Fúria (Rage)

Fúria (Rage) Stephen King...




Resenhas - Fúria (Rage)


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Lucas_Callisto 16/01/2023

Já acabou, Jéssica?
Esse livro é assustadoramente pesado quando paramos pra analisar todo o contexto. Só é tão procurado assim por causa de seu banimento, e devido a minha curiosidade eu precisava saber de tudo sobre esse livro, não somente para entender o que falavam sobre ele mas também por causa da ordem cronológica dos livros do King.

Fúria é um suspense psicológico que foi escrito pelo King aos seus 19 anos, ele ainda não tinha amadurecido sua escrita e por isso senti a maneira de como o King narra suas histórias destoar bastante aqui. Quem já leu algum livro lançado sob o pseudônimo de Richard Bachman entende como é o "Estilo Bachman"; brutal, essa é a palavra, e Fúria tem muito isso.

É chocante como o Charles conta sua história, sua linguagem vulgar, seus pensamentos, ele é muito doido. E filho de peixe...? EXATO! Peixinho é, o pai do Charles é doentio também. Os colegas que ele mantém de refém, é insano como só o Ted tem noção das coisas, e o desespero de Irma e Grace naquela situação, muito psicológico. Torci muito pro atirador dá só uma nele, e quando aconteceu minha cabeça explodiu! Quem leu sentiu.

Muito já foi falado sobre a história que gravita na órbita da polêmica desse livro, que por sinal está fora de circulação tem bastante tempo. Sinto muito pelo King ter se sentido gravemente atingido quando cogitou que foi responsável pelo "impulso" dos psicopatas terroristas que fizeram seus massacres nas escolas dos Estados Unidos. Quem porta essa doença vai se sentir motivado por qualquer coisa, mas que ser humano com a mente saudável iria querer seu nome atrelado a uma fatalidade pesada como essa para sempre?

Não gostei muito dos diálogos, a obra por completo não está no nível máximo do King, mas não achei uma atrocidade como julgam ser. Tinha enorme potencial para dar certo se os personagens fossem mais aprofundados, com mais descrições. Houve sim uma boa clareza sobre sua crítica social, o King é mestre nisso, mas ainda faltou muito.

Estranhamente, mesmo com o que foi entregue ainda me prendeu bastante, porém estou avaliando mais criticamente. (O King é o único que faço isso pois senão quase todos os seus livros seriam 5 estrelas).

?A loucura acontece quando a gente não consegue ver mais os pontos com que costuraram o mundo.?
Fabio 06/07/2023minha estante
Ótima resenha Lucas, Parabéns!


Gii 06/07/2023minha estante
Fui tentar escutar um audiobook mas me senti tão mal que dropei. Procurei um vídeo que me resumisse o livro, foi melhor.
Ótima resenha !!!


Lucas_Callisto 06/07/2023minha estante
muito obrigado fábio!!


Lucas_Callisto 06/07/2023minha estante
obrigado gii! :)
realmente esse livro, além da bagagem q ele carrega, ainda possui momentos angustiantes em suas cenas... eu li sabendo de todo o contexto mas desde quando o charles começou seus horrores foi como reviver os dias das notícias dos ataques terroristas nas escolas.
o bachman até agora me mostrou histórias q trabalharam muito o psicológico dos personagens.


vits_maria 20/07/2023minha estante
por onde vc leu? aaaaa


Lucas_Callisto 20/07/2023minha estante
eu li por e-book disponibilizado pela comunidade stephen br ^^




miri.miri 15/10/2023

O livro proibido do Stephen King e o primeiro que li dele.
O começo desse livro é bem impactante e frenético, porém ele inteiro praticamente se passa em um único local e única situação. Isso me fez demorar pra lê-lo pela sensação de não parecer estar saindo do lugar, apesar de ser interessante e ser quase num formato de peça teatral (seria uma ótima peça inclusive por ter poucos cenários e boa parte de tudo se desenvolver verbalmente). "Fúria" é uma obra que contém bastante flashbacks da vida de seus personagens (que são jovens estranhos, que estão numa situação super tensa, porém não reagem de acordo). É mais relacionado com traumas do que com a violência em si, mas é claro que ela é bem presente aqui, todas as cenas violentas do livro são secas e ajudam a construir o clima.

