Sombras do Medo

Sombras do Medo Camila Pelegrini




Resenhas - Sombras do Medo


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Aline Natália 23/03/2015

Sombras do Medo - Camila Pelegrini
"Que ironia, nunca quisera ir para o inferno, e agora tinha certeza de que não precisaria. O inferno tinha vindo até eles."

Narrado em terceira pessoa com enfoque nos acontecimentos que rodeiam Anabele e também Arthur, rei das cinco regiões, permite ao leitor conhecer a dinâmica dentro e fora das muralhas.

O romance contido na história acontece de forma rápida, o que não interfere em nada, pois não é o foco da narrativa. O fato de ser uma obra única também é um ponto positivo, em conjunto com a escrita tornam a leitura dinâmica e prazerosa.

Em relação ao tema abordado só tenho bons comentários a fazer. Muitas pessoas constroem verdadeiras muralhas em seus corações, desejando o bem somente a si próprio, é fácil esquecer o sofrimento alheio quando se tem conforto, infelizmente muitas vezes é preciso levar uma rasteira da vida para podermos valorizar as pequenas coisas.

Um livro para refletir sobre nossos atos que me conquistou desde as primeiras páginas. Sua diagramação é simples, letras grandes, folhas amarelas. E o que falar dessa capa? Simplesmente linda.

"Eu sei que você sonha em mudar esse mundo, mas se serve de alguma coisa, saiba que você mudou o meu."
"Uma menina bonita me salvou e agora é com ela que pretendo passar o resto da minha vida, seja ela somente o restante dessa noite ou todos os anos que estão pela frente."
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Confira a Resenha completa no meu Blog:

Relíquias
http://reliquiasaline.blogspot.com.br/

site: http://reliquiasaline.blogspot.com.br/2015/03/livro-sombras-do-medo.html
camila.pelegrin 26/03/2015minha estante
Amei tanto!


Aline Natália 06/07/2016minha estante
Eu li a 2ª Edição do livro.... Venha ver minha opinião nesse link

http://reliquiasaline.blogspot.com.br/2016/07/sombras-do-medo-nova-edicao.html




Paula Juliana 18/04/2015

Resenha: Sombras do Medo - Camila Pelegrini http://overdoselite.blogspot.com.br/2015/04/resenha-sombras-do-medo-camila-pelegrini.html

''Anabele havia crescido nesse mundo em que os recursos naturais eram controlados e distribuídos pelas cinco capitais, onde viviam os singulares. Mas ela, Amanda, havia vivido ainda na época em que o planeta era divido em países e embora já houvesse injustiças, costumavam conhecer algo chamado liberdade.''

Queria começar essa resenha de um jeitinho diferente, para uma aficionada por distopias como eu, sempre que leio um bom livro desse gênero, quero gritar para o mundo também o conhecer! Sombras do Medo é incrível! Ele são é só uma distopia, abordando um mundo caótico, desigual e destruído, abrange a fantasia, o romance e como é do próprio gênero distópico, a reflexão, a crítica, ao mundo e a sociedade. Essa crítica que por mais que seja uma grande ficção, se mistura com a realidade, com a nossa sociedade e com o mundo que vivemos hoje, nossos valores, ambições e prioridades!

''Não se lembrava ao certo quando o mundo havia sido dividido daquela maneira: ordinários e singulares. Cinco capitais estabelecidas nos pontos vitais do planeta, onde se encontravam as maiores fontes de riqueza natural, por onde passavam os principais cursos fluviais e onde restava a maior quantidade de vegetação e solo fértil. Nessas capitais viviam as pessoas mais poderosas do mundo, uma minoria influente que não sofria os efeitos drásticos da redução da água e da natureza, já que tudo o que havia sobrado, localizava-se no quintal de sua casa.''

Anebele, a nossa Ane, é uma ORDINÁRIA, uma menina de vinte anos que vive fora das muralhas, que trabalha de sol a sol, para conseguir seu sustento, se pode se chamar a forma que vive de sustento, Ane como os demais ordinários do mundo, trabalha em troca de água, o mínimo para não morrer e uma pequena parcela de comida. Os bons e grandes recursos que restam do mundo vão para as capitais, onde vivem os SINGULARES, essa parcela da sociedade que não sofre com a destruição, fome, e necessidade.

Depois de uma pós destruição em massa, o mundo foi dividido em cinco CAPITAIS, e cinco grupos de Ordinários que são as pessoas que vivem fora das grandes muralhas, que foram construídas com muito trabalho, exploração e sangue dos ordinários.

''Como se não bastasse, há mais ou menos cinco meses, ordinários haviam começado a sumir. Ouvia-se um único grito distante e arrepiante. Tudo o que restava eram pedacinhos do que parecia ser gelo. A muralha parecia mais forte e poderosa cada vez que acontecia.''

Ane é revoltada, não consegue engolir o que o seu povo passa, não consegue entender como os SINGULARES podem viver esbanjando, e super bem, enquanto os ordinários morrem de fome, trabalham até suas forças sumirem, não consegue entender como as pessoas podem agir dessa forma, que governo podre é esse? Ane vive com sua mãe, Amanda, uma forte mulher, seu pai morreu durante a construção da muralha da terceira capital que é onde vive, e onde fica o Presidente, o homem que comanda esse show de horrores!

Como se a situação não fosse ruim, ainda começam a acontecer terríveis tragédias, Ordinários estão desaparecendo, os ''sumiços'' são sempre seguidos de um grande frio, gritos pavorosos, que não parecem humanos e muito gelo, não importa quando ou como, quando as SOMBRAS aparecem, é sempre um ORDINÁRIO que sofre!

''Ordinários queriam a sobrevivência. Singulares queriam o mundo para si. Tinham propósitos muito diferentes.''

Esse enredo é incrível! Essa parte social é tremendamente bem abordada, forte e deixa o leitor ''puto'' da vida com a desigualdade, e a vida cruel que os ordinários são obrigados a sobreviver, e então chega o romance, como quem não quer nada, como um secundário naquilo tudo, e no meio de tanta coisa ruim, se torna uma força, como uma flor delicada e linda no meio da escuridão, e você que está lendo, se apega a ali, suspira, se envolve e se apaixona!

Henry é o ''forasteiro'', apareceu do nada entre eles, e com seu sorriso bonito, seu humor ácido e sarcástico, cheio de brincadeira e luz, conquista todos. Ele e Ane tem uma relação bem engraçada de início, ele pega no pé dela, e ela fica puta, ou cora, fica sem graça, ele é muito fofo, forte, destemido, mas misterioso, esconde algo! E esse algo pode afastá-lo da nossa mocinha! Quem ficaria muito contente é seu amigo Vicente, o Vi, que é apaixonado a anos em segredo, e não entende o que Ane vê no forasteiro!

Bem... o romance te absorve e então vem o que podemos chamar de fantasia, no meio da distopia! Que foi uma jogada ousada da autora e que para mim deu muito certo! Quem é que está sumindo com os ordinários? O que é que está sumindo com eles? O que tem haver isso, esse, essa coisa/pessoa/ser com os desaparecimentos?

E o que o presidente vai fazer? Ele é o vilão? Ele está feliz com a sociedade como está? Ele é o que tem de podre? Afinal... não é ele quem manda em tudo?

''- Sim. Não se esqueça que conheço seus segredos. Se você não quiser por bem, posso chantageá-la - Henry agora sorria da forma mais charmosa que Anabele já tinha visto. Aproximou-se perigosamente e a tocou no rosto. - Você deve ter aprendido alguma coisa comigo. Não acrescentei nada a sua vida? - perguntou, ainda sorrindo.''

