Remissão da pena

Remissão da pena Patrick Modiano




Resenhas - Remissão da Pena


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Adriana854 20/01/2024

Remissão de Pena
Estou inteiramente apaixonada por esse livro! Esse foi meu primeiro contato com uma obra de Patrick Modiano ( autor vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2014). Que história linda! Texto incrível! Esse livro é o primeiro de uma trilogia da vida do próprio autor. Se joguem!

*Disponível para assinantes do Kindle Unlimited

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TÍTULO: Remissao de Pena

AUTOR: Patrick Modiano

TRADUÇÃO: Maria De Fátima Oliva Do Couto

EDITORA: Record

NUMERO DE PÁGINAS: 128 páginas

SINOPSE EXTRAIDA DO SITE DA AMAZON: Patrick e seu irmão são confiados a amigas de seus pais em Paris após a Segunda Guerra. Das mulheres responsáveis pelos dois meninos pouco se sabe além do que revelam os trechos de conversas entreouvidas por Patrick: que uma delas é uma pessoa triste e que a outra foi artista de circo. Isso e o fato de receberem as visitas frequentes de Jean D. e Roger Vincent durante o dia e de diversos visitantes noturnos. Nesse mundo intangível, os dois irmãos seguem de mãos dadas pela infância através da rue du Docteur-Dornaine e em meio a visitas a castelos, excursões a Paris, leitura de histórias de aventura, tardes ouvindo rádio ? sempre à espera de que, um dia, alguém volte para buscá-los.
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Sofia.Eternal 04/01/2024

Muito bom.
Remissão da pena é o segundo livro que leio de Patrick Modiano, escritor francês que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura 2014. É uma leitura que cativa pela simplicidade e, ao mesmo tempo, pela profundidade dos temas que aparecem. Nesse pequeno romance, Modiano nos levo pelo caminho das memórias.
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Bi 29/08/2023

Leitura entrecortada assim como as memórias de infância. A narrativa acontece do ponto de vista do adulto que revisita a criança.
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Pandora 07/08/2023

Este pequeno livro me acompanhou num período de leituras escassas, em que eu tive dificuldade de me concentrar por muito tempo. Lia um pouquinho a cada dia. E neste caso foi bom, porque é um livro repleto de lembranças fragmentadas do próprio Modiano, de um curto período pós-guerra em que ele e seu irmão foram deixados aos cuidados de amigas dos seus pais, num vilarejo próximo a Paris. A mãe atriz viajava pelo mundo em turnê e o pai aparecia de tempos em tempos, com amigos, nos intervalos de viagens misteriosas.

Quem são essas amigas? Só se sabe o que o narrador nos conta de suas lembranças: que a pequena Hélène tinha trabalhado no circo e mancava ligeiramente por causa de um acidente; que Annie, a meiga loura que sempre vestia uma velha jaqueta masculina de couro marrom, ia quase todos os dias a Paris no seu Renault 4cv bege; que sua mãe Mathilde era rígida e metia medo no garoto que chamava de “imbecil afortunado”. E havia também a silenciosa Branca de Neve, a moça de cabelos pretos sempre num coque e olhos verdes quase transparentes, contratada para tomar conta das crianças e buscá-las na escola.

A casa também era frequentada por alguns outros personagens: Frede e seu sobrinho - com quem as crianças brincavam sem ao menos saber seu nome -, o americano Roger Vincent, Jean D. e Andrée K. Nas cercanias, havia um castelo em ruínas que povoava a imaginação das crianças, por causa das histórias contadas por seu pai.

E era isso. Numa escrita enxuta, o cotidiano infantil de Modiano aos 10 anos é contado pelo autor adulto pelo que ele lembra, não havendo a preocupação de inventar o que não sabia ou entendia. Há muitas lacunas. E passado algum tempo, o entra e sai daquelas pessoas foi ficando cada vez mais frequente, ao mesmo tempo em que conversas cochichadas, frases sobre uma tal “gangue da rua Lauriston” e uma estranha movimentação noturna aconteceram.

