Sangue no olho

Sangue no olho Lina Meruane




Resenhas - Sangue no olho


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Jessé 04/02/2020

Mais ou menos
O livro começa bem legal. Mas depois embanana pra uma coisa meio casos de família, que ao meu ver não leva a lugar nenhum. O assunto principal, e que realmente interessa, é esquecido ao longo da história. São mais de 100 páginas de intriguinhas apenas pra chegar num desfecho, que já sabíamos desde o início.

Pelo menos o livro é curto. Umas 180 páginas mais ou menos. Definitivamente não é um livro que eu indicaria.
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Olgashion 16/07/2021

Estava lendo para um clube do livro e uma moderadora disse que ao final tinha dado um grito. Ao terminar, total entendi a razão porque eu mesma gritei, não muito alto, no meio da loja que eu estava.

Uma história sobre uma moça que de repente está, literalmente, com sangue no olho e como isso impacta em como ela vai viver a vida a partir de agora e os reflexos em sua família.
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Paula 21/03/2015


Para ler a resenha, acesse:

site: http://pipanaosabevoar.blogspot.com.br/2015/03/sangue-no-olho.html
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GilbertoOrtegaJr 17/11/2015

Sangue no olho – Lina Meruane
Uma coisa que eu tenho certeza, de que se um dia me acontecer, eu ficarei bem abalado é se eu perder a visão, pois como a maioria das pessoas este é um dos sentidos que eu mais uso no meu dia a dia, seja para trabalhar, para me orientar, mas meu motivo principal não seria por isso, e sim pelo fato de que minha maior diversão é ler, mentira na realidade esta é minha única diversão que se manteve ao longo de todos os anos da minha vida, até agora.

E é isso o que está acontecendo gradativamente no romance Sangue no olho, primeiro livro publicado no Brasil da escritora chilena Lina Meruane. Narrado em primeira pessoa o livro conta a história de Lina (na verdade seu nome completo é Lucina), uma escritora que vive em Nova York, e que pouco tempo antes de se mudar para um novo apartamento para morar com seu namorado, Ignacio começa a ir perdendo a visão, pois tem sangue dentro do seu olho.

O oftalmologista com que ela se consulta é um renomado médico especialista em perca de visão, mas nem ele, nem mesmo nenhum outro especialista, pode dizer ao certo se ela voltará a enxergar ou se ficará cega para sempre. Então enquanto ela dá um tempo antes de tentar uma cirurgia que pode definir de vez sua situação, Lina decide viajar para o Chile, para passar um tempo com os seus pais.

Mas quando ela chega na casa da sua família lhe vem de volta um sentimento já experimentado com Ignacio, ao mesmo tempo em que ela se sente insegura e ser protegida também sente necessidade de mostrar sua independência e ser deixada em paz, nem que seja só por alguns momentos. E este tipo de comportamento no começo faz com que a personagem Lina soe irritante e ingrata, o que não quer dizer que isso torne o livro de forma algum chato, muito ao contrário, se ela só fosse submissa e maleável ai sim, teríamos um livro tedioso.

O livro segue no estilo de autoficção, não só no nome da personagem que é igual da escritora, mas no próprio contexto da doença que Lina teve na vida real também, e além de tudo tanto personagem quanto escritora fizeram doutorados tendo como objeto de pesquisa a doença na literatura.

Uma das coisas que mais aprecie durante a leitura, além da ótima história, é a escrita que parece ser lapidada para tirar todo o excesso, criando o efeito de que o texto parece uma faca, direto e incisivo, causando um profundo incomodo no leitor. É justamente por ser este um texto que nos mantém preso do começo ao fim, unido a capacidade meticulosa de lapidar seu romance, que faz com que eu indica, e muito este livro, seja para quem busca um entretenimento, ou para quem busca uma obra de arte em forma de livro. Para os preguiçosos de plantão são apenas 192 páginas, deliciosas por sinal.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2015/11/18/sangue-no-olho-lina-meruane/
Nanci 17/11/2015minha estante
Gostei da resenha! Não sou preguiçosa (não pra leitura rs) mas me interessei pelo livro.
Obrigada pela dica.




