Laryssa.Pinheiro 17/07/2015Em mortalha da lamentação o Doutor e Clara vão parar em Dallas logo no dia seguinte ao assassinato do presidente Kennedy, e logo no hospital Parklan Memorial onde o corpo foi enviado para a realização da autópsia. Enquanto estão lá, estranhos rostos começam a aparecer se formando a partir de líquidos em geral, sangue, água, sopa, etc. Esses rostos aparentemente são de entes queridos falecidos das pessoas próximas, a primeira vista eles só se lamentam, mas estão se espalhando rapidamente, se tornando mais raivosos e nota-se que são um perigo mortal e iminente. O Doutor, Clara, Mae e Warren começam a buscar juntos um forma de deter as mortalhas e salvar o EUA e o mundo. Não gostei muito da inspiração inicial da trama, com essa plot do assassinato do Kennedy, se tem uma coisa que eu não gosto nos Estados Unidos é essa pressão que eles fazem em algumas histórias, filmes e etc. Aquele ideal US rules, “somos os melhores” e tal, ainda mais por que o Doctor Who é Britânico, não que ele fosse rejeitar ajudar pessoas só porque são de outra nacionalidade, não tem nada a ver com a personalidade dele, mas ver o Doutor falando “ O assassinato de Kennedy não é uma tragédia Nacional é uma Tragédia internacional, o mundo está de luto” me subiu o sangue ( Ah pelo amor neh, só por que foi escrito por um americano...se o Obama morrer agora, obviamente vai afetar o Brasil de diversas maneiras, mas duvido que vai ter alguém aqui ficando deprimido por causa disso, nós não ficamos nem pela nossa, quem dirá pelo dos outros). Me desculpem por estar sendo um pouco mais negativa, mas além desse conteúdo pobre, quando ele chamou a chave de fenda sônica de "Instrumento mágico", eu surtei.
Eu gostei da personalidade do Doutor, estava bem de acordo, muito parecido. Ele como sempre é uma delícia, fofo, engraçado, altruísta, até um pouco ingênuo, ou talvez nem tanto. Claro que faz de tudo para ajudar aos demais e não deixa a história ficar cansativa.
Eu não gosto da Clara, nunca gostei, mas como ela não estava tão fidedigna não tive problemas com ela nesse livro, os demais personagens que tiveram uma participação maior, Warrem e Mae são os exemplos dos nossos queridos companions, o livro é tão curtinho que não da pra se conectar com eles, mas foram gostosinhos de acompanhar.
Capa, diagramação e escrita: Não gosto da capa, não tem quase nada correlacionado com a história, parece somente que pegaram diversas fotos da série e fizeram essa ilustração. A diagramação é simples, mas limpa , sem erros e com capítulos do tamanho certinho. A escrita do autor não tem nada de excepcional, é fluida mas não se destaca.
Concluindo: Como uma aventura do Doctor Who o livro “passa”, mas só para pessoas menos exigentes, para os atentos nota-se que a história tem muitos poréns, parece um pouco forçada e do meu ponto de vista, parece uma Fanfic. Sei que o roteiro é feito por diversos autores, mas é feito de um modo que eu nunca notei uma diferença no universo da trama, é coeso e contínuo, tem uma marca registrada, o que não aconteceu nesse livro.
site:
trechosdelivros.com