Confesso que estava achando o livro agradável, mas nada demais, até o fim. O último parágrafo me derrubou. Percebi que boas histórias podem ser contadas com poucas palavras; que personagens dos quais não se sabe nada ou muito pouco podem ficar na nossa lembrança e que é possível sentir exatamente o que o pequeno Patrick sentiu, um dia, lá longe, naquela cena final.
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Barbara 09/07/2023

Memórias e lapsos sobre a perda da infância
Uma passagem na infância do Patoche, a criança de Patrick Modiano, e como um ano passado com seu irmão num estranho lar com homens e mulheres incomuns moldaram sua vida de escritor : a busca incessante por entender a gravidade dos acontecimentos que aconteceram e que viriam a se desenrolar, a complexidade daqueles personagens, a sua inocência perante todas as nuances daqueles adultos que não eram nem seu pai nem sua mãe. Tudo narrado sob seus olhos infantis, de pijama no jardim, as aventuras de invadir um casarão, andar num conversível , de usar relógio de adulto.
O escritor literalmente refaz um percurso de sua infância - e os furos se mantém , porque é assim, na vida e precisava sê-lo na narrativa . Talvez alguns não entendam que fora necessário que os furos da história ficassem abertos - porque ficaram na sua vida . Uma pequena obra tão lúdica e ao mesmo tempo tão adulta. E quem da uma cigarreira de couro de crocodilo a uma criança ? Annie dá, a Annie de vestido azul que chora a noite no Carrols.
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Zé - #lerateondepuder 23/03/2023

Um livro instigante

"Remissão da pena" é um livro envolvente e instigante, que apresenta uma reflexão sobre a natureza humana e suas motivações mais profundas. A narrativa é fluida e intrigante, envolvendo o leitor em um jogo de pistas e revelações que culminam em um desfecho surpreendente.
O autor explora temas como a memória, a identidade e a redenção, apresentando personagens complexos e ambíguos. A escrita de Patrick Modiano é elegante e poética, evocando imagens da Paris boêmia e misteriosa dos anos 1955.
Já no primeiro capítulo e primeiro parágrafo, o leitor é situado para um narrador protagonista que tem 10 anos. Ele e o irmão encontram-se na casa de uma das amigas de sua mãe, nas cercanias de Paris, já que a genitora de ambos está em uma turnê de teatro, na África.
Há uma descrição detalhada de uma casa, um bairro bem ao estilo de época, por uma criança ao fim de sua meninice. Segue com a apresentação bem parcimoniosa das três adultas da casa com que ele e o irmão moravam, sendo que uma delas havia trabalhado em um circo, o que bem desperta a imaginação dos garotos.
Destaca-se pela forma saudosista com que escreve, além dele mesmo e outras pessoas não serem chamadas pelo nome. Ele é nominado várias vezes por “imbecil afortunado”. A babá que toma conta dos irmãos é mais conhecida como “Branca de Neve”.
O irmão sempre está junto nas falas do protagonista, mas é referenciado apenas como “meu irmão”. A mãe quase nunca é citada, tendo algumas poucas referências do pai, que foi preso no tempo em que a França estava sob o domínio Nazista. As insinuações sobre as pessoas que habitam a casa em que está morando são constantes, até mesmo ficando subentendido que são cidadãos de uma índole duvidosa.
Envolto em uma aura de mistérios filtrados pelos olhos de uma criança, o passado real da vida do autor vai instigar o leitor e, de certa forma, frustrá-lo. Na escrita, há pistas evasivas, sendo colocada a visão de uma desolação, com pitadas de abandono e solidão. O leitor poderá questionar quem são todos aqueles personagens mais próximos e qual o real motivo de terem sido, praticamente, abandonados ele e seu irmão.
O próprio título é colocado, talvez, como uma forma de provocar a interpretação do leitor. Por que remissão da pena, lembrando que esse conceito, no direito penal, é o abatimento dos dias e horas trabalhadas do preso que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto, diminuindo, dessa forma, a condenação a qual ele foi sentenciado.
Daí, pode se depreender que o autor, seu irmão, seu pai e, até mesmo as mulheres que tomam conta desse protagonista já estariam condenadas e o passar de suas vidas seria apenas um desconto para toda a pena imposta.
Sendo o primeiro romance de Modiano, o livro foi publicado no ano de 1988 na França, vindo a publicado no Brasil, pela Cosac Naify, em agosto de 2014. Essa novela de apenas 79 páginas tem outros dois livros de continuação, “Flores da ruína” e “Primavera de cão”.
Patrick Modiano é um escritor francês, laureado com o Nobel de Literatura de 2014. É filho de um comerciante judeu e uma atriz da Flandres, que se conheceram durante a ocupação alemã. Suas obras se concentram em auto ficção, apresentada com um bom toque de sutiliza. Ela conta a vida de indivíduos desconhecidos confrontados aos horrores da história, sempre parecendo uma busca por toda uma juventude perdida.
Autor de mais de vinte excelentes publicações, nem tantas com traduções para o português, esse décimo quinto autor francês laureado com o Nobel de Literatura, é comparado a Proust, mas exatamente ao contrário deste. Modiano costuma escrever livros curtos, onde a inconclusão reina acompanhada de cenários simplórios e de uma prosa singela. Vale toda a pena essa leitura rápida e agregadora.