Como meu primeiro contato literário com esse autor, posso dizer que ele sabe enrolar, mas também sabe desenvolver bem e criar impacto mesmo com pouco.

O que não me agradou tanto foi alguns detalhes ou diálogos inúteis/fúteis que felizmente não são muitos, e certo excesso de personagens insignificantes também. Bacana que os personagens vão criando certa conexão através das histórias que contam, todas com elementos "desconfortáveis". Não é uma leitura para qualquer um, é pesado de um jeito diferente.
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Samukk 03/12/2023

Ok ok ok
A ideia é o ponto forte , já não posso dizer o mesmo sobre a forma, que o king conta essa história. Prefiro os pensamentos de Charlie , do que os diálogos dos personagens. Prefiro a ideia base, do que a execução!
Não recomendo para pessoas sensíveis. Tá afim de violência e maluquice ?? Talvez a encontre por aqui.
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Marcos.Detanico 13/04/2021

Nem parece do King - Esperava Muito Mais
Decepcionante, não gostei, achei uma história muito arrastada e repetitiva, os personagens são chatos e o protagonista irritante em uma situação que não é crível, pois entra um aluno mata dois professores e não gera espanto, aos alunos que mesmo observando dois professores sendo executados lidam com aquilo como se fosse a coisa mais comum do mundo. Ninguém se desespera, ninguém fica com medo, simplesmente nada. Pelo contrário, todos permanecem serenos a tudo, com praticamente todos apoiado o causador da situação e somente um, querendo fazer alguma coisa.
A premissa é interessante o desenvolvimento é maçante e o desenrolar previsível e até irritante.
Não sei se é por causa do ebook que encontrei para ler, mas é um livro extremamente caótico e confuso, que nem parece do King (que é um dos meus autores favoritos), enfim, fúria me proporcionou uma leitura cansativa e desinteressada.
Totti 13/04/2021minha estante
Eu tive frustação similar com o King esse ano ao ler A Maldição do Cigano. Achei que seria bem melhor do que foi. Ai encontrei bem isso, uma história arrastada e difícil de engolir.


Marcos.Detanico 15/04/2021minha estante
A maldição do cigano sunga não li, mas se for parecido com fúria, acho que não vou gostar também


Edson.Gabriel 05/12/2021minha estante
A onde vc conseguiu encontrar fúria pra vender???


sem apelido 28/03/2023minha estante
"pra vender" kakakakakak




GioMAS 21/05/2023

O livro banido de Stephen King. Uma das criações de Bachman.
00h.55min.

Narrativa - ainda - mais direta e amarga, porém sem perder o gostinho de King.

Certa vez, em um dos livros de King, deparei-me com uma das máximas da "escrita criativa de terror". Não conseguirei citar com as mesmas palavras, mas era mais ou menos assim: quando o escritor, por repentina dispersão criativa - ou seja lá o que for-, não convence com terror, "vai" de horror, e certamente conquistará a audiência.

Provavelmente, trata-se de um dos trechos de "Dança Macabra" ou "Sobre a Escrita", não sei, não me recordo.

O fato é que, neste livro, escrevendo como Bachman, King não se vale de nenhum dos dois estilos. O que temos aqui é uma imersão na mente adolescente, sem firulas, com toques certeiros de ironia e arrogância, necessários para caracterizar um jovem desajustado o suficiente para matar.

Não pretendo discorrer sobre o enredo da estória, sufientemente explorado nas demais "resenhas" e até mesmo nos "históricos" que fiz no decorrer da leitura.

Limito-me a afirmar o seguinte: King não precisa explorar o terror para dissecar a alma humana e suas nuances. Neste livro, o autor reafirma sua capacidade inquestionável de traduzir a mente adolescente sem recorrer a trivialidades e discursos banais. Faz referências irônicas às premissas equivocadamente atribuídas à psicologia e anuncia como o ser humano é vulnerável.

Charlie, mais do que um aluno rebelde e violento, é o reflexo do inconsciente do jovem transgressor, impulsivo e muito carente. Diria até que o protagonista padece de sociopatia, mas é mera presunção.

Para os leitores atentos, é possível ultrapassar o sentido literal dos diálogos e relações, avançando para reflexões mais profundas, sobre o sentimento de pertencimento - ou inadequação - e o âmago dos vínculos sociais - decadentes, diga-se de passagem.

