A Trilogia de Nova Iorque

A Trilogia de Nova Iorque Paul Auster




Resenhas - A Trilogia de Nova York


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bardo 04/02/2023

Composta por três contos: Cidade de Vidro (1982), Fantasmas (1983) e O Quarto Fechado (1984) o que dá para dizer dessa trilogia é que ela é no mínimo instigante. Chama a atenção rapidamente como a escrita do autor é envolvente, por mais que as coisas sejam estranhas e não pareçam fazer sentido, ainda assim o leitor é rapidamente capturado.
Feita essa observação vale dizer, entretanto, que para além de serem contos “policiais” pouco convencionais, a despeito dos três envolverem alguma espécie de investigação, a história em si não funciona muito bem dessa forma. Existe nas três histórias um mistério e não é exatamente spoiler uma relação entre elas. Porém é discutível o quão bem isso funciona ou não.
Por mais mais estranha que seja Cidade de Vidro é disparado a narrativa que melhor funciona aqui, apesar de que algumas atitudes do protagonista incomodem, de um modo geral ele é factível e o processo que se desenrola é crível, interessante, bem como dá margem para diversas interpretações. Já Fantasmas é um conto operante, começa estranho e é essa estranheza que vai manter o leitor interessado, sua finalização não é de todo inesperada, mas de um modo geral funciona.
Agora, Quarto Fechado é talvez a narrativa que menos funcione, ainda que como a primeira possua diversos elementos e considerações interessantes. A questão é que na verdade temos duas narrativas e se a primeira funciona bem, a segunda falha em convencer o leitor das conexões que quer mostrar. As motivações do narrador não são de todo claras e algumas são mesmo muito difíceis de engolir. Quando confrontado com sua nêmesis aí é que o narrador nos perde mesmo. É nítido um certo espelhamento, mas mesmo com mais elementos ele não soa convincente.
Dito isso como mistério policial a trilogia deixa pontas soltas importantes e parece um tanto confusa, é a camada menos interessante abordada. O que realmente faz esse ser um livro muito bom são as reflexões e experimentações envolvendo a Linguagem, inclusive são essas reflexões que ensejam a necessidade de uma releitura. Fica muito nítido que temos elementos que no afã de entender o mistério passam batidos numa primeira leitura. O autor brinca e provoca o leitor, enche sua obra de easter eggs e menções a outras obras, de forma que ainda que não seja obrigatório, só o conhecimento de algumas delas vai dar base para que o leitor vislumbre alguns dos pontos desenvolvidos. Não sei se esse é exatamente a melhor porta de entrada para a obra do autor, mas sem dúvidas é um livro interessante que merece ser conhecido.
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João Gustin 30/12/2022

Lindo e triste
O livro ao mesmo tempo que é lindo também é triste e as duas coisas se complementam no andar da leitura. Comprei o livro na expectativa de mais um romance policial, porém me surpreendi com o que li. O livro conta três histórias sobre detetives(amadores ou não) que moram e trabalham em Nova York, apesar de parecerem histórias distintas, o livro da indícios de que elas se complementam
Paul Auster escreve essas histórias de um jeito em que parece que somos jogados nas ruas de Nova York, a imensidão de detalhes da cidade e dos sentimentos das pessoas que moram lá compõe o livro de um jeito majestoso. Enfim, vale muito a pena ler o livro!
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Vitoria 18/12/2022

Quando descobri que o livro era do Paul Auster fiquei um pouco chocada porque odiei o primeiro livro que li dele ?A invenção da solidão? mas depois percebi que a escrita era realmente a dele.
O livro é ótimo, são três histórias dentro de um mesmo livro e ela se conectam +-, mais ou menos eu digo porque você sabe que ele tá falando do mesmo personagem ou da mesma passagem da última história mas não consegui encaixar direito na história que lia (acho que sou simplesmente muito burra pra ler Paul Auster.).
As histórias são um suspense enigmático, assim como a escrita dele, e a leitura é muito gostosa e me prendeu até que bastante.

