Resenhas - O Jardim dos Esquecidos

Evy 19/01/2011

Flores no Sótão
Eu me lembro como se fosse ontem quando peguei esse livro na estante da biblioteca do Instituto de Estudos de Línguas da Unicamp. Lembro que fiquei em dúvida se o levava ou não, pois pelo que havia lido na orelha, ele era parte de uma saga e a biblioteca só tinha o primeiro e o terceiro dos 5 que compunham a saga toda. Porém o nome me chamou tanta atenção que tive que levar. E não me arrependi, embora a história seja muito chocante e triste. A verdade é que o livro dá agonia.

Os Dollangangers são uma família linda e feliz. Levavam vidas perfeitas em sua bela casa, com uma linda mãe e um pai extreamemnte amoroso e dedicado. Porém, um acidente de carro, tira a vida do pai e a mãe que não tem qualificações para arranjar um trabalho, acaba endividada para sustentar as quatro crianças. Sem outra saída em vista, ela decide escrever para seus pais ricos que há muito não lhe falavam por conta de um segredo da família.

Um segredo tão terrível que acaba por causar danos até mesmo as pobres crianças que são encerradas num sótão da mansão da família por sua mãe ambiciosa e avó tirânica. Não há como não sentir o medo, a angústia, a solidão, as necessidades mais básicas dessas quatro crianças louras e lindas que se vêem presas a um sótão abafado e assustador. De verdade, é o tipo de livro que nunca mais sai da cabeça. Uma narração impecável que faz com que você se sinta na pele das pobres crianças. É um conto de fadas perverso e arrepiante.

Leitura recomendada!

Ana 29/10/2022

Eu escolhi ler esse livro por conta da premissa, a ideia de uma mãe que mantém os filhos presos no sótão atraiu a minha atenção.

A história é perturbadora, pesadíssima, tem várias reviravoltas ao longo da trama, mas dava pra ter desenvolvido a história sem aquela cena de estupro...

Eu não recomendo esse livro pra qualquer pessoa. Contém incesto, estupro, abuso infantil, infanticídio, abandono parental, tortura, inanição... Mas se você tem estômago forte, então vai fundo.

Carine 18/03/2021

Polêmico, claro ou com certeza?!
Que a autora V. C. Andrews não tem papas na língua (no caso nos dedos) todo mundo sabe, mas eu sinceramente não estava preparada para isso não...

Com uma narrativa ingênua em primeira pessoa e carregada com um tom gótico a escrita da autora me encantou do começou ao fim.

Em alguns momentos precisei reler para ter certeza que aquilo realmente estava acontecendo, pois é tudo descrito com tanta naturalidade que até a mais abominável das cenas parece algo rotineiro.

Sinceramente a autora é genial à medida que sua obra é perturbadora, ambos os fatores estão interligados, haja imaginação e coragem para ultrapassar todos os limites.

Simone Ferraz 31/01/2024

Meu favorito
Encontrei esse livro em um lixo na rua em 1998. Achei a capa interessante e resolvi levar pra casa. O tanto que essa história me marcou não seria capaz de explicar. Tenho guardado o mesmo exemplar encontrado na lixeira até hj. Guardo com carinho. Digo que livro emocionante. Já li toda a continuação...

Isaías 13/07/2013

Um livro forte, talvez forte demais...
Li esse livro pela primeira vez quando tinha uns 13 ou 14 anos, e na época o livro foi muito marcante pra mim. Agora com 25 anos voltei a reler pois bateu aquela saudade, o difícil era achar ele, pois por ser um livro antigo (1979) não é mais vendido em nenhuma livraria e raramente alguma biblioteca o possui, só tem disponível em alguns sebos virtuais. Resultado: precisei baixá-lo na net e ler pelo smartphone. Mas a emoção foi a mesma de 12 anos atrás com o livro em mãos.

