Arrivederci Amore, Ciao

Arrivederci Amore, Ciao Massimo Carlotto




Resenhas - Arrivederci Amore, Ciao


8 encontrados | exibindo 1 a 8


MarcusASBarr 07/02/2023

Universos paralelos
Não!!! Não se trata de ficção cientifica ou algo fantástico... mas do que se passa pelas veias das cidades, as camadas de sociedade que fazem deste mundo insanamente "humano"... onde sequer podemos imaginar até onde alguém acuado pode chegar.
A obra de Massimo Carlott é uma descrição crua de uma destas camadas, e seu personagem central irá se adaptar aos mais hostis ambientes da sociedade para que possa obter êxito em seu projeto de vida.
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Ana 18/10/2018

Aulas de crime organizado
''– É uma calibre nove, de fabricação chinesa – explicou. – Uma cópia exata da Browning
HP. Os chineses copiam tudo. São precisos e meticulosos. Se não fossem os ideogramas, daria
pra confundir com uma autêntica. Mas a mecânica é uma bosta. Trava no meio do carregador.
Perfeita na aparência mas fraca por dentro... Exatamente como o socialismo chinês.
Concordei fingindo interesse. O comandante Cayetano era um dos dirigentes históricos da
guerrilha. E um dos poucos sobreviventes. Tinha passado dos sessenta e usava um cavanhaque
fino e longo no estilo Ho Chi Minh e, como o líder vietnamita, também era alto e magro.''
***
O protagonista desse livro narrado em primeira pessoa é, como o nome bem o diz, um crápula de marca maior. De classe média, apesar de ter um bom estilo de vida e pais ricos, começa a carreira no crime metendo-se em guerrilhas de extrema-esquerda na juventude, e é preso. Depois de sair da cadeia, entra para negócios barra-pesada com um policial corrupto, tão criminoso quanto ele. Trabalha em uma boate de strip-tease e tem aventuras com diversas mulheres, comete mais crimes. Resolve recomeçar abrindo um restaurante depois de ter conseguido muito dinheiro em um assalto, mas... fantasmas do passado do protagonista voltam para assombrá-lo, justamente quando pretendia mudar de vida (será?).
Um livro que dá aulas de crime organizado, mas apesar de polêmico, não deixa de ser um bom entretenimento.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/07/2018

Com Você Nunca Mais
O escritor Massimo Carlotto esteve envolvido num dos casos jurídicos mais controversos da história contemporânea italiana. Em 1976, aos 19 anos, ele foi declarado culpado pela morte da jovem Margherita Magello, assassinada com 59 facadas. Ele sempre afirmou ser inocente e chegou a fugir para a França e o México para escapar da pena, mas somente em 1993, ele conseguiu o perdão da Justiça graças a insuficiência de provas.

Indubitavelmente, essa experiência foi fundamental para sua premiada carreira literária marcada pelos inúmeros romances "noir" como "O Fugitivo", sua autobiografia, e "Arrivederci Amore, Ciao" que acaba de ser publicado no Brasil pela Editora Vestígio.

Em apenas 130 páginas, Carlotto apresenta o diário de um crápula, protagonizado por Giorgio Pelegrino, um ex-militante de extrema-esquerda em busca de um recomeço após sair da prisão. Com noções bastante peculiares sobre de justiça, amor, sexo e amizade, o comportamento da personagem desafia nossa própria noção de moral, não só ao tentar compreender suas atitudes, mas ao que é mais perturbador, ao torcer pelo seu sucesso.

?Havia alguma coisa nele que sempre me sugerira a ideia de que fosse podre. Não apenas corrupto. Podre..."

Com um final surpreendente, o título do livro é o refrão de um meloso sucesso musical dos anos sessenta intitulado ?Insieme A Te Non Ci Sto Più? (Com Você Nunca Mais), impecável para traduzir a maneira absurda como Pelegrino rege suas atitudes principalmente com suas amantes.

Finalmente, é possível cortar os laços com o passado? A aparência é capaz de influir em nosso caráter? Antes de responder, leia "Arrivederci Amore, Ciao", pois você pode mudar de opinião.
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Lourdes 06/10/2016


Foi diferente do que estou costumada a ler em ficção policial, pois neste livro só contamos com a visão do crápula Giorgio Pellegrini. Um homem que não tem lealdade por ninguém e muito menos respeito, principalmente no que diz respeito a mulheres, este é um tipo que quer se dar bem não importa nas costas de quem e nem as associações que tenha que fazer, o que importa é o seu bem estar e o que ganhará no final.
Mesmo com muito ódio por esse personagem em algum momento da leitura comecei a querer que ele alcançasse seus objetivos. E com esse sentimento contraditório por Pellegrini que recomendo este livro. A narrativa é simples, objetiva e evolvente.
Estou ansiosa para pode ler o continuação dessa saga, espero que não demore muito para traduzirem Per tutto l'oro del mondo. Além disso, na saga dell'Alligatore nos livros La banda degli amanti e Per tutto l'oro del mondo a historia das duas sagas se cruzam, também espero que traduzam.
Luciana 26/01/2017minha estante
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Hsc_Aju 29/12/2015

Vai fazer você ter sentimentos contraditórios
Mulheres, cachaça, fugir, voltar, matar, cometer crimes, mais mulheres, dinheiro, 'amizade', corrupção, mais cachaça e mais um pouco de tudo que é podre e não vemos nesse submundo. Com uma junção disso tudo em uma leitura que não sei descrever em sua totalidade, ele é bom, porém tem seus percalços, vem comigo nessa tentar me ajudar e entender.

