O Cristão e a Cultura

O Cristão e a Cultura Michael Scott Horton




Resenhas - O Cristão e a Cultura


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Claire Scorzi 24/02/2009

Faltou ser cinco estrelas tão somente por duas razões:

1) A abordagem do tema é instigante, desafiadora,porém ligeira; tivesse Horton se aprofundado - como, pareceu-me, ele é competente para fazer - e seria um livro ótimo;
2) Seu mau hábito calvinista de interromper o assunto tratado para criticar os arminianos; ainda assim, devo admitir que na maior parte do livro ele se mostra um calvinista anormalmente simpático.

O livro é um dos melhores que encontrei em português que se debate com esse tema espinhoso (nesses tempos de legalismo & fundamentalismo) do cristão com a cultura: aceita-se tudo? Rejeita-se tudo? Essas posições fáceis mas antiintelectuais são recusadas pelo autor.
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Léo_Martins 31/08/2023

O Cristão e a Cultura
A pressão para justificar a arte, a ciência e a diversão em termos do seu valor espiritual ou da sua utilidade evangelística acaba prejudicando tanto o dom da criação quanto o dom do evangelho, nesse processo desvalorizando o primeiro e distorcendo o segundo.

Os cristãos entenderam mal o que significa estar no mundo, mas não ser dele? A igreja, em certo sentido, negligenciou o mundo à sua volta? Michael Horton escreveu O Cristão e a Cultura para os cristãos que lutam com uma subcultura que sufoca em vez de encorajar seus impulsos e ambições divinamente concedidos. (...) pressões, porém, para se criar versões distintamente "cristãs" de tudo no mundo (ou seja, na criação) pressupõem que exista algo essencialmente errado com a criação — e essa é uma pressuposição teológica que tem uma influência muito maior na formação das atitudes evangélicas em todas essas esferas do que geralmente se admite.
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Alex 13/11/2015

Quebra de conceitos
Quando comprei esse livro, o intuito era ler o pensamento de alguém que fosse contra a ideia do separatismo entre música e a dita "música gospel". Horton porém vai muito além e questiona a nossa base conceitual: "onde construímos nossa casa?".

Música, cinema, filosofia, ciências, trabalho e família são tratadas com seriedade jogando por terra o por terra a mentalidade "nós contra eles", mas acima disso discute o que é ser relevante para uma sociedade caída.

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zizi :) 15/06/2023

Que livro absurdo!
Esse é um dos livros mais absurdos que já li na vida. Horton mistura a ciência, a filosofia, a sociologia, a história, muuuita arte, cultura e cristianismo junto! E QUE COISA ABSURDA.

O livro é um tanto denso, justamente pela mistura que mencionei acima e às vezes pode precisar ler as mesmas páginas várias vezes pra entender algo. Porém, é absurda a quantidade de informação preciosa num livro só!

Esse livro é um grande chamado a se inserir na cultura que vivemos para servirmos ao Senhor, com nossas vidas comuns e dias ordinários, sem se limitar a uma porção que chamados de "sagrada". Somos cristãos inseridos em um mundo secular, não tem como fugir disso e é ignorância se afastar de tanta fonte de conhecimento (entregue pelo próprio Deus) pra preservar "a vida espiritual". Horton foi excelente em explicar isso!!!

Vou precisar ler mais uma vez, porém desde já recomendo muito a leitura, tá na hora do mundinho crente sair da bolha que criou e aproveitar do que Cristo tem a nos oferecer através da cultura.
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Gualter 07/01/2024

Livro razoável
Tive certa dificuldade de avaliar este livro. Por um lado, ele apresenta uma visão sóbria (embora ainda sujeira a críticas) do relacionamento entre cristianismo e cultura. Por outro, possui defeitos que parecem justificar não dar a nota mais alta do site ao autor. Logo, ao invés de fazer uma longa resenha do texto, simplesmente irei destacar informações relevantes sobre o livro e seus pontos positivos e negativos.

#sobre o autor

*Michael Scott Horton é um teólogo reformado (calvinista) e professor de apologética e teologia Sistemática. Como a maioria dentro desses espectro, possui viés cessacionista. Horton é influenciado tanto pela teologia dos dois reinos (presente , segundo ele, tanto em Lutero quanto em calvino) e no neocalvinismo kuyperiano. Isto leva Horton, a defender um relacionamento misto entre essas duas posições.

#pontos positivos
*O livro apresenta uma equilibrada visão de cultura, que leva a sério a missão da igreja e ao mesmo tempo, a herança da doutrina da vocação herdada da reforma do século XVI

*Seu posicionamento em relação à cultura se desdobra em uma posição coerente e essencial para a igreja de hoje em temas políticos (embora essa parte seja curta e não exista um capítulo exclusivo para tratar do tema)

*Há dois capítulos para tratar da questão das artes e sua relação com a fé

* Uma visão sóbria da doutrina da vocação e da relação entre cristianismo e ciência também é exposta

*Há um capítulo somente para a análise cultural da atual época (no caso, a época do autor visto que o livro de é 2002, citando a MTV como problema cultural).

#pontos negativos

*Muito embora o livro nitidamente foque na maneira de lidar com a cultura  e apesar do título original não focar tanto nisso, tendo sido publicado como "Where in te world is The church" o que em português seria algo como "onde está a igreja mundo? Dando uma conotação mais de análise cultural do que um livro sobre o cristianismo e cultura como o título em português parece sugerir, não deixa de ser uma falha o fato de que o autor parece não ter diálogado com autores da antropologia (e se o fez, não colocou nas notas de rodapé). Isto é um problema porque o conceito de cultura não é auto evidente e na verdade, muito difícil de ser definido. Nisto, livros como Everyday Theology (org: Kevin vanhoozer) aparentam se sair melhor.

*Um outro problema é que as notas de rodapé não cobrem toda a informação relevante do texto. Ainda que não seja uma obra voltada para acadêmicos, toda informação (ainda mais vindas de várias áreas do conhecimento que Horton, como apologeta, domina) deve ser analisada e filtrada. A ausência de fontes torna esse trabalho mais difícil.

*Por fim, o livro apesar de possuir boa teologia, é excessivamente saudoso da reforma protestante, ignorando que sua versão da teologia dos dois reinos é diferente da dos reformadores, tratando-a de forma anacrônica. Para provar isso basta notar que os reformadores contavam com frequência com apoio estatal, tornando nebulosa a diferença entre igreja e estado, não atoa Carter Lindenberg  (ver história da reforma publicado pela Thomas nelson Brasil) e Alister McGrath (ver o pensamento da reforma publicado pela cultura cristã) apelidam essa ala da reforma de "reforma magistral" em contraposição aos anabatistas que negavam qualquer participação do Estado na igreja.



Obs: na pág 47-48 parece haver um erro de tradução, parece que traduziram "filósofo ideal do alemão" ao invés de "filósofo idealista alemão", uma tradução mais provável se consideramos o contexto do texto. De maneira semelhante, o texto da nota de rodapé da pág 170 cita João Calvino (institutas 3.11.6) quando na verdade a citação se encontra em 3.10.6.
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