O livro narra a história da família Dollanganger (que depois descobre-se que na verdade é Foxworth). A família é formada por um pai dedicado e amoroso, uma mãe linda e carinhosa e 4 filhos muito felizes por ter os "melhores pais do mundo", Christopher (Chris) de 14 anos, Catherine (Cathy) de 12 anos e os gêmes Cori e Carry de 5 anos. Eles eram uma família muito feliz até acontecer uma tragédia que mudaria a vida dessas 4 crianças para sempre... O pai tão jovem, bonito e carinho morre em um acidente de carro, e a esposa Corrine que nunca trabalhou e sempre foi dependente do marido fica endividada e não tem qualificações profissionais para manter o sustento dos filhos e pagar as dívidas da família. Resolve então escrever ao seus pais milionários dos quais os filhos jamais ouviram falar (nem se quer sabiam da existência dos avôs), ela então decide deixar todos os pertences para trás e partir para a Vírgínia e morar na mansão dos pais podres de rico. Ela enche as crianças de expectativas referente à vida esplêndida e luxuosa que terão pela frente na nova cidade na mansão dos avós. Porém o que ela não contou é que os avós (aliás somente a avó pois o avô nunca soube da existência deles) consideravam as crianças como filhos do demônio por serem frutos de um relacionamento pecaminoso (incesto). Ao chegarem na mansão na calada da noite são obrigados a entrarem sorrateiramente pelos fundos para não serem vistos, pois ninguém nem mesmo os empregados da casa podiam saber da existência deles. A avó os recebe com a maior frieza e ordena que as crianças deverão ficar trancadas em um quarto (escuro e abafado) na ala norte da mansão para não correr o risco de serem vistos. A mãe promete que será apenas por uma noite, tempo que precisa para reconquistar o amor e o perdão do pai que encontra-se moribundo, voltar a ter seu nome no testamento e contar sobre a existência dos filhos. O que era para ser somente uma noite prolonga-se para dois dias, uma semana, um mês, e até anos. E a mãe sempre com a mesma promessa de ser incluída no testamento do pai que está no leito de morte para então tirá-los da prisão. E ai que começa o sofrimento dessas crianças que além de ficarem trancafiadas em um quarto desconfortável, tem somente um sótão escuro, mofado e empoeirado como playground e são absurdamente maltratados pela avó, essa velha é o capeta em pessoa, alimenta um ódio mortal pelos netos e faz as piores crueldades em nome de Deus. Eles são espancados, passam fome e definham a cada dia por não terem contato com o sol e com o mundo lá fora e começa então a luta deles pela sobrevivência. Eles crescem e amadurecem juntos, tendo somente um ao outro em quem confiar e por quem lutar. É ai que nasce um sentimento proibido entre Chris e Cathy,uma paixão avassaladora entre dois irmãos necessitados de amor, carinho e com os hormônios à flor da pele, o resultado mostra-se como uma maldição na família Foxworth, onde o incesto prevalece passando de geração para geração. E o final é muito, mas muito triste... Eles sofrem muito e por fim são traídos por quem eles mais amavam e confiavam e era o seu porto seguro: a mãe.

Uma história realmente chocante, impossível não se emocionar com essa trama, uma história de amor, salvação através do amor, incesto e traição. Além de mostrar como as pessoas são capazes das piores maldades em prol da ambição ou de um fanatismo religioso. A trama é narrada em primeira pessoa, a história é contada por Cathy, a narrativa é simplesmente perfeita, em nenhum momento a trama fica tediosa ou maçante, a escritora consegue passar toda a angústia e sofrimento dessas crianças de forma impressionante! Enfim se vc tiver peito pra aguentar, super recomendo essa leitura, mas prepare as lágrimas...

Priscila 25/09/2020

História envolvente e necessária
Questões familiares, religiosas e ambições são tratadas na história de forma que muitas vezes me fez sentir arrepios e até mesmo sentir ódio de alguns personagens, vale muito a pena!

Leticia.Liesenfeld 28/04/2023

Apenas Frases
Em verdade, na década de 50, quando ainda era muito jovem, eu acreditava que minha vida inteira seria um longo e perfeito dia ensolarado de verão. Afinal, foi assim que começou. Não existe muito que eu possa dizer a respeito de nossa infância, senão que foi muito boa e, por isso, deveria sentir-me eternamente grata.