O jovem não consegue lidar naturalmente com a encenação dos adultos. Por vezes, a inadequação resulta em tragédias. Felizmente, na maioria das vezes, o resultado se restringe a bebedeiras, ressaca moral e física, além de um baseado ou advertência escolar - ufa.

King descreve com maestria o resultado mais danoso. O adolescente que, munido com a arma do pai, quebra todos os padrões e parte para violência. Não por acaso, este é o livro banido de Stephen King.

King não precisa se valer do terror, tampouco do horror, para despertar a perplexidade.
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Alyson.JesuAno 24/10/2021

Catarse
Bem... Esse livro levantou polêmicas, discussões e até proibições. Mas tenho pra mim, que, quando alguém possui uma pré-disposição ao que quer que seja, irá interpretar qualquer coisa como inspiração, incentivo, sinal, resposta? A verdade é que a loucura humana não tem limites, e muitos só estão esperando um empurrãozinho para dar voz ao seu lado mais sombrio e macabro.
É isso.
Adorei o livro e recomendo demais.
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Luiz 12/12/2010

Polêmico
Finalmente li Fúria (Rage), uma das histórias mais antigas de Stephen King, publicada sob o pseudônimo de Richard Bachman. O fato mais curioso a respeito deste trabalho é que sua publicação está proibida pelo próprio autor. Mas o que há de tão polêmico nesta noveleta?

Fúria é sobre o adolescente Charles Decker, aluno do colegial que vai armado para a escola, mata dois professores e mantém uma classe de mais de 20 alunos como reféns. O drama lembra vários casos reais que aconteceram nos Estados Unidos recentemente, e o livro poderia inspirar novos massacres − daí seu banimento. Porém, esta não é, nem de longe, uma das histórias mais violentas de King. Seu maior problema é de ordem moral.

Confesso que gostei do conto, mas como a maioria dos trabalhos do autor, há pontos baixos. E o principal problema que observei diz respeito à verossimilhança da história. Bem, eu não sei o que aconteceria de verdade caso algum adolescente mantivesse minha turma como refém, mas achei um pouco forçados, por exemplo, os momentos em que alguns estudantes, inspirados pelo sequestrador, começam a narrar suas experiências sexuais para a classe.

Mas a ideia de King foi interesante: usar aquela situação, de um grupo de jovens problemáticos entre quatro paredes, sem a presença autoritária de um professor, para realizar uma terapia em grupo e lavar a roupa suja. O problema está nos momentos em que a tranquilidade deles não condiz com o fato de terem acabado de ver dois professores sendo assassinados por um colega e de estarem sob a mira de um revólver.

Quem leu O Nevoeiro vai achar o eixo da história bem semelhante. Pois, assim como naquele conto, Fúria mostra o que pode acontecer com um grupo de humanos enquanto estão presos em um mesmo cenário e sob uma perigosa ameaça. O terror não está no elemento estranho que comanda a situação, mas sim no comportamento das vítimas.

Assim como em O Nevoeiro o Mal era representado não pelos monstros, mas por uma fanática religiosa, em Fúria não é o jovem armado que é o vilão, mas sim Ted Jones, um dos reféns. Bonitão e metido a galã, Jones é o único que parece não compreender a ação de Charlie, e é ele quem pode tentar dominar o sequestrador e acabar com a festa.

Até aí tudo bem, pois King realmente consegue fazer com que Ted pareça o vilão. Principalmente porque ficamos conhecendo os dramas pessoais de Charlie Decker, e o encaramos não como um psicopata assassino, mas como um jovem comum, cheio de problemas familiares e com poucos amigos - que poderia ser qualquer um de nós.

O problema é que o conto sugere que a atitude do protagonista é justificável, e que ele fez um bem a mais de vinte colegas ao entrar naquela sala de aula com uma arma.

Além disso, ao retratar praticamente todos os adultos da história como pessoas estúpidas e cheias de defeitos de caráter, King soa maniqueísta. Ele praticamente converte o verdadeiro bandido da história em um simpático e corajoso herói adolescente.

E a turma que está sob sua mira não fica muito acima em termos de moralidade, pois nenhum dos estudantes parece se importar muito com o fato da professora ter sido baleada na frente deles. Durante todo o conto o corpo dela fica caído no chão, e ninguém, em nenhum momento, tenta conferir se ela realmente morreu. Preferem, ao invés disso, ficar revelando os segredos sujos dos outros, rindo e se xingando.

