Previsivelmente irracional

Previsivelmente irracional Dan Ariely




Resenhas - Previsivelmente Irracional


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Sandrow 23/03/2024

As forças que nos manipulam
Leitura fácil e muito interessante. Demonstra através de experiências como somos influenciados e muitas vezes manipulados pelo meio e consequentemente acabamos tomando certas decisões que não seriam as melhores.
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Thaisdv 20/03/2024

Resenha Previsivelmente Irracional — Dan Ariely
Cada pessoa tem uma forma de ver o mundo, e esse livro nos traz uma reflexão buscando entender o que de fato influencia as nossas decisões na vida, fazendo um balanço entre o que acreditamos com o que de fato molda o nosso comportamento.
As pessoas raramente escolhem as coisas em termos absolutos, sempre comparamos a vantagem de alguma coisa em detrimento de outra, levando em consideração o valor que estimamos. Geralmente as pessoas não sabem o que querem, a não ser que haja um contexto, pois tudo é relativo, e este pensamento nos ajuda a tomar decisões.
O conhecido comportamento de manada, é quando supomos que algo é bom ou ruim baseado na decisão de outras pessoas. O chamado comportamento de auto-manada é quando acreditamos que algo é bom ou ruim com base no nosso próprio comportamento anterior. Ou seja, quando temos alguma experiência, sabemos como nos sentimos em relação a ela, e assim passamos a repeti-la, essa decisão já foi tomada tantas vezes que acaba virando um hábito. De acordo com a teoria econômica, baseamos nossas decisões em nossos valores fundamentais.
Porque algo grátis é tão sedutor? Grande parte das transações tem seu lado positivo e negativo, mas quando algo é grátis, esquecemos o lado negativo, pois nos dá tamanha carga emocional que percebemos o que está sendo ofertado como imensamente mais valioso, porque o ser humano é muito sensível a perdas, e quando algo é grátis, não há essa possibilidade. Esse conceito do zero, também se aplica ao tempo gasto em uma atividade, pois é o tempo retirado de outra, como por exemplo, ficar em uma longa fila esperando certo benefício grátis. A forma como somos atraídos pelo grátis pode gerar como consequência decisões que não atendam os nossos interesses.
Vivemos simultaneamente em dois mundos, um regido pelas normas sociais e outro onde as normas de mercado prevalecem. As normas sociais incluem pedidos amigáveis que uma pessoa possa fazer a outra, estão envolvidas na nossa natureza social e espírito comunitário. Já as normas de mercado as trocas são bem definidas: salários, preços, juros, etc, ou seja, você obtém o que paga. Quando separamos estas normas a vida flui perfeitamente. Agora, quando as normas sociais e de mercado colidem é onde surgem os problemas, e a dificuldade de restabelecer o relacionamento. Quando oferecemos a alguém um pagamento financeiro em uma situação governada pelas normas sociais, a oferta pode reduzir a motivação delas em se envolver e ajudar. Somos animais sociais atenciosos, mas, quando as regras do jogo envolvem dinheiro, a tendência é arrefecida. A principal lição é que quando envolvemos trocas baseadas em esforço, conseguimos conservar as normas sociais.
As três idiossincrasias irracionais da natureza humana. Primeiro: nos apaixonamos pelo que já temos. Segundo: enfocamos o que podemos perder, e não o que podemos ganhar. Terceiro: presumimos que as outras pessoas verão as transações da mesma perspectiva que nós. A propriedade modifica de maneira fundamental a nossa perspectiva. Nós temos a propensão de supervalorizar o que possuímos, isso é um viés humano básico que reflete a tendência geral de nos apaixonamos por tudo que está ligado a nós mesmos e sermos excessivamente otimistas a esse respeito.