Key72_ 14/04/2024

Bonecos de porcelana
Eu FINALMENTE consegui acabar esse livro, sinceramente eu não amei o livro mas reconheço que foi uma história interessante que conseguiu me tirar do tédio kkkkkkkk
O livro desperta muitas emoções (principalmente as negativas) como tristeza, raiva e frustração. E é interessante ver como os personagens vão se transformando a cada problema que enfrentam.


Sinceramente se estiver procurando um livro pra ler acho que vale a pena, tirando que algumas partes são meio tediosas.

Marcelo 04/02/2022

Pesadíssimo
Comecei o livro em fevereiro de 2021 e ler sobre pessoas trancafiadas em casa, eu mesmo estando preso por causa da pandemia, foi demais pra mim na época. Só consegui terminar um ano depois.
Isso é uma prova da qualidade da escrita. É um livro que me deixou desconfortável praticamente durante quase toda a leitura. Fosse pelo sofrimento das crianças. Fosse pela descrição da puberdade incomoda de uma puberdade sem opções. Fosse pela clareza com que a autora retrata as manipulações da mãe e seus efeitos nos filhos.
É frustrante ver como poderiam ter inúmeras soluções para o problema dos protagonistas mas, fiel ao conceito de que as prisões são construídas pelos próprios prisioneiros, eles não conseguiam sair do ciclo que os aprisionava.
É um bom livro, mas não é um que eu possa recomendar a leitura a não ser que você esteja muito bem da cabeça.

Rosalice 07/09/2009

A Saga Foxworth
Nunca vou poder esquecer toda esta saga, de V.C.Andrews. São cinco volumes, procuradíssimos e também difíceis de serem encontrados. O último "O Jardim das Sombras", tive que fazer download, vasculhei todos os sebos e não encontrei. A Saga começa com o Jardim dos Esquecidos, vai pra Pétalas ao Vento, Os Espinhos do Mal, Sementes do Passado e O Jardim das Sombras... Quem gosta de uma saga, não pode deixar de acompanhar a dos Foxworth...simplesmente inesquecível...

KimStain 03/03/2020

Sobre o livro.
"Como viver num mundo em que ninguém se importa a mínima com os outros, exceto os seus e ás vezes, nem mesmo os seus!"

Eu fiquei muito curioso quanto ao livro, por causa de alguma lista sobre livros que são difíceis de ler (no caso não a escrita, mas o que os personagens passam durante a história), que não me recordo. Eu comecei a ler sem mesmo saber que era uma saga com vários livros.
Bom, a começo a história me prendeu muito, enquanto a menina Cathy vai narrando os acontecimentos, você fica bastante agoniado com o quanto esses 4 irmãos sofrem, você fica com raiva da mãe e da avó de um jeito. A ambientação, você consegue se sentir preso lá junto com eles, a escrita da Andrews é muito boa de ler, tem algumas passagens bem legais.
Agora chega a parte da justificação das duas estrelas, até o meio do livro, de boa eu daria 3,5 estrelas, porque não é uma história que se dia UAAAAU, mas te prende de um jeito bem legal, ainda mais se você curte esses tipos de livro cheio de tristeza, angústia e essas coisas, devo ser louco. Continuando, então é chegado ao meio do livro, em uma cena que deixa qualquer um enojado, eu acho que só doentes para achar isso normal, ou que tudo que eles estão passando justifica o ato que eles fizeram (no caso os irmãos mais velhos, Cathy e Chris), essa romantização de incesto me deixa enojado, é uma coisa ridícula, se não tivesse isso, acho que seria um bom livro, pra mim só esse pequeno conteúdo jogado na história, estraga toda minha afinidade com o livro. O final é satisfatório, você diz - Finalmente, eles conseguiram! . Agora vou decidir se dou uma chance para os outros livros da saga, mas só pelo que eu vi, me desanima. Mas quem sabe .