Amei o livro, amei os personagens, Henry me cativou, quebrou meu coração, me reconquistou! Ane foi forte, lutadora e também delicada, Amanda sua mãe foi uma fortaleza, muita mais firme que qualquer muralha! O mistério do livro é ótimo, e faz muito sentido, dentro do tema e da crítica da autora! Vi foi um personagem que gostei, mas não me apeguei tanto a ele, talvez porque fiquei deslumbrada com a personalidade de Henry logo no início, a idealização e construção da sociedade é maravilhosa, você fica muito triste e revoltado com o próprio ser humano e como ele pode ser ruim, mas então, você vê a bondade que ainda existe em alguma pessoas, vê os atos de Ane, que tira da sua própria pouca comida para dar para quem precisa, cuida de um cachorrinho, quando outro teria comido o animalzinho! #AmeiINFINITAMENTE
Assiste a luz e as trevas duelarem nos muros das grandes muralhas!

''...Você me fez acreditar em coisas boas, Ane. Despertou a minha fé na humanidade e no... amor - sua voz estava baixa e rouca quando pronunciou a última palavra. - Eu sei que você sonha em mudar esse mundo, mas se serve de alguma coisa, saiba que você mudou o meu.''

Sombras do Medo aborda o pior e o melhor do ser humano, mostra o amor a amizade, a família, mais também o egoismo, a crueldade, a podreza que vive em cada ser. Uma distopia maravilhosa que merece ser lida! Sombras e medos, amor e coragem lutando pela sobrevivência do homem! Pois quem mais é responsável pela nossa destruição que não nós mesmos? LUTE E SOBREVIVA!

''Que ironia, nunca quisera ir para o inferno, e agora tinha certeza de que não precisaria. O inferno tinha vindo até eles.''


site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
resenha tãooooo linda e que captou tão bem a essência do SdoM! Amei, amei


Paula Juliana 27/04/2015minha estante
Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaaaa




Paraíso das Ideias 11/03/2015

Sombras do Medo
Em Sombras do Medo o leitor será levado a conhecer um mundo caótico e destruído pela ignorância do ser humano, onde a esperança esta tão escarça quanto a água, e sobreviver é uma batalha diária.
O mundo que conhecemos já não existe mais, o meio ambiente foi destruído, os animais pereceram e poucos seres humanos restaram, e essa pequena quantidade foi dividade entre Singulares e Ordinários. Duas raças da mesma espécie, sendo os Singulares aqueles beneficiados que comandam o mundo, e os singulares os trabalhadores escravos.
O mundo foi dividido em cinco grandes regiões, cada uma protegida por uma enorme muralha que separa os singulares dos ordinários, cada região possui seu governante, e uma delas é chamada capital onde mora Arthur, o suposto presidente, sem escrúpulos, que age como se os ordinários fossem apenas animais, uma raça excluída
Todo o pouco que sobrou do nosso planeta, como animais, lagos e plantas, esta guardado dentro das regiões que foram planejadas e construídas em volta dessas raras relíquias do ambiente, onde apenas os singulares possuem acesso.
Os ordinários trabalham para as capitais em troca de um pouco de água e condimentos, e é o no meio deles que nossa aventura acontecerá.

Acompanharemos a trajetória de Anabele, mais conhecida como Ane, ela tem apenas 20 anos e vive escrava de um futuro aparentemente próximo, levando-se em consideração as atitudes humanas. Orfã de pai, ela e sua mãe trabalham na colheita para a Capital.
Ela perdeu seu pai, assim como muitos perderam os homens e as pessoas mais fortes de suas famílias para A Muralha, aquela que foi construída com a função de separar as raças mais e menos privilegiadas.

"Os instrumentos usados para subjugar alguém são encarados de forma distinta por aqueles que dominam e por quem é dominado. As muralhas são só a confirmação, a concretude de algo muito maior: o desprezo que o homem sente por sua própria espécie, por outras e pelo planeta em si."

Apesar de suas condições de vida e da dificuldade com que sobrevive nossa protagonista é uma jovem doce e cheia de esperanças, sempre disposta a ajudar o próximo, mesmo que isso lhe custe um pouco do suprimentos e alimentos, e pra que isso ela tenha que reduzir sua alimentação.

Anna vive com sua mãe Amanda, em uma casa simples, mas acolhedora, sua mãe teve o prazer de conhecer o mundo enquanto ainda havia chuva e árvores para se admirar, uma mulher simples e bela, que com suas atitudes, deixa bem claro de quem Ane puxou sua bondade. Sempre compreensiva Amanda é o tipo de mãe que todos querem, sempre com doces palavras e sábios conselhos, ela nos cativa logo de inicio.

Rodeada de pessoas, mas ao mesmo tempo sozinha, no mundo só existem duas pessoas de suma importância para Anne, sua mãe e Vicent, seu melhor amigo desde de sua infância, um moreno simpático, forte e superprotetor, que perdeu toda a sua família na construção e que ainda por cima é completamente apaixonado por Ane, mas ela não percebe, pois seu carinho por Vi é tão grande que ela o vê como um irmão.

"Sei que não tenho o direito de me intrometer na sua vida dessa forma, mas você é o que há de mais precioso nesse mundo. Não quero que você se machuque, e não digo só fisicamente."

Em meio a tantos singulares, apenas um se destaca, Henry, ele chegou a pouco tanto no território de Anne, mas já conseguiu arrancar vários suspiros, inclusive da nossa mocinha, que se vê encabulada toda vez que ele se aproxima, coisa que faz com que Henry gaste uma atenção maior com ela.
Ele é simpático e super convencido, um personagem que aos poucos vai te cativando e te conquistando.

Mas coisas estranhas começam a acontecer, tanto dentro das muralhas quanto fora delas, todos começaram a ter pesadelos horríveis, e o medo e o mistério rondam na calada da noite. Assustados, os moradores começam a dividir seus pesadelos uns com outros, e é nesse momento que Ane percebe que a coisa é mais do que ela imaginava.

"Sim, relutamos tanto em acreditarem certas coisas que não nos agradam, que quando nos damos conta, a realidade cai sobre nós como um peso maior do que parecemos ser capazes de suportar."

Sem saber como agir, todos dão continuidade nas suas vidas, até que ordinários começam a desaparecer seguidos de gritos horrendos e assustadores que levam todos ao desmaio. Desconfiados de que isso seja alguma ameaça vinda da capital, todos ficam em alerta, até que em uma bela noite Ane e Henry descobrem de onde realmente vem o perigo.

As regiões estão sendo perseguidas por sombras malignas, e para vencerem esse mau que os persegue, eles terão que se unir, e essa, será a parte mais difícil, provar que todos são iguais. Pois a batalha só será vencida se Singulares e Ordinários se ajudarem.

A estória me lembrou muito Jogos Vorazes e sinceramente? Isso acrescenta Sombras do Medo na minha lista de favoritos com certeza!!! Claro que Ane não é uma perita no arco e flecha, não confunda viu! As estórias são apenas parecidas no quesito ambiente.

Gostei da forma como a autora elaborou o ambiente,já que junto com a aventura, o leitor pode também colocar um pouco a mão na consciência, pois na minha opinião, esse mundo distópico não esta longe de se tornar nossa realidade.

Ane é doce e meiga, Vicent é um amor, mas é só um amigo, e Henry... Bom, Henry é o galã que nos conquista aos poucos, já que no inicio você acredita que ele é apenas mais um esnobe, convencido e arrogante. Mas no final ele vai se mostrar um príncipe do mundo das sombras, o que literalmente ele é kkkkk.

"O meu mundo é ela, pai, ainda que exista um outro mundo entre nós."