fsamanta (@sam_leitora) 22/12/2015

Ainda sob o efeito entorpecente da porrada que foi este livro. A protagonista não é uma cega mártir, é um ser mais real, revoltado e, principalmente, desesperado e egoísta. Quer testar seus melhores instintos? Avalie o quanto você seria diferente ou igual à protagonista...
A escrita é uma delícia. Sem excessos, mas capaz de criar ótimas imagens.
Thaís Vitale (@LiteraturaNews) 23/12/2015minha estante
Uau, fazia tempo que você não comentava desse jeito. Fiquei curiosa.




duda 11/10/2022

De início é bem confuso, você não sabe onde a protagonista (que é a própria autora) irá te levar. A narrativa gira e evolui a partir de um único fato: a cegueira. Não tem outras questões, é apenas sobre a vida de Lina sendo cega, a cirurgia e a melhora de seus olhos. Amor de quem se entrega.
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Our Brave New Blog 20/04/2016

RESENHA SANGUE NO OLHO - OUR BRAVE NEW BLOG
Logo nas primeiras DUAS páginas a autora já arrebata o leitor com uma escrita sensacional, fazendo com que você sinta toda a agonia da personagem que se vê sozinha, na escuridão de um quarto de casal, procurando por sua seringa de insulina enquanto, na sala, uma festa barulhenta acontece, e seus olhos novamente sangram por dentro ocasionando algo semelhante a fogos de artifício atravessando sua cabeça. Sim, amigos, já começamos assim. Fiquei atordoada.

Já não haveria recomendações impossíveis. Que eu parasse de fumar, primeiro, e segundo que não prendesse a respiração, que não tossisse, que de jeito nenhum levantasse pacotes, caixas, malas. Que jamais me inclinasse nem me jogasse na água de cabeça. Proibidos os arroubos carnais, porque até mesmo num beijo apaixonado as veias podiam se romper. Eram frágeis essas veias que tinham brotado da retina e se esticado e se enroscado na espessura do vítreo. Era preciso observar o crescimento dessa trepadeira de capilares e vasos, vigiar dia a dia sua expansão milimétrica. Isso era tudo o que podia ser feito: espreitar o movimento sinuoso dessa trama venosa que avançava para o centro do meu olho. Isso é tudo e é bastante, sentenciava o oftalmologista, isso, é isso, repetia, desviando suas pupilas para meu histórico clínico, que se transformara num calhamaço, num manuscrito de mil páginas embutidas numa pasta grossa.

O QUE É A ESCRITA DESSA MULHER??? É como se Lina estivesse conversando com a gente, como se fosse um relato, e, vez ou outra, ela interrompesse e direcionasse seu discurso exclusivamente a seu amado Ignacio, como se ele também estivesse lendo e tentando descobrir de fato tudo que ela passou e pensou nesse período sombrio. Você sente a carga emocional em cada palavrinha e é atingido em cheio. Alguns momentos são como um soco na cara, já outros são tão suaves a ponto de te fazer sorrir enquanto lê.

Outra diferença é que, assim como nos livros do Saramago, não vamos encontrar travessões marcando inícios de diálogos nessa obra. Para isso temos pontos e vírgulas. Nada de interrupções com a Dona Meruane. Eu nunca tinha lido algo desse jeito e confesso que tinha um certo receio. Não sabia que ela utilizava desse recurso e fui pega de surpresa, mas deu tudo certo e não ocorreram confusões. Outro ponto é que ela não demarca os parágrafos e a narrativa segue ininterrupta até o capítulo seguinte, mas não se preocupem, os capítulos são bem curtinhos não passando de três pequenas páginas.

Apesar da personagem principal estar perdendo a visão, conseguindo enxergar apenas contrastes, ela descreve BRILHANTEMENTE as paisagens da cidades por onde passa. Começamos em Manhattan e passamos também por Santiago, quando Lucina vai visitar sua família revisitando complicadas situações. A descrição ocorre muitas vezes por lembranças (o que ela chama de olhos da memória) e vão até onde a imaginação dela se permite naquele momento. Exatamente a mesma experiência que nós leitores temos quando lemos uma descrição e automaticamente pintamos aquilo na nossa mente.

CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO SITE http://ourbravenewblog.weebly.com/home/sangue-no-olho-por-lina-meruane

site: ourbravenewblog.weebly.com
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Thiago 13/12/2016

Procura-se bons olhos
Me senti meio doente ao terminar esse romance. O final é muito intenso. È difícil analisar de forma muito objetiva todo o espectro emocional desenvolvido pela caótica personagem Lucina (ou Lina). Essa uma estória muito mais sensorial, sinestésica. Como a deterioração física afeta a interação entre as pessoas? A resposta pode ser muito amarga. Enquanto leitor, acho perfeito...
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Christiane 24/07/2021

Lucina está numa festa quando sente que explodiu uma veia em seu olho e o encheu de sangue. Ela não consegue mais enxergar, exceto vultos e sombras. Ela estava em tratamento com um oftalmologista e já era algo que ela sabia possível de ocorrer e que ela temia. Agora ela passa a depender dos olhos de Ignácio, seu companheiro.

O livro trata de como se sente uma pessoa que enxergava e de repente fica cega e de como ela pode reagir à isto, se submetendo ou não. Um outro ponto forte no livro é a questão de como os outros vêem isto, como os amigos de Ignácio que lhe dizem que ele não tem uma namorada, mas um fardo.

Lucina, ou Lina Meruane, é chilena e vive nos Estados Unidos, é escritora e interrompe seu trabalho com a cegueira apesar da insistência de sua professora que lhe recorda o grande escritor cego, que apesar de não ter seu nome citado sabemos se tratar de Borges.

Vamos acompanhando o drama de Lucina, inclusive visualmente, pois o livro tem as páginas que vão se escurecendo a medida que avançamos na leitura. A que ponto podemos chegar para não ficarmos cegas? Lucina vai ao extremo em sua luta por enxergar, abandonando a ética. Também luta contra toda superioridade médica que lhe impõe um quadro de cegueira que ela não aceita. Por outro lado ela o diz no livro que está aprendendo a ser cega .


A autora que tem o mesmo nome da protagonista do livro também passou por uma experiência com seus olhos, não tão drástica, e talvez se trate de expressar isto que ela faz escrevendo o livro, como uma espécie de autobiografia. A expressão sangue no olho em espanhol significa desejo de vingança. Ao acompanharmos o decorrer dos dias de Lucina podemos perceber como se sente uma pessoa que fica nesta situação e o que é possível ou não fazer.
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Ivan de Melo 16/11/2020

Com sangue nos olhos: a cegueira e o limite dos afetos
Tenho já há algum tempo um forte interesse pelas representações da cegueira na literatura e no cinema, pela forma como a visão enquanto sentido e logo sua perda são pontos de exercício para a escrita – do livro ou do roteiro, muitas vezes como metáfora para outras discussões. Pelo fato de grande parte destes textos serem escritos por autores vidente, aqueles que enxergam, a cegueira torna-se um universo fictício, de barreiras e limites muito fluidos que são rompidos com alguma facilidade. Também no ato da leitura a relação é distinta, a produção de imagens nestes textos cede com frequência espaço a produção de sensações por meio da construção narrativa, um desafio e tanto para escritores e leitores. Tenho chamado este projeto pessoal de “Olhares Tiresianos”, uma referência ao fotógrafo e filósofo cego esloveno Evgen Bavcar que provoca a relação limítrofe do olhar em direção a uma nova apreensão do mundo.

Nesse caminho não demorei para chegar até “Sangue no Olho”, romance da escritora chilena Lina Meruane, o primeiro da autora lançado por aqui pela finada Cosac Naify. Em seu romance acompanhamos Lucina, pseudônimos da própria autora, uma mulher que retorna ao Chile para uma cirurgia nos olhos. Lucina conviveu por muito tempo com o fato de que seus olhos eram sensíveis e seu oftalmologista a precavia para o pior: um derrame nos frágeis vasos sanguíneos ao redor do vítreo que poderia comprometer sua visão. Enquanto espera pela cirurgia, Lucina coloca a prova todo o possível novo cenário de sua vida, sua relação com a profissão, com a família e com seu namorado Ignácio, enredado na evolução da doença. O tal sangue no olho pode ser lido no próprio sentido figurado quando percebemos o ímpeto da personagem frente a doença. Lucina tem receio, mas também dispensa se tornar um fardo para todos os envolvidos, quer aprender a ser cega, quer experimentar a transição para as trevas, quer apreender os olhos e a falta deles.