Por que as opções nos desviam de nosso objetivo? E por que nos sentimos compelidos a manter portas abertas, mesmo a um alto custo? Manter as portas abertas geram uma alta carga emocional e também financeira, para isso é necessário que, de maneira consciente, fechemos algumas destas. As pequenas, são mais fáceis, pois é simples riscar alguns nomes de uma lista de cartões de natal, por exemplo. Agora, as portas grandes, aquelas mais difíceis de fechar, são aquelas que poderiam levar a uma carreira nova ou a um emprego melhor, são aquelas ligadas aos nossos sonhos. Somos irracionalmente compulsivos em manter portas abertas, é assim que estamos programados. Deveríamos fechar as que roubam a nossa energia, por que a questão não é só mantê-las abertas por tempo demais, mas também pagar o preço pela indecisão.
Quando acreditamos que algo será bom, geralmente é bom, e quando achamos que será ruim, geralmente é. Em outras palavras, o conhecimento prévio pode mesmo modificar a atividade neural subjacente ao próprio paladar, por exemplo, de modo que quando esperamos que algo tenha gosto bom ou ruim, realmente terá. As expectativas podem influenciar quase todos os aspectos da nossa vida. O nosso comportamento pode ser influenciado por estereótipos e que a ativação destes pode depender de nosso estado mental atual e de como nos vemos no momento. As expectativas são mera antecipação dos estímulos.
Quando todos cooperamos, a confiança que temos uns nos outros é alta, e o valor para a sociedade é máximo. Mas a desconfiança é contagiante, pois quando vemos alguém mentindo em anúncios, passamos a agir de forma semelhante, e assim a confiança se deteriora e todos saem perdendo. Quando as pessoas se distanciam de parâmetros do pensamento ético, elas tendem a desonestidade, mas se somos lembrados da moralidade em um momento de tentação, somos mais propensos à honestidade.
Nossos comportamentos irracionais não são aleatórios nem sem sentido, são sistemáticos e previsíveis. Todos nós cometemos os mesmos tipos de erros repetidamente, por causa da estrutura básica do nosso cérebro. A economia faria muito mais sentido se fosse baseada em como as pessoas de fato se comportam, e não em como deveriam se comportar. Essa ideia é a base da economia comportamental, que foca na ideia de que as pessoas nem sempre se comportam racionalmente e com frequência cometem erros em suas decisões.
Somos peões em um jogo cujas forças em grande parte não entendemos. Costumamos imaginar que temos o supremo controle sobre as decisões e o rumo de nossa vida, mas infelizmente essa percepção está mais ligada a nossos desejos, a como queremos nos ver, do que a realidade.
Este livro descreve diversas forças (emoções, relatividade, normas sociais…) que influenciam o nosso comportamento. Embora elas exerçam grande influência em nosso comportamento, a tendência natural é que subestimemos ou ignoramos esse poder por completo. Isso acontece, não por falta de conhecimento, e sim por falta de prática ou fraqueza mental. Os erros resultantes são como agimos na vida, como desempenhamos nossas atividades. Fazem parte de nós. No momento que compreendemos e digerimos as informações, elas já não são mais reflexos fiéis à realidade. Em essência, somos limitados às ferramentas que a natureza nos concedeu, e a forma natural como tomamos decisões é limitada pela qualidade e pela precisão dessas ferramentas. Embora a irracionalidade seja corriqueira, isso não significa necessariamente que estejamos indefesos. Uma vez que entendemos quando e onde podemos nos equivocar em nossas decisões, podemos tentar ser mais vigilantes, nos forçar a pensar de maneira diferente ou usar a tecnologia para superar nossas deficiências.


