O País do Carnaval

O País do Carnaval Jorge Amado




Resenhas - O país do Carnaval


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Leandro257 19/02/2024

Um bom livro
Esse é o segundo romance que leio do Jorge Amado. Entrei na leitura sem ter lido algum resumo sobre ele, coisa que raramente faço, então me deixei enganar pelo título. País do Carnaval não tem como pano de fundo o feriado pagão, festivo, liberal; mas utiliza dele como ponto de partida para a história de Paulo Rigger, um homem que, decididamente, carrega em si uma alma perdida, sequiosa de respostas. Primeiro, a falta de identificação com o Brasil. Depois, uma desilusão. Depois, uma busca pela felicidade? O que ela seria? Onde encontrá-la? No amor, talvez? E aí, mais uma desilusão, questionamentos... Não querendo reduzir o romance a isto, porém é um dos pontos maiores dessa narrativa.
Em suma, é um bom livro, sim. E o que me faz admirar mais é que País do Carnaval é o primeiro trabalho do Amado. E, como primeiro, esse não é nada mal.
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i_ury 15/02/2024

A busca pela felicidade n'O país do Carnaval
O filho primogênito do aclamado Jorge Amado, seu romance de 1931, O país do Carnaval, engana os leitores ao engendrar um título como este num livro relativamente curto (menos de 200 páginas). Ao ler, achei que encontraria uma narrativa superficial e farta retratando repetida e pedantemente sobre o Carnaval, mas não.

O livro consegue ser bem profundo ao tecer numa colcha de retalhos VÁRIOS temas que remetem à felicidade: casamento, religião, cinismo, amizade, literatura ? ou a falta disso tudo.

A escrita desse livro é leve, despreocupada em usar alguns termos e descrever situações como o sexo, carregado de efeitos líricos em alguns períodos, como quando Paulo Rigger e Lourdinha saem pelas ruas para ela contar seu tenebroso segredo a Paulo, fazendo-o se desiludir pela desvalida ? Paulo amou Lourdinha como nunca amou nenhuma outra, isso é importante para o desenrolar de sua narrativa, percebendo que fez besteira ao não perdoá-la.

Senti falta da necessidade de desenvolver mais o Pedro Ticiano ? ele é tão arrebatador. Mesmo em seu leito de morte, ele faz blagues sobre sua saúde e iminente falecimento. Terror dos letrados, críticos e políticos da época, Ticiano criticou avidamente a literatura medíocre, a bajulação política, e a falta de talento para escrever, pois: "(...) Já passou a época dos paradoxos.", "É verdade, e chegou a das citações..."
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Barbarossauro 14/02/2024

País do Carnaval
Foi o livro que menos me instigou do Jorge Amado, não vou dizer que é um livro ruim porque não é.

Mas a história não é algo que prende, o cenário não te abraça como nos outros romances, claro que por se passar uma parte na Europa e outra em São Paulo isso já deveria ser previsível. Mas voltando a história, ela não te chama, o foco é em rapazes burgueses que se convencem que a felicidade não existe, que serão infelizes para sempre e de fato, eles são.

Os personagens não são convidativos, os diálogos são cansativos e a história é fraca. Se você colocar um contexto histórico e social ela faz jus aos jovens perdidos.

Uma coisa boa que esse livro me fez refletir é em não ser uma pessoa como Pedro Ticiano, que o único prazer na vida é desdenhar e se dizer evoluído por ser infeliz. Toda vez que ele aparecia eu tinha vontade de acabar com a vida dele rápido. Até no momento de sua morte ele consegui ser um tremendo chato.

Foi o primeiro romance do autor, é importante, mas é de longe o que menos preferi.
indyr 14/02/2024minha estante
Que resenha maravilhosa!


desireemarr 15/02/2024minha estante
Só fiquei triste com o spoiler ??




Gladis 10/02/2024

"Você procura o sentido da vida, não é? Muito bem. Isso é uma coisa inteiramente cerebral. Você procura coisa superior, essa finalidade, porque você não está satisfeito com que existe. Você não quer se consolar ... A sua questão é de cérebro e não de coração"
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@adriana_ lerlivros 10/02/2024

Primeiro romance do autor, Jorge Amado.
O carnaval é o pano de fundo desta história.

Paulo Rigger, filho de fazendeiro rico, volta ao Brasil após sete anos estudando na França.
Ao chegar ele se uni a cinco amigos e juntos abrem um Jornal, "Estado da Bahia".
Quando se encontram, sempre discutem o mesmo assunto, "como encontrar a felicidade?". Cada um tem uma ideia diferente, Pedro Ticiano, um senhor de sessenta e cinco anos, acredita que a felicidade é uma ilusão, é algo que só os imbecis almejam, pessoas intelectuais não desperdiçam o seu tempo com o existencialismo. Um deles acredita que a felicidade está no casamento, no amor, o outro crê que a felicidade encontra-se na religião, enquanto um último diz que a felicidade está na filosofia e devemos aprendê-la.

Cada um vai em busca da felicidade, da sua alegria de viver. Alguns se disiludem, outros se arrependem, mas apenas um encontra a tranquiladade da alegria cotidiana.
O protagonista Paulo Rigger, por ser misógino, fiel as convenções sociais, deixa escapar a sua tão sonhada felicidade.
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alice1791 03/02/2024

A maior tragédia: a tragédia da monotonia.
Paulo Rigger e seus amigos, todos em busca da felicidade como finalidade da vida, seguindo caminhos que discernem entre o amor, a religião e a filosofia, porém que ao decorrer da obra (e da vida de cada um), poucos se encontram com a eudaimonia final, como por exemplo, Ticiano (amigo de Paulo), amante da dúvida e incerteza, se desvencilha de tal princípio e desse modo de vida, seguindo sua vida cética de forma única, e se desprendendo do habitual. Paulo, no entanto, vive sua jornada em busca do amor. Vivendo paixões e amores ao decorrer do livro, Paulo sofre por seu ciúmes excessivo, fazendo com que perca a chance de viver a felicidade em seus relacionamentos pouco duradouros. O grupo de jornalistas, poetas e acima de tudo, amigos, cria o ?Estado da Bahia?, jornal que debate temas brasileiros de forma honesta e sincera, se diferenciando de muitos jornais da época. Pais do Carnaval é um livro que fala sobre a busca incessante da felicidade por diferentes percursos, e nos faz refletir sobre essa procura que talvez, nunca seja alcançada. Os amigos discutem e concordam sobre diversos pontos da vida, entretanto nas diversas discordâncias é que se faz a quebra da ligação dos mesmos, deixando esse grupo de parceiros reduzido pelas desavenças. Cada um toma um rumo na vida, toma um partido, vive uma experiência única, e se cria no meio de tudo isso os indivíduos do ?Estado da Bahia?, todos com personalidades e escolhas divergentes, vivendo no País do Carnaval, da Bahia ao Rio de Janeiro, do desalento à euforia, do nascer ao morrer.
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Marcus 31/01/2024

O primeiro romance de Jorge Amado tem como pano de fundo a busca de personagens pela Felicidade. De onde vem? Do amor? Da filosofia? Da religião? Ou ela é uma busca dos tolos?
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Wynícius 28/01/2024

Não é o Amado que nós conhecemos ainda...
Embora "O País do Carnaval" seja uma obra emblemática na trajetória literária de Jorge Amado, alguns pontos negativos me chamaram bastante atenção sobre a obra. Algo recorrente é a superficialidade com que o autor aborda questões sociais e políticas do Brasil da época. Embora o enredo traga reflexões sobre identidade nacional e contradições sociais, não é nada tão aprofundado assim, mas poderia ter sido, e oferecer a esses temas, uma análise mais complexa da realidade brasileira.

Outro ponto é a caracterização dos personagens, que em alguns casos podem parecer estereotipados ou simplificados, refletindo uma visão idealizada ou romantizada da cultura popular. Além disso, a narrativa por vezes carece de sutileza, utilizando um tom didático ou moralizante para transmitir suas mensagens, o que pode afetar a fluidez e a naturalidade da história.

Apesar dessas críticas, é importante reconhecer o papel seminal de "O País do Carnaval" na literatura brasileira, especialmente por sua contribuição para a consolidação do regionalismo na narrativa nacional e por abrir caminho para obras posteriores de Jorge Amado, que exploram com mais profundidade as questões sociais e políticas do Brasil.
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Marcos774 16/01/2024

O primeiro, já maravilhoso
Para um primeiro romance do que viria a ser um grande escritor, trata-se aqui de uma ótima obra. Pautadas em várias disputas ideológicas, o constante conflito de pensamentos entre os personagens faz com que o próprio leitor venha a refletir sobre algumas questões: o que é a felicidade? O amor é suficiente? Quando uma vida atinge seu objetivo final? Entre diversos outros questionamentos, o livro é ótimo pra quem busca uma leitura reflexiva ao mesmo tempo que intrigante e fluida.
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Altair.Oliveira 12/01/2024

O Brasil: a beira do abismo
Nesse seu primeiro romance, Jorge Amado consegue tecer uma visão de incerteza quanto ao futuro do país de sua época. As posições diversas, mas igualmente fracassadas, dos personagens, desvelam uma burguesia intelectual perdida quanto aos caminhos possíveis para projeção da nação brasileira. Em boa medida, destoa da série de romances proletários que Jorge Amado escreve posteriormente, focando principalmente em debates filosóficos europeus, sobretudo no aspecto principal da felicidade. As angústias dos personagens desenrolam-se da incapacidade acentuada de todos da compreensão da vida como desprovida de objetivo. Nesse meio, recorrem ora a filosofia, ora a religião, aos projetos revolucionários, todos no intento de suprir essa angústia maior da falta de propósito.
É um livro interessante ainda mais quanto percebido dentro do trajeto de escrita que Amado trilhou, pois serve como ponto de análise para perceber como a visão do intelectual burguês precisou ser desmontada pelo escritor para que integrasse o rol da escrita proletária mais própria de obras como Cacau ou Suor.
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Matheus656 01/01/2024

O país do carnaval
Apesar de algumas inadequações quanto ao escopo do romance, algumas características de Jorge Amado, visíveis nos seus próximos livros, começam a ser concebidas, como a naturalidade de falar sobre o sexo, personagens contestadores, sensualidade e assim por diante. Em resumo, "O país do carnaval" deixa a interessante mensagem que a busca pela serenidade (viver pelo que acredita) é superior à necessidade de felicidade, ainda que nem todos estejam sujeitos a essa escolha.
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Nscalazans 31/12/2023

O que foi isso?
Primeiro livro que eu leio do J e não gosto. MEU DEUS???
Entendo a época e seus ideais, mas considero uma leitura complicada, com fortes indagações.
Foi difícil, mas li tudo
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Layla.Ribeiro 26/12/2023

Primeira publicação de Jorge escrita aos 18 anos. A narrativa de ?O país do carnaval?possui um estilo europeu carregado de uma linguagem bem mais formal utilizando,por exemplo, muito da mesóclise. Uma trama bastante cheia de debates filosóficos sobre a existência , a felicidade e o sentido da vida, tanto o tema como o estilo literário totalmente diferente das obras amadianas posteriores , assim como o protagonista da obra, o jovem Jorge está tentando se encontrar como escritor. Eu senti com essa leitura como se ele estivesse querendo provar algo a alguém ou talvez esse alguém seja a si próprio, mas já encontramos um Jorge crítico a política do Brasil. Os personagens e seus desenvolvimentos não são cativantes, mas algumas reflexões sobre a nossa existência e a politica achei bem interessante. A leitura é uma boa experiência para conhecer e perceber a evolução desse grande escritor e para quem nunca leu nada do autor, jamais comece por esse livro.
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Antonio Maluco 04/12/2023

Carnaval
O livro conta histórias de vários personagens que são os brasileiros e baianos que moram na Bahia e sua rotina de vida e diversão
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