Se gosta de histórias de detetive, enigmas e personagens complexos recomendo.
William.Almeida 18/12/2022minha estante
Olha que curioso, tenho esse na minha lista de desejos da Amazon!




Cicera Evila 07/12/2022

Livro maravilhoso
Um livro que me encantou.
Uma carta de amor à Literatura e ao gênero romance detetivesco.
É um daqueles livros que mexem com você e quando você percebe já faz dias que esse livro está com você.
Livraço!!!
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Henry.Davy 14/09/2022

A Trilogia Nova York
Esse livro é o sinônimo de qualidade, de impecável, de bem planejado, de uma história bem amarrada sem nenhuma ponta solta. Que entrega muito mais do que prometeu e que tem um dos melhores desfechos já feitos.?
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iagofelipeh 07/08/2022

Livraço!
Está foi minha primeira experiência com Paul Auster e, posso afirmar com tranquilidade, que definitivamente a fama que precedida essa obra é completamente justificada.

A Trilogia de Nova York não é um trilogia tradicional que trabalha com o conceito de continuação ou continuadade. Na realidade, trata-se de três livros com histórias muito diferentes que, no princípio, apenas a cidade de Nova York é a união que justifique a edição conjunta. Entretanto, o que de fato une os três textos é a forma e abordagem com a qual o autor faz do romance detetivesco.

Temos, portanto, um Paul Auster que não se curva aos clichês do gênero, não busca desesperadamente por colocar significado de enredo e plot em casa detalhe. Definitivamente não se preocupa em fazer uma história mirabolante e amarrar tudo pra recompensar leitores casuais. De encontro a tudo isso, Auster trabalha a investigação de um modo profundamente delicado e humano, conseguindo transitar entre contextos completamente diferentes e, ainda assim, estudar o âmago de suas personagens, levando o ato da investigação até o último limite do que ele poderia significar.

A Trilogia de Nova York é muito mais que um ótimo livro de detetive, é incrível estudo de personagens - à la Dostoievski em determinados momentos - que não tem nenhuma vergonha em subverter o gênero e humanizar, muitas vezes de modo até cruel, esse arquétipo literário extremamente desgastado.

Recomendo enormemente a leitura!
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Márcia Moura 14/07/2022

Original
Esse livro me apresentou esse grande escritor, Paul Auster.
Três histórias que precisam ser lidas na sequência. Amei a leitura. Genial.
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Fabius 10/07/2022

Adoro metalinguagem, e livros que falam de livros sempre me atraem. Aqui, as três histórias trazem escritores como personagens e livros como temática. De qualquer forma, a espinha dorsal é o tema detetivesco (essa palavra existe?), e o terceiro conto (ou novela) se inter-relaciona com os outros dois de maneira absurdamente eficiente.
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Daniel Andrade 17/05/2022

Livraço.
Meu primeiro contato com Paul Auster. A escrita dele é sensacional, mesmo os momentos desinteressantes se tornam interessantes pelo como escreve.
O Quarto Fechado é a melhor das três histórias, principalmente pela junção de todas elas.
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spoiler visualizar
Alê | @alexandrejjr 22/09/2022minha estante
Por que não gostasse do livro, Marilda? Fiquei curioso...


Marilda 29/09/2022minha estante
Gosto muito do Paul Auster, mas achei esse livro truncado, prolixo. Terminei na força do ódio rs... não aguentava mais as divagações!




Lívia 04/03/2022

A trilogia de Nova York
Há muito tempo não lia algum romance policial e gostei muito desse.

Reviravolta devia ser o complemento do título.

Recomendo!
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Vanessa.Mariano 27/02/2022

O livro é bem escrito e tem bastante pontos de reflexão , parece um labirinto de mistérios. Porem como questão policial e até pela resolução dos casos pra mim não funcionou , fiquei perdida entre a quebra das histórias, pode ser que seja um livro que se apresente melhor com uma releitura futuramente.
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@admiravel_leitura 23/02/2022

Uma obra regada de Noir
Três novelas policiais que surpreendem por terem um ponto singular em comum; não possuem finais felizes para os detetives.