Apesar de Vicente ser apaixonado por Ane, não temos nessa obra um triângulo amoroso, já que Ane é decidida, e seu coração pertence a Henry doa a quem doer, e o Vi sentirá a dor.Todos os momentos encenados pelos dois são extremamente engraçados, já que Henry não dá uma folga a Vi, a quem ele chama de "O Guarda Costas."

"Olha, não é o melhor momento ou lugar para termos essa conversa, mas por algum motivo que foge a minha capacidade de compreensão ela o ama - o olhar de Vicent endureceu. - Não, Não se empolgue. Ela ama a nós dois de maneiras diferentes e acho que você sabe."

Coisas estranhas vão começar a acontecer e a estória ficará cheia de mistério com uma pitada de terror, mas tudo na medida certa pra te cativar, os personagens foram muito bem elaborados e o texto é cativante, a escritora escreve muito bem e consegue te prender na primeira página.

O livro é todo contado em primeira pessoa, fazendo com que você se sinta a própria Ane, cheia de momentos tocantes com frases belíssimas e um contexto mais do que educativo, esse livro é uma ótima pedida pra quem gosta de distopias.
Se não fosse uma parceria que eu mesma fechei, não saberia dizer se é nacional, pois o tabalho da autora é muito bom, minha única queixa é queria que tivesse sido maior.

A estória é tão boa, que quando você terminar de ler, vai sentir como se pudesse ler muito mais, um desejo desesperador de que a estória tenha mais páginas ou até continuação, eu sinceramente queria mais, fiquei com a triste impressão de que acabou muito rápido rs.

Com relação a editora, recebe meus parabéns já que o trabalho esta lindo, a capa é maravilhosa e a diagramação perfeita. Com folhas amarelas e letras grandes, a leitura não se torna cansativa.

Uma estória sensacional que eu super indico a vocês, comprem e se deliciem nesse mundo macabro, mas que pode se tornar nossa realidade se não começarmos a mudar nossas atitudes.

Espero que tenham gostado, super beijokas e até a próxima!

site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/2015/02/resenha-sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 26/03/2015minha estante
Nunca canso de ler essa resenha




Bruna 26/03/2015

O que você oferece ao mundo? O que traz dentro de você?
A preocupação com o que nos aguardo no futuro é constante. Diariamente vemos nos noticiários falando sobre os danos que o ser humano vem causando a natureza. Alguma vez você já parou para pensar, nem que seja por alguns minutos, sobre o que o futuro nos reserva se continuar assim? Bom, essa obra pode dar uma ideia de como seria.

Quando guerras humanas e desastres naturais destroem a maior parte do mundo que conhecemos hoje, algumas divisões e lutas surgem. Aqueles com privilégios não precisarão se preocupar tanto com isso enquanto exploram os menos favorecidos que tentam diariamente sobreviver. Com a maior parte dos bens essenciais destruídos surge um governo nada justo, onde antes existiam países agora existem capitais e o tipo de destino que irá ter irá depender em qual lado está inserido: singular ou ordinário. Acredito que você irá entender quem é que tem a pior qualidade de vida, se pudermos chamar assim.

“Não se lembrava ao certo quando o mundo havia sido dividido daquela maneira: ordinários e singulares. Cinco capitais estabelecidas nos pontos vitais do planeta, onde se encontravam as maiores fontes de riqueza natural, por onde passavam os principais cursos fluviais e onde restava a maior quantidade de vegetação e solo fértil. Nessas capitais viviam as pessoas mais poderosas do mundo, uma minoria influente que não sofria os efeitos drásticos da redução da água e da natureza, já que tudo o que havia sobrado, localizava-se no quintal de sua casa.”

É nesse cenário que conhecemos Anabele, uma ordinária comum e ao mesmo tempo diferente dos outros. Nunca aceitou o fato da desigualdade que existe, afinal como poderia se todos são pessoas de forma igual e nada os diferencia. Sua família se resume a sua mãe, uma vez que seu pai morreu sendo explorado pelos singulares, que possuí uma atrativa beleza mesmo com os danos causados pelo trabalho excessivo. Nenhum ordinário tem direito a uma folga do serviço e preciso trabalhar para ter o que comer e o que beber, quem não produz, não recebe e consequentemente pode morrer.
Ane, como os mais próximos a chamam possuí uma alma incrível, sempre disposta a ajudar quem precisa e é o tipo de amiga leal para Vincent, seu melhor amigo desde sempre que para quem olha de fora consegue perceber que sente algo a mais por ela. No entanto, um outro rapaz, forasteiro, que chegou a cidade há apenas alguns meses e que tem a capacidade de fazê-la sentir coisas que não consegue entender.

“Balançou a cabeça e tentou afastá-lo de sua mente, mas os pensamentos insistiam em sua direção. Não suportava muito tempo perto dele, mas quando se afastava, logo se notava procurando, ansiosa por vê-lo de novo.”

Não existe mais natureza do lado de fora da cidade, todo tipo de comida viva já foi extinta uma vez que criar qualquer animal dava muita despesa em questão de comida que eles não tinham. Com o que davam para fazer os animais crescerem para serem usados é a mesma quantidade que precisavam para sua própria subsistência. Então logo não se via mais animais por ali, ou melhor, do lado de fora da muralha construída a base de sangue pelos ordinários, não existia basicamente nada.

“Assim, haviam comido tudo o que restara de vida comestível. Henry pensou na expressão por um segundo. Vida comestível. Por mais estranho que soasse, era algo real. A palavra vida assumira um significado absolutamente diferente de antes, concluiu. A menos que se tratasse da vida de um singular, é claro.”

Como se apenas isso já não fosse motivo suficiente para considerar suas vidas ruins, ultimamente uns sumiços de pessoas das províncias tem causado medo na população. Ane tem constantes pesadelos, e a preocupação é algo presente. Ninguém sabe o que acontece com quem é pego, mas o que todos sabem é que os gritos que escutam são terríveis a ponto de fazer com que todos desmaiem. Ordinários acusam os singulares dos ataques, singulares dizem que isso tudo não passa de um plano dos ordinários, mas afinal será que algum deles está certo? Ou a resposta é outra?

“ –Os instrumentos usados para subjugar alguém são encaradas de forma distinta por aqueles que dominam e por quem é dominado. As muralhas são só a confirmação, a concretude de algo muito maior: o desprezo que o homem sente por sua própria espécie, por outras e pelo planeta em si.”

Entre tantas coisas ruins, ainda é possível observar coisas boas. Sentimentos irão surgir e não haverá escapatória, mas será que é tudo verdade? A verdade tem a capacidade tanto de libertar quanto de destruir. Em meio ao caos eles conseguirão encontrar o caminho certo? Conseguirão valorizar o que é realmente importante? O medo uni as pessoas, mas será que juntos serão capazes de encontrar uma solução? O destino do que restou do mundo está sobre ameaça, a grande questão é: quem saíra vencedor?

“Eu sei que você sonha em mudar esse mundo, mas se serve de alguma coisa, saiba que você mudou o meu.”

Muito bem escrita, com uma trama construída de forma excelente e com uma capa linda que chama a atenção, Sombras do Medo é o típico livro que irá fazer você se apaixonar, sofrer junto com os personagens, aprender lições valiosas para a vida e não conseguir largar até chegar a última página. Não é atoa que se tornou uma de minhas favoritas, a autora está de parabéns e com toda certeza quero estar conferindo futuras obras dela. Quem adquirir o seu e embarcar nessa trama emocionante e repleta de reviravoltas não irá se arrepender, ela possui os elementos necessários, dosando na medida certa ação e romance, para ser uma obra que conquista a milhares de pessoas.

site: brookebells.com
camila.pelegrin 26/03/2015minha estante
Resenha liiiiiinda demais!