site: https://linktr.ee/prof.josepascoal
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turtleGraciosa 01/02/2023

Patrick Modiano realmente existe e te deixa com saudade
?Certos objetos desaparecem de nossa vida ao primeiro momento de desatenção."

Gostei do livro. Acho que não tanto quanto Dora Bruder, mas ele te deixa, não sei explicar muito bem, com saudades da infância, mas de uma infância que também não é sua.
O livro se passa no pós segunda guerra, onde tudo parece meio "esburacado", com falhas e é nesse sentido que também se encontra as memórias da infância dele. A lembrança é precisa, como se tudo tivesse acontecido ontem, mas também cheia de falhas e incertezas.
Só não dou mais estrelas porque achei o final dele muito abrupto. Quando começamos a nós conectar com a história, ela chega ao fim (sei que é um livro pequeno, mas sla). Não é um livro ruim, pelo visto é impossível esse cara ter um livro ruim, mas PARA MIM faltou não brilhou tanto quanto Dora Bruder.

ps.: Passada como esse cara teve uma vida tão cheia de histórias. Pelo que eu entendi, esse livro faz parte de uma trilogia autobiografia e esse é o primeiro, a infância. Não tenho como ler os próximos agora ? mas aguardo ansiosamente essa oportunidade.
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dani 31/05/2022

"[...] esperando que alguém viesse nos buscar."
No começo, o livro causa certa confusão. Os fatos não são claros, as pessoas são misteriosas, a casa é cheia de segredos e sussurros. Aos poucos fui entendendo que essa confusão é a mesma sentida por "Patoche", apelido do autor quando criança.

O primeiro livro da trilogia se concentra na infância do autor, fortemente marcada pela ausência dos pais, relata um período em que ele o irmão ficaram aos cuidados de amigas da família em um vilarejo próximo a Paris. Os resíduos da ocupação e da guerra estão presentes, mesmo que de maneira sutil, pois tudo é contado de acordo com a percepção infantil do autor.

Mais do que um romance, esse livro é uma busca por respostas, uma tentativa de costurar os retalhos de uma infância com poucas alegrias e muitas lacunas.
DANILÃO1505 07/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Ster 24/04/2022

Remissão da Pena, primeiro livro da Triologia Essencial, de Patrick Modiano.

No primeiro livro da autobiografia narrada como romance, o autor nos conta sobre um período de sua infância. São apresentadas as impressões que tivera à época do ocorrido, sob a perspectiva infantil.