E apesar de King investir na tensão conforme o final da história se aproxima, o leitor não teme muito pela segurança dos reféns. O único dos alunos naquela sala que corre o risco real de ser baleado é Ted Jones, a quem já odiamos desde o início. Mas quanto aos outros alunos, parece ficar claro que Charlie não tem a intenção de matá-los; e mesmo que o fizesse, não sentiríamos falta deles. Mas de qualquer forma, é impossível largar o livro antes de saber que fim terá aquela situação, e qual será o destino de Charlie.

Enfim, Fúria é um bom conto, mas escrito por um jovem e ainda imaturo Stephen King. A melhor forma de classificar a história é como “inconsequente”, o que a torna bastante perigosa se for lida por algum idiota capaz de pegar uma arma e invadir uma escola para mostrar que é inconformista e revolucionário.

Muito mais chocante e violento é o conto Caim Rebelado, do livro Tripulação de Esqueletos. Este, sim, retrata um massacre em uma escola, cometido por um jovem com um rifle. Conto que, curiosamente, não foi banido nem sofreu qualquer tipo de censura pelo autor.
Meiry 17/05/2013minha estante
Adorei sua resenha, acabei de ler o livro. Baixei em PDF. Só não concordo que Caim Rebelado seja mais chocante. Violento sim, chocante não. E também o achei muito ruim, e meio sem sentido.
Mas Fúria, me apaixonou. Senti uma nostalgia e saudade do colegial rs


comprido 07/07/2017minha estante
Esse livro não e um conto




Gabriel 31/01/2022

Que bom que foi banido
Sinceramente, um grande candidato a pior livro do ano. Esse livro não se parece em nada com qualquer outra coisa que eu já tenha lido do King. Foram menos de 200 páginas de sofrimento.

É mal escrito, com uma história rasa, fraca e vazia. Nada tem significado aparente, os personagens são bem aleatórios e estereotipados, a narrativa é bem [*****] e sem qualquer ponto positivo a ser declarado. O King colocou várias coisas só para chocar e o final é bem descabido. Tipo de história que eu odiei não por ser diferente do que imaginava, mas por ser realmente mal escrita.

Dou toda razão à Nath que disse que a escrita de "Fúria" era "chula".

Em off: acho que o King baniu mais porque é horrível do que por qualquer outro motivo. O pior do autor, sem dúvidas.
Tuts 01/02/2022minha estante
Não é a toa que esse era o livro de cabeceira do pessoal de columbine




Well 29/11/2021

Um pouco de nossa "Infância"
Essa história é narrada em primeira pessoa por Charlie Decker, um estudante de uma pequena cidade chamada Placerville, no Maine. Após ser expulso de seu colégio, armado com uma pistola que pertence ao seu pai, ele volta ao colégio mata sua professora e mantém seus colegas como reféns. Charlie e seus colegas começam a partir daí um jogo perverso onde cada um colocará perante todos as suas raivas mais intensas. Raivas contra o sistema educativo, contra as desigualdades sociais, contra a sociedade, contra o inevitável em suas jovens vidas.
A cada capitulo a história parece levar embora um pouco a esperança e a fé na humanidade, o livro não tem uma mensagem, um propósito, ou pelo menos para mim não pareceu ter, então apenas senti que fúria, é um livro escrito por um adolescente revoltado com um que de complexo de inferioridade querendo com essa escrita se vingar de todos que um dia ousaram ter uma imagem e vida mais perfeitas que a dele.
É como se o autor escreveu sobre si mesmo, para extravasar seus sentimentos contidos, mas como disse não houve responsabilidade, então é um livro que aborda assuntos tão importantes sem qualquer objetivo real e reflexivo.
É possível criar uma empatia com o personagem Charlie durante o livro e até se identificar com algumas das outras crianças.
Da uma impressão que todos estão gostando de ficaram ali trancados com alguém perturbado e sem empatia alguma pelo corpo da professora morta no chão, com exceção de Ted Jones que parece ser o único sensato da turma.
Mas tem um porquê. Principalmente quando cada um começa a contar o seu ponto de vista sobre as coisas da vida.
Não é um livro de terror, mas tem um conteúdo psicológico bem forte. Obviamente que o autor não deve ser culpado pelo ato dos atiradores, uma vez que cada leitor interpreta e se sensibiliza com a leitura de uma forma particular.
Se você é fã do autor vale a pena ler pela curiosidade da história, mas caso contrário, se você si preocupa muito com a escrita. Vai ter muita decepção.
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Jenni 05/01/2024