girlatbook 18/06/2022

they say i did something bad, but why's it feel so good?
gente, esse livro foi bom no começo, mas depois foi só ladeira abaixo.
a primeira coisa que me incomodou foi a narração maçante que se manteve a mesma até o fim da história. os relatos eram falados com tanta naturalidade que eu precisei reler alguns trechos pra ter noção das coisas terríveis que tavam acontecendo com aquelas crianças.
outro fato é: o livro é extremamente ??? e nojento. as cenas de violência eram pesadas demais, quase não aguentei de ler tudo aquilo acontecendo com crianças, o incesto entre os dois irmãos foi do nada e grotesco, e quando eu achei que não podia piorar, vai lá e tem ESTUPRO. sério, acho que perdi -20 anos de vida lendo isso aqui. a única coisa boa foi o inicio que me prendeu e o plot twist do final, que até deu uma pequena vontade de ler os outros livros, mas prefiro parar por aqui.

(o trecho da música da taylor é bem explicativo nessa relação louça e nojenta desses dois irmãoskkkk)

fabio.ribas.7 14/01/2021

O jardim dos esquecidos
#DesafioLiterárioSkoob2021

Tema de junho: Um livro sobre relacionamento tóxico
Título: O jardim dos esquecidos
Autor: V. C. Andrews
Avaliação: 3 estrelas.

Antes de chegar à metade do livro eu já nutria uma antipatia pela Corry como nunca havia sentido por nenhum outro personagem de livros. E é muito difícil falar deste livro sem entrar nos pontos que devem ser discutidos.
O livro já foi adaptado ao cinema. Conta a história de uma família feliz, um verdadeiro conto de fadas, uma família de um casal e seus 4 filhos, sendo dois desses gêmeos. Todavia, o que se inicia como uma perfeita família, logo é solapada por uma tragédia. A partir daí, é só desgraceira. O véu se rasga e verdades terríveis e impensadas são reveladas no correr da narrativa.
Mas as escolhas narrativas, as soluções da autora para seus personagens não são plausíveis. E, se emlgum momento forem, então, eles são merecedores do que estão passando, colhendo o que eles mesmos estão plantando. Não há dúvida que todas as relações ali são doentias. Os pais de Corrine, ela mesma, seus filhos, enfim, uma trupe de adoentados se adoentando cada vez mais. E o pior é que Corrine era a única que poderia ter livrado seus filhos de tudo aquilo, mas, o que ela faz? Lança-os no olho do furacão, revelando seu egoísmo absolto!
Por diversas vezes, ainda antes da metade do livro, eu desejei dar uma boas bordoadas na cara de Corrine, mas do que adiantaria? Ela estava obcecada pelo dinheiro e ensinado seus filhos que o que move o mundo não é o amor, mas o dinheiro. Assim, as crianças passam a desejar o pior. Corrine é o tipo de ser humano vitimista, a pior espécie para você ter morando ou trabalhando contigo. Uma pessoa capaz de tudo para que a vida dê a ela o que ela pensa ser merecedora. Uma doente, fraca, covarde, corrupta e imoral. Por fim, a história só podia dar no que deu.
Se eu lerei o resto da saga? Claro que não.

site: https://medium.com/@ribaseribas1

Layla.Ribeiro 18/02/2020

A história é contada a partir da perspectiva da irmã mais velha Cathy, conseguimos entrar na mente da garota e imaginar a situação narrada como se estivéssemos presos no sótão também compartilhando com ela o sentimento de angústia e aflição. Uma história que conseguiu me prender do inicio ao fim, conheci o livro por acaso e a sinopse me chamou muita atenção, apesar de ficar com receio de me desapontar e não foi isso que aconteceu, foi do jeito que eu gosto: várias emoções e reviravoltas surpreendentes, a única coisa que me incomodou acredito que até mais que os casos de incesto foi a rivalidade a filha sentia pela mãe, a famosa e desagradável rivalidade feminina , porém gostei muito e estou louca para dar continuidade a saga, só fico triste por não achar todos os livros da saga para comprar.