O Quarto Cavaleiro

O Quarto Cavaleiro Samuel Cardeal




Resenhas - O Quarto Cavaleiro


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Bruna 02/05/2015

Em O quarto cavalheiro conhecemos Leonel, um jovem inteligente, lindo e perspicaz. Seria o homem perfeito, não fosse um pequeno probleminha: ele é um psicopata.

Nesse livro acompanhamos toda a trajetória de Leo, desde a infância, e testemunhamos todos os seus crimes. Ele é muito inteligente, e sabe disso, além de ter um ego nas alturas e ser muito prepotente. Tudo isso, somado ao que ele é, nos fazer ter vontade de mata-lo!

Eu tinha algo de especial que fazia com que todos gostassem de mim, e isso me agradava.
Pág. 20


Bom, tendo um cara assim como protagonistas, precisamos de outro personagem por quem torcer, e esse é Daniel. Daniel é um policial federal que está na cola do misterioso serial killer. Ele é metódico, correto e honesto. Um policial como todos deveriam ser. E Leo acaba desenvolvendo uma certa fixação por Daniel, já que o considera um dos pouco homens com inteligência semelhante a sua. Aí, inicia um perigoso e instigante jogo de gato e rato, que rende algumas das melhores cenas do livro.

A adrenalina do nosso jogo de gato e rato, eu superando-o, instigando-o, aquele homem quase tão genial quanto eu, era algo incrível. Às vezes, nossa relação me dava mais prazer que os assassinatos.
284


O quarto cavalheiro é realmente muito legal, é o meu favorito do Samuel, e olha que li todos, já que sou leitora beta dele. O mais legal da história é justamente o fato do livro ser meio que uma paródia do Brasil atual. Há vários personagens (boa parte deles vítimas de Leonel, rs) que são facilmente relacionáveis a figuras públicas conhecidas, seja do mundo artístico ou político. Isso confere um certo humor negro a trama, e prende ainda mais nossa atenção. Sempre que aparecia algum personagem novo, eu observava todas as suas características, nome e comportamento, para ver de onde veio sua inspiração.

Há também algumas referências a casos reais. Eu e Samuel moramos em Belo Horizonte, e há alguns anos houve uma onda de desaparecimento de mulheres no campus da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, e alguns corpos foram encontrados na mata do campus. Adivinhem onde Leo estudou, e cometeu alguns de seus crimes?

O livro é narrado em primeira pessoal, pelo Leo, mas também há partes em teceria pessoa, contando um pouco da história de Daniel, e mostrando a evolução de suas investigações. Gostei muito dessa divisão, pois foi legal poder acompanhar a investigação do caso, mas foi sensacional mergulhar na mente do Leonel! Gente, o cara é muito louco! E a forma como manipula todos a sua volta, é sensacional, enquanto, em sua mente, vemos o desprezo ou indiferença que sente por todos.

Eu li o livro pela primeira vez a mais de um ano, quando ainda estava em fase de revisão e nem tinha esse título ainda, rs. Mas gostei da mudança do título, porque é uma referência bíblica ao quarto cavalheiro do Apocalipse, que é a Morte. Agora eu tenho o meu exemplar físico, um presente do Samuel, rs.

A diagramação ficou muito bem feita, com a primeira página de cada capítulo, preta, e a anterior com um desenho de bichinho (bom, mais uma ironia do Samuel, pois de fofinho, Leonel e sua história não tem nada :) ).



Recomendo muito a história para quem curte thrillers psicológicos e histórias policiais. E não se preocupem com as cenas de morte, porque não há nada explicito e nem violência gratuita. O que há é descrição da polícia, da cena do crime depois que ele é cometido, e não a descrição no momento em que acontece. Podem ler tranquilos.

Aos interessados, o livro está a venda na versão digital na Amazon, e também na versão física, direto com o autor.


site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2015/04/resenha-o-quarto-cavaleiro-samuel.html
SAMUEL 03/05/2015minha estante
Ai, meu coração




Fran 05/03/2015

Apesar de eu não ser uma grande fã de livros mais pesados, gostei bastante deste.
É muito bem escrito, bem manipulado, com personagens redondos com defeitos e qualidades. Posso dizer que senti muita aflição em algumas partes e pior de tudo, enjoou. Posso dizer que entrei tanto no livro que as cenas de sangue me deram muito enjoou, digo isso pelo fato de realmente não poder ver sangue.
Eu achei um livro rápido, mas não do tipo pouco informativo, mas é mais pelo motivo de você devorar as páginas e querer virar uma após a outra sem intervalos.
Bom, não posso dizer que gostaria de ler algo do gênero novamente. Foi uma experiência que lembrou muito Sob A Redoma e realmente não gosto muito deste tipo.
Uma coisa que me deixou um pouco chateada foi o fato de não ter me apegado aos personagens. Ninguém mesmo.

site: http://marcodeumpercurso.blogspot.com.br/
SAMUEL 06/03/2015minha estante
Muito obrigado




spoiler visualizar
SAMUEL 05/05/2015minha estante
Obrigado, Ana; pelo charmoso, pelo convencido, e principalmente pelo desprezível.
E eu tenho uma continuação em mente, onde Daniel aparecerá bem mais.