Confusa...
Parece uma releitura mal executada de "O Senhor das Moscas". É quase impossível imaginar que o King tenha escrito isso. Com certeza, o livro só ganhou fama por conta de alguns indivíduos doidos que o utilizaram para justificar crimes, porque não é bom. Apesar de ter uma boa premissa, o que me incomodou não foi tanto a violência, algo comum nos livros do autor, mas sim a falta de coerência e extrema previsibilidade.
Como mencionei no início, o livro deveria mostrar pessoas agindo em meio à sua fúria, sem se preocupar com a civilidade, depois do protagonista manter todos como "reféns" após assassinar uma professora, por um motivo que nem ele mesmo sabe. No entanto, a narrativa fica superficial; eles agiram daquela forma simplesmente porque podiam. Tinham ódio do garoto, disfarçado em uma falsa admiração, e viram uma oportunidade de fazer justiça com as próprias mãos para tentar compensar suas vidas miseráveis, simples.
?"? Você está doido, também ? disse cansadamente Ted. ? Deus, vocês todos estão ficando doidos, juntamente com ele."
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Dry 21/06/2022

"Burguês até a medula, assim sou eu"
Terrível, mas eu dou risada até agora dessa frase.. então nada melhor do que começar a resenha por ela.
Então, o que me levou a ler esse livro foi toda a vibe de livro proibido em cima dele, fui esperando um verdadeiro derramamento de sangue, mas me deparei com um livro que custo a acreditar que foi o King que escreveu, apesar de que devemos dar um desconto, se tratando de um romance escrito em 66".. publicado em 77". King evoluiu sua escrita absurdamente desde então. Mas focando nesse livro, só tenho a dizer que o personagem principal levanta vários temas a serem discutidos, sendo um dos principais, violência por parte do pai, é evidente a todo momento do livro as marcas que tais agressões geraram Charlie, a ponto de nos levar a enteder que todo seu comportamento é resultado dessa frustração paternal, em todo momento é nítido como ele associa excitação com violência.. a única coisa que realmente lembra a escrita do King neste livro é justamente isso, a forma como podemos ver dentro da mente de Charlie, e percebermos o total desequilíbrio. Foram inúmeros os comentários a respeito desse livro ter diálogos aleatórios.. mais eu acredito que a intenção foi justamente essa, transparecer alguém com uma mente desconecta, com sérios problemas psicológicos. O livro está longe de ser tão violento quanto falam, ou ser um livro realmente bom, mas é inegável que se torna viciante a leitura, não por diálogos bem construídos, ou por personagens interessantes, mas sim pelo interesse de sabermos onde todo esse alvoroço vai resultar.
A respeito da avaliação.. nunca tive tanta dúvida, mas mediante ao tempo que esse livro conseguiu me preender, acredito merecer 3,5. (Massss entendo quem deu menos)
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Gabybadgirl 18/11/2020

Aluno problemático oriundo de família problemática
Quando eu li fúria logo após ter concluído o iluminado,eu senti uma diferença na escrita, até porque o King usou um pseudonimo,o Charles é um aluno problemático que toma uma péssima decisão de aterrorizar a escola na qual ele estudou
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Gabriel1994 02/02/2023

O livro proíbido que deveria ter sido proíbido antes.
O livro proibido de King. Eu quis passar pano para esse livro antes de ter lido e agora que terminei de ler penso que realmente quem odeia e não gosta tem razão.

King é mestre, um monstro na escrita. Com Fúria li 3 livros dos 4 principais sob o pseudônimo Richard Bachman e A Longa Marcha e O Concorrente São livros muitos bons comparado a este, Fúria.

Fúria vai contar a história de Charlie Decker que depois de uma chamada de atenção, decide pegar uma arma no seu armário escolar, atear fogo no armário, entrar na sala de aula, matar a professora e mais um outro professor e fazer os colegas de refém.