Tony 04/04/2015

Resenha: Sombras do Medo - Camila Pelegrini
"Sombras do Medo" foi o meu primeiro contato com uma distopia escrita por um autor brasileiro, até então só havia lido distopias assinadas por autores estrangeiros. Comecei a ler o livro sem saber o que esperar dele, afinal a sinopse nos dá poucas informações a respeito da história. Sabemos que a obra se passará em um futuro pós destruição onde o mundo é dividido em 5 grandes regiões e as pessoas que vivem nele são chamadas de ordinários e singulares. Mas quem são os personagens da obra? E o que eles enfrentarão no decorrer do livro? Essas e outras perguntas serão respondidas já nas primeiras páginas do livro.

No primeiro capítulo de "Sombras do Medo" somos apresentados à Anabele Godhet, uma garota ordinária (como dito anteriormente, as pessoas desse mundo distópico são divididas entre ordinários [pobres] e singulares [ricos]. Anabele infelizmente está no primeiro grupo.) de 20 anos que mora na terceira província. Somos apresentados também a mãe de Anabele, a Amanda e ficamos a par da situação em que as personagens vivem, que é bem miserável. Os ordinários - que são separados dos singulares por uma enorme muralha - vivem precariamente, com poucos alimentos e pouca água, recebem raramente alguma roupa dos singulares e trabalham na maioria do tempo para... acertou quem disse Singulares!

Os Singulares dominam o mundo e são também meio que os vilões do livro. Dividiram o mundo com uma muralha para terem paz, mas acabaram se tornando pessoas egoístas e arrogantes que só se importam consigo mesmos. Paralelo a essa situação há um novo acontecimento que está apavorando os personagens: ordinários começaram a desaparecer! É, isso mesmo: DE-SA-PA-RE-CER! É partindo desse acontecimento que a história irá se desenvolver.

Devo dizer que fiquei surpreso com a abordagem que a Camila utilizou ao tratar esses desaparecimentos. A autora faz uso de elementos de fantasia, dando um toque meio sobrenatural ao livro. Foi arriscado? Foi. Mas inovador! Até então não me lembro de ter lido uma distopia que mesclasse fantasia. Além de ter sido bem bacana o uso de fantasia na história, a autora ainda consegue se superar ao aproveitar de elementos fantásticos para fazer uma crítica a nossa sociedade atual. Não vou explicar muito bem como é feita essa crítica, porque acabaria soltando spoilers para vocês, mas vos digo: É tudo muito sensacional! Vocês vão ver...

A narração de "Sombras do Medo" é em terceira pessoa e segue sendo intercalada por personagens a cada capítulo. Apesar disso ser ótimo para o leitor ter uma noção de tudo o que está acontecendo no livro, devo dizer que fiquei um pouco incomodado com essa narração nos primeiros capítulos. Me entendam: Eu estava curioso para saber os desdobramentos de determinado capítulo, então passava a página com a maior empolgação, só que o eu encontrava no capítulo seguinte era a apresentação de outro personagem, em outro cenário e etc. Mas passado alguns capítulos acabei me acostumando com essa narração.

"O medo, como bem sabia ela, era capaz de fazer uma pessoa reagir, lutar. Mas em uma diferente intensidade era também capaz de tornar alguém tão inerte quanto um poste.
No medo encontra-se a esperança e também a morte dela." - página 136

Os personagens do livro são bem construídos e conseguem cativar o leitor. Adorei a Anabele, O Henry (personagem bem importante na história) e a Amanda. Mas nem tudo são flores: Acabei odiando o Vincent (melhor amigo da protagonista). Ok, ódio é um pouco exagerado, mas que eu achei o personagem insuportável e uma mala... Ah, isso é a mais pura verdade!

Em suma, "Sombras do Medo" é uma ótima distopia que não perde em nada para as distopias estrangeiras já consagradas. Com muitos mistérios e acontecimentos frenéticos (além de possuir uma ótima crítica para a nossa sociedade atual), a estreia de Camila Pelegrini tem tudo para conquistar e prender o leitor do início ao fim.
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
já falei o quanto eu gostei da sua resenha né?
Que honra saber que vc gostou do SdoM!
Obrigadaaa




Ani 13/04/2015

Depois de nosso planeta ser destruído por guerras humanas e desastres naturais, ele foi reorganizado e dividido em cinco grandes regiões. Em cada parte há uma divisão da população, os singulares que vivem na parte privilegiada – Capital – tem tudo do bom e do melhor e exploram os ordinários, que trabalham dia e noite para poder viver com o mínimo possível.
Quando eu digo mínimo, é mínimo mesmo gente, uma coisa absurda. O que separa os dois povos é uma grande muralha construída pelos lideres de cada região.
É assim que Sombras do Medo se inicia. Narrado em terceira pessoa conhecemos mais profundamente Anabele, uma jovem que sempre foi contra essa forma de governo, ela perdeu seu pai muito jovem trabalhando para construir a muralha e não achava justo ter que trabalhar duramente para conseguir beber água. Para vocês terem uma noção de quão surreal é essa divisão, se você não trabalha independentemente do motivo, você não come. Por isso Ane sempre ajuda todos os que estão doentes e não podem trabalhar. Ela vive com sua mãe Amanda e seu melhor amigo Vicent, que está sempre disposto a ajudar e – claro – tem uma quedinha pela nossa protagonista. Conhecemos também Henri, um “forasteiro” que aparece na cidade depois de perder seus pais e consegue conquistar todos os ordinários, inclusive Ane, o que deixa Vi louco de ciúmes.

"Prefiro morrer segurando a mão fria de minha mãe do que viver com uma pedra de gelo no lugar do coração."


Morar com essas divisões nunca foi algo fácil, porém, com o aparecimento de estranhas criaturas que “sugam a vida” dos ordinários tudo piora. Denominados como Venons, esses monstros usam seu poder de deixar as pessoas com medo para conseguir matar o maior numero de pessoa.

" - Você está cego - Arthur balançava a cabeça energicamente.- Eu era. Deixei de ser quando quis começar a enxergar."


Não imaginava que “Sombras do Medo” englobava todos esses temas. Confesso que comecei a leitura bem animada, pois tinha me apaixonado por essa capa, com o decorrer da leitura acabei me confundindo um pouco.
No inicio todas as informações foram mostradas para nós leitores e isso acabou me confundindo com algumas coisas, daí eu voltava e lia novamente, o que atrasou a leitura. O enredo é muito rico e todos os temas abordados pela autora foram feitos de maneira delicada e objetiva. A escrita da Camila é extremamente gostosa, conseguimos ler rapidamente.

"Querida, faça o que tiver que fazer. E lembre-se... ainda que amem, todos erram. Você tem dois exemplos claros disso. Só tente reconhecer aqueles que erram tentando acertar e ressentem-se por têl-lo feito. Esse é o tipo de erro com que você pode conviver."


Sobre a diagramação, a capa é linda e as folhas são amareladas. Vi alguns erros gramaticais, frases soltas que não chegaram a atrapalhar, mas me incomodaram um pouco. No inicio de cada capitulo a letra inicial é diferenciada, é bonita, mas acaba atrapalhando em algumas (o T parecia um D).
Em suma, Sombras do Medo é uma distopia nacional muito interessante que nos faz refletir sobre nossos egoísmos diários e até onde nosso amor pode nos levar. Aconselho a leitura.

site: http://www.entrechocolatesemusicas.com/2015/04/sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
Fiquei muitoo feliz por ter gostado e sinto mt se te deixei confusa em algumas partes ahahah prometo tentar melhorar




daniel 19/04/2015

Uma mistura que não deu muito certo
Esta foi a primeira distopia nacional que eu li, e como fissurado por distopias, iniciei a leitura com expectativas altas. Desde o início estava receoso com a mistura de distopia e fantasia proposta pela sinopse do livro, uma vez que nunca li um livro que fizesse esta mistura. Apesar da distopia em si ser muito boa, a parte fantástica não me convenceu, o que foi uma pena, levando em conta o potencial do livro.

