Contos Libertinos

Contos Libertinos Marquês de Sade




Resenhas - Contos Libertinos


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Haylane.Rodrigues 27/05/2011

O gênio libertino
Literato, ele não é.

Sade impressiona não pela imoralidade contida em seus livros, aliás, imoralidade essa que julgo ser baixa equiparada a depravação do nosso tempo atual.

Donatien Alphonse François de Sade, o marquês amoral!

Aconselho que se abasteçam de humor e sarcasmo para compreender o que esse Divino perverso transmite em seus escritos.

Pra época, era um verdadeiro escândalo tal leitura, ainda mais quando o nosso anti-herói adicionava nomes reais e importantes em seus romances, encaixando em tais personagens sempre o papel mais subalterno, humilhante, bizarro. Seus contos perversos atingiram a instituição Católica em cheio e vitimou até mesmo o próprio Napoleão.
Sob o pano de fundo picante e por vezes grotesco de extrema libertinagem, Sade alfinetava em suas páginas o antigo regime, os revolucionários, os bispos de Roma, e toda classe de aristocrata. Ateu convicto, não por menos chocava também pela sua insinuação contra a imagem do Criador.

“O meu maior desgosto é que Deus, na realidade, não exista, privando-me assim do prazer de insultá-lo diretamente.“

Incompreendido e odiado. Não é a toa que escreveu grande parte de sua obra na prisão, encarcerado para que lhe detivessem a língua, porém que suas mãos nunca pararam de escrever clandestinamente, livros e livros eram publicados e o alvo entregue em páginas para excitação (nossa) do público.

Hastes de lança, falos enrijecidos, nádegas rosáceas, botões e cavidades implorando aos céus para serem explorados... este é o clima que figura ao redor do Marquês.

"Caro leitor..."
Não deixem de aproveitar a crítica contra a hipocrisia mesclada de malícia sexual.
Clio0 04/11/2011minha estante
A imoralidade e depravação de Sade atingiram e atingem a população por serem de uma honestidade agressiva, acrescente isso ao deboche da hipocrisia social e você tem tudo o que precisa para transforma-lo num objeto de ódio.




Teeh 31/07/2011

Cada conto é uma experiência nova, com ótimos desfechos e com uma critica ardente a sociedade.

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Lúcia Ramos 02/12/2014

Criativa, ousada, muito bem humorada, livre de qualquer tipo de molde, à frente de seu tempo.
Criativa, ousada, muito bem humorada, livre de qualquer tipo de molde, à frente de seu tempo. Tudo isso recende à escrita de Sade, mas não a define, ou limita de maneira alguma. Gostei muito, especialmente do último conto, "Augustine de Villeblanche, ou o estratagema do amor". Há algo de Shakespeare nesse conto, um Shakespeare meio "upside down", imprimindo leveza e bom humor onde antes haveria tragédia. Uma delícia de conto. Não consegui deixar de ler sem imaginar tudo como se fosse em uma peça teatral. A caracterização dos personagens, o figurino, cenários, desenvolvimento, timing, dramaticidade, arrebatamento, paixão, uma boa história, está tudo lá. Tenho certeza de que, se houvesse uma adaptação para o teatro, ou mesmo para o cinema, o sucesso faria parte da receita. Se é que não estou mal informada e tal adaptação já existe. O fato é que, sim, Sade acaba de entrar para a minha lista de autores favoritos.
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Nena 13/02/2016

Primeiro livro q li do Marquês de Sade. Imaginava ele no mesmo estilo, ou pior, q Anais Nin. Mas q nada! Ele fica parecendo um pudico perto dela. Mas para a época em q foi escrito, deve ter sido de fato um escândalo.
Rafael 07/04/2016minha estante
Se procura algo pesado, recomendo 120 Dias de Sodoma, do mesmo.


Nena 22/06/2016minha estante
Tô com ele aqui para ler Rafael, valeu pela dica.