O livro foi proibido pelo autor, pois eventos catastróficos, sádicos e cruéis estavam acontecendo nas escolas e campus dos Estados Unidos por conta de alunos, que encontrando motivação no livro, cometiam tal atrocidade. King se sentiu cúmplice de certa forma e proibiu o livro (exemplares encontrados no armário de alguns assassinos).

Sinceramente foi a pior leitura que fiz do autor juntamente com o conto Método Respiratório. O King escreveu um livro bom em 30%. O restante dos 70% do livro foi cagando pelos dedos.

Foi interessante as partes em que o King explorava a loucura e os acessos de psicopata de Charlie, ele conseguiu construir pontos que prendem a atenção. Só que quando saia desse lugar de explorar a loucura de Charles Decker, King se perdia completamente!!! Com uma narrativa lunática, confusa e sem nexo, me deixou doido em partes (principalmente as repletas de referências bem americanas) e eu não conseguia mergulhar no livro. Acho que consegui compreender alguns pontos do King nessa obra. Como é normalizado o mal e o absurdo quando se convive com ele, quando o mal se apresenta de forma cruel, abominável ou até mesmo sórdida, a pessoa que já conhece o mal de forma crua, não apresenta o impacto esperado. Mas o assassinato de dois professores é algo espantoso, eu não esperava alunos correndo apavorados, mas esperava menos ainda empatia dos alunos por Charlie. Acho que o King errou quando não deu toques irônicos e sarcásticos de forma correta. Ele não ilustrou como Chuck Palahniuk ou Anthony Burgess a maldade de forma irônica e educativa, ele simplesmente jogou ruindade na história e deixou para que o leitor desvendasse.

Esse livro foi um erro! A busca pela experiência de ler Fúria não foi pela fama de um livro ruim, mas sim pelo fato de ter sido proíbido. Ter sido ruim infelizmente foi um fato que ocorreu e a escrita péssima e irreconhecível (nós padrões King de ser) foi um espanto tão grande quanto as motivações pelas quais o livro fora proíbido.

Lembrando que Stephen King é um dos meus autores favoritos! Amo muito a escrita de Stephen King , principalmente quando ele explora o Drama e o Suspense Psicológico! King é uma máquina na escrita e no desenvolvimento de uma trama, realmente lamentável esse livro não ter dado certo por N questões.

Esse livro obviamente não é comercializado e foi lido piratex. Não recomendo a leitura para você que busca mergulhar em mais uma trama do autor. Se você nunca leu King e por acaso caiu aqui, não comece por esse livro nunca! Saia e vá procurar outros títulos do autor! Para quem já leu King e tem a curiosidade de ler por ser o famoso LIVRO PROÍBIDO DE KING, vá fundo.

Infelizmente nota baixíssima 2.0 por ter sido King.
GiSB 04/02/2023minha estante
Gabriel, excelente resenha. Está de parabéns, meu caro. Gosto do king também. O livro pode ter influenciado negativamente ? Pode! Mas ficção é sempre ficção. E maldade na vida real, independente de existir literatura que traga a questão, sempre existiu e sempre existirá. Não precisa ninguém ensinar, o homem é mau por natureza. Na natureza maldade é instinto, no mundo humano maldade é moralizada, por costume. As pessoas boas só são boas porque assim escolheram ser. Enfim, o king não tem culpa, nem o livro dele escrito sob pseudônimo. Mas achei muito válida sua resenha. Parabéns.


GiSB 04/02/2023minha estante
Complementando o que eu quis dizer é que maldade não se aprende na escola, bondade sim. Parafraseando um filósofo inglês - Thomas Hobbes - "o homem é lobo do próprio homem". Não foi o escritor Stephen king que criou a maldade na jente dos jovens que chacinaram colegas e professores nas escolas, essa maldade há era intrínseca a eles, não foi aprendida. E pode se tratar de casos clínicos, isto é, psicopatia, um distúrbio neurológico, onde a maldade além de intrínseca não possui freios morais, pois o psicopata sequer sente altruísmo, então não se importa de causar dor e morte, aliás tem prazer em tais atos, é maldade elevada a graus extremos. De novo, king não tem culpa. Creio até que esse tipo de livro dele tenha sido uma catarse, um modo dele de resolver seus "fantasmas ou demônios" interiores.




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