Beijo


SAMUEL 05/05/2015minha estante
=3




Mundim 17/08/2015

Polêmico, envolvente e bem escrito.
O Quarto Cavaleiro conta a saga de Leonel, uma mente peculiar nascida em meio a uma caótica cidade pequena (apenas aqueles que já viveram em uma cidade pequena sabem o quão caótica esta pode se tornar).
Antes que a juventude o beije, o jovem descobre seu desejo por sangue e inicia seu caminho rumo seus secretos crimes - não sem um certo parâmetro de escolhas, uma forma de tentar compensar o mal com o bem (amém).
O narrador-personagem, Leonel, apesar de vangloriar o quão independente e sem sentimentos é, mostra-se preocupado com as pessoas que gosta e sente-se até mesmo abalado perante algumas situações. Amigos, família e um amor para eriçar os pelos, talvez seja muito romântico imaginar que toda e qualquer pessoa sinta-se - intimamente - ligado a estas coisas, mas é como penso, e sinto que também seja como o autor pensa.
O fato do romance estar escrito em primeira pessoa torna o leitor bastante próximo do personagem, criando um laço e uma necessidade de saber o que acontece em seguida - o que é sempre bom.
Com uma acidez política e um discurso no mínimo polêmico sobre a elite burguesa e política brasileira o personagem termina de te conquistar.
O dossiê é fantástico e hilário (e corajoso, alguns diriam)!
No mais, confesso que não entendi o porquê de chamar-se "O Quarto Cavaleiro", e, por fim, Nirvana é obviamente melhor que Alice in Chains.
SAMUEL 18/08/2015minha estante




Bia 17/02/2016

Resenha publicada no blog Lua Literária
Olá leitores!!
No ano passado, ganhei de presente do autor Samuel Cardeal, um exemplar de seu livro O Quarto Cavaleiro. Trata-se da autobiografia de um psicopata. Amo a escrita do autor, amo o gênero, e o que me impediu de ler esse livro em todo esse tempo? Minha falha em não conseguir administrar meu tempo de leitura.
É uma publicação independente, não tem nenhuma grande editora para divulgá-lo, e devo um enorme pedido de desculpas para o autor por ter demorado tanto tempo para ler.
A primeira coisa que me chamou atenção no livro foi a edição. Digna das diagramação de grandes editoras, é uma belezura para os olhos. Antes mesmo de ler eu já tinha um certo chamego por esse livro. Primeiro porque é do Samuel, um dos meus autores prediletos. Segundo porque foi um presente do Samuel. E terceiro, confesso, porque é lindo por demais.
É uma autobiografia, então o narrador de nossa história é o próprio psicopata. E ele nos conta sobre sua vida e seus sentimentos mais obscuros.
Leonel começa nos contando sobre sua infância. Já li muitas histórias sobre psicopatas, verdadeiros ou não, e ainda amo assistir aquelas séries do canal ID que relatam a vida dos mais famosos. Então, posso garantir que Leonel não segue o mesmo perfil da maioria.

“Eu tentei ser normal, ser como qualquer um. Na época, ainda não sabia, mas isso nunca daria certo.” – pág 26

Desde muito pequeno já sentia fascínio pela dor. Mas, conseguia esconder muito bem sua diferença. Sabia que era errado, e por isso mantinha esse fato em segredo. Nenhum adulto poderia levantar suspeita sobre sua verdadeira personalidade, pois, além de ser muito inteligente para escondê-la, também conseguia manipular com maestria todos a sua volta.

“Eu tinha algo especial que fazia com que todos gostassem de mim, e isso me agradava.” – pág 20

Eu não consegui enxergar problemas em seu círculo familiar que justificasse o vício que o garoto tinha pela violência. Filho de um médico com uma professora, a meu ver sempre teve amor e carinho. Nunca passou necessidades financeiras. Não teve traumas. Leonel era como qualquer outra criança, mas tinha um demônio dentro de si.
Ele articulava maneiras de conseguir saciar seu vício, manipulando outras crianças. Geralmente, histórias de psicopatas não abordam tão a fundo a infância dos mesmos. Pelo menos as que li. Foi realmente muito assustador conhecer a mentalidade do menino Leonel. Me perguntava no que ele se transformaria quando crescesse. Ainda na infância, ocorreu seu primeiro assassinato.
E não parou mais. Sempre muito discreto, não deixava vestígios, e passaram-se muitos anos até que as autoridades desconfiassem de um assassinato em série. Leonel se tornou um monstro, que matava estrategicamente. Foi difícil entender a motivação para a escolha de suas vítimas, e ele resolveu brincar de gato e rato com Daniel, um inteligentíssimo policial federal. Enquanto deixava pistas para que Daniel o pegasse, passei a ter uma ideia de como Leonel escolhia suas vítimas.
Tudo foi uma verdadeira loucura. Leonel é o personagem mais louco que já conheci.

