Cabine de Leitura 19/09/2016
Poemas de cabeceira.
***ATP***
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Costumo dizer que poesia é algo para ser degustado, não é o tipo de livro que você pega e lê me dois dias por exemplo. É preciso absorver cada frase para que a alma do leitor entre em sintonia com a do autor e então descubramos todas beleza por traz de meras palavras.
“Poemas que Desisti de Rasgar” está dividido em duas partes, a Desamassados e Salvos Pelo Tempo, não sei, mas parece que se estes títulos descreve a relação do autor com seus poemas, enfim… Se este livro é fruto de desamassar velhos papéis e salvar anotações esquecidas, tenho que admitir que o autor fez um ótimo trabalho!
Na primeira parte do livro temos poemas que nos remete um sentimento de nostalgia, como é o caso dos poemas “Medo de Crescer” e “Mais Velho”, em que nos traz a tona todo aquela superstição em torno da transição para a vida adulta.
Vemos como ainda existe a ideia de profissões ditas de “com futuro” ou até “rentáveis” e poesia não faz parte disso. Sabe quando alguém fala que é músico e alguém pergunta: Mas você trabalha de quê? Sem se atentar que essa é a profissão dele. Sabemos que no Brasil é difícil se manter com a arte, infelizmente os nascidos por aqui não são muito valorizados, acredito que deva ser esse o receio de uma mãe ao saber…”Que seus netos seriam poemas”.
Outro poema que me chama a atenção é intitulado Lápis de Fendas. Nele se tem uma ideia de como o escritor pode ter sua obra manipulada, muita das vezes perdendo a essência do próprio autor, para entrar no padrão literário tido para fazer sucesso. “o que ele não desconfiava é que meu poema sabia voar.”
São tantos poemas que de alguma maneira me tocaram ou que simplesmente eu como leitora tenha as breve ilusão de entender o que o poeta quis dizer, mesmo sabendo que a palavras destes, possuem seus mistérios.
A segunda parte do livro, me veio como amadurecimento, com poemas profundos como “Reticências”, quantas vezes desejei colocar um ponto final e por algum motivo… a vida continua.
Em “Encontro Marcado” me deparei com o ritual inspiratório para escrita, mas que apesar dos pesares “não se marca encontros com poemas”, eles surgem quando tem que surgir, com ou sem ritual.
David Cohen disse no poema “Preciso”:
Tenho que dizer que este livro é exatamente a materialização deste querer descritos por ele. Um compilado de formas perfeitas e suspiros. São poemas que sem dúvida surpreendem.
Poesias despretensiosas, mas que revelam a essência do poeta que com maestria resgatou estes versos e os reuniu neste livro que merece estar na sua cabeceira.
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