É nessa transição entre a luz e as sombras, entre o visível e o sensível, entre o evidente e a dúvida, que Meruane constroi uma narrativa muito crua não sobre a cegueira, mas sobre os relacionamentos humanos. A tensão que existe ao passo que a visão falha é a tensão entre Lucina e a lealdade de Ignácio, Lucina e a impassividade sua mãe, Lucina e o pragmatismo de seu médico, Lucina e sua própria obstinação. As dúvidas da personagem permitem cenas que beiram a psicose e sua curiosidade toma forma em desejos incomuns, o que acompanhamos com algum arrepio na espinha. A escrita de Meruane é sagaz ao apresentar um processo de espera e de perdas que desemboca cruelmente no final do livro e se você tiver a sorte de ler a edição física, poderá ainda experimentar o projeto gráfico que sutilmente escurece as páginas ao longo da leitura, de modo que você também deverá estreitar seus olhos como a própria Lucina.

Obviamente que depois de “Sangue no Olho” eu quero ler tudo o que Meruane escreveu. Demorou algum tempo desde 2014 para que outros de seus títulos chegassem por aqui. Mas em pleno 2020 já temos uma boa mostra da diversidade de temas abordados pela autora como questões relacionadas a maternidade (“Contra os Filhos” pela Todavia) e a identidade palestina (“Tornar-se Palestina” pela Relicário) em livros de não-ficção. Fica a dica de uma boa leitura.
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Amanda Ulaf 26/02/2019

Sangue no Olho – Lina Meruane – Nota: 3/5
Considerada um dos principais nomes da literatura contemporânea chilena, em seu romance de estreia, Lina Meruane ganhou elogios de ninguém menos que Roberto Bolaño.
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Neste romance narrado em primeira pessoa, conhecemos a história de Lucina, uma escritora chilena que mora em Nova York e vê tudo ao seu redor se modificar quando seu olho fica encharcado de sangue e percebe que está ficando cega.
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Diante de inúmeros exames feitos, sem chegar a um diagnostico definitivo, Lina tem que redescobrir o mundo através da sua enfermidade. Conhecemos Nova York e Santiago através de seus “olhos” e de suas lembranças, além de seu relacionamento com Ignacio e sua lealdade com Lina diante desta situação.
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Mas a história de Lina é muito mais além disso, tem uma escrita diferente, é uma história diferente, tornando-se uma leitura totalmente diferente. E para ajudar a ser um livro assim, “tão diferente”, a diagramação do livro ajuda, pois no começo da história quando ela ainda enxerga alguns pontos de luz, a folha de papel é branca, mas conforme ela vai perdendo a visão, a folha do livro vai ficando cada vez mais escura. Uma leitura interessante!
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“Porque por dentro, mas também por fora, todos os olhos eram diferentes e todos levavam agora sua assinatura.” (Pg. 173)
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Marcos Faria 01/09/2015

A primeira coisa a dizer sobre "Sangue no olho" é que a escrita de Lina Meruane é uma porrada. Seca, dura, sem medo de deixar as frases pela metade quando não precisa se dar ao trabalho de completar o que o leitor já percebeu. O texto vai crescendo em tensão à medida que a narradora (uma escritora chilena chamada Lina Meruane, que porém não é a autora) vai ficando cega por causa das veias que arrebentaram dentro de seus olhos. A cegueira crescente vai levando Lina a radicalizar a sua postura no mundo e as suas relações com os pais, os irmãos, o Chile (ainda marcado pela ditadura), o namorado, o trabalho. No fim, dá até para arriscar uma leitura da visão como privilégio, apresentando a Ignacio o dilema de abrir mão dele por amor ou não. Tem que se destacar também a sacada editorial da Cosac, de imprimir o livro em páginas que vão ficando progressivamente mais escuras.

site: https://registrosdeleitura.wordpress.com/2015/09/01/sangue-no-olho/
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Guilherme.Marques 04/01/2018

Sangue na leitura
"O que é ficção?... E este olho, de quem é?". Com um começo titubeante, como que tateando o próprio romance, ou o romance tateasse o próprio terreno, sua própria história (como escrever sobre cegueira depois de Ensaio sobre a cegueira?), Lina Meruane escreve umas quase 200 páginas (de autoficção, talvez?) claustrofóbicas sobre tornar-se cega, sobre "aprender a estar cega", como a personagem diz em um certo capítulo. Meruane consegue escapar das armadilhas fáceis da "literatura do eu/centrada no eu", alternando facilmente os momentos de "thriller" e as questões mais reflexivas, e entrega um dos melhores romances latino-americanos dos últimos tempos. Pra começar bem 2018...
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