Cris 25/06/2020Muito interessante“A ciência de um século não sabia tudo; outro século vem e passa adiante. Quem sabe, dizia ele consigo, se os homens não descobrirão um dia a imortalidade, e se o elixir científico não será esta mesma droga selvática? O primeiro que curou a febre maligna fez um prodígio. Tudo é incrível antes de divulgado.”
Toda vez que eu leio algo de Machado de Assis, eu me pergunto por que demoro tanto pra escolher ler um livro dele entre minhas leituras.
Neste conto temos o Dr. Leão, um médico homeopata que é o narrador desta história. Ele conta a dois amigos a história impressionante de seu pai, que, de acordo com ele, viveu mais de 250 anos.
O pai de Leão recebeu um elixir de um chefe de tribo indígena, que prometia dar a vida eterna a quem o bebesse. Este homem guarda o líquido até que um dia, quando ele fica gravemente doente, surge a oportunidade de beber.
A partir daí, ele é curado e passa a viver seus dias sendo idoso mas com a aparência de jovem.
Este conto é bem curtinho, possui uma narrativa envolvente, com um toque de realismo e sarcasmo que só Machado sabia usar. Eu adorei a história, fiquei presa até o fim pra saber o que aconteceria.
Apesar do toque de fantasia da história, o conto nos traz uma reflexão sobre vida e morte e também sobre outros assuntos que me deixou bem imersa no livro, mas teve um final que eu tive que parar um pouco pra absorver.
Os livros do Machado já estão todos em Domínio Público e são bem fáceis de se achar online, mas existem várias publicações físicas com compilado de sua obra.
Eu ainda quero ler toda a obra do autor pela ordem cronológica, porque as histórias dele são boas demais.
“Outros atribuíram-lhe o intuito de tirar ao coronel e ao tabelião o desgosto manifestado por ambos de não poderem viver eternamente, mostrando-lhes que a morte é, enfim um benefício.”
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