É às margens da terceira capital que vive nossa protagonista, Anabele, uma jovem ordinária que assim como os outros trabalha arduamente para conseguir o seu sustento. Ela se mostra uma garota generosa e que não entende o que os tais Singulares tem de especial para merecerem monopolizar os recursos restantes e obrigar os ordinários a levar uma vida indigna. Ela mantém uma relação muito próxima com a mãe e seu amigo Vincent, que demonstra grande apreço pela garota.
Coisas estranhas começam a acontecer na terceira província, lugar onde Anabele reside. Uma intensa onda de frio chega à região, sombras negras transitam pelo lugar acompanhadas de chamas que irradiam frio ao invés de calor. Junto à esses fenômenos, ordinários começam a desaparecer misteriosamente, e muito afirmam que é o início do fim dos tempos.

A história é narrada em terceira pessoa, alternando o foco entre nossa protagonista e o rei das 5 capitais, o que nos permite saber como funciona a vida em ambas os lados da muralha. Há um teor de romance na história, o qual é caracterizado por um “quase triângulo amoroso” feito por Anabele, Vincent e Henry, um forasteiro que chegou à região.
A construção do mundo futurista pós-destruição em si foi muito boa, mas senti falta de um maior aprofundamento nas situações que levaram o planeta ao estado em que se encontra. A divisão do mundo lembra muito Jogos Vorazes no que diz respeito à submissão de uma grande parcela da população em relação às capitais, que ditam as ordens e os obrigam à sustenta-las. Porém a diferença fundamental está no atual estado e na disponibilidade de recursos no planeta. Certamente alguns ignorantes podem dizer que é apenas outra cópia de Jogos Vorazes, uma vez que toda distopia atualmente é comparada à obra de Collins, mas entre inspiração é cópia há uma distância muito grande. As semelhanças acabam a partir do momento em que a história toma rumo na fantasia, o que infelizmente não deu certo pra mim.

Como eu temia, a mistura de distopia e fantasia não me agradou. Por mais que tenha sido criativa a justificativa da autora para os elementos fantásticos atribuídos à obra, achei-os muito forçados e superficiais. A parte distópica em si foi muito boa, apesar de faltar aprofundamento em alguns aspectos. As críticas sociais feitas pela autora neste modelo de sociedade são muito bacanas, levando o leitor à reflexão sobre as atitudes tomados pela humanidade hoje e a consequência que elas podem vim a ter no futuro.

Quanto à diagramação, o livro está ótimo. Contando com uma capa belíssima, uma das mais bonitas da minha estante diga-se de passagem, e uma fonte muito tranquila de ler. A escrita da autora é bastante fluída e o livro é de uma facilidade de leitura muito grande. Apesar de alguns aspectos não terem me agradado, foi um livro que eu gostei, principalmente por ser de autoria nacional, então por isso eu recomendo. É muito bom ver que os autores nacionais estão entrando neste gênero que tanto aprecio. Então, se você gosta de distopias, fica a dica.
Nesta obra é retratado um futuro no qual o planeta terra está totalmente destruído, exceto por 5 regiões onde ainda restam parte dos recursos. Esta destruição havia sido causada principalmente pelas atitudes humanas, como as guerras e a má utilização dos recursos naturais. Com a pouca disponibilidade dos recursos não seria possível suprir as necessidades de todas as pessoas, devido à isso a sociedade foi dividida em Ordinários e Singulares, sendo os ordinários os que trabalhavam para suprir as 5 capitais em troca de água e comida; e os Singulares os que mandavam e aproveitavam dos recursos restantes. Todas as capitais eram isoladas por muralhas, deste modo sendo impossível a entrada das “pessoas comuns”.

site: http://oficinaleitor.blogspot.com.br/
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
Já agradeci e agradeço de novo pela disponibilidade de ler o SdoM e ter resenhado tão bem! Pena que a fantasia não transmitiu para você tudo o que era p ter transmitido haha mas obrigada mesmo




Gisa 21/04/2015

Amei
Expectativas quase sempre é um problema não é? Eu já devia ter aprendido. É por isso que fujo um pouco dos livros muito famosos. Todo mundo gosta??? Eu vou gostar, eu vou gostar, eu vou gostar. É... não gostei.
Então eu estava um pouquinho receosa com Sombras do Medo. Todas as resenhas que eu vi eram positivas. E eu não entendia bem o porquê disso. Afinal, quantas distopias nós temos por aí?

Bem, eu não entendia até ler o livro. Agora eu entendo. E agora eu digo: Criar expectativas nem sempre é ruim. Alguns livros tem o poder de nos surpreender ainda mais.

Sombras do Medo é narrado em terceira pessoa e conta a história de Anabele e da sociedade em que vive. O mundo foi dividido em 5 grandes territórios. E cada território foi dividido em duas classes. Os ordinários (povo) que vivem uma vida terrível e trabalham apenas para a sobrevivência e os singulares (ricos) que vivem protegidos por uma muralha, onde tem água e comida em abundância.
Tudo era perfeito (?) nesse mundo, até que alguns ordinários começaram a desaparecer. Pouco tempo depois, o caos se instala. Além dos desaparecimentos, fogo que congela começa a aparecer e estranhas criaturas surgem nos céus.
É aí que uma guerra começa. Afinal, como lutar contra aquela sociedade e contra as criaturas das trevas?

Como vocês devem ter percebido, Sombras do Medo é uma distopia com fantasia. Arriscado? É, é arriscado. Mas essa é a grande vantagem de ser autor não é? Ousar. E a Camila ousou maravilhosamente bem.
Eu gosto de fantasia + eu gosto de distopia = Eu AMEI o livro da Camila.
O livro é bem curtinho, então eu li assim, em uma tacada só. Quando vi: já li.

A escrita da autora é gostosa e leve, mesmo que os temas abordados em distopias não o sejam. A Camila conseguiu colocar até mesmo um pouco de humor na história.

"Anabele sentiu vontade de esbofeteá-lo. Como era ousado! Mas suas pernas, involuntariamente a levaram para perto dele. Sentiu então, vontade de esbofetear suas próprias pernas."

Sim, eu ri lendo esse livro. E chorei também.

Também temos um romance e ele é muito bonitinho.

"Sacrificaria um futuro juntos, para assegurar que ela ao menos tivesse um. "

Apesar de que algumas pessoas possam dizer: "achei que o romance se desenvolveu muito rápido." Óh puxa. Você nunca deve ter conhecido alguém em uma balada e beijado na mesma noite né? Isso sempre funciona? Não, nem sempre. Mas aqui funcionou.

Os personagens principais são muito bacanas. A Anabele tinha tudo para eu não gostar dela. Boba, ingênua e boazinha. Mas eu gostei muito dela. Ela é corajosa e ajuda os outros, sem esperar nada em troca.
Seu par romântico é engraçado, divertido e tudo de bom.
E seu melhor amigo, o "guarda-costas" é sensacional também e muito real.
E antes que alguém pergunte, não, não temos um triângulo. A Anabele é muito decidida nas questões do coração. Hehehhe
A mensagem que o livro traz é linda e deveria entrar na cabeça de todos nós. Algo tão simples, mas que a maioria de nós esquece no corre corre diário.

