia mora sozinha em um apartamento devido a faculdade, quando sua campainha toca e lá está Noah Brady parado na sua frente. A partir daí, eles se sentem completamente atraídos um pelo outro, mas Olivia acaba se sentindo traída por Noah e pede para ele esquecê-la e nunca mais procurá-la.
Mais seis anos se passam e, então Noah volta a procurar aquela garota que nunca mais saiu de seus pensamentos. Ele tenta a todo custo se redimir e conquistar o coração – mais duro que pedra – de Olivia. Ela não dá uma trégua pro rapaz e juro que em vários momentos eu queria que ela existisse de verdade para que eu pudesse dar umas boas bofetadas na cara dela pra ver se acordava! Concordo que ela passou por grande tragédia na vida dela, um trauma da infância que a acompanhará para o resto da vida por culpa do homem que jurou amar a sua mãe para sempre, portanto entendo perfeitamente o receio dela de se entregar para Noah, que ela também acreditava ter a traído anos antes, pois o ‘exemplo’ de homem que ela tinha, era justamente aquele que causou a maior dor de sua vida. Mas por favor, né gente, tudo tem limite... Vários momentos em que o Noah se esforçou, era todo fofo com ela, a agradava de todas as formas possíveis e ela lá, nem tchum pra ele. Sério, ficava com pena dele, coitado! Hahaha
No meio a isso tudo, ela recebe a notícia de que seu pai deixará a prisão em breve e, então, recordações de um passado apavorante começam a assombrá-la novamente. Será que é o assassino querendo dizer que ainda não acabou e que ela será a próxima? Bem, nos primeiros capítulos do livro acerca de todo o crime... eu juro gente, já desconfiava e muuuito do final! Então, para mim, não foi um final tão surpreendente como promete ser.
Bom, a Nora Roberts consegue nos cativar com sua narrativa maravilhosa. O único fato que me desagradou, além da capa que eu achei horrorosa – desculpem-me a sinceridade –, foi realmente o que descrevi no início. Porém, o erro foi meu, por criar expectativas muito grandes e o livro não conseguir superá-las. Tenho que aprender a não esperar nada das histórias, e aí poder ser surpreendida de forma positiva.
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