Restante da resenha no link abaixo.

site: http://blogpapeletas.blogspot.com/2015/12/arrivederci-amore-ciao-massimo-carlotto.html
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Naty__ 13/05/2015

O lado mais sombrio de um crápula. Imperdível!
“Seria preciso ter um coração tão puro
Nesta lama ver escondido o sol
Seria preciso amar de verdade
Não ter medo” (p.135).

Para ser sincera, quando finalizei a leitura, fiquei sem saber exatamente o que dizer na resenha. Afinal, a obra é diferente de tudo o que li e até mesmo tudo o que já assisti. Como falar de um livro que trata a visão de um crápula? Como argumentar sobre a mente de um canalha que, em muitos momentos, nos faz cometer o maior de nossos erros ao torcer por sua vitória?

É difícil explicar a sensação que senti ao embarcar nesse livro, mas de uma coisa eu tinha certeza: não queria parar. Carlotto nos faz ter uma visão de um verdadeiro crápula da forma mais cruel, ardilosa e deliciosa, se isso for possível. É algo diferente para todos nós, acredito. Parece-me algo intangível, porém, no decorrer da leitura percebi que era apenas questão de adaptação. No entanto, desde o início já me vi viciada nesse diferencial exposto pelo autor.

Você não vai querer torcer pelo bonzinho e muito menos desejará que o vilão seja lançado no inferno. O que Carlotto nos faz sentir é um verdadeiro pecado: desejamos que o malvado Giorgio Pellegrini se dê bem e, muito, por sinal. Nosso querido vilão é um ex-militante de extrema-esquerda; ele traiu a todos os seus antigos camaradas para fugir da prisão. Como se isso fosse o bastante, o protagonista nos revela seu lado sedutor para conquistar as mulheres e roubá-las. Sentindo-se o centro das atenções, ele pega gosto pelo crime ao tentar forjar um recomeço político que lhe permite entrar na alta sociedade. Todavia, nem tudo são flores e Pellegrini passará por bons bocados para enxergar as inúmeras coisas que ele fez errado; mas isso não quer dizer que ele irá parar...

“Quando alguém está na prisão, sempre pensa em qual será a primeira coisa que fará em liberdade. O meu desejo se chamava Dufour. Entrei na primeira confeitaria e comprei uma caixa inteira. Mas assim que abri, me dei conta de que havia algo errado” (p.25).

O leitor se vê preso à realidade de um vilão e não a uma rotina de descobertas criminosas. Estamos acostumados, em um romance policial, a ver o detetive em busca do verdadeiro culpado e em busca da justiça. Aqui, a coisa é diferente; esse livro nos faz enxergar como as pessoas são capazes de influenciar as outras e como isso pode prejudicar tanto essas quanto aquelas, podendo levar muitos inocentes à morte.

É difícil imaginar que, em um livro de 144 páginas, o autor conseguiria desenvolver tanto suas habilidades e prender o leitor. A escrita de Carlotto é bem simples e alguns termos usados são bem pesados, mas acredito que isso seja um elemento característico e essencial, por abordar o diário de um crápula.

Enquanto escrevo esta resenha, impossível não ouvir “Insieme a te non ci sto più” (Com você, nunca mais), de Caterina Caselli, música citada no livro e que embalava a tolice de ambos amantes, fazendo-nos enxergar a essência de nosso vilão. Então, ele declama: “Arrivederci amore, ciao, le nubi sono già più (Até à vista, amor, tchau, as nuvens já vão longe).

“Eu me sentira seguro demais. E foi um erro imperdoável. Só pode se sentir seguro na vida quem nunca fez nada fora das regras. Alguém como eu só podia confiar nas probabilidades” (p.117).

Mais do que uma revelação, essa obra nos faz enxergar as piores pessoas que existem em nós. Muitos acobertam tantas coisas, enquanto esse crápula age de forma fria, calculada e sequer se importa com o que os outros pensam. Essa é a diferença, gritante, daqueles que desejam fazer o mal e daqueles que realmente fazem. Existe uma linha tênue entre querer e fazer; mas existe uma grande distância entre agir por egoísmo, visando a vontade ardente e evitar fazê-la em virtude das consequências. Encontre o seu lado, mas, antes, leia esse livro e descubra o de Pellegrini. Delicie-se!
Lana Wesley 28/01/2017minha estante
Esse livro e diferente pelo fato de nos apresentar a visão do vilão, como mesma disse, geralmente em um livro de romance policial, vemos as pessoas atrás de justiça, aqui vemos como essas pessoas são manipuladas, ao ponto de se tornarem que são. Da para notar que toda essa construção tem uma boa amarração que nos envolve a leitura do livro, enfim já quero ler, e conhecer esse personagem.


Marta 02/02/2017minha estante
Não conhecia o livro, mas a história não chamou minha atenção!!
Bjoss




Literatura Policial 07/05/2015

Arrivederci Amore, Ciao, de Massimo Carlotto
Com uma escrita simples e que, inicialmente, remete às aventuras de Philip Marlowe, detetive particular de Raymond Chandler, o livro nos apresenta um trecho da vida de Giorgio Pellegrini, um ex-militante de extrema-esquerda que busca um recomeço mas possui noções bastante particulares de justiça e amizade. Com roteiro adaptado para o cinema em 2006, o romance nos traz um protagonista mulherengo e machista, que nos assusta e não faz nenhum esforço para nos conquistar. Mas conquista. Em suas 130 páginas de narrativa, o autor nos envolve em uma sequência de acontecimentos, superando os limites da violência e da maldade, colocando à prova o mínimo rastro de nosso juízo moral.

Leia a resenha completa no literaturapolicial.com

site: http://literaturapolicial.com/2015/03/04/resenha-arrivederci-amore-ciao-de-massimo-carlotto/
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