"Patoche" e o irmão são temporariamente cuidados por amigas da mãe, uma artista em turnê. Durante esse tempo os dois conhecem diversas pessoas, cada uma com um jeito peculiar de ser aos olhos dos irmãos.
DANILÃO1505 06/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Fla 15/03/2022

Romance autobiográfico
Se tem um gênero literário que não curto de jeito nenhum são as autobiografias.
O romance autobiográfico e ao mesmo tempo ficcional do ganhador do prêmio Nobel de literatura Patrick Modiano é muito interessante pois parece realmente narrado por uma criança.
A leitura é rápida mas engrandecedora.
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Pdrosaleitor 17/06/2021

Teus olhos, leitor, tua própria infância.
Uma infância que poderia ser comum, mas com um toque poético de saudosismo, tanto pelo conhecido como pelo desconhecido. Diria que mais ainda pelo desconhecido, aquilo que o autor (quando criança) via e ouvia entre uma brecha pela porta, pessoas que pareciam amáveis e confiantes, mas que tinham algo a esconder, embora não fossem de caráter fraco. Mas o mais profundo mesmo são as sensações, os sentimentos e a inocência infantis que recobrem a camada misteriosa das memórias. São os detalhes que fazem toda a diferença.
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Gustavogl 11/05/2021

Que livro foda. Patrick Modiano é um escritor francês ganhador do Nobel de Literatura. Bem low profile assim como o seu texto.
Remissão da Pena é uma autoficção no qual conta sobre uma época em que ele e seu irmão viveram longe dos pais em uma cidade satélite de Paris. Ele consegue emular a ternura da criança ao narrar essa parte de sua história. Lembranças cheias de amor de uma trupe que os acolheu enquanto a mãe artista estava em turnê na África e o pai judeu corria da polícia alemã que ocupara Paris. Há muitos mistérios de que só podemos imaginar pois estão além da compreensão de uma criança, para outros o autor revela suas suposições através de sua voz de jovem adulto terminando de escrever seu primeiro livro em um studio de Paris. Eu me lembrei muito da França. Dos meus amigos de lá e da cidade onde eu vivi.
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Lusia.Nicolino 26/02/2021

Quando a vida começa a fazer sentido?
Para ser lido em um dia. Não espere de Modiano grandiloquência, ações mirabolantes, viradas espetaculares. É uma narração singela, descrição de lugares e de situações e, a expectativa de que algo vai acontecer, é sempre do leitor, não do autor ou dos personagens.
Modiano busca resgatar fragmentos de sua infância sob o domínio nazista e no pós-guerra, vidas perdidas, segredos, um tempo nebuloso.
O menino Patoche espera que os pais venham buscá-lo, virão? Seu irmão menor sempre uma sombra. Annie, Helène, Mathilde, Branca de Neve, Roger Vincent, Jean D., Andrée K, quem são e como se relacionam, quem mora, quem vai e quem vem?
Parece que a vida começa a fazer sentido quando o menino passa a escrever toda noite – em um caderno especial – sua rotina quase sem emoção. O que está por acontecer? A poesia está nas lacunas, na espera, na iminência, no jeito particular e “modiano” de escrever. Primeiro livro da trilogia – Flores da ruína e Primavera de cão – quem me acompanha? Um por dia.

Quote: "- Está vendo, meu amiguinho... As mulheres... Elas parecem extraordinárias de longe... Mas, de perto... É preciso desconfiar... Bruscamente, sua expressão ficou triste."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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anoca 19/01/2021

o desenrolar dos fatos ocorre de maneira lenta, mas assertiva. por ter poucas páginas, acaba sendo uma leitura fluida e leve; porém nada de extraordinário. inclusive o final deixa c bastante expectativa para os volumes seguintes
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Le Lecteur 15/01/2021

Inocência
Que livro lindo , realmente gostei da escrita do autor. Uma leitura fluida mas profunda.
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