Como ponto negativo, só posso reclamar da revisão. Mas isso já é quase clichê nos livros né? heheheh. E a letra é meio quadradona e isso incomodou um pouquinho no começo :P Mas nada que me faça não indicar essa obra a todos vocês.
Então como vocês devem ter percebido, eu super adorei essa obra e indico para você: amante de fantasia, de romance, de distopia. Espero que tenha a oportunidade de ler e se encantar tanto quanto eu.

site: http://profissao-escritor.blogspot.com.br/2015/04/sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
Imensamente feliz por ter superado suas expectativas. Que responsabilidade! hahaha Obrigada pela resenha e por disponibilizar um pouquinho do seu tempo para ler o SdoM




tainan.barbozageneroso 09/05/2015

Uma distopia incrível
O livro "Sombras do medo" é uma distopia da autora Camila Pelegrini, publicado pela editora Garcia Edizioni no ano de 2014 e contém 194 páginas.
O enredo se inicia com a raça humana em crise e se dividida em ordinários, os quais são pobres e visam apenas a sobrevivência e os singulares, detentores da água e privilegiados, eles vivem na capital que é protegida por uma muralha, os ordinários costumam ir lá apenas para trabalhar.
Ordinários queriam sobrevivência. Singulares queriam o mundo para si. Tinham propósitos muito diferentes.
Como protagonista temos Anabele, uma ordinária, que se mostra madura em frente às situações vividas. Isso é muito positivo, pois prefiro personagens que encaram de frente os problemas e não ficam apenas se lamentando.
Na obra ainda temos um triângulo amoroso envolvendo Anabele, seu melhor amigo Vincent, o qual sempre foi apaixonado por ela e nunca teve coragem para se declarar, e Henry, um garoto misterioso novo no lugar. Porém, não é aquele triângulo amoroso típico que vimos a mocinha indecisa, Anabele sempre soube o que queria. O foco da obra não é o romance e sim o mundo devastado e a guerra que está por vir.
Recusava-se a aceitar que os singulares não abrissem os portões. Não era ingenua ao ponto de pensar que eram bondosos o suficiente para para deixá-los entrar, mas se tinha certeza de algo, era na maldade dos singulares e no prazer que sentiam matando-os pouco a pouco.
A leitura começa lenta, mas em um determinado ponto do livro, você se prende de uma maneira que não quer largar, pois precisa saber o rumo da história.
Outro ponto positivo na trama é que os personagens são realistas, ou seja, não existem personagens perfeitos.
É uma linguagem simples, que flui bem, descritiva na medida certa: ao ponto de imaginar a cena e não interferir no andamento. A letra é de tamanho normal, dá para ler tranquilamente e o espaçamento entre linhas é simples.
Outro ponto positivo na trama é que os personagens são realistas, ou seja, não existem personagens perfeitos.
Além disso, a obra também mistura fantasia, mas isso foi feito com naturalidade pela autora, os elementos foram se misturando aos pouquinhos com o enredo.
A leitura começa lenta, mas em um determinado ponto do livro, você se prende de uma maneira que não quer largar, pois precisa saber o rumo da história.
Com respeito à comparação com Jogos Vorazes, ambos são distopias, com protagonistas fortes, mas com enredos diferentes. Mas Sombras do Medo não fica devendo em nada para as distopias estrangeiras, é de qualidade.


site: http://www.eucurtoliteratura.com/
camila.pelegrin 23/05/2015minha estante
liiinda, mil vezes obrigada pela resenha incrível!




Calma Sem Pressa 01/06/2015

Sombras do Medo é uma distopia, e como uma boa distopia, a sociedade está um caos.
Sombras do Medo é uma distopia, e como uma boa distopia, a sociedade está um caos.

Todos os pontos negativos da nossa sociedade atual encontram-se ampliado na trama. Por exemplo, a diferença de classes que existe entre as pessoas, aqui nós temos os singulares, que são pessoas que vivem dentro de uma muralha. Essas pessoas monopolizam as últimas reservas de água, tem acesso as últimas espécies de fauna e flora, em contra partida, do lado de fora da muralha os ordinários trabalham incessantemente para que o bem estar das pessoas de dentro da muralha continue, os ordinários recebem provisões minimas para sobreviverem e continuarem trabalhando até a morte.

O plot da história é basicamente esse. Arthur é o presidente da província em que Anabele vive, tirano não poupa esforços para que os singulares continuem tendo conforto. Anabele a protagonista é um ordinária, bondosa, ajuda seus vizinhos mais necessitados. Ela tem uma quedinha por Henry um forasteiro recém chegado na província.

A lógica desse mundo começa a ruir quando, após um som aterrorizante as pessoas desmaiam e ao acordarem algum conhecido sumiu. Um grande mistério se inicia e o cotidiano de singulares e ordinários se vê abalado.

Gostei muito da escrita da autora, Camila consegue terminar vários capítulos com um super cliffhanger, de te deixar morrendo de curiosidade. O enredo é bem construído e desenvolvido e ao longo da páginas viradas eu ficava ainda mais curiosa para desvendar os mistérios da trama.


Anabele é um menina doce e corajosa, que deseja acima de tudo justiça, igualdade entre as pessoas. Me identifiquei muito com a personagem pois diariamente me sinto indignada com várias características da nossa sociedade, principalmente a desigualdade entre as pessoas, se você tem poder, dinheiro, fama, você tem acesso a benefícios, e as pessoas que não tem nada disso se sujeitam a condições muitas vezes inumanas. Em Sombras do Medo a vida dos ordinários é exatamente assim, só que com as coisas ruins mais ampliadas.

''Anabele havia crescido nesse mundo em que os recursos naturais eram controlados e distribuídos pelas cinco capitais, onde viviam os singulares. Mas ela, Amanda, havia vivido ainda na época em que o planeta era divido em países e embora já houvesse injustiças, costumavam conhecer algo chamado liberdade.''

Um dos motivos para a distopia ser meu gênero literário preferido é isso, um vislumbre do futuro que essas obras proporcionam, mensagem que elas passam, de que é necessário mudar, se não realmente caminharemos para esse caos.

Camila foi inovadora ao criar a ameaça da trama, os vilões são as próprias pessoas e somente uma cura "universal" é capaz de salvá-los, adorei! Sensacionalmente conduzido e finalizado!

Se você gosta do gênero esse livro é super recomendado. Com um toque de romance, uma protagonista forte e gentil, ação e uma mensagem muito bacana, Sombras do Medo vai te conquistar logo na primeira linha. É impossível parar de ler antes do fim!

A capa é lindíssima, ainda mais pessoalmente, a diagramação da Editora está ótima, deixa a leitura ainda mais cativante.

XoXo!

site: http://www.deixaela.com/2015/06/resenha-sombras-do-medo.html
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
resenha muito top!!!!




Willian 01/06/2015

Livre, leve e solta a escrita de Camila
Não falarei a sinopse aqui, pois a mesma pode ser lida em qualquer uma das outras resenhas ou clicando ali do lado na sinopse. A escrita da autora é muito boa, é um livro extremamente gostoso e fácil de se ler. Mesmo que você acabe não gostando, por não ser muito chegado à distopias, certamente não terá problema com iniciar a leitura e terminá-la, deixando realmente o lado negativo do livro para algo mais pessoal, porque a escrita é realmente bem fluída.

A quantidade de personagens é relativamente grande, para uma autora estreante e ela soube lidar bem com o espaço de cada um deles. A narrativa dela permite uma visão mais abrangente da situação como um todo, não adentrando especificamente na mente de apenas um personagem, como acontece em livros em primeira pessoa. Talvez realmente, para a proposta desse livro, esse tipo de narrativa tenha sido perfeito, não haveria outro jeito melhor.

Por fim, há toda uma base crítica que a autora aproveitou com a estória e explorou de forma bem interessante durante todo o livro. O mais legal é que a mensagem fica muito clara no final do livro, vale citar que não encontrei pontas soltas, não vai ser aquele livro que vai terminar de ler e se perguntar "Qual é a moral da estória? Qual a mensagem que o ele/ela quis passar?"