Henrique 12/06/2021

Bom e apenas bom.
É interessante como certas impressões fortes são culturais. Iniciei o livro receoso das visões infernais que teria, afinal, o Marquês de Sade era o ápice da devassidão. Mas, na verdade, nem tanto.
Não discuto que, para o século XVIII deve ter sido algo escandaloso, mas, hoje em dia, esta obra de Sade passa como interessante e, quem sabe, um pouco ingênua. Os finais são, no geral, felizes, a escrita é direta, como quem conta algo às pressas e sem muito aprofundamento.
Se vale a pena ler? vale sim. Não deice de ler.
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pirocadeperuca 17/02/2023

Contos reutilizados. a tradução em si não é muito boa. é engraçadinho, alguns são até bons, mas certamente não leria novamente (pelo menos não essa edição, 'O c0rn0 de si mesmo e outras historietas' tem praticamente os mesmos contos e é muito melhor)
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CinMeireles 07/08/2023

Obviamente não se deve ler Sade como um autor revolucionário da alta literatura, e eu sabia disso - fui atrás puramente pela curiosidade do nome e pela diversão da pornografia sem limitações morais. Só que até nisso me decepcionei. Eu esperava uma certa genialidade do autor que originou o termo "sadismo" - e o que encontrei foram textos comuns, que já eram triviais mesmo em sua época. Não é nada diferente dos folhetos com piadas sujas na forma de historinhas que circulavam aos montes mesmo antes de sua época. Nem mesmo o uso explícito da violência junto ao sexo é original dele, e se não fosse o fato de se tratar de uma figura de nome na sociedade, duvido muito que tivesse conquistado a fama que conquistou.
Suas melhores histórias são as que fazem algum tipo de crítica - social, ou a pessoas específicas; as que são puramente pornográficas são meio sem pé nem cabeça, com "plots" não muito diferentes daqueles filmes pornôs que começam com um entregador de pizza ou alguma outra situação esdrúxula. E as que abrem mão até mesmo da pornografia são simplesmente horríveis.
Eu acho que vale a pena a leitura por termos de curiosidade, mas mantenha suas expectativas baixas. Há outros autores, antes e depois, que exploraram os mesmos temas com muito mais maestria.
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Argemiro 04/08/2013

Minha opinião sobre a leitura
Le e achei uma legal, contos que mostram como era a vida naquela época, nada muito diferente de hoje, só que com linguajar mais puritano, leitura fácil e rápida, boa opção para uma tarde livre.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 19/07/2018

Dispa-se De Seus Preconceitos
A obra do Marques de Sade tem um papel contraditório. Se por um lado, revela um homem a frente de seu tempo, percursor do Surrealismo e da Psicanálise; por outro, é responsável por boa parte das confusões envolvendo sua vida.

De fato, ele não era santo, mas muitas histórias não passam de boatos. Sade jamais teve um homem morto num pote de vidro com álcool em sua sala nem foi preso em flagrante, tentando queimar viva uma mulher nua em seu quarto. Contudo, era ateu, um crime no século XVIII, mantinha experiências sexuais bizarras e deu nome a palavra "sadismo".

Seus escritos escandalizavam, não só pela pornografia escancarada. O escritor era um libertino, isto é, um aristocrata cujas ideias incomodavam muita gente, pois desafiavam os valores dos homens e de Deus. Para piorar, colocava o nome de pessoas importantes nas personagens mais humildes e excêntricas, logo, não é por acaso que a Bastilha foi seu segundo lar e ele tenha passado um terço da vida encarcerado, até mesmo por ordem direta de Napoleão.

"Contos Libertinos" é uma rápida leitura que cai sob medida para julgá-lo. Porém, dispa-se de todo e qualquer preconceito: são nove textos obscenos e satíricos, que contrariam a moral e a religião. Nada mais nada menos do que uma ode a vida em que o sexo aparece como principal instrumento para alcançar a felicidade.

Um livro de Hilda Hilst, "Contos d'escárnio - Textos grotescos", apresenta uma interessante abordagem sobre a pornografia na literatura e indico como leitura complementar.

Nota: Ia me esquecendo, tenho uma edição antiga desse livro que apresenta um conto a mais, "A Flor do Castanheiro".
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