Poemas que desisti de rasgar

Poemas que desisti de rasgar David Cohen




Resenhas - Poemas que desisti de rasgar


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Blog Flor Roxa 13/03/2015

Poemas que Desisti de Rasgar
O livro inteiro é uma agradável viagem pela mente do poeta e sentindo a cada linha o amor que ele sente ao escrever, assim como o respeito que ele tem pela sua arte. Em seus versos sobre as minúcias da vida, ele me levou a recordar pequenas aventuras da infância, como quando eu e meu irmão juntamos porcas, pregos, parafusos e pedaços de madeira em uma caixa e papelão para fazer um carrinho de rolimã, mas juntar o material foi mais emocionante do que despencar ladeira abaixo naquela gerigonça. O meu irmão amou e repetiu a manobra inúmeras vezes!
Lembrei-me do gosto do açúcar com canela, as lambidas no bolinho de chuva ainda quente feito pela minha avó antes de enfim mete-lo inteiro na boca, da borboleta que morreu asfixiada dentro de um vidro de maionese, das flores que eu desenhava em todas as paginas dos meus cadernos quando criança.
Lembrei-me também de minhas próprias dores e angústias anotadas em quaisquer cupons, tão verdadeiras quanto o sorriso de um vendedor de sapatos em véspera de dia das mães.
Dei-me conta das tantas expectativas que depositamos na vida e estas, provavelmente, nunca virão ao nosso encontro. O autor demonstra intimidade e forte ligação com seus versos, como, por exemplo, no seguinte trecho:


PRECISO
[...] Um poema que me surpreenda.
Em madrugadas
Que conte segredos
Inconfessáveis
Que leia o braile
Dos pensamentos.

[...] Eu preciso de um poema
Que aprecie champanhe
E se embriague de palavras.
Trecho do poema Preciso, pag. 84.

Devo dizer que foi meu primeiro contato com o autor e que eu apreciei cada momento. Trata-se de uma Ode à arte de escrever poemas e poesias, é sobre se entregar sem reservas aos sentimentos e emoções, deixando fluir os versos e inversos da mesma história, ele também faz algumas menções a outros escritores como Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade, enfim é sobre ser poeta.

Integra da resenha no blog http://florroxapoemasepoesias.blogspot.com.br/ e nos link abaixo.

site: http://poesianaalmaliteraria.blogspot.com.br/2015/03/resenha-poemas-que-desisti-de-rasgar.html
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Cabine de Leitura 19/09/2016

Poemas de cabeceira.
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Costumo dizer que poesia é algo para ser degustado, não é o tipo de livro que você pega e lê me dois dias por exemplo. É preciso absorver cada frase para que a alma do leitor entre em sintonia com a do autor e então descubramos todas beleza por traz de meras palavras.

“Poemas que Desisti de Rasgar” está dividido em duas partes, a Desamassados e Salvos Pelo Tempo, não sei, mas parece que se estes títulos descreve a relação do autor com seus poemas, enfim… Se este livro é fruto de desamassar velhos papéis e salvar anotações esquecidas, tenho que admitir que o autor fez um ótimo trabalho!

Na primeira parte do livro temos poemas que nos remete um sentimento de nostalgia, como é o caso dos poemas “Medo de Crescer” e “Mais Velho”, em que nos traz a tona todo aquela superstição em torno da transição para a vida adulta.


Vemos como ainda existe a ideia de profissões ditas de “com futuro” ou até “rentáveis” e poesia não faz parte disso. Sabe quando alguém fala que é músico e alguém pergunta: Mas você trabalha de quê? Sem se atentar que essa é a profissão dele. Sabemos que no Brasil é difícil se manter com a arte, infelizmente os nascidos por aqui não são muito valorizados, acredito que deva ser esse o receio de uma mãe ao saber…”Que seus netos seriam poemas”.


Outro poema que me chama a atenção é intitulado Lápis de Fendas. Nele se tem uma ideia de como o escritor pode ter sua obra manipulada, muita das vezes perdendo a essência do próprio autor, para entrar no padrão literário tido para fazer sucesso. “o que ele não desconfiava é que meu poema sabia voar.”

São tantos poemas que de alguma maneira me tocaram ou que simplesmente eu como leitora tenha as breve ilusão de entender o que o poeta quis dizer, mesmo sabendo que a palavras destes, possuem seus mistérios.

A segunda parte do livro, me veio como amadurecimento, com poemas profundos como “Reticências”, quantas vezes desejei colocar um ponto final e por algum motivo… a vida continua.
Em “Encontro Marcado” me deparei com o ritual inspiratório para escrita, mas que apesar dos pesares “não se marca encontros com poemas”, eles surgem quando tem que surgir, com ou sem ritual.

David Cohen disse no poema “Preciso”:


Tenho que dizer que este livro é exatamente a materialização deste querer descritos por ele. Um compilado de formas perfeitas e suspiros. São poemas que sem dúvida surpreendem.

Poesias despretensiosas, mas que revelam a essência do poeta que com maestria resgatou estes versos e os reuniu neste livro que merece estar na sua cabeceira.

site: http://cabinedeleitura.com.br/2016/09/19/poemas-que-desisti-de-rasgar/
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hanny.saraiva 28/04/2019

"Na gente só fica mesmo o que passa da conta"
É um livro de poemas que parece uma ressaca de memória. Contém aquele barulho de versos que dá vontade de degustar como se fosse prato cheio.

Poemas preferidos:
Enquanto no mundo
tem gente pensando
que sabe muito,
eu apenas sinto.
Muito.
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Com o passar do tempo
aprendi a ser mais leve.
Quanto mais antiga a dor
menor a gravidade.
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Despertar de um sonho
é perceber que também se morre
com o abrir dos olhos.
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