Reconheço que gostaria de saber mais sobre o passado, mas entendo também que essa nossa ânsia de querer entender mais sobre um determinado ponto no livro demonstra justamente o quanto nos apegamos a ele, de alguma forma. E com um pouco de bom senso entendemos que é complicado lançar um livro exageradamente grande, sendo um autor estreante, no Brasil ainda por cima.

Tenho uma resenha mais completa e detalhada no meu blogue, só seguir o link destacado abaixo, quem estiver interessado em debater, sintam-se em minha casa rs



site: http://arte-comvida.blogspot.com.br/2015/01/resenha-de-sombras-do-medo-camila.html
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
obrigada sempre




Jooy 06/06/2015

Confesso que não sei bem por onde começar com essa resenha haha, quando recebi o livro tive a impressão de ser "só mais uma distopia como todas outras", pelo fato de geralmente muitas terem grandes semelhanças. No início da leitura eu me permiti fazer uma pequena comparação com Jogos Vorazes (quem já leu poderá me entender), vou explicar o motivo:

Em Sombras do Medo somos apresentados aos considerados "Ordinários" que são aqueles que vivem de forma inferior aos "Singulares", e a minha comparação foi que os Ordinários nos faz lembrar um pouco dos "Distritos", e os Singulares nos fazem lembrar da Capital, não pela maneira extravagante de se vestir, mas sim por eles serem considerados superiores aos Ordinários, e terem tudo do bom e do melhor. Mas, acabei sendo pega de surpresa, pois, um dos assuntos relatados era a ESCASSEZ de água, ou seja os ordinários trabalhavam para terem em troca água, naquele tempo raramente chovia, e os recursos naturais já eram quase extintos.


"Ordinários queriam a sobrevivência. Singulares queriam o mundo para si. Tinham propósitos muito diferentes."

Como protagonista temos Anabele, uma jovem ordinária cheia de determinação sem contar com o enorme coração, ela sempre estava disposta a ajudar o próximo, mas tinha um grande rancor com os singulares, ela vivia com sua mãe Amanda em uma casa simples, seu melhor amigo era Vicent, ele sempre fora apaixonado pela amiga, mas ela nunca percebeu.

Um jovem e belo forasteiro que era conhecido como Henry, começou a viver entre os ordinários, e em pouco tempo conquistou a confiança de todos, ele era dono de um charme e senso de humor sem igual, isso acabava irritando muito Anabele, mas com o decorrer ela vai sedendo ao charme do rapaz.


"Entorpecida com as palavras, Anabele só percebeu que não estava sonhando quando sentiu os lábios dele tocarem os seus....Sentia o frio percorrer sua espinha, ao mesmo tempo em que sentia seu coração ser aquecido. Não pensava. Apenas sentia."

Mas o que ela nem imagina é que Henry não é quem ela imagina ser, e descobre da maneira mais complicada e dolorosa que alguém poderia descobrir, em meio a guerra e destruição.
"Era a decepção, o engano, o arrependimento, a vergonha de ter acreditado, de ter se deixado levar por palavras que ofereciam o conforto que não conseguia encontrar de outra maneira."

Como o nome do livro é 'Sombras do Medo', já da para ter uma ideia, em um mundo onde pessoas eram divididas, onde haviam uma mistura de sentimentos ruins, onde o medo falava alto, todas as ações uns contra os outros teria um resultado, e jamais poderíamos imaginar que o nosso maior inimigo, somos nós mesmos.


"E naquele exato momento, em que se tratava a maior guerra de todos os tempos, aquela que poderia decidir se a raça humana seria finalmente extinta, eles, humanos, ainda não conseguiam enxergar que dependia deles, e somente deles, como a batalha terminaria. Bastava escolher um lado, alimentar somente uma igreja."

O medo, o ódio, a indiferença só alimentava criaturas, que a muito tempo viveram fracas e escondidas, mas cada vez mais que sentimentos ruins crescessem entre as pessoas, mais fortes elas ficavam. E bastava atitudes simples, que acabaria com todo o mal. A explosão de uma enorme muralha não significaria apenas o fim das tão terríveis criaturas, mas significaria um novo começo.


"Na verdade não sabia como não haviam percebido antes. Se a maldade era o que alimentava os Venoms, o que os deixava mais fortes, somente a bondade poderia destruí-los. E o primeiro sinal significativo dela após tanto tempo de divisão egoísta e autoritária fora com a abertura dos portões reunindo finalmente ordinários e singulares, por um motivo: a sobrevivência mútua."

Para finalizar ao ler Sombras do Medo, podemos ver que muitas coisas retratadas no livro estamos vivendo, como o egoísmo, ódio, indiferença, dentre outros. Também não preservamos o mundo em que vivemos, pois o poluímos, estamos acabando com as árvores, não valorizamos a água que é um dos bens mais valiosos que temos, 'matamos, roubamos uns aos outros'. É realmente uma história surpreendente, que te envolve do início ao fim. Você vai ri, se apaixonar, vai ficar aflito(a), vai sentir um pouco do que os "Ordinários" sentem, vai sentir a emoção crescer a cada página lida, provavelmente prenderá o fôlego em alguns momentos. E no final ficará com a famosa ressaca literária, eu já estou pensando até em reler haha.

Estou fechando o mês de março com chave de ouro, uma das leituras brasileiras que mais me surpreendi, não somente pela qualidade, mas em como a fantasia misturada com uma dose de realidade pode nos fazer repensar em muitas de nossas atitudes. Não vejo a hora de poder me deleitar com mais obras da escritora Camila Pelegrini.


Então esta mais do que recomendado Sombras do Medo, e claro ele já virou um dos meus favoritos.


site: http://intoxicadosporlivros.blogspot.com.br/2015/03/resenha-sombras-do-medo.html
camila.pelegrin 06/06/2015minha estante
mas que rápida!!! haha nunca vou me cansar de agradecer por suas palavras mais lindas e doces!!!
Ameiii




Ítalo Oliveira 06/06/2015

Resenha do livro "Sombras do Medo"
Sinopse:
Em um futuro pós destruição em massa, provocada pelas guerras humanas e desastres naturais - para os quais os humanos também contribuíram grandemente - o mundo é dividido em 5 grandes regiões. Em cada uma delas vivem ordinários e singulares, pessoas com ambições completamente diferentes. Estes dominam o mundo. Aqueles tentam tão somente sobreviver. E ao viverem dessa forma, a bondade beira a extinção. O caos reina em seu lugar, despertando forças malignas que há muito esperam para serem alimentadas. A maior guerra de todos os tempos finalmente começa e a humanidade já se encontra em desvantagem. E em meio a tanto ódio e destruição, será o amor capaz de afastar as Sombras do Medo?


Olá meus queridos, hoje vim falar de um livro maravilhoso e super fofo da minha querida amiga Camila Pelgrini. Como vocês já devem ter percebido, vim fazer a resenha do livro Sombras Do Medo!