Aqui, cada história traça a investigação que um detetive particular faz para encontrar alguém; o seu algoz. Porém, engana-se quem acha que devido a esse ponto em comum, as novelas sejam semelhantes. Além de não terem tramas parecidas, cada história se sustenta no seu próprio suspense.

Regadas de referências ao cinema Noir, cada trama, mesmo sendo peculiar, trata de forma exclusiva da mente do detetive que guia a narrativa, externando suas nuances, medos e anseios. Nesse ínterim, fica perceptível que são as atitudes dos investigadores que os leva para um caminho sem volta.

Com finais nada felizes, cada novela surpreende ao apresentar tramas semelhantes narradas de formas diferente da história anterior. Cada enredo apresenta suas próprias características que surpreendem o leitor no desenrolar de cada narrativa.

Vale ressaltar, que os contos narrados de alguma forma se interligam e fazem referências a si mesmos dentro das tramas. E esse é, sem dúvida, o ponto alto do livro, visto que ao final da última novela o leitor se surpreende com uma revelação feita pelo narrador, um momento em que a quebra da quarta parede é usada de forma exemplar.

É devido a todo o jogo de palavras inserido na obra que esse é um livro que deve ser relido de forma mais atenta aos detalhes e pormenores apresentados. Afinal, é impossível captar todas as referências e nuances em uma única leitura.

“A Trilogia de Nova York” é um livro saudoso que apresenta três narrativas distintas e semelhantes que remetem aos clássicos policiais Noir. Com histórias que apresentam um aprofundamento nos sentimentos dos detetives narradores, o livro é um deleite para leitores de romances policiais que desejam sair do “mais do mesmo” e encontrar algo diferente e audacioso.

site: https://admiravelleitura.wordpress.com/
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Romulo 03/02/2022

Diferente
Livro(s) diferentes.. tem mistérios, mas não são o foco principal das leituras. No final gostei.. mas não sei se agradará muita gente..
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Thiago275 31/01/2022

Não funcionou muito bem para mim
Publicadas entre 1985 e 1986, as histórias contidas em A Trilogia de Nova York envolvem mistério e espionagem e são tenuemente ligadas umas às outras.

Na primeira, Cidade de Vidro, conhecemos Daniel Quinn, um escritor de romances policiais que decide se passar pelo detetive Paul Auster (sim, o personagem tem o mesmo nome do autor do livro) e investigar o paradeiro de Peter Stilmann, que saiu da prisão depois de muitos anos após ser condenado por maus tratos ao filho pequeno - que tem o mesmo nome do pai, aliás.

A segunda história, Fantasmas, tem todos os personagens com nomes de cores. Blue é um detetive particular que foi contratado por White para espionar Black. Conforme a trama avança, Blue se dá conta de que Black não faz quase nada além de sentar-se à janela do prédio em frente e escrever. Aos poucos, Blue vai se identificando cada vez mais com Black, até descobrir que também pode estar sendo espionado.

Por fim, em O Quarto Fechado, ficamos conhecendo um escritor mediano que é chamado pela mulher de seu melhor amigo de infância, que desapareceu misteriosamente. Ele encontra vários escritos desse amigo e resolve publicá-los. Aos poucos, vai tomando a vida desse amigo para si, casando-se com sua mulher, criando seu filho e administrando sua obra literária.

Como talvez vocês puderam perceber nessas microrresenhas, a trama de mistério é apenas uma desculpa do autor para tratar de assuntos bem mais complexos, como a questão do duplo, da perda de identidade e da linguagem.

O livro tem alguns pontos altos, como na primeira história, em que há uma interessante discussão sobre Dom Quixote, sua suposta loucura e o suposto autor verdadeiro do manuscrito, Cide Hamete Benengeli. É como se Paul Auster estivesse brincando com o leitor, deixando-nos com a pulga atrás da orelha: será que esse livro foi escrito assim também?

Enfim, este não é um livro com uma trama policial tradicional e bem amarrada. Isso é só a superfície. Não funcionou muito comigo, porque fiquei com mais dúvidas que certezas ao final da leitura. Mas, para quem gosta, talvez aí resida a graça dessas histórias.
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