site: https://medium.com/@thaisdovalle94/resenha-previsivelmente-irracional-dan-ariely-5d45612d8d9c
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Tirso 26/11/2023

Se tornou um clássico!
Como economista, ouço falar deste livro a muito tempo, como um exemplo para explicar uma série de premissas teoricamente estranhas e não didáticas e devo dizer que após ler, realmente a obra trás uma linha de hipóteses muito interessantes e fundamentadas, todavia meio repetitivas.
Alguns capítulos são mais felizes que os outros, curiosamente os primeiros e os últimos me parecem melhor trabalhados frente aos demais, pois algumas ideias acabam se misturando demais em certos momentos e me fez pensar quão parecido era determinado conteúdo frente ao capítulo anterior, o que acaba deixando meio entediante a continuidade.
No mais, considero um livro válido para fortalecer o debate da economia comportamental e entendo que muitas das premissas podem e devem ser melhor exploradas por pesquisadores do ramo, mas isto não tira todo o mérito do autor de reunir de forma sólida ideias previsivelmente irracionais. Após ler, concordo com aqueles que dizem que esse é livro que todo economista deveria ler.
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ferkw 14/11/2023

Interessantes os mecanismos que levam as pessoais a tomarem decisões irracionais, inclusive contra seu próprio bem e não conseguirem se dar conta disso. O livro explica essas situações com vários exemplos do cotidiano.
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Cristiano Nunes 29/07/2023

Destaques:
- Não somos tão racionais quanto parecemos ser. No entanto, nossos comportamentos irracionais são previsíveis (não são aleatórios e nem sem sentidos).
- A relatividade das decisões: não avaliamos as coisas em termos absolutos. Em vez disso, nossa avaliação é baseada em comparações relativas. Por exemplo, nos sentimos mais felizes por ganhar $50 se soubermos que nossos colegas ganharam apenas $10, do que se ganhássemos $100 e soubéssemos que nossos colegas ganharam $200.
- O efeito da ancoragem: confiamos demais na primeira informação oferecida ao tomar decisões. Por exemplo, o primeiro preço que vemos para um produto pode afetar profundamente o que estamos dispostos a pagar por ele no futuro.
- O efeito do preço zero: amamos coisas gratuitas e muitas vezes agimos irracionalmente para obtê-las, mesmo que o valor percebido ou real seja baixo. Isso é usado frequentemente em estratégias de marketing.
- Sobre a falácia do custo irreparável: estamos inclinados a continuar um empreendimento uma vez que tenham investido tempo, esforço ou dinheiro, mesmo que não esteja dando os resultados desejados. Continuamos a justificar o investimento, mesmo que, racionalmente, seja melhor desistir.
- O custo das normas sociais: existem dois tipos de normas ou mercados que operam em nossa vida: normas sociais (onde as transações não são baseadas em dinheiro, como fazer um favor a um amigo) e normas de mercado (onde as transações são baseadas em dinheiro). Misturar esses dois mercados pode levar a consequências indesejadas. Por exemplo, pagar alguém para fazer algo que seria normalmente feito como um favor pode diminuir a motivação dessa pessoa para ajudar no futuro. Ou seja: gostamos de fazer coisas, mas não gostamos quando somos pagos para fazê-las.
- A influência dos nossos estados emocionais: nossas decisões podem ser fortemente influenciadas pelo nosso estado emocional ou físico. Por exemplo, podemos fazer promessas quando estamos em um estado de felicidade intensa que não cumpriríamos em um estado mais neutro.
- O problema da procrastinação e do autocontrole: as pessoas procrastinam mesmo quando sabem que isso é contraproducente. As pessoas superestimam sua capacidade de autocontrole no futuro.
- O alto preço da propriedade: superestimamos o valor dos itens que possuímos, um fenômeno conhecido como efeito dotação. Por exemplo, podemos pedir muito mais dinheiro por um objeto que possuímos do que estaríamos dispostos a pagar por ele se não fosse nosso.
- O efeito das opções: ter muitas opções pode levar à paralisia na tomada de decisões e à insatisfação com a escolha feita, pois podemos nos perguntar se uma das outras opções teria sido melhor.
- O efeito das expectativas: nossas expectativas podem moldar nossa realidade. Se esperamos que algo seja agradável, é provável que o encontremos agradável.
- Sobre a desonestidade: podemos enganar a nós mesmos e aos outros, convencendo-nos de que pequenas mentiras ou transgressões não são tão ruins.
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garotodaruaquinze 24/06/2023

Temos total controle sobre as tomadas de decisões?
O tema sobre economia comportamental é algo que tem me atraído muito nos últimos anos, então não foi difícil prender minha atenção. Este livro é rechado de pesquisas científicas com exemplos práticos e histórias pessoais do autor, que torna a leitura muito prazerosa. Achei muito legal a ideia de normas sociais e econômicas, onde nós estamos dispostos a fazer serviços voluntários, mas não serviços que pagam pouco. Existe um linha tenue entre essas normas, e quando a social passa para a econômica é difícil voltar. No geral, o livro revela como nossas decisões são muito influenciadas por fatores irracionais, e quanto mais estarmos atentos a esses fatores, saberemos não controlar totalmente, mas diminuir o impacto das escolhas erradas.
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Valesi 27/05/2023