O livro me chamou atenção de cara por ser uma distopia fantástica, ou seja, se passa em um mundo pós destruição em massa, mas o diferencial dessa distopia foi ter fantasia.
O mundo não é mais o mesmo, não existem mais países, mas sim regiões, 5 para ser mais exato. Elas são chamadas de Capitais. As capitais são grandes cidades que estão dentro de grandes muralhas que as distanciam das províncias. As pessoas que vivem nas capitais são diferentes das que vivem nas províncias. As que vivem nas capitais são chamadas de Singulares e as que vivem nas províncias são chamadas de Ordinários.
Esse foi um dos pontos que me chamou atenção, mas até aí tudo bem, é uma coisa comum nas distopias, sempre existem as pessoas mais ricas e as mais pobres, mas o melhor veio a seguir.
Os ordinários trabalham duro para receber apenas comida, poucas roupas - quando recebem - e outras coisas essenciais para sobreviver, só que tudo é muito reduzido. - isso já foi o bastante para partir meu coração. -
A nossa protagonista se chama Anabele, ela é uma ordinária, mas não é conformada com sua vida como a maioria das outras pessoas. Ela é uma pessoa boa, meiga e que adora ajudar os outros, é uma jovem muito bonita, tem 21 anos mas aparenta ter muito menos. Anabele mora com Amanda, sua mãe, ambas tem Vicent - melhor amigo de Anabele. - como protetor e amigo. Eles vivem com precariedade, mas são felizes. Enquanto os singulares vivem bem e esbanjam dinheiro.
Anabele, Vicent e Amanda vivem na província da maior capital, mas isso não muda as suas condições. E existe um forasteiro chamado Henry, que chegou a pouco tempo, as pessoas gostam dele, mas Anabele o acha muito metido, NÃO É SPOILER: Mas , tá na cara que Henry e Anabele se gostam.
Uma das coisas que gostei mais no livro foi a química entre a Anabele e o Hnery, são duas pessoas totalmente diferentes, mas que deram certo. Sabe aquele ditado que diz que os opostos se atraem? Então, é bem por aí...

Embora Henry sendo um cara legal, mesmo sendo metido, ninguém sabe nada dele, mas mesmo assim ele conquistou o coração da nossa querida Ane, mesmo ela dizendo que não quer nada com ele.
Mas, o que acontece? Então... Coisas estranhas começaram a acontecer com os ordinários, pessoas começam a morrer, você escuta um grito e quando vai olhar as pessoas estão mortas, todas as pessoas tem o mesmo pesadelo e, parece que o pesadelo ultrapassa os seus sonhos e se torna real a cada dia, outra coisa estranha é o fogo, ele se transforma em gelo e, isso começa a preocupar Anabele.
Conforme você vai lendo o livro você vai se apaixonando pela história, você descobre quem é o vilão, qual o motivo de sua existência e como se pode derrota-lo . Esse livro mexeu muito comigo, por que ele é um livro muito sentimental, a mensagem que ele passa é muito linda. Eu nunca vi um mundo distópico tão terrível.
Não existe mais bondade, os singulares estão sendo corroídos pelo egoísmo e os ordinários estão sendo mortos pelo medo. É como se não existisse mais bondade no mundo, como se a humanidade tivesse morrido junto com todo o resto.
A forma que a autora usou o vilão para passar a MORAL da história foi incrível. É um livro cheio de segredos e paixão. Te envolve do começo ao fim!
Assim que comecei a ler eu senti que estava assistindo um filme, sabe quando você tá lendo algo e você consegue imagina-lo de uma forma clara? Foi mais ou menos isso com Sombras do Medo. Quando cai sua ficha do que o livro tá falando você começa a dar mais valor as pequenas coias que você tem, pelo menos isso aconteceu comigo.
Sombras do Medo arrancou de mim risos e lágrimas, e isso é o essencial para um livro ser bom. Eu não tenho um ponto negativo do livro, só imaginava o fim de outra forma para alguns personagens, mas foi tudo lindo.
Se eu continuar a falar eu só vou repetir minhas palavras e elogiar mais ainda e ainda por cima dar spoilers. Só digo uma coisa: Leiam esse livro, por tudo o que é mais sagrado
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
meu querido da resenha linda!




Khrys Anjos 06/06/2015

Uma imensa lição de vida
A humanidade levou a raça humana quase a extinção. Dos poucos sobreviventes foram criadas 5 regiões onde os ordinários eram subjugados pelos singulares.

E no meio dos massacrados ordinários conhecemos a doce Anabele. Ela é uma jovem batalhadora que está sempre ajudando os mais necessitados.

Ela mora com a mãe Amanda e tem no seu melhor amigo Vincent o irmão que não teve (mas será que é assim que ele a vê?). Trabalham de sol a sol para ter direito a um pouco de alimento e água.

Até que um “forasteiro” aparece e a faz conhecer um outro lado da vida. Henry com seu jeito sarcástico e charmoso acaba por conquistar o amor da Anabele e a raiva do Vincent.

Mas logo todos se veem vivendo um horrendo pesadelo. Ordinários começam a sumir, a população passa a ter sonhos macabros e finalmente descobrem o motivo dos sumiços.

Assim começa uma verdadeira guerra pela sobrevivência. Eles precisam se defender de monstros voadores e dos soldados dos singulares que fazem de tudo para aniquilar os rebeldes.

Para vencerem as sombras acabam se unindo e criam a oportunidade perfeita para destruí-las.

Mas o casal tem que passar por uma prova de fogo antes de finalmente poderem se unir. A confiança e a fé no amor são testadas até o limite.

E o futuro dos humanos fica aparentemente garantido após a queda da grande muralha.

A Anabele e o Henry formam um casal de opostos que se atraem literalmente. São criados para serem uma coisa mas lutam contra esta ditadura que determina o que podem ou não fazer.

Quando se conhecem criam uma ligação tão forte que nem mesmo as sombras foram capazes de romper.

Henry quer ter a chance de ser feliz e se tornar uma pessoa melhor. A Anabele transmite este desejo ao ser do jeito que é. Um completa o outro como pessoa.
Quando suas vidas passam a correr um grande perigo esta ligação os mostra o caminho certo a seguir.

Os monstros são vencidos pela união de todos ao libertarem seus corações de todos os sentimentos negativos carregados durantes tantos anos.

A narrativa da Camila é simplesmente eletrizante. Você não consegue largar o livro enquanto não chega ao final da história. Com os capítulos sendo curtos fica ainda mais difícil.

A mensagem transmitida pela história é uma grande lição da verdade para o ser humano.

Nós alimentamos um monstro quando nos deixamos envenenar pelo ódio, pela inveja, pelo egoísmo e por todos os sentimentos ruins. Quanto mais lhe damos poder mais ele cresce até que chega um momento que nosso corpo se torna pequeno para a sua expansão.

Assim ele sai e mostra toda a sua “beleza” para o mundo. E a maneira como os outros lidam com este ser acaba por lhe fazer crescer ainda mais.

O medo deve ser um sentimento que nos crie juízo e nos impeça de cometer atos que coloquem nossa vida em risco. Porém jamais devemos deixar que ele nos paralise e nos faça ficarmos aterrorizados com o que nos acontece.

Quanto mais lhe damos o poder de manipular a nossa vida menores nos tornamos até sermos dizimados por ele restando apenas uma casquinha do que costumávamos ser.

Além de lutar contra as sombras Anabele também precisou lutar contra o rancor que sentia pelo pai do Henry. Acredito que esta foi sua verdadeira batalha. Os monstros ela logo aprendeu a destruir mas teve que rever seus conceitos como pessoa para decidir se queria ser feliz vivendo o amor ao lado do Henry.

Eu fiquei completamente extasiada com esta leitura e virei fã da Camila. A maneira dela dar vida a estes personagens e narrar esta história é avassaladora. Poucos têm este dom.

Teve 2 momentos que me deixou muito triste que envolveram o Jhou e o Vincent. Queria um final diferente para eles.

As Sombras só irão escurecer a Luz se permitimos que o medo nos domine. Para haver Sombra é necessário que exista a Luz. Uma não vive sem a outra. Mas o tamanho desta existência é que faz a diferença. Um pontinho mínimo de Luz é capaz de fazer com que a Sombra fique reduzida ao tamanho que deve ter: minúsculo.

Esta é uma história para os amantes de ação, aventura, romance, drama mas principalmente superação.

site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2015/04/resenha-sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
eu amei tanto sua resenha




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