“Quanto mais eu matava, maior era minha sede.” – pág 137

Como o livro é narrado por ele, o leitor passa a ter suas próprias impressões do cara. Ele não se esconde ou tenta nos persuadir. Mostra-se descaradamente. Não justifica, em nenhum momento seus crimes ou atos.
Não é um personagem agradável. E isso me atrapalhou pra caramba. Não me simpatizei por Leonel, ele se considera melhor que qualquer pessoa, sabe que é genial e abusa do seu senso de sarcasmo. A parte da narração de sua infância foi a que menos gostei. Alguns atos me pareceram incoerentes para uma criança.
Conforme foi crescendo, não sei se eu já estava habituada à sua personalidade, comecei a me prender mais ao enredo. E, por incrível que pareça, fui desenvolvendo certo apego pelo personagem. Eu queria que ele fosse preso, ou morresse, mas também queria saber mais sobre sua tão louca mentalidade.

“As pessoas fogem da dor, a temem, mas, na verdade, a dor é a sensação mais verdadeira que podemos experimentar.” - pág 266

Como em todos os livros que leio do autor, fiquei fascinada e me perguntando de onde ele tirou tudo isso.
Preciso citar ainda, que a característica do autor, em fazer críticas ao que acontece de errado em nossa sociedade e realidade política está presente. Ele faz com maestria, e é quase imperceptível em alguns pontos. Foi impossível conter o riso com algumas peripécias que ele deixou para o final.
Leitura mais que recomendada!!

site: http://lua-literaria.blogspot.com.br/2016/02/resenha-o-quarto-cavaleiro-samuel.html
SAMUEL 18/02/2016minha estante
Meu muito obrigado, sempre! Você é um amor.




Evelyn 30/01/2017

Eletrizante!
Não sei se me apaixonei pelo personagem. Temo que sim, mesmo ele sendo um psicopata. A narração em primeira pessoa me aproximou bem mais dele, embora tenham algumas partes em terceira pessoa. A escrita é apurada. A edição é um capricho só. Tem referências de música, citações... Mas a história é aquilo que realmente prende o leitor. Está de parabéns, Samuel. Super recomendado esse livro.
SAMUEL 31/01/2017minha estante




Guil 15/08/2017

Muito bom
Com uma narrativa leve e fluida em primeira pessoa, é impossível não se identificar com o personagem principal e se divertir muito com as referências desse livro.
Uma história que prende o leitor e o faz querer saber o que vem a seguir. Um livro muito bom do início ao fim.
comentários(0)comente



Gab 15/11/2015

Deixa eu te matar aqui rapidinho, juro que vai ser legal
Leonel é o menino perfeito. Sempre bem estudioso, muito inteligente e comportado, é o filho que todos os pais, mães e aspirantes a ambos pediram a Deus — só que ao contrário. Leonel na verdade é um garoto frio, sem sentimentos, que age normalmente e como um garoto querido apenas porque o seu figurino pede, já que é filho de um médico e de uma professora, duas pessoas exemplares na cidade de Felicidade. No fundo, Leonel é apenas um psicopata mirim, um pequeno diabo pronto para mostrar o que realmente é. Leonel descobre sua sede de sangue quando acaba se cortando, e desde então, passa a explorar ainda mais a sensação de o que é machucar alguém, até que comete seu primeiro assassinato, ainda criança.

Conforme cresce, Leonel passa a cometer ainda mais atrocidades, principalmente depois de adulto, onde se muda para a cidade grande a fim de explorar ainda mais suas habilidades de torturar e matar as pessoas de uma forma tão bem elaborada que poderia se considerar quase poética. Mas como nem tudo é uma novela, onde os vilões fazem as coisas e ninguém desconfia, chega o momento em que a máscara de bom moço de Leonel cai e ele passa a ser procurado pela polícia pelos crimes que cometeu.

Li O Quarto Cavaleiro em alguns dias, e posso te dizer que a leitura é incrível. Leonel é uma diva da psicopatia, é muito difícil não gostar dele. Ele é doentio, terrível, um assassino sem escrúpulos, mas também é sarcástico, inteligente, e sabe como conduzir tudo perfeitamente bem, inclusive sua relação com Daniel, o policial que passa a praticamente caçá-lo. A sua obsessão em ser descoberto de verdade por Daniel é, no mínimo, divertida de se acompanhar, além de bastante interessante. E então, o autor nos surpreende e nos mostra uma faceta de Leonel que não conhecíamos até então, e que nos deixa intrigados quanto a sua verdadeira classificação nessa história.

Esse livro foi um dos melhores nacionais que li este ano. A narrativa é ótima, a leitura flui perfeitamente bem e, apesar do tema, existe uma leveza indescritível na leitura. Nos inícios dos capítulos sempre tem uma citação que condiz com o assunto ou título do capítulo — algumas realmente cômicas —, e sempre em alguma passagem de tempo é mencionado os acontecimentos que marcaram aquela data.

No mais, desejo um enorme Parabéns, Samuel! por criar um livro tão incrível como este. E agora, quero conhecer suas novas obras!

site: www.pandorafairel.com
SAMUEL 15/11/2015minha estante
:o
Você é tão linda que nem sei o que dizer.


Gab 17/11/2015minha estante
HAHAHAHA Só aceita




8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR