Sangue no olho

Sangue no olho Lina Meruane




Resenhas - Sangue no olho


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Dayane.Farinacio 07/12/2023

Acho que não entendi?
Bom, no fim das contas, acho que não entendi a pira da história. Porque assim, a protagonista perde a visão (não é spoiler isso, tá na sinopse) e tem toda a luta interna dela de lidar com essa situação. A aurora consegue passar bem a angústia da guria e tal, mas sei lá, eu não consegui me conectar com ela, mesmo ela passando por um problema terrível. Me parecia meio forçado talvez? Não sei explicar, não me pegou. A escrita não é ruim, é meio fluxo de pensamento inclusive, e eu costumo gostar disso porque me insere bem na mente do personagem, mas dessa vez não rolou. Por isso acho que fui eu que não entendi. Talvez eu não tenha inteligência suficiente pra ler livros da finada Cosac? Pode ser, mas hoje não farei piadas autodepreciativas para lidar com coisas que não entendo e só aceitar que não funcionou pra mim.
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duda 11/10/2022

De início é bem confuso, você não sabe onde a protagonista (que é a própria autora) irá te levar. A narrativa gira e evolui a partir de um único fato: a cegueira. Não tem outras questões, é apenas sobre a vida de Lina sendo cega, a cirurgia e a melhora de seus olhos. Amor de quem se entrega.
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Christiane 24/07/2021

Lucina está numa festa quando sente que explodiu uma veia em seu olho e o encheu de sangue. Ela não consegue mais enxergar, exceto vultos e sombras. Ela estava em tratamento com um oftalmologista e já era algo que ela sabia possível de ocorrer e que ela temia. Agora ela passa a depender dos olhos de Ignácio, seu companheiro.

O livro trata de como se sente uma pessoa que enxergava e de repente fica cega e de como ela pode reagir à isto, se submetendo ou não. Um outro ponto forte no livro é a questão de como os outros vêem isto, como os amigos de Ignácio que lhe dizem que ele não tem uma namorada, mas um fardo.

Lucina, ou Lina Meruane, é chilena e vive nos Estados Unidos, é escritora e interrompe seu trabalho com a cegueira apesar da insistência de sua professora que lhe recorda o grande escritor cego, que apesar de não ter seu nome citado sabemos se tratar de Borges.

Vamos acompanhando o drama de Lucina, inclusive visualmente, pois o livro tem as páginas que vão se escurecendo a medida que avançamos na leitura. A que ponto podemos chegar para não ficarmos cegas? Lucina vai ao extremo em sua luta por enxergar, abandonando a ética. Também luta contra toda superioridade médica que lhe impõe um quadro de cegueira que ela não aceita. Por outro lado ela o diz no livro que está aprendendo a ser cega .


A autora que tem o mesmo nome da protagonista do livro também passou por uma experiência com seus olhos, não tão drástica, e talvez se trate de expressar isto que ela faz escrevendo o livro, como uma espécie de autobiografia. A expressão sangue no olho em espanhol significa desejo de vingança. Ao acompanharmos o decorrer dos dias de Lucina podemos perceber como se sente uma pessoa que fica nesta situação e o que é possível ou não fazer.
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Olgashion 16/07/2021

Estava lendo para um clube do livro e uma moderadora disse que ao final tinha dado um grito. Ao terminar, total entendi a razão porque eu mesma gritei, não muito alto, no meio da loja que eu estava.

Uma história sobre uma moça que de repente está, literalmente, com sangue no olho e como isso impacta em como ela vai viver a vida a partir de agora e os reflexos em sua família.
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fev 13/01/2021

Estou especificamente chocado com a última frase desse livro.

Sangue nos olhos é um livro com uma leitura extremamente prazerosa. Você acompanha a história de Lina que vai perdendo a visão. Ao longo da sua perda vemos a sua relação com seu namorado Ignácio, seus familiares e poucos amigos.

Lina não é a personagem mais agradável do mundo. No entanto, você fica ansioso pra ver como ficará a relação dela com as pessoas mais próximas. Não nego que os dois últimos capítulos me deixaram intrigado, mas a última frase me nocauteou. Até onde você iria para o seu próprio bem-estar?

Super indico a leitura. Li em e-book, mas a edição impressa é fascinante. Vale a pena.
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Ivan de Melo 16/11/2020

Com sangue nos olhos: a cegueira e o limite dos afetos
Tenho já há algum tempo um forte interesse pelas representações da cegueira na literatura e no cinema, pela forma como a visão enquanto sentido e logo sua perda são pontos de exercício para a escrita – do livro ou do roteiro, muitas vezes como metáfora para outras discussões. Pelo fato de grande parte destes textos serem escritos por autores vidente, aqueles que enxergam, a cegueira torna-se um universo fictício, de barreiras e limites muito fluidos que são rompidos com alguma facilidade. Também no ato da leitura a relação é distinta, a produção de imagens nestes textos cede com frequência espaço a produção de sensações por meio da construção narrativa, um desafio e tanto para escritores e leitores. Tenho chamado este projeto pessoal de “Olhares Tiresianos”, uma referência ao fotógrafo e filósofo cego esloveno Evgen Bavcar que provoca a relação limítrofe do olhar em direção a uma nova apreensão do mundo.

Nesse caminho não demorei para chegar até “Sangue no Olho”, romance da escritora chilena Lina Meruane, o primeiro da autora lançado por aqui pela finada Cosac Naify. Em seu romance acompanhamos Lucina, pseudônimos da própria autora, uma mulher que retorna ao Chile para uma cirurgia nos olhos. Lucina conviveu por muito tempo com o fato de que seus olhos eram sensíveis e seu oftalmologista a precavia para o pior: um derrame nos frágeis vasos sanguíneos ao redor do vítreo que poderia comprometer sua visão. Enquanto espera pela cirurgia, Lucina coloca a prova todo o possível novo cenário de sua vida, sua relação com a profissão, com a família e com seu namorado Ignácio, enredado na evolução da doença. O tal sangue no olho pode ser lido no próprio sentido figurado quando percebemos o ímpeto da personagem frente a doença. Lucina tem receio, mas também dispensa se tornar um fardo para todos os envolvidos, quer aprender a ser cega, quer experimentar a transição para as trevas, quer apreender os olhos e a falta deles.

É nessa transição entre a luz e as sombras, entre o visível e o sensível, entre o evidente e a dúvida, que Meruane constroi uma narrativa muito crua não sobre a cegueira, mas sobre os relacionamentos humanos. A tensão que existe ao passo que a visão falha é a tensão entre Lucina e a lealdade de Ignácio, Lucina e a impassividade sua mãe, Lucina e o pragmatismo de seu médico, Lucina e sua própria obstinação. As dúvidas da personagem permitem cenas que beiram a psicose e sua curiosidade toma forma em desejos incomuns, o que acompanhamos com algum arrepio na espinha. A escrita de Meruane é sagaz ao apresentar um processo de espera e de perdas que desemboca cruelmente no final do livro e se você tiver a sorte de ler a edição física, poderá ainda experimentar o projeto gráfico que sutilmente escurece as páginas ao longo da leitura, de modo que você também deverá estreitar seus olhos como a própria Lucina.

Obviamente que depois de “Sangue no Olho” eu quero ler tudo o que Meruane escreveu. Demorou algum tempo desde 2014 para que outros de seus títulos chegassem por aqui. Mas em pleno 2020 já temos uma boa mostra da diversidade de temas abordados pela autora como questões relacionadas a maternidade (“Contra os Filhos” pela Todavia) e a identidade palestina (“Tornar-se Palestina” pela Relicário) em livros de não-ficção. Fica a dica de uma boa leitura.
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Jessé 04/02/2020

Mais ou menos
O livro começa bem legal. Mas depois embanana pra uma coisa meio casos de família, que ao meu ver não leva a lugar nenhum. O assunto principal, e que realmente interessa, é esquecido ao longo da história. São mais de 100 páginas de intriguinhas apenas pra chegar num desfecho, que já sabíamos desde o início.

Pelo menos o livro é curto. Umas 180 páginas mais ou menos. Definitivamente não é um livro que eu indicaria.
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Carol | @carolreads 11/07/2019

Sangue no Olho
Que agonia!

“Lucina, a narradora e protagonista deste romance, é chilena, escritora, vive em Nova York e vai se mudar para o apartamento que seu namorado Ignacio comprou. Mas agora tudo começa a de desvanecer, porque aquilo que ela mais teme - uma ameaça que a acompanha desde a infância - acaba de se cumprir: Lucina tem o olho encharcado de sangue e está ficando cega. Ou pode ser que não, pode servir elas salve da cegueira: ainda há esperanças. Enquanto suporta a incerteza dos prognósticos médicos, enquanto sonha com um tratamento que a resgate da escuridão, ela ouve compulsivamente audiobooks e, nessa solidão acompanhada a que estão condenados todos os doentes, tem que redescobrir o mundo.”

Sangue no olho é um livro que me tirou da zona de conforto. Além de acompanhar Lina perder lentamente a sua visão, vamos ser testemunhas de todos os seus pensamentos. Ela irá contar sobre seu relacionamento com a família e namorado, seus medos, o ressentimento que sente com quem consegue enxergar e sua nova obsessão com olhos saudáveis (aquela cena do avião: argh!).

O projeto gráfico do livro é sensacional! Cada vez que a situação de Lina se agrava - e ela enxerga menos - as páginas do livro vão ficando mais escuras e, consequentemente, mais difícil de serem lidas.

site: https://www.instagram.com/carolreads
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Amanda Ulaf 26/02/2019

Sangue no Olho – Lina Meruane – Nota: 3/5
Considerada um dos principais nomes da literatura contemporânea chilena, em seu romance de estreia, Lina Meruane ganhou elogios de ninguém menos que Roberto Bolaño.
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Neste romance narrado em primeira pessoa, conhecemos a história de Lucina, uma escritora chilena que mora em Nova York e vê tudo ao seu redor se modificar quando seu olho fica encharcado de sangue e percebe que está ficando cega.
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Diante de inúmeros exames feitos, sem chegar a um diagnostico definitivo, Lina tem que redescobrir o mundo através da sua enfermidade. Conhecemos Nova York e Santiago através de seus “olhos” e de suas lembranças, além de seu relacionamento com Ignacio e sua lealdade com Lina diante desta situação.
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Mas a história de Lina é muito mais além disso, tem uma escrita diferente, é uma história diferente, tornando-se uma leitura totalmente diferente. E para ajudar a ser um livro assim, “tão diferente”, a diagramação do livro ajuda, pois no começo da história quando ela ainda enxerga alguns pontos de luz, a folha de papel é branca, mas conforme ela vai perdendo a visão, a folha do livro vai ficando cada vez mais escura. Uma leitura interessante!
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“Porque por dentro, mas também por fora, todos os olhos eram diferentes e todos levavam agora sua assinatura.” (Pg. 173)
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Lya 28/08/2018

Um livro impactante
A narrativa sem parágrafos se torna frenética, como se estivéssemos acompanhando o fluxo intenso dos pensamentos da protagonista da história, Lina, uma autora chilena que se vê atacada por uma doença que poderá a deixar cega.
O livro toca em pontos muito interessantes como a perda da independência, a volta ao leito familiar, a relação médico-paciente, as limitações dadas pela doença, o egoísmo, as relações humanas. Nos mostra não apenas a visão do acometido pela doença mas também das pessoas próximas, como as vidas são impactadas por essa deficiência repentina.
Foi uma ótima forma de conhecer Lina Meruane, minha primeira inserção aos autores chilenos, pretendo sem dúvidas ler mais. Saliento que o livro tem algumas cenas agoniantes, principalmente por se tratar de uma área tão sensível do corpo como os olhos. Fica aí a recomendação.
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Quezia 01/07/2018

Mediano.
Os capítulos curtos me atraíram, pois a leitura fluiu, mas só. É triste acompanhar a história de Lucina e, em alguns momentos, fiquei desconfortável com o modo com que ela tratava a sua família. Ficou óbvio que existiam cicatrizes naqueles relacionamentos, mas não houve explicação sobre isso, de forma que é difícil simpatizar com a narradora. Obra mediana em seu todo.
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Guilherme.Marques 04/01/2018

Sangue na leitura
"O que é ficção?... E este olho, de quem é?". Com um começo titubeante, como que tateando o próprio romance, ou o romance tateasse o próprio terreno, sua própria história (como escrever sobre cegueira depois de Ensaio sobre a cegueira?), Lina Meruane escreve umas quase 200 páginas (de autoficção, talvez?) claustrofóbicas sobre tornar-se cega, sobre "aprender a estar cega", como a personagem diz em um certo capítulo. Meruane consegue escapar das armadilhas fáceis da "literatura do eu/centrada no eu", alternando facilmente os momentos de "thriller" e as questões mais reflexivas, e entrega um dos melhores romances latino-americanos dos últimos tempos. Pra começar bem 2018...
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Jeff Ettore 02/01/2017

Morra Lina!!!
A escrita e os diálogos dentro da narração e dos pensamentos é fantástica!!! Mas por outro lado a protagonista é de uma humanidade como nunca tinha visto antes, mas também nunca tinha visto uma tão chata e insuportável, a cada página eu queria matá-la. Se não fossem os capítulos curtos acho que teria abandonado o livro. Mas valeu a experiência, pois nunca tinha lido nada assim antes, mas não vou repetir a dose tão cedo.
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