Surpreendente (?)
Dan Ariely retorna com novas informações sobre o seu cérebro, e elas não são boas: ele não é confíável.
O livro nos conta, com vários experimentos como exemplos, como nossas células cinzentas nos enganam e nos fazem tomar decisões que não são justificáveis a priori, mas que depois de feitas são habilmente construídas nos nossos pensamentos e parecem racionais.
Leitura fácil, divertida e informativa.
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Kauane Parra 05/02/2023

Eu gosto muito de ler sobre o comportamento humano e entender como o nosso inconsciente nos domina no dia a dia, as também é incrível perceber como nosso cérebro e nossas atitudes e reações podem ser treinadas e intencionais
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Edu 26/01/2023

Sem dúvidas uma leitura que lhe trará algum insight ou ampliará sua visão sobre padrão comportamental. Em minha mente de marketeiro, o radar ficava sempre sintonizado em como os comportamentos irracionais podem influenciar no consumo e acredito que esta foi a principal tônica das conclusões na maioria dos capítulos.

O único ponto negativo é o uso excessivo de exemplos de experimentos pra explicar a ideia, já compreendida, em cada capítulo. "Nesse experimento podemos ter essa comprovação. Um outro experimento feito por..... também apresentaram resultados semelhantes. Um terceiro experimento feito com uma pequena mudança e.... os resultado foram semelhantes"
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Caroline 21/01/2023

Diferente de todos os outros livros marketeiros que temos
Sou suspeita para falar desse autor, já li algumas obras dele e todas são incríveis. O leitor se prende a leitura e se torna curioso sobre o assunto, livro com conteúdo e rico de conhecimento, vale a pena demais
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Joabe.Carmo 18/01/2023

"Que coisa, não?"
"Sabe por que é tão comum prometermos a nós mesmos que vamos fazer dieta, mas essa ideia desaparece assim que chega a sobremesa? Sabe por que às vezes nos surpreendemos comprando coisas de que não precisamos? Sabe por que continuamos com dor de cabeça depois de tomar uma aspirina de $0,05, mas essa mesma dor de cabeça desaparece quando a aspirina custa $0,50? Sabe por que a quelas pessoas a quem se pede que relembrem os Dez Mandamentos costumam ser mais honestas (pelo menos imediatamente após relembrar) do que aquelas que não relembraram? Ou por que os códigos de hora reduzem, de fato a desonestidade no trabalho?"
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Sil 13/01/2023

Todos deviam ler, uma ótima experiência!
Dá um bum na cabeça, faz você enxergar muita coisa diferente ??
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eli 08/01/2023

Cada capítulo deste livro descreve uma força que interfere e influencia nosso comportamento e foi incrível entendê-las de forma tao bem detalhada e apresentada como foi nesse livro.
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rafa_._cardoso 09/12/2022

Sensacional como a nossa mente nos engana de forma tão sutil e como achamos que lidamos com situações de forma racional, quando a verdade não é essa
Acompanho alguns canais de ciência no Youtube e, em um deles, o livro Previsivelmente irracional foi mencionado de forma muito positiva, o que me fez adquirir, em grande parte pela curiosidade de ver alguns temas de forma expandida. E que surpresa!

O livro mostra de forma muito clara (com experimentos e exemplos) como as forças que atuam sobre cada um de nós modificam nossos atos. Algumas dessas são a relatividade das coisas, as diferenças entre normas sociais e normas de mercado, o poder do grátis, entre outras que nem percebemos, mas influenciam nossa vida e muda nossa percepção.

É incrível como a nossa mente nos engana de forma tão sutil e como achamos que lidamos com situações de forma racional, quando a verdade não é essa.

Trás pensamentos e reflexões riquíssimas!

Poderiam indicar mais livros como esse?
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Kellen.Pianetti 18/09/2022

O comportamento humano irracional
Dan apresenta temas do cotidiano para explicar nossas escolhas e nosso comportamento irracional. O ser humano não é único, ele é previsível nas escolhas devido às relações sociais e o ambiente.
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